O que devo exigir do meu contabilista? O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Devo renunciar à isenção do IVA?



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Transcrição:

18 de junho de 2014

O que devo exigir do meu contabilista? O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Afinal devo ou não ter uma viatura ligeira de passageiros na minha clínica dentária? A minha clínica está no regime de transparência fiscal? O ticket vantagens para compensar os colaboradores? Nova taxa do IRC benefício fiscal máximo 2

O que devo exigir do meu contabilista? De instrumento meramente financeiro a ferramenta de gestão Reunião inicial antes do TOC assumir funções; Promover uma relação de confiança e troca de informação; Fonte de informação segura e oportuna para efeitos de gestão; Sinais de alerta e mecanismos de prevenção; Que passe de Guarda Livros para Controller de Gestão ; Ajudar os gestores a implementar a estratégia empresarial.

O que devo exigir do meu contabilista? O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Afinal devo ou não ter uma viatura ligeira de passageiros na minha clínica dentária? A minha clínica está no regime de transparência fiscal? O ticket vantagens para compensar os colaboradores? Nova taxa do IRC benefício fiscal máximo 4

O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? A verdade Não se gere o que não se mede... Não se mede o que não se define... Não se define o que não se conhece... Não há sucesso no que não se gere. W. Edwards Deming

O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Os principais documentos contabilísticos Balancete Um instrumento financeiro que deve analisar com periodicidade (pelo menos trimestral); Permite estabelecer um resumo básico de um estado financeiro; Permite confirmar que a contabilidade da empresa está ou não bem organizada; A sua análise, de forma regular, permite identificar erros de forma atempada. Demonstração Resultados Balanço

O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Balancete 1.º S Ano x Chamadas contas do Balanço DICAS DE GESTÃO: 1 Contas classe 1 (Disponibilidades) - Criar fundo fixo de caixa; Analisar os extractos bancários; 2 Contas classe 2 (Terceiros) Analisar valores de dívidas de clientes e dívidas a fornecedores e outros credores (análise ao nível de endividamento, risco de liquidez); 3 Contas classe 3 (Inventários) Controlo de stocks mensal. Tem desperdícios? Produtos fora de prazo? Tem de comunicar à contabilidade; 4 Contas classe 4 (Activo Fixo) Todo o investimento que fez na clínica desde o balcão de recepção até ao compressor, cadeiras, autoclave, raio-x ortopantomografo. Faça conferência da permanência, elabora uma mapa de controlo dos bons e número o activo. 5 Contas classe 5 (Capital) Atenção para a problemática da situação da perda de metade do capital (Art.º 35 CSC).

O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Balancete 1.º S Ano x Chamadas contas de Resultado DICAS DE GESTÃO: 6 - Contas classe 6 Gastos Conseguimos analisar os gastos que tive até ao período específico. Devemos solicitar ao TOC se os gastos que está a ter implicações fiscais, nomeadamente, e a título de exemplo, despesas de representação ou despesas não documentadas.; 7 Contas classe 7 Rendimentos Conseguimos analisar os rendimentos ao longo do período e comparar com a conta de gastos e com o comportamento do ano anterior. DESTACAMOS: A importância da elaboração de um orçamento anual para que possa analisar os desvios que a actividade operacional da sua clínica está a ter e permite-lhe controlar o resultado e, por consequência, o imposto sobre o rendimento.

O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Os principais documentos contabilísticos Balancete Demonstração Resultados Balanço Permite-nos analisar o desempenho da clínica ao longo de um determinado período de tempo; Desempenho esse que se traduz no apuramento do resultado da empresa, ou seja, pela subtração dos gastos aos rendimentos da clínica apuro lucro ou prejuízo; Esse resultado é o ponto de partida para calcular o imposto sobre o rendimento e o ponto de partida para analisarmos se o negócio é sustentável.

O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Demonstração de Resultados Ano x COMO INTERPRETAR: Mede o desempenho? O que quer dizer? 1 Resultado Operacional Proveitos da actividade operacional (objecto social) deduzidos dos gastos operacionais Exemplo: Altura de tomar medidas estratégicas. Devemos analisar juntamente com o balanço. Pode ser porque a Clínica já necessita de investir novamente em novos equipamentos. 2 Resultado Líquido do Período Resultado antes dos impostos deduzido do imposto sobre o rendimento (IRC).

