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CLIPPING COMBUSTÍVEIS 10/setembro/2012 1. GOVERNO FEDERAL É PESSIMISTA EM RELAÇÃO AO MERCADO DE COMBUSTÍVEIS Jornal Cana / Fonte: ProCana Brasil André Ricci A queda do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) fez com que as vendas de automóveis aumentassem em todo o país, o que consequentemente, eleva o número de veículos pelas ruas. Com isso, a demanda por combustíveis também sobe, sendo que somente a procura pela gasolina, registrou aumento de cerca de 40% nos últimos três anos. Com isso, segundo previsão feita pelo secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério das Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, o Governo Federal cogita a importação de quase R$ 60 bilhões do combustível em dez anos. No cenário apontado por Almeida, considerando que não haja ampliação da capacidade de produção de gasolina e o aumento da demanda de todos os combustíveis no país tenha uma média de crescimento de 4,5% ao ano, serão necessários cerca de 1 bilhão de litros de gasolina equivalente por mês, em 2020. Uma das alternativas, a importação de combustível, consumiria R$ 58 bilhões entre 2015 e 2020. O que a gente tem de fazer nesse cenário? Trabalhar para que ele não aconteça. A gente tem de aumentar a produção de etanol e gasolina no país. É tomar a decisão do que fazer e como fazer, explicou Almeida. O secretário também considerou essenciais os investimentos da indústria automobilística, na direção de motores mais eficientes, principalmente, no rendimento com o etanol. Para suprir a demanda nacional, o investimento necessário de etanol é de R$ 130 bilhões até 2020, o que seria a perspectiva mais econômica de investimentos, apesar da baixa produtividade do produto. Nos últimos anos, os canaviais registraram menor produtividade que produtos concorrentes, como o milho e a beterraba. As lavouras nacionais têm uma capacidade ociosa de 150 milhões de toneladas de cana-deaçúcar. CLIPPING DO SINDIPOSTO Página 1

2. APÓS RECORDE DE VENDAS, FALTAM CARROS NAS CONCESSIONÁRIAS Valor Econômico Eduardo Laguna Dos estoques nas alturas - nos níveis mais críticos desde a crise financeira de 2008 - a listas de espera que facilmente ultrapassam 20 dias. Na esteira das marcas históricas nas vendas de carros, a realidade da indústria automobilística mudou radicalmente em apenas três meses. Mas, se antes os volumes de veículos parados nos pátios de revendas e montadoras representavam um peso sobre os custos financeiros, agora a falta de carros nas lojas começa a travar o desempenho de algumas fabricantes - no momento em que o consumo chega ao ponto mais alto de todos os tempos. Essa situação começou a ficar mais evidente em agosto, quando marcas como Ford, Nissan e Toyota não conseguiram acompanhar a corrida dos consumidores para aproveitar o que poderia ser o último mês de estímulos para as vendas de carros. Apesar do recorde da indústria - com o mercado evoluindo a um ritmo de 15,4% -, as vendas da Ford tiveram crescimento abaixo da média, subindo apenas 4,8% na passagem de julho para agosto. Na mesma base de comparação, a Toyota ficou quase estável, com leve alta de 1%, enquanto a Nissan, na contramão, viu uma queda de 16,4% nos emplacamentos. Basta ir às revendas para constatar que falta carro para atender tanta demanda. Em lojas da Ford, vendedores pedem um prazo de 20 a 30 dias para a entrega das versões básicas dos compactos Fiesta e Ka. A Nissan, por sua vez, suspendeu as vendas de seu carro mais popular no país, o March. A rede de concessionárias da marca já não conta mais com o modelo em estoque e, em virtude da greve dos auditores fiscais da Receita Federal, um grande volume de carros está parado no porto. As revendas não estão mais recebendo pedidos dos consumidores pela versão 1.0 do March. Para a versão do carro com motor 1.6, chegam a pedir quatro meses para a entrega. Os clientes também precisam ter paciência para comprar o Tiida, já que a fila de espera pode superar 40 dias. "Agosto foi o melhor mês da história, mas a Nissan não teve carro para vender", diz um vendedor da marca. Lançado há um ano, o March rapidamente se tornou um dos cinco carros mais vendidos no segmento de hatch pequeno e catapultou a participação da Nissan no mercado brasileiro para 3,3%. Antes do carro, a montadora japonesa respondia por apenas 1,6% das vendas de automóveis e comerciais leves no país. A marca também está esbarrando na cota de importações fixada na revisão do acordo automotivo com o México, de onde a Nissan traz mais de 70% dos carros que vende no Brasil - incluindo o March e o Tiida. As compras da montadora sem alíquota de importação de 35% estão limitadas a US$ 329 milhões por ano. Procurada pelo Valor, a Nissan não retornou aos pedidos de esclarecimentos. Já a Toyota - ao comentar o desempenho no mês passado - disse que as vendas só não foram maiores por conta das férias coletivas de duas semanas na fábrica de Indaiatuba (SP), onde se produz o Corolla. Segundo a empresa, essas férias são regulares e acontecem anualmente para manutenção da linha de montagem. A Ford, por sua vez, explicou que seu resultado foi influenciado pela transição de novos modelos, como o Novo EcoSport e a Nova Ranger. A montadora diz que o crescimento das CLIPPING DO SINDIPOSTO Página 2

