MAIS Competitividade. Em Números Empresa na Hora

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MAIS Competitividade Em Números Empresa na Hora 33 300 De Julho de 2005 a Julho de 2007, o número de empresas criadas na «Hora» ultrapassou as 33 mil, com um tempo médio de 51 minutos. Reduzir a burocracia, promover o empreendedorismo e facilitar o acesso aos mercados são alguns dos objectivos subjacentes às iniciativas de modernização administrativa orientadas para as empresas. Como resultado das medidas já introduzidas, os empresários contam agora com maior celeridade e eficiência nos processos e formalidades associados à criação de empresas, às contribuições fiscais e ao registo de marcas, entre muitos outros. Para criar empresas está disponível, desde Junho de 2005, o serviço «Empresa na Hora». Tal como o nome indica, permite constituir empresas em apenas uma hora. Trata-se de um processo mais rápido, mais simples implica apenas uma deslocação a só um balcão de atendimento e dispensa o preenchimento de qualquer formulário, mais barato e mais seguro. De Julho de 2005 a Julho de 2007, o número de empresas criadas na «Hora» ultrapassou as 33 mil, com um tempo médio de 51 minutos. No momento da criação da empresa é ainda possível o registo de domínio na Internet.pt gratuito durante o primeiro ano de vida da empresa e a adesão a um Centro de Arbitragem. O conceito de «Ciclo de Vida da Empresa» foi determinante para a implementação dos novos serviços para as empresas. A intenção foi caminhar para uma progressiva desmaterialização e eliminação dos procedimentos associados às principais etapas do ciclo de vida de uma empresa desde a sua criação, a uma eventual extinção, passando pela fase de expansão e consolidação dos negócios. Foi com base neste conceito que nasceu o «Portal da Empresa», um site com acesso a mais de 480 serviços. Lançado em Junho de 2006, o «Portal da Empresa» tornou-se um canal privilegiado na relação das empresas com a Administração pública. No «Portal da Empresa», as empresas têm a possibilidade de, através de um sistema seguro e simplificado, resolver assuntos que, até há pouco, as obrigavam a um moroso processo burocrático disperso por inúmeras instituições. Realizar online todas as formalidades de criação da empresa ou obter uma «Certidão Permanente de Registo Comercial» para acesso digital ao respectivo processo, são alguns dos serviços disponibilizados no portal e agregados através da «Empresa Online». O nível de utilização dos serviços disponibilizados, demonstra bem o sucesso e as vantagens que representam para o tecido empresarial. Desde o lançamento do pedido de «Certidões Permanentes» no «Portal da Empresa», em Dezembro de 2006, até Julho de 2007, já tinham sido emitidas mais de 200 mil certidões Também nessa data, já tinham sido criadas 455 novas sociedades através da Internet. 17

A declaração de «IES Informação Empresarial Simplificada» está também integrada na «Empresa Online». Lançada já em 2007, esta declaração veio permitir que, através da Internet, as empresas entreguem num único momento e perante uma única entidade, o Ministério das Finanças, todos dados contabilísticos, fiscais e estatísticos que estão obrigadas a fornecer relativamente às suas contas anuais. Com a iniciativa «Marca na Hora», ficou simplificado outro dos processos tradicionalmente mais morosos e complexos para os empresários nacionais: o registo de marcas. A «Marca na Hora» permite efectuar os pedidos de registo de marcas de produtos e serviços, de nomes e insígnias de estabelecimento, de logótipos, etc., de uma forma imediata e num único balcão. É ainda possível pesquisar e submeter electronicamente actos de propriedade industrial. Intitulado Pesquisa e submissão electrónica de actos de Propriedade Industrial, um dos finalistas dos European egovernment Awards 2007, permite o acesso simples, amigável e gratuito a informação sobre processos de Propriedade Industrial (PI), nas suas vertentes de Marcas, Patentes e Design. Permite ainda a pesquisa por situações jurídicas, titulares, semelhança fonética de nomes de Marcas e outros critérios adicionais, bem como por requerimentos solicitados (com a indicação do estado actual) e a submissão online de pedidos de registo de propriedade industrial e restantes actos subsequentes, tais como o pagamento electrónico de renovações e outras taxas. VoxPop Empresa On-Line «Eu e um colega decidimos criar a nossa empresa há alguns meses atrás. Quando ouvimos falar na possibilidade de tratar do processo de criação através da Internet, quisemos experimentar. Até porque, por enquanto, continuamos a ter outros trabalhos. O processo foi rápido e simples, evitou-nos o problema da disponibilidade de horários de expediente. Criámos a empresa no horário que mais jeito nos deu». Miguel Santos, 31, Segurança Outro exemplo de uma iniciativa de simplificação administrativa, cujos impactos são particularmente relevantes na melhoria da competitividade das empresas é o da «Janela Única Portuária». Trata-se de uma plataforma tecnológica que centraliza a informação, a documentação e os processos relativos às várias entidades que operam nos portos. Os agentes económicos podem, desta forma, apresentar a informação por uma única via, independentemente do porto de destino. Às autoridades portuárias facilita a instrução e a tomada de decisões administrativas por via electrónica. Este serviço contribui para a redução dos atrasos no trânsito portuário de mercadorias e para uma maior celeridade dos despachos aduaneiros. Projectos Crescimento Económico Portal da Empresa Portal online que congrega num mesmo site mais de 480 serviços orientados para as empresas, segundo o conceito de «Ciclo de Vida da Empresa». www.portaldaempresa.pt/ Empresa Online Serviço online onde os cidadãos podem tratar de praticamente todas as formalidades legais da empresa, incluindo criar a empresa ou a «Certidão Permanente de Registo Comercial». www.portaldaempresa.pt/ 18

