PROGRAMA DE INVENTARIAMENTO, MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA UHE FOZ DO RIO CLARO



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Transcrição:

PROGRAMA DE INVENTARIAMENTO, MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA UHE FOZ DO RIO CLARO RELATÓRIO SEMESTRAL JULHO 2008

Execução: Consiliu Meio Ambiente & Projetos CREA PR 12.212/F Systema Naturae Consultoria Ambiental Ltda CTF IBAMA 249.930 COORDENADOR GERAL COORDENADOR ADJUNTO COORDENADORA ADJUNTA COORDENADOR TÉCNICO COORDENADORA TÉCNICA BIÓLOGA BIÓLOGO BIÓLOGO ENG a AMBIENTAL ASSESSORIA TÉCNICA TÉCNICO AGRÍCOLA APOIO TÉCNICO APOIO TÉCNICO APOIO TÉCNICO APOIO TÉCNICO ENG. CIVIL CESAR MENEZES BIÓL. NELSON JORGE DA SILVA JUNIOR ARQUITETA LUCIANA SANS DE MENEZES BIÓL. MARCIO CANDIDO DA COSTA ENG a CIVIL MARIA ALICE CORDEIRO SOARES MARIA DOLORES ALVES DOS S. DOMIT RUBENS PÁDUA DE MELO NETO MARCOS PAULO DOS SANTOS FONSECA ANA CECÍLIA DE LUCA CAMPOS ENGELS GABRIEL MIRÇÃO ELVIS SOUZA NASCIMENTO SIDON PAULA SOUZA PALMIRO VACCARI ROSICLEIDE VILA ROSA DENISI CRISTINI SOUTO DE FREITAS

APOIO TÉCNICO APOIO TÉCNICO FERNANDA CUNICO MARIA JÚLIA ELIAS VIEIRA 2

ÍNDICE Apresentação... 4 Atividades realizadas... 5 a) Atividades de campo... 5 b) Resultados... 5 c) Produtos... 7 3

APRESENTAÇÃO O presente documento apresenta o resumo das atividades e dos dados obtidos durante a realização do Programa Inventariamento da Ictiofauna Fase Pré enchimento na Usina Hidrelétrica Foz do Rio Claro, executado pela Consiliu Meio Ambiente & Projetos e Systema Naturae Consultoria Ambiental Ltda, no período entre janeiro a julho de 2008. 4

ATIVIDADES REALIZADAS a) Atividades de campo O Programa de Inventariamento da Ictiofauna Fase Pré enchimento do reservatório esta previsto para ser realizado no período entre janeiro de 2008 e julho de 2009, totalizando 6 (seis) campanhas amostrais em 5 (cinco) diferentes trechos amostrais, contemplando duas estações sazonais típicas da região de Cerrado. Até o momento já foram realizadas 2 (duas) campanhas amostrais contemplando, conforme apresentado na Tabela 1. Tabela 1. Campanhas amostrais realizadas para o Programa de Inventariamento da Ictiofauna Fase Pré enchimento do reservatório da UHE Foz do Rio Claro. ATIVIDADE PERÍODO DE ATIVIDADE Campo 1 15 a 26 de janeiro de 2008 Campo 2 20 a 31 de maio de 2008 b) Resultados Com a realização das duas primeiras campanhas de campo foi registrada uma abundância de 725 espécimes, representando uma riqueza de 46 espécies distribuídas em 31 gêneros, 9 subfamílias, 14 famílias, 4 ordens e 1 classe (Actinopterigii). Do total de animais capturados, 677 foram soltos, sendo que destes 612 foram soltos sem marcação imediatamente após a realização do protocolo de campo e 65 foram soltos após a realização do protocolo de campo e o recebimento de marcação especifica, o que garante subsídios para futuros estudos ecológicos sobre a sucessão ecológica das populações de peixes da bacia do rio Claro. Um total de 3 animais foram preservados para serem enviados como testemunho cientifico e 45 foram descartados por não apresentarem condições para o aproveitamento cientifico (Tabela 2). 5

