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Transcrição:

PROCESSO N o 15008300 PROCEDÊNCIA: CAMAQUÃ RECORRENTE: JOSÉ NAPOLEÃO KASPRZAK CANDIDATO A VEREADOR PELO PPB RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL DA 12ª ZONA -------------------------------------------------------------------------------------------------- Recurso. Impugnação de registro de candidatura. Inelegibilidade do art. 1º, inciso II, alínea a, nº 9, c/c inciso VII, alínea b, da Lei Complementar nº 64/90. O prazo de desincompatibilização a ser observado pelos Presidentes de fundações públicas e as mantidas pelo Poder Público, para concorrer ao cargo de Vereador, é de seis meses. Provimento negado. A C Ó R D Ã O Vistos, etc. ACORDAM os Juízes do Tribunal Regional Eleitoral, à unanimidade, ouvida a Procuradoria Regional Eleitoral, negar provimento ao presente recurso, nos termos do voto da Relatora, constante nas notas taquigráficas inclusas. CUMPRA-SE. Participaram do julgamento, além da signatária, os eminentes Desembargadores José Eugênio Tedesco - Presidente e Clarindo Favretto e Drs. Luiza Dias Cassales, Isaac Alster, Érgio Roque Menine e Pedro Celso Dal Prá, bem como o Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino, Procurador Regional Eleitoral. Porto Alegre, 04 de abril de 2001. Dra. Sulamita Terezinha Santos Cabral, Relatora.

PROCESSO N o 15008300 RELATORA: DRA. SULAMITA TEREZINHA SANTOS CABRAL SESSÃO DE 04-04-2001 -------------------------------------------------------------------------------------------------- RELATÓRIO O Ministério Público Eleitoral da 12ª Zona, Camaquã, formulou impugnação ao pedido de registro da candidatura de JOSÉ NAPOLEÃO KASPRZAK ao cargo de Vereador pela PPB, sob a alegação de que o mesmo não se havia desincompatibilizado no prazo legal do cargo de Presidente da Fundação Municipal FUNBECA. O Juiz Eleitoral julgou procedente a impugnação, para indeferir o registro. Desta decisão foi interposto recurso a este Tribunal, que não conheceu do apelo, por falta de capacidade postulatória (fl. 67). Inconformado, o recorrente interpôs recurso especial ao colendo Tribunal Superior Eleitoral, tendo o Ministro Costa Porto acolhido o recurso, nos seguintes termos: Assiste razão ao recorrente quando se insurge contra o Acórdão do TRE/RS, pois houve desacerto da Corte de origem ao considerar necessária a presença de advogado na fase de impugnação ao registro de candidatura. Este Tribunal recentemente teve oportunidade de analisar esta matéria, afirmando que, Tratando-se de impugnação de registro de candidatura perante juiz eleitoral, pode o interessado atuar sem intermediação de defensor legalmente habilitado. A presença de advogado para o ato somente é exígivel na fase recursal. (Precedente Ac. 16.694) Uma vez afastada a falta de capacidade postulatória, dou provimento ao recurso, nos termos do artigo 36, 7º, do RITRE, determinando o retorno dos autos a Corte de origem para que julgue como entender de direito. Nas razões recursais, o recorrente alega que pediu afastamento da Presidência da Fundação por questão de ética, e que a Fundação Assistencial e Beneficente de Camaquã (FUNBECA), instituída em 26 de novembro de 1976, é uma entidade com personalidade jurídica de direito privado, dotada de patrimônio próprio, com autonomia 2