IES - Informação Empresarial Simplificada Este serviço agrega, num único acto, o cumprimento de quatro obrigações legais das empresas: a entrega da declaração anual de informação contabilística e fiscal, o registo da prestação de contas, a prestação de informação estatística ao INE e a prestação de informação relativa a dados contabilísticos anuais para fins estatísticos ao Banco de Portugal. www.portaldaempresa.pt/ Certidão Permanente Sempre que o utente necessitar de uma certidão de registo comercial, bastalhe entregar o código de acesso à Certidão Permanente a qualquer entidade pública ou privada. www.portaldaempresa.pt/ Registos Online Com este conjunto de serviços passou a poder efectuar-se o pedido de Registos por Transcrição de uma empresa, a partir de um ponto único de contacto de Internet e sem a necessidade de deslocação à Conservatória de Registo Comercial. www.portaldaempresa.pt/ Empresa na Hora Através da iniciativa «Empresa na Hora» passou a ser possível a constituição de sociedades num único balcão e de forma imediata. www.empresanahora.pt/ Marca na Hora Serviço que permite aos requerentes efectuar os seus pedidos de registo de marcas de uma forma imediata e num único balcão. www.empresanahora.pt/ Pesquisa e submissão electrónica de actos de Propriedade Industrial Serviço que permite pesquisar e submeter electronicamente actos de propriedade industrial. www.inpi.pt Janela Única Portuária Uma plataforma tecnológica que centraliza a informação, a documentação e os processos relativos às várias entidades que operam nos portos. 19

