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Transcrição:

PET-Economia UnB 06 de abril de 2015

Joan Robinson Mrs. Robinson Formou-se em Economia na Universidade de Cambridge em 1925 Em 1965, obteve a cadeira de professora titular em Cambridge Economista pós-keynesiana britânica Participou ativamente da Revolução Keynesiana Sua contribuição inicial à Teoria Econômica constitui uma crítica e ruptura com o modelo de Concorrência Perfeita Entre 1930 e 1980, publicou cerca de 20 livros e mais de uma centena de artigos Nunca ganhou um prêmio Nobel

High Theory Na década de 30, surgem novas teorias econômicas Proliferação não ocorreu de forma intensa no meio acadêmico Origem das novas ideias Conservadores x Radicais Predominância de conservadores nas principais instituições e meios acadêmicos Ausência de comprovação empírica Como na teologia, argumentos econômicos são mais utilizados para dar suporte a doutrinas do que para testar hipóteses A maioria dos modelos econômicos vigentes servem apenas para disseminar uma ideologia ortodoxa

Micro e Macro Uma teoria geral não pode ser separada em micro e macro Análise de mercado é discutida apenas dentro da microeconomia Confia na lei de Say Conceito central é a curva de possibilidade de produção Nada é dito sobre os indivíduos do modelo Todas as características valorizam as trocas de mercadorias e negligenciam a produção

Ótimo de Pareto O ponto de equiĺıbrio na curva de possibilidade de produccão é descrito como ótimo quando é impossível melhorar a situação de um indivíduo sem piorar a de outro Nenhum aspecto da vida econômica do indíviduo é considerada Ótimo de Pareto é apenas uma repetição da definição da curva de possibilidade de produção

Custo de Oportunidade Princípio de mensurar o custo através do que se deixa de ganhar com outras alternativas ao se fazer uma escolha As decisões que os agentes tomam dependem da informações que estão disponíveis sobre condições técnicas e possibilidades de mercado O pressuposto de perfeita previsão é válido apenas no sistema matemático. Não tem contato com a realidade.

Recursos Escassos A quetão de recursos escassos é bastante contraditória ao se analisar a história Cada recurso possui um conjunto de possíveis substitutos Curva de possibilidade de produção serve apenas para economias socialistas

Teoria dos Jogos Proporciona uma forte crítica a doutrina ortodoxa Determina muitas regras aos jogadores Rejeita o princípio do individualismo Não considera a importância das instituições na vida econômica

Dilema de Marshall Não estava apenas preocupado com as trocas de mercadorias, mas também com a manufatura Quando as firmas se expandem, seus custos de produção caem, por causa de internas e externas economias de escala Em muitos casos, a fortuna de um negócio está relacionado com a vida de uma família são determinados pelo custo

Dilema de Marshall Problema Como a competição será mantida se uma firma que vende a preços menores consegue dominar mercados e estabelecer monopólios? Resposta Firmas administradas por famílias tendem a perder competitividade em muitos aspectos quando crescem Problema Herdeiros podem cometer erros na administração das firmas, mas possuem a alternativa de recorrer ao mercado de ações Resposta Empresas com acionários tendem a perder força e não são capazes de competir com empresas mais jovens

Pigou Construiu a curva de custos médios em formato de U Mostra que uma empresa de escala cresce até um certo ponto e os custos aumentam mais rapidamente Equilibrio requer que tanto o custo marginal quanto o médio sejam iguais ao preço

Maximizar lucro? As empresas sempre preferem a alternativa mais lucrativa O plano de uma firma é multidimensional Firmas maximizam seu crescimento

Monetaristas Inflação é um fenômeno monetário Destaca os limites da poĺıtica monetária discricionária de ativismo de demanda O retorno da teoria monetarista é apenas uma tentativa de evitar o debate de problemas poĺıticos

Salvação de Keynes Keynes não consegue solucionar o problema que surge quando a poĺıtica monetária não pode controlar sozinha quantidade de moeda na economia Kalecki afirma que exitem dois sistemas distintos de formação de preços Oferta e Demanda Lucro e Custo Kalecki também afirma que o custo primário depende de dois elementos Custo de materiais Custo dos salários Os dois custos são influenciados por demanda e oferta

Função de Produção Uma função com coeficientes mais maleáveis apenas para uma economia em crescendo estar sempre em equiĺıbrio Pseudo-função de produção mostra que nem sempre um ótimo resultado está associado a mais capital investido A pseudo-função não fornece uma interpretação alternativa para acumulação de capital

Tecnologia Inovações causam um forte impacto na economia Quando as mudanças apropriadas são feitas no estoque de capital, os investimentos caem e a recessão começa Progresso tecnológico pode ser Neutro Dispendioso de capital Poupador de capital

Crescimento equilibrado Progresso tecnológico neutro Taxa de lucro constante Relação capital-produto constante Taxa de acumulução constante Taxa salarial cresce à mesma taxa do aumento de produtividade por trabalhador

David Ricardo Afirmou que a abertura de mercado poderia aumentar a riqueza dos países As duas economias precisam estar no mesmo estado de equiĺıbrio Não tratou de investimentos estrangeiros

O que é uma nação? Teoria de Equiĺıbrio trata um país como um conjunto de fatores de produção Instituições se tornaram independentes e mais poderosas do que muitas nações

Balança de Pagamentos Nações modernas são intituições econômicas dintintas Taxa de câmbio é uma grande preocupação para governos e autoridades monetárias Se um país possui salário não muito alto, ele possui uma vantagem competitiva As autoridades de cada nação desejam ver um superávit em sua balança de pagamentos

A presente situação exige novos questionamentos Qual é a finalidade do crescimento econômico? Qual é o objetivo da produção industrial nos países modernos, e se pudesse aumentar ainda mais, para que seria utilizado? Para economistas clássicos, essa questão nem sequer é considerada

Uma visão ortodoxa Os neoclássicos resumem o objetivo da produção como um fornecimento para o consumo e recorrem a liberdade individual de escolha para defendê-la Existem algumas objeções a essa visão Desigualdade na distribuição do poder de consumo entre os indivíduos Muitas escolhas de consumo de alguns causam externalidades negativas para outros Para o show continuar, é necessário introduzir novos recursos e criar novos desejos de consumo Essas questões não podem ser resolvidas pela teoria econômica, mas seria, pelo menos, decente se os economistas admitissem que não possuem as respostas para elas.