Tabela 2. Resultados quantitativos do Programa de Inventariamento da Ictiofauna Etapa Inventariamento Faunístico da UHE Foz do Rio Claro. ATIVIDADE CAPTURA COM MARC. SOLTURA SEM MARC. PRESERVAÇÃO DESCARTE Campo 1 95 29 59 7 Campo 2 630 36 553 3 38 Total 725 65 612 3 45 Durante as atividades de campo foram registradas seis espécies alienígenas (não pertencentes) à bacia do rio Claro (Tabela 3). Tabela 3. Espécies alienígenas registradas durante o Programa de Inventariamento da Ictiofauna Etapa Inventariamento Faunístico da UHE Foz do Rio Claro. TAXA NOME COMUM BACIA DE ORIGEM Classe Actinopterygii Ordem Characiformes Família Anostomidae Leporinus friderici Piau três pintas Amazônica e Suriname Schizodon vittatus Araçu comum Amazônica Família Characidae Triportheus angulatus Sardinha Amazônica Família Curimatidae Curimata cyprinoides Branquinha Amazônica e Orinoco Ordem Perciformes Família Cichlidae Subfamília Geophaginae Geophagus altifrons Acará Amazônica Ordem Siluriformes Família Pimelodidae Pimelodus blochii Mandi cabeça de ferro Amazônica, Orinoco e Essequibo Em relação às espécies migratórias foram registradas 10 especies. A Tabela 4 apresenta essas espécies registradas, acompanhadas de seus respectivos nomes comuns. 6

Tabela 4. Espécies migratórias registradas durante o Programa de Inventariamento da Ictiofauna Etapa Inventariamento Faunístico da UHE Foz do Rio Claro. TAXA NOME COMUM Classe Actinopterygii Ordem Characiformes Família Anostomidae Leporinus friderici Schizodon nasutus Família Characidae Salminus brasiliensis Subfamília Bryconinae Brycon orbignyanus Subfamília Serrasalminae Myleus levis Piaractus mesopotamicus Família Cynodontidae Subfamília Cynodontinae Rhaphiodon vulpinus Ordem Siluriformes Família Pimelodidae Pimelodus blochii Hemisorubim platyrhynchos Pseudoplatystoma corruscans Piau três pintas Chimboré Dourado Piracanjuba Pacu rosa Caranha Cachorra facão; Dentudo Mandi cabeça de ferro Jurupoca Pintado c) Produtos Para estas atividades, foram emitidos 2 (dois) relatórios técnicos parciais, conforme apresentado na Tabela 5. Tabela 5. Produtos relacionados com o Programa de Inventariamento da Ictiofauna Fase Préenchimento do reservatório da UHE Foz do Rio Claro. PRODUTO PERÍODO DE ATIVIDADE I Relatório Técnico Parcial 15 a 26 de janeiro de 2008 II Relatório Técnico Parcial 20 a 31 de maio de 2008 7

Relatório Semestral AGMA PBA de Ictiofauna ÍNDICE DE ANEXOS ANEXO 01 II Relatório Técnico de Monitoramento, Inventariamento e Salvamento da Ictiofauna ANEXO 02 Cópia da renovação da licença para Pesca Científica

Relatório Semestral AGMA PBA de Ictiofauna ANEXO 01 II Relatório Técnico de Monitoramento, Inventariamento e Salvamento da Ictiofauna

Execução: Consiliu Meio Ambiente & Projetos CREA PR 12.212/F Systema Naturae Consultoria Ambiental Ltda CTF IBAMA 249.930 Equipe Técnica COORDENADOR GERAL COORDENADOR ADJUNTO COORDENADORA ADJUNTA COORDENADOR TÉCNICO COORDENADORA TÉCNICA ASSESSORIA TÉCNICA BIÓLOGA BIÓLOGA BIÓLOGA BIÓLOGO BIÓLOGA ACAD. BIOLOGIA ENG a. AMBIENTAL ENG. AGRÔNOMO TÉCNICO AGRÍCOLA ENGº CIVIL CESAR MENEZES BIÓL. NELSON JORGE DA SILVA JUNIOR ARQUITETA LUCIANA SANS DE MENEZES BIÓL. MARCIO CANDIDO DA COSTA ENGª CIVIL MARIA ALICE CORDEIRO SOARES ENGELS GABRIEL MIRÇÃO FERNANDA CAPUZO SANTIAGO VALÉRIA PAULA PALHARES MARÍLIA CRISTINA PERES FÁBIO ZANELLA FARNEDA MARIA DOLORES ALVES DOS S. DOMIT UGO LEONARDO REGO E FURNALLETO ANA CECÍLIA DE LUCA CAMPOS EOROCLITO ANTONIO TESSEROLI NETO ELVIS SOUZA NASCIMENTO

APOIO TÉCNICO APOIO TÉCNICO APOIO TÉCNICO APOIO TÉCNICO APOIO TÉCNICO APOIO TÉCNICO APOIO TÉCNICO APOIO TÉCNICO SIDON PAULA SOUZA ANTÔNIO TOMÁS FRANÇA JORCELINO RIBEIRO DA SILVA SÉRGIO CÂNDIDO DA COSTA ESMÉRIA RIBEIRO ANDRADE PALMIRO VACCARI ROSICLEIDE VILA ROSA DENISI CRISTINI SOUTO DE FREITAS 2