O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Os principais documentos contabilísticos Balancete Demonstração Resultados Balanço Permite-nos aferir sobre a posição financeira da clínica; Evidencia os recursos que a Clínica tem, desde o equipamento até ao stock de consumíveis e as fontes de financiamento, desde fornecedores, a sócios e instituições bancárias.

O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Balanço Ano x COMO INTERPRETAR: Mede a posição financeira? ACTIVO PASSIVO = CAPITAL PRÓPRIO SOLVABILIDADE: Deve-se analisar as necessidades de longo prazo e financiamento de longo prazo (1 e 4) LIQUIDEZ: Deve-se analisar para o que se pode ganhar com o activo corrente e a capacidade de liquidar as obrigações de curto prazo (2 e 5)

O que devo exigir do meu contabilista? O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Afinal devo ou não ter uma viatura ligeira de passageiros na minha clínica dentária? A minha clínica está no regime de transparência fiscal? O ticket vantagens para compensar os colaboradores? Nova taxa do IRC benefício fiscal máximo

Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Regime de isenção Como funciona? Na prestação de serviços a sua clínica não cobra IVA ao seu paciente; Mas... Em todas as compras a sua clínica vai suportar o IVA, ou seja, o IVA será sempre um gasto.

Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Regime de isenção Porque a minha clínica está isenta de IVA? As prestações de serviços médicos e no exercício da profissão de médico têm «a honra» de inaugurar, no Código do IVA, o capítulo das isenções, nomeadamente nos números 1 e 2 do artigo 9.º. O sentido da isenção parece evidente: sendo um imposto que é suportado em última análise pelo consumidor final, e sendo a saúde um bem essencial, compreende-se que este tipo de serviço esteja isento.

Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Regime de isenção Nota (Casos Especiais): As prestações de serviços efetuadas por estomatologistas, médicos dentistas e odontologistas, e por protésicos dentários estão isentos de imposto. Se fabricarem próteses que utilizem exclusivamente nos seus pacientes, não há que liquidar IVA. Mas Se os mesmos profissionais venderem a outrem que não os seus pacientes, deverão liquidar IVA à taxa correspondente.

Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Regime de isenção ESTE ASSUNTO NÃO SE ESGOTA AQUI...

Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Regime de isenção

Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Regime de isenção Consequências Na prestação de serviços a sua clínica cobra IVA ao seu paciente e entrega ao Estado (o IVA é à taxa reduzida de 6%); Mas. Em todas as compras que a sua clínica faça o IVA que paga ao seu fornecedor ser-lhe-á devolvido pelo Estado; Ao optar por este regime fica obrigado a permanecer por um período mínimo de 5 anos.

Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Renúncia à isenção Quando poderá fazer sentido? Numa fase de investimentos avultados com períodos de retorno longos, permitir-lhe-á: Ter crédito fiscal e contínuo pois: Aquisições a 23% (maioria); 17% Prestações de Serviços a 6%; Controlar o resultado da sua clínica por via da redução de gastos que numa fase de investimento é mais elevada; Na aquisição de bens à U.E. a sua clínica não tem de pagar o IVA.

Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Renúncia à isenção Quando poderá não fazer sentido? Quando o valor do investimento é baixo e não temos expectativas de investimento contínua a médio e longo prazo.

Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Renúncia à isenção Exemplo: REGIME ISENÇÃO REGIME NORMAL Volume Negócios 400.000,00 377.358,49 IVA (6%) - 22.641,51 RESULTADO OPERACIONAL 400.000,00 377.358,49 Investimento 100.000,00 100.000,00 IVA (23%) 23.000,00 23.000,00 GASTOS 123.000,00 100.000,00 IVA entregue ao Estado Crédito Fiscal

Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Aquisições de bens no regime de isenção UE SITUAÇÃO As aquisições efectuadas noutros EM que não ultrapassam o limiar dos 10.000 LOCAL DE TRIBUTAÇÃO No Estado-Membro onde a Clínica adquire o bem CONSEQUÊNCIAS PARA A SUA CLÍNICA Pagar o IVA ao vendedor à taxa aplicável no EM onde está Estabelecido As aquisições efectuadas noutros EM já ultrapassaram o limiar dos 10.000 ou uma só compra é de valor superior a este limite Em Portugal Registar se para efeitos de aquisições intracomunitárias Comunicar o seu NIF aos fornecedores dos outros EM Proceder à liquidação do IVA, que, neste caso, não pode ser deduzido Proceder ao pagamento do IVA até ao fim do mês seguinte, através de declaração periódica

Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Breve conclusões É muito importante que reflicta bem sobre estas questões pois pode estar a suportar IVA como gasto para a clínica, sendo que se estivesse no regime normal de IVA não estaria, uma vez que em todas as compras poderia deduzir o IVA a favor da clínica; Trata-se de uma decisão com impacto fiscal e com impacto directo no resultado da sua clínica; Compensa muito fazer um estudo sobre esta matéria.