novas linhas será gradual. Também ressalta que o impacto foi exacerbado pelo recorde da indústria. A participação de mercado da Ford caiu para 7,7% em agosto, abaixo de sua média no ano, de 9%. "O movimento é pontual e considerado em nosso planejamento", afirma a montadora de origem americana, por meio de sua assessoria de imprensa. Colocando na conta caminhões e ônibus, foram emplacados 420,1 mil veículos no país durante o mês passado, marca que surpreendeu muitos analistas e confirmou o recorde de vendas na história da indústria automobilística - superando as 381,6 mil unidades licenciadas em dezembro de 2010. Fiat, Volkswagen, General Motors, Renault e Honda nunca venderam tantos carros no Brasil como no mês passado. A Fiat também teve recorde de produção na fábrica de Betim, em Minas Gerais, de onde saíram 82 mil carros. Ao divulgar os números na terça-feira, Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave - a entidade que representa as concessionárias de veículos - reconheceu que diversos modelos não estão mais disponíveis para pronta entrega nas revendas. Segundo ele, os estoques de carros na rede de distribuição - tirando as montadoras - caíram para um volume equivalente a 15 dias de venda. A capacidade de abastecimento da indústria pode ser um obstáculo para projeções que apontam para um crescimento de até 12% do mercado neste ano. Mas Meneghetti diz que a tendência de desaceleração das vendas indica uma recomposição dos estoques ao longo de setembro - para um giro superior a 20 dias nas lojas. Para o executivo, os volumes diários devem voltar para cerca de 16 mil carros. Em agosto, por influência da antecipação de compras, a média diária somou 17,6 mil unidades. Com a decisão do governo de prorrogar por mais dois meses os incentivos às montadoras, analistas acreditam que a demanda seguirá aquecida, mas poucos apostam na manutenção dos números registrados no mês passado. CLIPPING DO SINDIPOSTO Página 3

3. REUNIÃO PODE DECIDIR AUMENTO DE ETANOL ANIDRO NA GASOLINA Jornal Cana / Fonte: ProCana Brasil André Ricci No próximo dia 26 de setembro acontece em Brasília mais uma reunião entre representantes do setor produtivo, distribuidor e do governo, que pode decidir o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina. Segundo o presidente interino da União da Indústria de cana-de-açúcar (Unica), Antonio Pádua Rodrigues, durante o encontro realizado na última sexta-feira (31), os três setores envolvidos chegaram a conclusão de que precisam de informações mais sólidas a respeito da safra antes de tomar alguma decisão. Contudo, de acordo com o representante da Unica, caso haja a decisão de aumento na mistura, a mesma, passa a valer apenas na próxima safra 2013/14, que tem previsão de início em abril de 2013. "Vamos decidir apenas se a mistura será elevada já no início da safra, em abril, ou mais adiante", disse. Para ele, é impossível aumentar a mistura neste momento, perto do início da entressafra da cana. CLIPPING DO SINDIPOSTO Página 4

4. VENDA DE CARROS DE IMPORTADORAS SOBE 10,2% EM AGOSTO Agência Estado Gustavo Porto Levantamento da Agência Estado, feito a partir do volume de emplacamentos divulgado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), aponta que as vendas das companhias ligadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) atingiram 11.842 unidades em agosto - alta de 10,27% sobre as 10.739 unidades vendidas em julho. Na comparação com agosto de 2011, quando foram emplacados 19.499 veículos, houve queda de 39,3%. A baixa nas vendas de veículos importados ante igual período de 2011 ocorre desde abril, quando o governo ampliou a alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis importados em 30 pontos porcentuais, para até 55%. Desde o anúncio da medida, a Abeiva negocia uma cota de veículos com a alíquota anterior, mas ainda sem sucesso. A Abeiva - que divulga seus dados no próximo dia 13 e informou que só se pronunciará sobre o mercado nesse dia - também utiliza a base de dados da Fenabrave para seu balanço mensal. Nos levantamentos de julho e agosto da Abeiva, não constam mais os dados de veículos comercializados pela Effa, companhia chinesa que deixou de ser associada à entidade. Em agosto do ano passado, a Effa comercializou 921 unidades, o correspondente a 4,5% de todo o mercado de importados das então associadas à Abeiva naquele mês. A coreana Kia comercializou 4.013 unidades no mês passado e segue como a maior empresa entre as associadas à Abeiva, com 34% desse mercado. Em julho, a Kia havia comercializado 3.696 unidades e, em agosto de 2011, 6.811 veículos. De acordo com o levantamento da Agência Estado, as vendas de veículos importados atingiram 93.552 unidades nos primeiros oito meses de 2012, queda de 27,6% sobre as 129.284 unidades importadas em igual período de 2011. Nesse caso, para efeito de comparação, estão incluídos nos cálculos os veículos comercializados em 2011 e até junho deste ano pela Effa. CLIPPING DO SINDIPOSTO Página 5