ÍNDICE 1. Introdução... 5 2. Objetivos... 5 3. Metodologia... 5 4. Resultados... 13 5. Conclusões... 28 6. Referências Bibliográficas... 29 ANEXO I MAPEAMENTO DA ÁREA AMOSTRAL ICTIOFAUNA... 31 ANEXO II DEMONSTRATIVO GERAL DE CAPTURAS, PONTOS AMOSTRAIS E DADOS BIOMÉTRICOS DOS ESPÉCIMES REGISTRADOS... 33 ANEXO III MEMÓRIA FOTOGRÁFICA... 39 3

APRESENTAÇÃO O presente documento apresenta os dados obtidos durante a realização do Programa da Conservação da Ictiofauna Fase Inventariamento na Usina Hidrelétrica Foz do Rio Claro, executado pela Consiliu Meio Ambiente & Projetos e Systema Naturae Consultoria Ambiental Ltda. 4

1. INTRODUÇÃO O presente Relatório Técnico Parcial refere se às atividades da Segunda Campanha do Programa de Conservação da Ictiofauna Fase Inventariamento da Ictiofauna na área de influência do futuro reservatório da UHE Foz do Rio Claro, realizada no período entre 20 e 31 de maio de 2008. São utilizadas neste relatório as seguintes abreviações: AGMA Agência Goiana de Meio Ambiente e Recursos Naturais AHE Aproveitamento Hidrelétrico UHE Usina Hidrelétrica 2. OBJETIVOS Este programa tem por objetivo caracterizar a Ictiofauna, sob critérios taxonômicos, registrar e catalogar todos os espécimes capturados, assim como seus dados biológicos, ecológicos, sanitários, de captura e seu destino final, como forma de complementação do inventário ictiofaunístico, e realizar estudos populacionais qualitativos e quantitativos na área de influência do futuro reservatório da UHE Foz do Rio Claro para se estabelecer padrões normais de dimensão e movimentação da ictiofauna. 3. METODOLOGIA Toda a metodologia utilizada segue a descrição constante da Proposta Técnica do Programa de Inventariamento, Monitoramento e Salvamento da Ictiofauna do AHE Foz do Rio Claro (CONSILIU, 2007). Durante as atividades de campo a equipe técnica utilizou a estrutura física do acampamentobase utilizado para a segunda campanha do Programa de Fauna Silvestre Etapa Inventariamento Faunístico da área de influência do futuro reservatório da UHE Foz do Rio Claro, montado na Fazenda Abelha, de propriedade da Sra. Zalda Palmira Nunes, localizada à 5

margem esquerda do rio Claro, município de São Simão Goiás (Coordenadas geográficas: 22K 0536698 e 7890519). Para a coleta de dados foram utilizados um veículo pick up 4x4 e um barco de 6m equipado com motor de popa de 15 Hp, além de equipamentos fotográfico e de georreferenciamento. Trechos Amostrais Os trechos amostrais foram definidos a fim de contemplar uma malha amostral na área de influência direta e indireta do futuro reservatório da UHE Foz do rio Claro. De maneira geral, foram definidos cinco trechos amostrais, os quais encontram se descritos abaixo e apresentados no Anexo I. Em cada trecho amostral foram definidos 10 pontos de captura. As Tabelas de 1 a 5 apresentam estes pontos juntamente com o seu georreferenciamento. Ressalta se que estes trechos amostrais são os mesmos definidos para a campanha anterior. Trecho 1 localiza se no rio Claro (Pontos 31 a 40 Tabela 1), acima das Cataratas do Itaguaçu. Neste trecho a vegetação marginal encontra se bastante alterada, com predominância de áreas de pastagens na maior parte do ambiente. Quanto às características do rio, este apresenta largura média de 150m e profundidade de aproximadamente 1.70m, com leito arenoso e correnteza forte. Observou se atividades de pesca no local. Tabela 1. Pontos de captura do Trecho 1. PONTO COORDENADAS GEOGRÁFICAS (UTM) 31 22K 0530689 e 7899387 32 22K 0530792 e 7899261 33 22K 0530814 e 7899212 34 22K 0530841 e 7899163 35 22K 0530896 e 7899081 36 22K 0530962 e 7898999 37 22K 0531012 e 7898880 38 22K 0531058 e 7898788 39 22K 0531146 e 7898651 40 22K 0531280 e 7898537 6