O que devo exigir do meu contabilista? O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Afinal devo ou não ter uma viatura ligeira de passageiros na minha clínica dentária? A minha clínica está no regime de transparência fiscal? O ticket vantagens para compensar os colaboradores? Nova taxa do IRC benefício fiscal máximo

Afinal devo ou não ter uma viatura ligeira de passageiros ligeira na minha clínica dentária? Agravamento das tributações autónomas reforma IRC 2014 Enquadramento A tributação autónoma de IRC é uma tributação que incide sobre determinados encargos de sujeitos passivos de IRC e devem ser interpretadas como um pagamento independente da existência ou não de matéria colectável; Alguns exemplos: todas as despesas com viaturas ligeiras de passageiros, despesas de representação, despesas não documentadas, ajudas de custo e compensação por quilómetros.

Afinal devo ou não ter uma viatura ligeira de passageiros ligeira na minha clínica dentária? Agravamento das tributações autónomas reforma IRC 2014 Exemplo viaturas ligeiras de passageiros: Descrição Depreciação contabilística (DC) 25% x VA Depreciação aceite (DA) 25% x 25 000 Redução do IRC (depreciação) Valores de aquisição (VA) - Em Euros >= 25.000 30.000 35.000 50.000 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 6.250,0 6.250,0 7.500,0 7.500,0 8.750,0 8.750,0 12.500,0 6.250,0 6.250,0 6.250,0 6.250,0 6.250,0 6.250,0 6.250,0 1.656,3 1.531,3 1.656,3 1.531,3 1.656,3 1.531,3 1.656,3 12.500,0 Taxa (a) x DA Tributação autónoma Taxa (b) x DC (depreciações praticadas) 1.250,0 1.718,8 1.500,0 2.062,5 1.750,0 3.062,5 2.500,0 4.375,0 Agravamento da tributação -406,3 187,5-156,3 531,3 93,8 1.531,3 843,8 2.843,8 (a) ANO 2014: Considerámos a nova taxa (23%) e uma derrama de 1,5%; (a) ANO 2013: Considerámos a taxa de (25%) e uma derrama de 1,5%; +7,5% +7,5% +15% +15% (b) ANO 2014: Taxa de 27,5% em relação às viaturas cujo custo de aquisição foi de 25 000 e 30 000 e de 35% para aquelas cujo custo foi 35 000 e 50 000 (presumindo que a empresa apura resultados fiscais positivos); (b) ANO 2013: Consideramos que ano de aquisição foi em 2013, cujo valor máximo para não aumentar a tx de 10% para 20% de TA e para ser aceite a totalidade das depreciações é de 25 000. Taxa de 10% em relação às viaturas cujo custo de aquisição foi até 25 000. Taxa de 20% para aquelas cujo custo igual ou superior a 25. 000 (presumindo que a empresa apura resultados fiscais positivos). 6.250,0 1.531,3

Afinal devo ou não ter uma viatura ligeira de passageiros ligeira na minha clínica dentária? POSSÍVEL SOLUÇÃO? SOLUÇÃO DAS AJUDAS DE CUSTO E KMS: Ajudas de Custo Compensação em KMS por utilização de viatura própria 5% ou 15% no máximo NOTAS: KMS: Para não ser tributado em IRS nem em Segurança Social os montantes pagos para os km não podem exceder os 0.36 euros por km. Ajudas de Custo: Para não ser tributado em IRS nem em Segurança Social os montantes pagos não podem exceder os 50.20 euros por dia.