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MAIS Cidadania Simplificar a vida do cidadão na sua relação com o Estado e aumentar a qualidade do serviço prestado pela Administração pública é a grande prioridade que se impõe aos serviços públicos. Trata-se de uma nova forma de estar e de actuar que passa por reorganizar a informação e os serviços em função das necessidades do cidadão e pela promoção de serviços transversais. Tudo isto implica a articulação e cooperação entre diferentes organismos públicos e uma integração multi-canal. No ano de 1999 introduziu-se um novo conceito de distribuição de serviços públicos, com a criação das «Lojas do Cidadão» em Lisboa e no Porto. Num mesmo local, o cidadão passou a ter acesso a uma vasta gama de serviços públicos e privados. Em Números Lojas do Cidadão 50 000 000 Com cerca de 9 Lojas instaladas em zonas de grande densidade populacional, a rede de «Lojas do Cidadão» foi responsável por mais de 50 milhões de atendimentos. Actualmente, com nove Lojas instaladas no Continente e Madeira, em zonas de grande densidade populacional, a rede de «Lojas do Cidadão» serve uma percentagem apreciável da população nacional (Aveiro, Braga, Coimbra, Lisboa (2), Madeira, Porto, Setúbal e Viseu). A comodidade e a facilidade do serviço prestado têm contribuído para o elevado índice de popularidade das «Lojas do Cidadão». As «Lojas do Cidadão» foram responsáveis por mais de 50 milhões de atendimentos. Em paralelo, foram criados 77 «Postos de Atendimento ao Cidadão». São postos multi serviços com atendimento personalizado que, em locais de menor densidade populacional, se encontram instalados nas Câmaras Municipais e funcionam como extensão das «Lojas do Cidadão». Os Açores seguiram este exemplo, sendo que a RIAC Rede Integrada de Apoio ao Cidadão dispõe de 24 pontos de atendimento no Arquipélago. Para as empresas, foram criados, em 1997, os «Centros de Formalidades de Empresas (CFE)», que agregam, num único local, serviços de atendimento e de informação sobre os processos de constituição, alteração e extinção de empresas, entre outros assuntos afins. Desde a sua criação, os 10 «CFE» efectuaram cerca de 800 mil atendimentos. Foi a experiência acumulada ao longo do tempo que permitiu agora estabelecer objectivos mais ambiciosos. Está em curso a expansão da rede das «Lojas do Cidadão» que propõe novos modelos de atendimento desenvolvidos para dar resposta às necessidades dos cidadãos e das empresas. A par da melhoria do atendimento, pretende-se também racionalizar, em termos financeiros e geográficos, a rede de distribuição de serviços públicos. Em articulação com a estratégia global que orienta os novos modelos de atendimento para a Administração pública, o «Portal do Cidadão» assume um papel fundamental na disponibilização de serviços públicos electrónicos. 21

O «Portal do Cidadão» é, desde Março de 2004, o principal ponto de ligação entre a Administração pública e o cidadão, no que respeita à disponibilização de serviços públicos online. A adesão ao «Portal do Cidadão» comprova o seu sucesso, com cerca de 3 milhões de páginas vistas e um volume de utilizadores registados activos na ordem dos 260 mil. O relacionamento dos contribuintes com a administração tributária foi outra área em que os cidadãos sentiram os benefícios da simplificação administrativa. Com as «Declarações Electrónicas», por exemplo, a entrega do IRS pela Internet conseguiu ultrapassar, em 2007, a entrega presencial. Neste ano, cerca de 60% das declarações foram entregues online. Este valor é superior à média registada nos Estados membros da União Europeia. O pedido do «Selo Automóvel pela Internet» é também um dos serviços com grande popularidade. Em 2007, mais de 2500 pessoas efectuaram o pedido e o pagamento do selo do carro na Internet, no primeiro dia em que o serviço esteve disponível online. VoxPop Cartão de Cidadão «Um cartão para os quatro que tinha antes, só aí melhora muito. Mas como cada vez mais podemos tratar dos assuntos com o Estado através da Internet, poder utilizá-lo para me identificar na Net é óptimo.» António Tavares, 48 anos, Médico O novo «Cartão de Cidadão» concebido como um certificado de cidadania, é simultaneamente um documento físico e digital. Ele identifica o cidadão quer presencialmente quer electronicamente (mediante um PIN), nos actos em que tal seja necessário. O «Cartão de Cidadão» combina vários documentos num só: Bilhete de Identidade, Cartão de Contribuinte, da Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde. Já está disponível em algumas regiões do país e será disponibilizado a todos os cidadãos até finais de 2008. A inovação alargou-se ao «Passaporte Electrónico Português». Este documento, um caso de referência internacional, permite a identificação presencial e electrónica do titular com maior rapidez, rigor e segurança. Também o registo automóvel foi alvo de simplificação, com a introdução do «Documento Único Automóvel (DUA)». Este documento, que reúne a informação do registo de propriedade e do livrete, já conta com 2,7 milhões de portadores em todo o território nacional, desde a sua aprovação em 2005. Prevê-se que, num futuro próximo, a compra, a venda e o registo de um automóvel se realizem através da Internet. O «Diário da República Electrónico» garante o acesso online gratuito ao Diário da República. Constitui um passo importante na melhoria do acesso dos cidadãos ao conhecimento da lei e permitiu poupar milhares de euros por ano nos custos finais de publicação e milhares de toneladas de papel. 22