Trecho 2 localiza se no rio Claro (Pontos 41 a 50 Tabela 2), a aproximadamente 4km a jusante das Cataratas de Itaguaçu. Neste trecho o rio apresenta leito com grandes aflorações rochosas, largura de 100m, profundidade média de 2m e correnteza forte. A vegetação marginal é bem preservada com presença de mata ciliar em ambas as margens. Constatou se alta atividade de pesca predatória neste local, inclusive com o uso de anzóis de espera (pindas). Tabela 2. Pontos de captura do Trecho 2. PONTO COORDENADAS GEOGRÁFICAS (UTM) 41 22K 0534973 e 7894850 42 22K 0534956 e 7894799 43 22K 0534970 e 7894698 44 22K 0534842 e 7894588 45 22K 0534791 e 7894485 46 22K 0534905 e 7894325 47 22K 0535002 e 7894246 48 22K 0535190 e 7894109 49 22K 0535332 e 7893944 50 22K 0535385 e 7893861 Trecho 3 localiza se no rio Claro (Pontos 21 a 30 Tabela 3), à montante do futuro reservatório da UHE Foz do Rio Claro. Neste trecho, o rio apresenta leito argiloso, 150m de largura, aproximadamente 2m de profundidade e correnteza fraca. Em ambas as margens encontra se uma pequena faixa de mata ciliar preservada, sendo que há predominância de áreas de pastagens. Observou se grande atividade de pesca predatória. Tabela 3. Pontos de captura do Trecho 3. PONTO COORDENADAS GEOGRÁFICAS (UTM) 21 22K 0536263 e 7888547 22 22K 0536307 e 7888503 23 22K 0536340 e 7888476 24 22K 0536394 e 7888427 7

Tabela 3. Continuação. PONTO COORDENADAS GEOGRÁFICAS (UTM) 25 22K 0536389 e 7888394 26 22K 0536389 e 7888328 27 22K 0536373 e 7888279 28 22K 0536361 e 7888219 29 22K 0536303 e 7888106 30 22K 0536268 e 7888018 Trecho 4 localiza se no rio Claro (Pontos 11 a 20 Tabela 4), próximo ao canteiro de obras do futuro reservatório da UHE Foz do Rio Claro, a jusante deste. Neste trecho, o rio apresenta características típicas de um ambiente lêntico, conseqüência de sua localização junto à porção terminal (remanso) do reservatório da UHE Ilha Solteira. A vegetação marginal encontra se completamente antropizada, com a presença de áreas de pastagens. Observou se grande atividade de pesca predatória. Tabela 4. Pontos de captura do Trecho 4. PONTO COORDENADAS GEOGRÁFICAS (UTM) 11 22K 0537791 e 7885452 12 22K 0537748 e 7885368 13 22K 0537674 e 7885281 14 22K 0537598 e 7885182 15 22K 0537537 e 7885102 16 22K 0537494 e 7884782 17 22K 0537460 e 7884707 18 22K 0537425 e 7884626 19 22K 0537436 e 7884575 20 22K 0537396 e 7884534 Trecho 5 localiza se na foz do rio Claro com o rio Paranaíba (Reservatório da UHE Ilha Solteira) (Pontos 01 a 10 Tabela 5). Neste trecho a vegetação marginal consiste em áreas de pastagem com uma pequena faixa de mata ciliar em alguns pontos do trecho e presença de 8

algums ranchos provisórios utilizados por pescadores. O rio apresenta se bastante largo com 345 m de largura e profundidade média de 3 m. Foram observadas atividades de pesca e lazer neste local. Tabela 5. Pontos de captura do Trecho 5. PONTO COORDENADAS GEOGRÁFICAS (UTM) 1 22K 0536796 e 7884448 2 22K 0536692 e 7884453 3 22K 0536467 e 7884453 4 22K 0536386 e 7884465 5 22K 0536213 e 7884448 6 22K 0536115 e 7884436 7 22K 0536034 e 7884430 8 22K 0535919 e 7884419 9 22K 0535777 e 7884366 10 22K 0535756 e 7884360 Coleta de Dados Para as capturas efetivas foram utilizadas redes de espera e anzóis. Também foram considerados os espécimes pescados por ribeirinhos locais encontrados oportunamente durante as atividades de campo. A Tabela 6 apresenta o tipo de metodologia aplicada em cada ponto amostral, bem como a malha da rede, em caso da aplicação de captura com redes de espera. Tabela 6. Métodos de captura utilizados durante a segunda campanha do Programa de Conservação da Ictiofauna Fase Inventariamento da Ictiofauna UHE Foz do Rio Claro. PONTO MÉTODO DE CAPTURA MALHA DA REDE 1 Rede de espera 12 2 Rede de espera 16 3 Rede de espera 8 9

