Planejamento e Manejo de Lavouras Transgênicas de Algodão nos Sistemas de Produção Wanderley Katsumi Oishi Consultor Agrícola Quality Cotton Cons. Agronômica Ltda.
Situação Atual da Destruição Química de Soqueiras e de Plantas Voluntárias de Algodão nas Culturas em Sucessão - A falta de foco na destruição das soqueiras de algodão tornam o controle de pragas e doenças bastante complexo, - Com o atraso no calendário de plantio, o tempo para destruição química é muito restrito, - As condições climáticas na época para destruição das soqueiras de algodão são desfavoráveis, - Não existe um tipo de controle que por si só apresente efetividade, - As opções de herbicidas eficientes neste período são restritas, - Plantas voluntárias germinando durante o ciclo das culturas após algodão, - Necessidade de atenção no tipo de tecnologia transgênica de resistência a herbicidas adotada na cultura de algodão e na cultura em sequência.
Por que a Destruição Efetiva de Soqueiras de Algodão é Importante? - Reduz significativamente a possibilidade de pragas como mosca branca, ácaros, lagartas, trips, bicudo se utilizem da ponte biológica, - Posterga o aparecimento de doenças como a ramulária, - Reduz a manutenção de populações de nematóides na entressafra, - Facilita o programa de manejo de ervas daninhas na cultura sucessora, - Reduz a pressão do bicudo e facilita o seu manejo.
DESTRUIÇÃO MECÂNICA DE SOQUEIRAS Efetividade entre 95 a 99%, Necessidade de complementação com preparo de solo ou controle químico, Risco de erosão do solo, Qualidade da operação.
DESTRUIÇÃO QUÍMICA DE SOQUEIRAS -Necessidade de aplicações sequenciais (controle entre 98 a 100%), -Condições climáticas desfavoráveis do ambiente e plantas estressadas, - Necessidades de mais estudos com diferentes herbicidas e tecnologias de aplicação para melhorar o controle.
Problemas na Destruição Química
Manejo de Soqueiras no Sistema de Produção Algodão e Soja RR na sucessão 1) Algodão com tecnologia WS, LL e soja RR na sequência - Destruição de soqueiras: destruição mecânica com triton e aplicações sequenciais de 2,4 D e Glifosato após rebrota das soqueiras de algodão, - Plantio da soja: aplicação de glifosato ou paraquat para controle das plantas voluntárias de algodão. Como opção, pode ser utilizado herbicidas pré-emergentes como Sulfentrazone e Diclosulam, - Fase Vegetativa da Soja: controle de plantas voluntárias de algodão com aplicações sequenciais de glifosato até o fechamento das entrelinhas da soja. Para auxiliar no controle pode ser utilizado produtos latifolicidas como Imazetapir, Clorimuron, Fomesafen, Flumiclorac.
Manejo de Soqueiras no Sistema de Produção Algodão e Soja RR na Sucessão 2) Algodão com tecnologia RR, RFlex e GLT e soja RR na sequência - Destruição de soqueiras: destruição mecânica com triton, aplicações sequenciais de 2,4 D pelo menos vinte dias antes do plantio. Pode associar com herbicidas inibidores de protox(carfentrazone, Saflufenacil, Flumioxazin e Flumiclorac) ou Inibidores da GS (Glufosinato) desde que as soqueiras não apresentem sintomas de stress hídrico, - Plantio da soja: herbicidas dessecantes de ação total ou misturas com Glifosato(Carfentrazone, Flumioxazin, Fomesafen, Flumiclorac e Clorimuron). Herbicidas pré-emergentes (Sulfentrazone, Diclosulam) podem também serem utilizados, - Fase vegetativa da soja: aplicações sequenciais para controle de plantas voluntárias de algodão nos estádios iniciais das plantas voluntárias com herbicidas inibidores de protox (Fomesafen e Flumiclorac) ou inibidores de ALS (Imazetapir e Cloransulam).
Manejo de Soqueiras de Algodão no Sistema de Monocultura a) Cultivo mínimo - Destruição de soqueiras: destruição mecânica com triton e aplicações sequenciais de 2,4 D (tecnologia WS) ou 2,4 D mais Glifosato (tecnologia WS e RR) após rebrota das soqueiras de algodão, - Plantio de milheto ou braquiária ruziziensis e incorporação com grade niveladora, - Aplicações de 2,4 D em baixa dosagem para controle de plantas voluntárias de algodão e folhas largas, - Dessecação com Glifosato e 2,4 D quinze dias antes do plantio. - Dessecação para plantio: uso de Paraquat para controle das ervas daninhas e plantas voluntárias de algodão.
Manejo de Soqueiras de Algodão e Plantio de Milho na Sucessão com Diferentes Tecnologias Transgênica de Resistência a Herbicidas - Destruição de soqueiras: destruição mecânica com triton e aplicações sequenciais de 2,4 D (tecnologia WS e RR) ou 2,4 D mais Glifosato (tecnologia WS)nas soqueiras de algodão, - Após plantio e antes da germinação do milho: dessecação com paraquat ou carfentrazone, - Fase Vegetativa do Milho: aplicações sequenciais de Glifosato ou Glufosinato nas plantas voluntárias de algodão, levando em conta a tecnologia transgênica da cultura do milho.
Pontos Importantes na Destruição Eficiente de Soqueiras de Algodão - Maior foco na importância da destruição de soqueiras e de plantas voluntárias de algodão nas culturas subsequentes, - Necessidade de associação dos diferentes tipos de controle ou implementar sequenciais de operações, - Fator primordial na redução nos custos e simplificação do manejo fitossanitário, - Necessidade de que o lançamento de novas tecnologias transgênicas para herbicidas seja acompanhado de opções para destruição de soqueiras adaptadas às condições do cerrado, - Investimentos em pesquisa para solucionar os problemas de manejo das soqueiras e de plantas voluntárias das tecnologias transgênicas aprovadas comercialmente.
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