Projectos Serviços Públicos Lojas do Cidadão Com a nova filosofia de distribuição de serviços públicos, o cidadão passou a contar com as Lojas do Cidadão, que congregam, num mesmo local, o acesso a uma larga gama de serviços públicos e privados. www.lojadocidadao.pt/ Centro de Formalidades de Empresas (CFE) Nos CFE são prestas informações e serviços relacionados com processos de constituição, alteração ou extinção de empresas e actos afins. www.cfe.iapmei.pt/ Portal do Cidadão Canal de acesso privilegiado aos serviços prestados pela Administração pública. www.portaldocidadao.pt/ Declarações Electrónicas Site Internet onde o cidadão pode efectuar as declarações fiscais, evitando a deslocação à repartição de finanças. www.e-financas.gov.pt/ Selo Automóvel pela Internet Serviço online para o pedido e pagamento do selo automóvel. www.e-financas.gov.pt/ Cartão de Cidadão O «Cartão de Cidadão» tem a forma de um documento físico e de um documento digital. Combina vários documentos num só: Bilhete de Identidade, Cartão de Contribuinte, da Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde. www.cartaodecidadao.pt/ Passaporte Electrónico Português Documento que permite a identificação automática e presencial dos dados pessoais com maior rapidez e rigor. www.pep.pt/ DUA (Documento Único Automóvel) Documento automóvel que congrega a informação do título de registo de propriedade e o livrete. www.irn.mj.pt/ Diário da República Electrónico Portal Internet para acesso online gratuito ao Diário da República, facilitando aos agentes económicos a consulta quer de legislação quer de concursos públicos. http://dre.pt/ 23

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MAIS Eficiência Racionalização O «Programa de Compras Electrónicas», lançado em Junho de 2003, permitiu à Administração pública utilizar a Internet para a realização das suas compras, tornando este processo mais simples, mais transparente e mais barato. Para além de promover a eficiência do processo público de aquisições, este programa pretende também incentivar a adopção de práticas de negócio e comércio electrónico pelas empresas, com o objectivo de dinamizar a modernização dos agentes económicos. Em Números Compras Electrónicas 41 000 000 O valor total negociado desde o início do Programa Nacional de Compras Electrónicas até ao final de 2006 atingiu cerca de 41 milhões de euros, com cerca de 20% de poupança. No final de 2006, com o envolvimento de 14 ministérios e a participação de 918 organismos, o número de processos de agregação e negociação realizados desde o início do «Programa de Compras Electrónicas» totalizava os 103. Durante este período, o valor total negociado através deste programa ascendeu aos 41 milhões de euros, que se traduzem numa poupança que rondou os 20%. Por sua vez, a «Factura Electrónica» veio permitir a «desmaterialização» dos documentos comerciais. Na prática, esta factura é um documento semelhante ao convencional, mas em formato electrónico. Tem o mesmo valor que a factura em papel se contiver as menções obrigatórias exigidas por lei para garantir a sua autenticidade, o que é essencial para o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Segundo o inquérito realizado pela UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, no final de Janeiro de 2006, aos organismos públicos da administração central, a que responderam 239 organismos, o número de facturas electrónicas emitidas rondava, naquela altura, os 2,6 milhões, com um valor total de aproximadamente 2 mil milhões de euros. Interoperabilidade O facto de as instituições terem plataformas tecnológicas diferentes, não significa que não tenham standards e metodologias comuns para comunicar com as outras instituições. E é disso que se trata quando falamos de interoperabilidade e de Administração Electrónica. Anabela Pedroso, Presidente da AMA Depois de uma fase em que as diferentes instituições públicas dedicaram um enorme esforço à modernização e disponibilização online dos seus serviços, a Administração pública portuguesa enfrenta agora outro desafio igualmente significativo: a interoperabilidade dos serviços das várias instituições. Na prática, a interoperabilidade não é mais do que um meio tecnológico que garante a tradução e reconhecimento de sistemas de informação diferenciados, permitindo a criação de uma arquitectura de informação na Administração pública, orientada para as necessidades dos seus clientes (cidadãos, empresas, etc.) e ao serviço de múltiplos canais de comunicação: Internet, serviços móveis, Lojas do Cidadão e balcões de atendimento das instituições. O objectivo final é tornar a relação entre o Estado e o cidadão o mais prática, cómoda e funcional possível. Por outras palavras, colocar todos os serviços públicos ao dispor do cidadão, onde, como e quando ele quiser. 25