Tabela 6. Continuação. PONTO MÉTODO DE CAPTURA MALHA DA REDE 4 Rede de espera 6 5 Rede de espera 2.5 6 Rede de espera 16 7 Rede de espera 12 8 Rede de espera 8 9 Rede de espera e Anzol 6 10 Rede de espera 2.5 11 Rede de espera 6 12 Rede de espera 6 13 Rede de espera 2.5 14 Rede de espera e Anzol 16 15 Rede de espera 8 16 Rede de espera 12 17 Rede de espera 8 18 Rede de espera 12 19 Rede de espera 2.5 20 Rede de espera 16 21 Rede de espera 16 22 Rede de espera 12 23 Rede de espera 8 24 Rede de espera 8 25 Rede de espera 6 26 Rede de espera e Ribeirinho 12 27 Rede de espera e Ribeirinho 16 28 Rede de espera 2.5 29 Rede de espera 6 30 Rede de espera 2.5 31 Rede de espera 16 32 Rede de espera 2.5 33 Rede de espera 8 34 Rede de espera 6 35 Rede de espera 12 36 Rede de espera 6 37 Rede de espera 8 38 Rede de espera 12 10

Tabela 6. Continuação. PONTO MÉTODO DE CAPTURA MALHA DA REDE 39 Rede de espera 2.5 40 Rede de espera e Anzol 16 41 Rede de espera 8 42 Rede de espera 12 43 Rede de espera 6 44 Rede de espera 16 45 Rede de espera 2.5 46 Rede de espera 6 47 Rede de espera 8 48 Rede de espera 2.5 49 Rede de espera 16 50 Rede de espera 12 Após a captura (Figura 1), os peixes foram submetidos à tomada de dados biométricos, identificação, marcação (ver item D.3. Marcação), registro fotográfico por espécie e soltura (Figura 2) ou destinação científica (Anexo II). Figura 1. Capturas com rede de espera. 11

Figura 2. Soltura de um espécime de Piracanjuba (Brycon orbignyanus). Marcação O sistema de marcação de peixes utilizado consiste na utilização de etiquetas externas com contas coloridas indicando o número de marcação, que é seqüencial para toda a fase do programa. A etiqueta é implantada na região dorsal, abaixo da nadadeira dorsal (Figuras 3 e 4), a fim de facilitar a visualização. As marcações foram feitas somente em animais semi adultos e adultos, com comprimento acima de 25 cm. Figura 3. Aplicação da etiqueta externa de marcação. 12

Figura 4. Detalhe da etiqueta externa após aplicação. 4. RESULTADOS Diversidade local e regional Neste documento é apresentada uma análise de bioindicação da ictiofauna historicamente associada à região, a qual será complementada de acordo com o aporte de confirmações taxonômicas ou inclusão de novas espécies provenientes das campanhas a serem realizadas durante o Programa de Inventariamento, Monitoramento e Salvamento da Ictiofauna na área de influência do futuro reservatório da UHE Foz do Rio Claro. Para tanto, utilizou se um levantamento bibliográfico acompanhado de um checklist da ictiofauna de provável ocorrência, previamente elaborado a partir de trabalhos já realizados na Bacia do Rio Paranaíba, a qual abrange também a sub bacia do rio Claro. Os dados disponíveis para a Bacia do Rio Paranaíba são representados pelo Inventário Ictiofaunístico realizado no Parque Ecológico Altamiro de Moura Pacheco e Parque dos Ipês (NATURAE, 2007), pelo estudo da ictiofauna da Bacia do Rio Meia Ponte (Fialho & Garro, 2004), pelo Relatório Final do Estudo Integrado de Bacias Hidrográficas da Região Sudoeste do Estado de Goiás EIBH/SW (AGMA, 2005) e do Rio Veríssimo (AGMA, 2006), pelo estudo da ictiofauna da Bacia do Rio Claro (Costa, 2006) e pelo estudo de ictiofauna realizado nos reservatório da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira (CESP, 1994). Foram consideradas somente as espécies taxonomicamente confirmadas em cada estudo. 13

Este checklist é apresentando de forma acumulativa para cada campanha, com as espécies esperadas para a região em cor cinza e as espécies confirmadas durante as campanhas de campo, na cor preta. No Anexo III encontra se a representação fotográfica das espécies registradas durante esta campanha. Checklist preliminar do Programa de Inventariamento, Monitoramento e Salvamento da Ictiofauna na área de influência da UHE Foz do Rio Claro Etapa Inventariamento Faunístico Classe Actinopterygii Ordem Characiformes Família Parodontidae Apareiodon affinis Apareiodon piracicabae Paradon nasus Paradon tortuosus Canivete Canivete Canivete Canivete Família Lebisianidae Pyrrhulina australis Pintadinha Família Prochilodontidae Prochilodus lineatus Prochilodus nigricans Prochilodus scrofa Prochilodus vimboides Curimba; Papa terra Papa terra Curimbatá; Curimba Curimbatá de lagoa Família Anostomidae Leporellus vittatus Leporinus affinis Leporinus amblyrhynchus Leporinus elongatus Leporinus friderici Leporinus lacustris Leporinus macrocephalus Leporinus microphthalmus Tanguara; Chimboré Piaussú Chimboré Chimboré Piau três pintas Piava da lagoa Piau; Piapara Piau 14