5. SELO VERDE PARA CARROS O Globo Geralda Doca, Eliane Oliveira e Henrique Gomes Batista O governo fechou as bases de um acordo com as montadoras para implementar o novo regime automotivo, que vai vigorar de janeiro de 2013 a dezembro de 2017, com redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em troca de contrapartidas do setor. Um dos pontos mais polêmicos, a meta de eficiência energética que o setor terá de cumprir para pagar menos imposto não será mais medida pela emissão de gás carbônico por quilômetro rodado. O critério de referência será o consumo de combustível por quilômetro rodado, que vai variar de acordo com tamanho e peso do veículo. Os automóveis vão receber um selo com indicação do consumo. Atualmente, já existe um programa de etiqueta veicular desenvolvido pelo Inmetro, mas que é voluntário e, por isso, tem pouca adesão. O programa classifica os veículos de acordo com a eficiência energética por categoria, ou seja, de quanto eles dependem de energia para se locomover. A classificação vai de A (mais eficiente) a E (menos eficiente) e tem como base de referência a quilometragem por litro, na cidade e na estrada, com diferentes combustíveis. No novo regime automotivo essa etiqueta será obrigatória para os veículos fabricados a partir de 2013. No primeiro ano de vigência, 40% dos carros terão de sair da fábrica já com o selo. Esse percentual aumentará a cada ano até chegar a 100%, em 2017. A decisão de incluir o tamanho do veículo no critério, explicou uma fonte, tem o objetivo de estimular as montadoras a produzirem carros mais econômicos, inclusive os de maior porte. Segundo a fonte, o decreto com as novas regras já está pronto, aguardando apenas a sanção da medida provisória 563 (do Plano Brasil Maior e que trata do tema) pela presidente Dilma Rousseff, o que deve acontecer até o dia 15 deste mês. Como houve um erro no texto aprovado pelo Congresso, a MP voltou ao Senado, e a contagem do prazo recomeçou, dando mais tempo para um acordo entre governo e montadoras. Metas de investimento crescentes O novo regime automotivo estabelecerá metas crescentes de investimentos em inovação e tecnologia para que as montadoras produzam carros mais eficientes. Quem cumprir as exigências terá como benefício a compensação de 30 pontos percentuais do IPI por meio da geração de crédito presumido. Inicialmente, o governo pretendia impor a redução da emissão de gás carbônico, dos atuais 170 gramas por quilômetro rodado para 130, 135 gramas até 2017. Essa fórmula foi inspirada no modelo europeu, rechaçado pelas empresas. Nele, o nível permitido é de até 135 gramas de CO2 por quilômetro rodado para carros novos. No Brasil, hoje a média é de 170 gramas. Ambientalistas aprovam modelo Ambientalistas acreditam que as mudanças podem significar avanços. Eles esperam que política de selos envolva mais o consumidor. Ainda não sabemos os detalhes da proposta, mas avaliar a quilometragem por litro em selos de classificação torna a avaliação por parte do consumidor mais fácil. A rotulagem tem um efeito virtuoso, faz com que os consumidores se envolvam, isso gera uma pressão por inovação sobre as montadoras afirmou Marina Grossi, presidente-executiva do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds). Branca Americano, da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, acredita que a iniciativa é positiva, mas diz que esta não pode representar um retrocesso na busca por combustíveis mais eficientes: Melhorar a eficiência do consumo dos carros é uma grande medida, podemos evoluir muito nisso. Em paralelo, contudo, o governo tem de continuar a cobrar CLIPPING DO SINDIPOSTO Página 6

combustíveis mais limpos, que causem uma emissão menor disse. Por diversas vezes,os dirigentes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) foram ao Ministério da Fazenda dizer que não se pode simplesmente transplantar um modelo da Europa, que levou dez anos para ser produzido. A Anfavea argumenta que, por exemplo, europeus não adicionam álcool à gasolina, o que já é um fator de redução de gases. Lá o uso de diesel nos automóveis é comum, ao contrário daqui. Além disso, deve-se levar em conta as condições das estradas e das vias públicas brasileiras, em piores condições que as europeias. Outro argumento do setor é que cada empresa está num determinado nível tecnológico. Assim, uma meta geral resultaria no aumento de custos devido à importação de novas tecnologias. Até o fim deste ano, continuam valendo as normas estabelecidas em 2011: aumento de 30 pontos percentuais no IPI para carros importados de fora do Mercosul e do México e para modelos nacionais que não tenham pelo menos 65% de conteúdo regional. CLIPPING DO SINDIPOSTO Página 7