No entanto, como a partilha exige um elevado grau de comunicação entre os sistemas de informação das várias instituições públicas, o desafio é ainda maior se pensarmos que os vários sistemas foram desenvolvidos autonomamente, seguindo a estratégia e o modelo organizativo de cada instituição. Muitos desses sistemas de informação são incompatíveis entre si do ponto de vista técnico, semântico e estrutural. A solução não passa por impor modelos únicos de organização e de sistemas de informação a todas as instituições. Passa por introduzir nos diferentes sistemas um conjunto de padrões, regras e procedimentos que permita aos serviços públicos comunicarem entre si. É precisamente esse o objectivo da «Framework de Serviços Comuns» que o Governo está a impulsionar na Administração Pública. Trata-se de uma plataforma que, baseada em standards abertos, dotará as instituições públicas de uma ferramenta de comunicação e partilha da informação que permita a interligação de sistemas distintos e a disponibilização de serviços electrónicos multi-canal. No fundo, este projecto constitui-se como a pedra angular da estratégia de administração electrónica desenvolvida pelo Governo português, nos seus mais variados projectos que aqui se apresentaram. Partilha de Conhecimento A «Rede Comum de Conhecimento» é uma plataforma electrónica onde são registadas todas as iniciativas de modernização, inovação e simplificação administrativas levadas a cabo pela Administração pública. Pretende-se, assim, evitar que algum serviço desconheça as acções que estão a decorrer noutros serviços públicos, nomeadamente os seus objectivos, custos e fase de execução. A partilha de conhecimentos permite, sobretudo, uma maior racionalização de custos, numa lógica de transparência da Administração pública. Muito mais do que um fiel depositário das medidas executadas, a «Rede Comum de Conhecimento» é um instrumento que exige permanente gestão e actualização do seu conteúdo, e cuja utilização pelos diversos serviços públicos deve ser fortemente promovida. Entre outros benefícios, a «Rede Comum de Conhecimento» vai permitir racionalizar e tornar mais eficiente a contratação pública, evitar a repetição ou duplicação de algumas iniciativas inovadoras, conhecer todas as experiências de serviços partilhados, todas as experiências de balcão único, de formação para o atendimento, de gestão de arquivos, etc. É nossa intenção tornar a Rede Comum de Conhecimento aberta a qualquer pessoa que queira consultá-la, pois temos todo o interesse em que os cidadãos conheçam as iniciativas da Administração e percebam que não está parada. Maria Manuel Leitão Marques, Secretária de Estado para a Modernização Administrativa 26

Projectos Eficiência Programa Nacional de Compras Electrónicas Programa que permitiu que a Administração pública passasse a utilizar a Internet para a realização das suas compras, tornando este processo mais simples, mais transparente e com uma elevada taxa de poupança. www.compras.gov.pt/ Gráfico Compras Electrónicas Evolução temporal da poupança estimada (Milhões de euros; 2006) Poupanças em Perspectiva Poupanças Realizadas nos Projectos Piloto já efectuados Potencial de Poupanças com a actualização dos CPAs Fonte: www.compras.gov.pt 200 160 120 80 40 0 58 107 172 Linha de Tendência 190 Milhões de euros 2 2 4 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 PROJECTOS PILOTO CONTRATOS PÚBLICOS DE APROVISIONAMENTO Factura Electrónica Documento electrónico que substitui a tradicional factura em papel. www.umic.pt/ Framework de Serviços Comuns Plataforma para a interoperabilidade dos diversos serviços públicos. www.ama.pt/ Rede Comum de Conhecimento Serviço online que pretende constituir um ponto de partilha e troca de experiências entre as entidades e responsáveis da Administração pública. www.ama.pt/ 27

Presidência do Conselho de Ministros Ministério dos Negócios Estrangeiros Ministério das Finanças e da Administração Pública Ministério da Defesa Nacional Ministério da Administração Interna Ministério da Justiça Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional Ministério da Economia e da Inovação Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social Ministério da Saúde Ministério da Educação Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Ministério da Cultura 28 AMA - Agência para a Modernização Administrativa, I.P. R. Abranches Ferrão, nº 10, 3º G 1600-001 Lisboa Portugal Tel. (+351) 21 723 12 00 Fax. (+351) 21 723 12 20 ama@ama.pt www.ama.pt www.pcm.gov.pt Design: jorge vicente druida@mac.com fernando mende drella@mac.com Conteúdos: igov Foto capa: Turismo de Portugal - Paulo Magalhães Foto Pág4: Turismo de Portugal - João Paulo