O que devo exigir do meu contabilista? O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Afinal devo ou não ter uma viatura ligeira de passageiros na minha clínica dentária? A minha clínica está no regime de transparência fiscal? O ticket vantagens para compensar os colaboradores? Nova taxa do IRC benefício fiscal máximo

A minha clínica está no regime de transparência fiscal? Enquadramento As sociedades de profissionais como a de médicos encontra-se sujeita a um regime especial denominado de transparência fiscal. Neste regime a tributação, em sede de imposto sobre o rendimento, não recai sobre a sociedade, mas sim na esfera do sócio; O lucro da sociedade é imputado aos sócios para efeitos de tributação em IRS.

A minha clínica está no regime de transparência fiscal? Tributação sobre o rendimento em IRC e em IRS TAXA IRC TAXA IRS Rendimentos Taxa Rendimentos Taxa 15.000 17% Até 7000 14,50% > 15.000 23% > 7.000 a 20.000 28,50% > 20.000 a 40.000 37% > 40.000 a 80.000 45% > 80.000 48%

A minha clínica está no regime de transparência fiscal? Sociedades de profissionais Transparência fiscal requisitos cumulativos: Actividade não médica cujo volume de negócios seja <25% Nº sócios <=5 Sócios médicos dentistas com capital social >=75%

A minha clínica está no regime de transparência fiscal? Sociedades de profissionais MD 1 MD 2 NÃO MD 45% 45% 10% Sociedade X Objecto social: Serviços de Medicina Dentária Actividade não médica cujo volume de negócios seja <25% Nº sócios <=5 Sócios médicos dentistas com capital social >=75% A sociedade X é transparente? Sim.

A minha clínica está no regime de transparência fiscal? Sociedades de profissionais MD 1 MD 2 NÃO MD 45% 45% 10% Sociedade X Objecto social: Serviços de Medicina Dentária e Venda de Produtos Actividade não médica cujo volume de negócios seja <25% Nº sócios <=5 Sócios médicos dentistas com capital social >=75% A sociedade X é transparente? Sim. Rendimentos 2014 Serv. médicos 40 000 Vendas 10 000 (20%) 50 000

A minha clínica está no regime de transparência fiscal? Sociedades de profissionais MD 1 MD 2 NÃO MD 30% 30% 40% Sociedade X Objecto social: Serviços de Medicina Dentária Actividade não médica cujo volume de negócios seja <25% Nº sócios <=5 Sócios médicos dentistas com capital social >=75% A sociedade X é transparente? Não.

A minha clínica está no regime de transparência fiscal? Sociedades de profissionais D 1 MD 2 MD NÃO NÃO MD NÃO MD NÃO MD 48% 48% 1% 1% 1% 1% Actividade não médica cujo volume de negócios seja <25% Nº sócios <=5 Sócios médicos dentistas com capital social >=75% Sociedade X Objecto social: serviços de medicina dentária A sociedade X é transparente? Não.

A minha clínica está no regime de transparência fiscal? Vantagens Limitação das responsabilidades dos sócios; Desenvolvimento de economias de escala, por via da partilha do conhecimento e pela possibilidade de desenvolvimento de um mercado mais alargado.

A minha clínica está no regime de transparência fiscal? Desvantagens Independentemente de existir ou não distribuição de lucros, a obrigação do pagamento do imposto ocorre na esfera dos respetivos sócios; Tributação com base num resultado que o sócio pode nunca vir a receber, pela não distribuição dos resultados; Este mecanismo de imputação, atendendo à taxa progressiva de tributação em IRS, pode levar à aplicação de uma taxa de imposto bastante superior à que teria de ser suportada, caso o sócio fosse sujeito a tributação à taxa liberatória na distribuição dos resultados (ano 2014: 28%).

A minha clínica está no regime de transparência fiscal? Breves conclusões Diversas são as vantagens e desvantagens que se podem apontar à transparência fiscal, sendo claro que a decisão de constituir uma sociedade de profissionais poderá depender da tributação média dos sócios, em sede de IRS, bem como do destino que se pretende dar aos lucros da sociedade; Chamamos a atenção para as alterações societárias que podem fazer para evitar estar no regime de transparência fiscal e que podem trazer mais desvantagens que vantagens.