Proc. n o 15008300 administrativa e financeira, que não remunera seus membros, especialmente diretores, e que inclusive seu sistema contábil é de ordem privada. Salienta que a entidade não se mantém por subvenção ou qualquer outra ingerência de recurso público. O douto Procurador Regional Eleitoral emitiu parecer (fls. 105/109), opinando pelo desprovimento do recurso, pois o candidato não se desincompatibilizou definitivamente no prazo de seis meses antes do pleito do cargo de Presidente da fundação pública, incidindo na inelegibilidade do art. 1º, inciso II, alínea a, nº 9, c/c inciso VII, alínea b, da Lei Complementar nº 64/90. É o relatório. VOTO O recurso é tempestivo, pois interposto no prazo legal previsto no art. 8º, caput, da Lei Complementar nº 64/90. O recorrente concorreu ao cargo de Vereador de Camaquã pelo PPB, sob nº 11.667 (fl. 17), obteve 247 votos e está na condição de 5º suplente, conforme registros deste Tribunal. O recorrente, Presidente da Fundação Assistencial e Beneficente de Camaquã (FUNBECA), pediu afastamento do cargo três meses antes do pleito (fl. 30). A r. decisão de 1º grau (fl. 31) considera que a FUNBECA é fundação municipal e a presidência de tal fundação se enquadra na proibição do art. 1º, inc. II, letra a, nº 9, que se aplica ao caso por força do inc. VII, letra b, do mesmo artigo. Assim, o prazo para desincompatibilização é de 6 meses, o que não foi cumprido pelo candidato. A questão envolve, necessariamente, o entendimento da natureza jurídica da Fundação Municipal Assistencial de Camaquã (FUNBECA), especialmente se a mesma deve ser entendida como fundação pública ou fundação privada. 3

A Lei Complementar nº 64/90, que estabelece casos de inelegibilidade, determina: Art. 1º São inelegíveis: (...) II Para Presidente e Vice-Presidente da República: a) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções: (...) 9 os Presidentes, Diretores e Superintendentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas e as mantidas pelo Poder Público. Portanto, o prazo de desincompatibilização a ser observado pelos Presidentes de fundações públicas e as mantidas pelo Poder Público, para concorrer ao cargo de Vereador, é de seis meses. Ora, o recorrente afastou-se do cargo de Presidente da FUNBECA em 30 de junho de 2000 (fl. 30), três meses antes do pleito, e defende o entendimento de que o fez por razões éticas, pois a FUNBECA é fundação de direito privado, dotada de patrimônio próprio, com autonomia administrativa e financeira, que não se mantém por subvenção ou qualquer ingerência de recurso público, não se enquadrando, pois, seu caso, nas proibições de inelegibilidade da referida lei. A fundação referida foi criada pela Lei Municipal nº 427, de 26-11-76, sendo seu patrimônio constituído pelo acervo e patrimônio existente em poder do antigo Hospital Municipal Nossa Senhora Aparecida e recebendo, anualmente, subvenção mensal equivalente a 1,3% do orçamento municipal (art. 3º, a, e art. 11 fls. 52/53). Além de ter sido criada por lei municipal e receber subvenção do poder público, a partir da Constituição Federal de 1988, foi firmado o entendimento de que, independentemente da qualificação atribuída à fundação, a mesma será fundação pública se as suas características ontológicas assim apontarem. O Tribunal de Contas do Estado, através do Processo nº 1161-02.00/96-3, qualifica-a como fundação pública, apontando irregularidades, especialmente referentes ao sistema contábil comercial que adota, quando deveria observar a Lei Federal nº 4320/64, que institui as normas gerais sobre orçamento e contabilidade aplicáveis aos órgãos públicos (fls. 55/58). 4

Proc. n o 15008300 Celso Antônio Bandeira de Mello, in Curso de Direito Administrativo, 5ª edição, 1994, págs. 82-3, diz o seguinte: É absolutamente incorreta a afirmação normativa de que as fundações públicas são pessoas jurídicas de direito privado. Na verdade, são pessoas de direito público, consoante, aliás, universal entendimento, que só no Brasil foi contendido. Saber-se se uma pessoa criada pelo Estado é de direito privado ou de direito público é meramente uma questão de examinar o regime jurídico estabelecido na lei que a criou. Se lhe atribui a titularidade de poderes públicos (e não meramente o exercício deles) e disciplinou-a de maneira a que suas relações sejam regidas pelo direito público, a pessoa será de direito público, ainda que se lhe atribua outra qualificação (...) Como bem observa o douto Procurador Regional Eleitoral, o recorrente, na qualidade de Presidente da FUNBECA, tinha conhecimento da natureza de fundação pública constatada pelo Tribunal de Contas em 1996. Assim, como não se desincompatibilizou no prazo de seis meses antes do pleito, incidiu na inelegibilidade do art. 1º, inciso II, alínea a, nº 9, c/c inciso VII, alínea b, da Lei Complementar nº 64/90. Pelo exposto, voto pelo improvimento do recurso. É o voto. (Todos de acordo.) DECISÃO À unanimidade, negaram provimento ao recurso, nos termos do voto da Relatora. 5