Leporinus obtusidens Leporinus cf. octofasciatus Leporinus sp. Leporinus striatus Leporinus taeniatus Leporinus trifasciatus Schizodon borelli Schizodon knerii Schizodon nasutus Schizodon vittatus Piapara Ferreirinha; Flamenguinho Piau Canivete Piau Araçu cabeça gorda; Piau Chimboré Taguara Chimboré Araçu comum Família Characidae Astyanax altiparanae Astyanax bimaculatus Astyanax eigenmanniorum Astyanax fasciatus Astyanax scabripinis Astyanax paranae Bryconamericus stramineus Hemigrammus marginatus Hasemania hanseni Hyphessobrycon callistus Moenkhausia intermedia Moenkhausia sanctaefilomenae Oligosarcus planaltinae Piabina argentea Salminus brasiliensis Salminus hilarii Triportheus angulatus Lambari Lambari do rabo amarelo Lambari Lambari do rabo vermelho Lambari; Piaba Lambari Lambari; Pequira Lambari Lambari Mato grosso Lambari Piaba Piaba Pequira; Piaba Dourado Tubarana Sardinha papuda Subfamília Bryconinae Brycon nattereri Brycon orbignyanus Pirapitinga Piracanjuba Subfamília Characinae Characidium fasciatum Characidium gomesi Cynopotamus cf. amazonus Galeocharax humeralis Galeocharax knerii Canivete Canivete Cacunda Peixe cadela Peixe cigarra 15

Subfamília Serrasalminae Metynnis maculatus Myleus tiete Myleus micans Myloplus levis Piaractus mesopotamicus Serrasalmus marginatus Serrasalmus cf. rhombeus Serrasalmus spilopleura Pacu Pacu manteiga Pacu prata Pacu rosa Pacu caranha Piranha Piranha preta Piranha Família Curimatidae Cyphocharax modestus Cyphocharax nagelli Curimata cf. cyprinoides Steindachnerina corumbae Steindachnerina insculpta Piaba Saguiru Branquinha Piaba; Saguiru Piaba Família Acestrorhynchidae Acestrorhynchus falcirostris Acestrorhynchus lacustris Acestrorhynchus pantaneiro Peixe cachorro Peixe cachorro Peixe cachorro Família Cynodontidae Rhaphiodon vulpinus Cachora facão; Dentudo Família Erythrinidae Hoplerythrinus unitaeniatus Hoplias malabaricus Traíra; Dorme dorme Traíra; Aimara Ordem Cypriniformes Família Cyprinidae Cyprinus carpio Carpa comum Ordem Cyprinodontiformes Família Poecilidae Poecilia reticulata Barrigudinho Ordem Gymnotiformes Família Apteronotidae Apteronotus marauana Tuvira 16

Família Gymnotidae Gymnotus carapo Tuvira; Languira Família Sternopygidae Eigenmannia trilineata Eigenmannia virescens Sternopygus macrurus Tuvira Tuvira amarela Tuvira; Languira Ordem Perciformes Família Cichlidae Cichla cf. piquiti Cichla monoculus Cichla ocellaris Cichlasoma facetum Cichlasoma paranaense Crenicichla cf. jaguarensis Crenicichla neiderleinnii Crenicichla haroldoi Geophagus altifrons Geophagus brasiliensis Geophagus cf. surinamensis Geophagus jurupari Oreochromis niloticus Satanoperca pappaterra Tilapia rendalli Tucunaré Tucunaré Tucunaré Acará Acará Jacundá Joaninha Acará Acará Acará; Cará Acará tinga Cará bicudo Tilápia do nilo Cará Tilápia Família Sciaenidae Plagiocion squamosissimus Corvina Ordem Siluriformes Família Ageneiosidae Ageneiosus inermis Mandubé Família Auchenipteridae Glanidium cesarpintoi Tatia neivai Bagrinho Bagrinho Família Callichthyidae Aspidoras fuscoguttatus Callichthys callichthys Hoplosternum littorale Tamboatá Tamboatá Tamboatá 17