O que devo exigir do meu contabilista? O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Afinal devo ou não ter uma viatura ligeira de passageiros na minha clínica dentária? A minha clínica está no regime de transparência fiscal? O ticket vantagens para compensar os colaboradores? Nova taxa do IRC benefício fiscal máximo

O ticket vantagens para compensar os colaboradores? Enquadramento Face ao actual contexto económico, foram criados incentivos de estimulação aos colaboradores, entre os quais o ticket. Este produto adota vários tipos, ou áreas de atuação:

O ticket vantagens para compensar os colaboradores? Ticket Refeição Para a empresa: Não sujeição a Taxa Social Única (23,75%) Para os trabalhadores: Não sujeição a Taxa Social Única (11%) Não sujeição a IRS na esfera da Categoria A

O ticket vantagens para compensar os colaboradores? Ticket Ensino Para a empresa: Não sujeição a Taxa Social Única (23,75%) Para os trabalhadores: Não sujeição a Taxa Social Única (11%) Não sujeição a IRS na esfera da Categoria A

O ticket vantagens para compensar os colaboradores? Ticket Infância Para a empresa: Não sujeição a Taxa Social Única (23,75%) Dedutível em IRC em 140% (gasto + majoração de 40%) Para os trabalhadores: Não sujeição a Taxa Social Única (11%) Não sujeição a IRS na esfera da Categoria A

O ticket vantagens para compensar os colaboradores? Ticket Saúde Para a empresa: Não sujeição a Taxa Social Única (23,75%) Para os trabalhadores: Não sujeição a Taxa Social Única (11%) Não sujeição a IRS na esfera da Categoria A

O ticket vantagens para compensar os colaboradores? Ticket Refeição Exemplo Limites diários à isenção de tributação do Subsídio de Refeição 2014 Valor limite não tributado (em numerário) 4,27 Valor limite não tributado (em vale refeição) 6,83 Variação isenção diária 2,56 Isenção anual (base cálculo): 2,56 x 22 dias x 11 meses = 619,52 Refeição Benefício Anual para a Empresa (por Colaborador): Com o pagamento do subsídio através do Ticket Refeição, as empresas não suportam encargos até ao limite diário de 6,83, situação que, para Empresas que pagam subsídio de refeição de valor igual ou superior a este montante, representa um benefício anual de 147,14 por Colaborador. 619,52 x Taxa Social Única (23,75%) = 147,14 Benefício Anual para os Colaboradores: Para os Colaboradores a base de cálculo é a mesma e o benefício incide sobre a taxa de 11% para a segurança social e a respetiva taxa de IRS onde esteja enquadrado, representando um aumento no rendimento líquido anual. Exemplo para um Colaborador pressupondo um subsídio de refeição de valor igual ou superior a 6,83, com uma taxa IRS final de 30%: 619,52 x [Taxa Social Única (11%) + IRS (30%)] = 254,00

O ticket vantagens para compensar os colaboradores? Ticket Refeição Exemplo O Ticket Restaurant permite efectuar, com toda a comodidade, o pagamento do subsídio de refeição aos seus colaboradores e ainda se traduz numa excelente poupança fiscal para a sua Empresa e para os seus Colaboradores. Limites diários à isenção de tributação do Subsídio de Refeição 2014 Valor limite não tributado (em numerário) 4,27 Valor limite não tributado (em vale refeição) 6,83 Variação isenção diária 2,56 Isenção anual (base cálculo): 2,56 x 22 dias x 11 meses = 619,52

O que devo exigir do meu contabilista? O que devo analisar no Balancete, Balanço e Demonstração de Resultados? Devo renunciar à isenção do IVA? IVA como gasto ou crédito fiscal? Afinal devo ou não ter uma viatura ligeira de passageiros na minha clínica dentária? A minha clínica está no regime de transparência fiscal? O ticket vantagens para compensar os colaboradores? Nova taxa do IRC benefício fiscal máximo

Nova taxa do IRC benefício fiscal máximo Art. 87º - taxas É reduzida a taxa do IRC de 25% para 23%; Adicionalmente, é introduzida uma taxa reduzida de IRC de 17% aplicável aos primeiros 15 000 de matéria colectável, para os sujeitos passivos que exerçam, directamente e a título principal, uma actividade económica de natureza agrícola, comercial ou industrial, que sejam qualificados como pequena ou média empresa, nos termos previstos no anexo ao Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de Novembro.

Nova taxa do IRC benefício fiscal máximo Taxas Benefício máximo das entidades que aproveitem esta taxa reduzida: 15 000 x (23%-17%) = 900

ASSUNTO SECUNDÁRIO Como gestor, você é pago para estar desconfortável. Se você está confortável, é um sinal seguro de que está fazendo as coisas erradas. Peter Drucker

Obrigada!