Família Doradidae Pterodoras granulosus Rhinodoras dorbignyi Oxydoras cf. niger Abotoado Botoado; Abotoado Abotoado Família Heptapteridae Cetopsorhamdia iheringi Imparfinis schubarti Phenacorhamdia tenebrosa Pimelodella gracilis Rhamdia quelen Bagrinho Bagrinho; Mandizinho Mandizinho Lobó; Jundiá Família Cetopsidae Subfamília Cetopsinae Cetopsis coecutiens Pseudocetopsis gobioides Candiru açu Candiru Família Loricariidae Subfamília Hypostominae Hypostomus alatus Hypostomus albopunctatus Hypostomus auroguttatus Hypostomus ancistroides Hypostomus commersoni Hypostomus margaritifer Hypostomus nigromaculatus Hypostomus plecostomus Hypostomus regani Hypostomus sp. Hypostomus sp.1 Hypostomus sp.2 Liposarcus anisitsi Rhinelepis aspera Panaque nigrolineatus Acari; Cascudo Cascudo Cascudo Acari; Cascudo ferro Cascudo Cascudo Cascudo Acari Cascudo chita Cascudo Cascudo Cascudo Cascudo Cascudo preto Acari de pedra Subfamília Loricariinae Loricaria apeltogaster Rineloricaria latirostris Rineloricaria steindachneri Cascudo Cascudo Cascudo 18

Subfamília Neoplecostomidae Neoplecostomus paranensis Cascudinho Família Pimelodidae Bergiaria westermanni Iheringichtys labrosus Hemisorubim platyrhynchos Pimelodus albofasciatus Pimelodus albopunctatus Pimelodus blochii Pimelodus cf. heraldoi Pimelodus fur Pimelodus maculatus Pimelodus ornatus Pimelodus platicirris Pinirampus pirinampu Pseudoplatystoma corruscans Pseudoplatystoma fasciatum Sorubim lima Zungaro zungaro Mandi branco Mandi bicudo Juripoca Mandí Mandí Mandí cabeça de ferro Mandi Mandi prata Mandi ferro Mandi juaru Mandi Barbado Pintado Cachara Bico de pato Jaú Família Clariidae Clarias gariepinus Bagre africano Ordem Synbranchiformes Família Synbranchidae Synbranchus marmoratus Muçum Resultados Gerais Durante esta campanha foram capturados 95 espécimes pertencentes à Classe Actinopterygii e distribuídos em três ordens (Characiformes, Perciformes e Siluriformes), nove famílias, 17 gêneros e 24 espécies. A Tabela 7 apresenta o resumo geral quali quantitativo da Ictiofauna registrada durante a segunda campanha do Programa de Conservação da Ictiofauna Fase Inventariamento da Ictiofauna na área de influência do futuro reservatório da UHE Foz do Rio Claro. 19

Tabela 7. Resumo geral quali quantitativo da ictiofauna registrada durante a segunda campanha do Programa de Conservação da Ictiofauna Fase Inventariamento da Ictiofauna UHE Foz do Rio Claro. TAXA NOME COMUM N % QN QL Classe Actinopterygii 95 100.00 100.00 Ordem Characiformes 45 47.37 58.34 Família Anostomidae 24 25.26 20.83 Leporinus cf. octofasciatus Ferreirinha 1 1.05 Leporinus friderici Piau três pintas 15 15.79 Leporinus obtusidens Piapara 5 5.26 Leporinus sp. Piau 1 1.05 Schizodon nasutus Chimboré 2 2.11 Família Characidae 9 9.47 25.00 Astyanax altiparanae Lambari 1 1.05 Salminus brasiliensis Dourado 1 1.05 Subfamília Bryconinae 1 1.05 4.17 Brycon orbignyanus Piracanjuba 1 1.05 Subfamília Serrasalminae 6 6.32 12.50 Myleus cf. levis Pacu rosa 2 2.11 Myleus cf. micans Pacu prata 2 2.11 Piaractus mesopotamicus Caranha 2 2.11 Família Curimatidae 2 2.11 4.17 Steindachnerina corumbae Saguiru 2 2.11 Família Cynodontidae 8 8.42 4.17 Subfamília Cynodontinae 8 8.42 4.17 Rhaphiodon vulpinus Cachorra facão; Dentudo 8 8.42 Família Erythrinidae 2 2.11 4.17 Hoplias malabaricus Traíra; Dorme dorme 2 2.11 Ordem Perciformes 37 38.95 20.83 Família Cichlidae 13 13.68 16.67 Subfamília Cichlinae 4 4.21 8.33 Cichla cf. piquiti Tucunaré 3 3.16 Crenicichla cf. jaguarensis Jacundá 1 1.05 Subfamília Cichlasomatinae 1 1.05 4.17 Cichlasoma paranaense Acará 1 1.05 20

Tabela 7. Continuação. TAXA NOME COMUM N % QN QL Subfamília Geophaginae 8 8.42 4.17 Geophagus cf. surinamensis Acará tinga 8 8.42 Família Sciaenidae 24 25.26 4.17 Plagioscion squamosissimus Corvina 24 25.26 Ordem Siluriformes 13 13.68 20.83 Família Loricariidae 9 9.47 12.50 Subfamília Hypostominae 9 9.47 12.50 Hypostomus cf. plecostomus Acari 1 1.05 Hypostomus sp. Cascudo 4 4.21 Hypostomus sp.2 Cascudo 4 4.21 Família Pimelodidae 4 4.21 8.33 Pimelodus blochii Mandi cabeça de ferro 3 3.16 Pimelodus cf. heraldoi Mandi 1 1.05 A demonstração quantitativa (QN) dos dados apontou a Ordem Characiformes como a mais representativa, com 45 espécimes capturados (47.37% do total), distribuídos entre as famílias Anostomidae, Characidae, Curimatidae, Cynodontidae e Erythrinidae. Em segundo, aparece a Ordem Perciformes, com 37 espécimes (38.95% do total), distribuídos entre as famílias Cichlidae e Sciaenidae. E, por último, com a menor representatividade, tem se a Ordem Siluriformes com 13 espécimes (13.68% do total) distribuídos nas famílias Loricariidae e Pimelodidae (Figura 5). A exemplo dos dados quantitativos, a demonstração qualitativa (QL) aponta para a Ordem Characiformes como a mais representativa, com 14 espécies (58.34% do total), seguida pelas Ordens Perciformes e Siluriformes, cada uma com cinco espécies (20.83% do total, cada) (Figura 6). 21

Figura 5. Representatividade das ordens Quantitativo. Figura 6. Representatividade das ordens Qualitativo. Destinação dos Animais Dos 95 espécimes capturados, 88 (92.63%) foram soltos (Tabela 8) e sete (7.37%) foram descartados por não apresentarem condições de aproveitamento científico, uma vez que foram predados por outros animais (Tabela 9). 22

Tabela 8. Espécimes capturados e soltos durante a segunda campanha do Programa de Conservação da Ictiofauna Fase Inventariamento da Ictiofauna UHE Foz do Rio Claro. DATA N. REGISTRO PONTO ESPÉCIE 21.05.08 631 10 Geophagus cf. surinamensis 632 3 Leporinus friderici 633 3 Rhaphiodon vulpinus 634 5 Geophagus cf. surinamensis 635 5 Myleus cf. levis 636 5 Geophagus cf. surinamensis 637 5 Geophagus cf. surinamensis 22.05.08 638 5 Cichla cf. piquiti 639 6 Plagioscion squamosissimus 640 7 Plagioscion squamosissimus 641 9 Plagioscion squamosissimus 642 9 Plagioscion squamosissimus 643 9 Plagioscion squamosissimus 644 9 Piaractus mesopotamicus 645 7 Rhaphiodon vulpinus 646 7 Rhaphiodon vulpinus 647 7 Rhaphiodon vulpinus 23.05.08 648 7 Rhaphiodon vulpinus 649 7 Cichla cf. piquiti 650 7 Cichla cf. piquiti 651 7 Plagioscion squamosissimus 652 7 Plagioscion squamosissimus 653 14 Leporinus sp. 24.05.08 654 12 Myleus cf. levis 655 12 Geophagus cf. surinamensis 656 17 Rhaphiodon vulpinus 25.05.08 657 14 Piaractus mesopotamicus 658 22 Plagioscion squamosissimus 659 22 Plagioscion squamosissimus 660 23 Plagioscion squamosissimus 26.05.08 661 23 Plagioscion squamosissimus 662 23 Hypostomus sp.2 663 23 Plagioscion squamosissimus 664 23 Leporinus friderici 23

Tabela 8. Continuação. DATA N. REGISTRO PONTO ESPÉCIE 665 23 Leporinus friderici 666 23 Plagioscion squamosissimus 667 23 Geophagus cf. surinamensis 668 26 Rhaphiodon vulpinus 669 26 Rhaphiodon vulpinus 670 30 Leporinus friderici 26.05.08 671 30 Steindachnerina corumbae 672 30 Steindachnerina corumbae 673 30 Leporinus obtusidens 674 30 Cichlasoma paranaense 675 30 Crenicichla cf. jaguarensis 676 23 Hoplias malabaricus 677 30 Astyanax altiparanae 678 26 Leporinus obtusidens 679 26 Leporinus obtusidens 27.05.08 687 29 Plagioscion squamosissimus 688 29 Plagioscion squamosissimus 689 29 Plagioscion squamosissimus 690 28 Pimelodus blochii 691 40 Geophagus cf. surinamensis 692 40 Schizodon nasutus 693 40 Schizodon nasutus 28.05.08 694 39 Myleus cf. micans 695 40 Salminus brasiliensis 696 40 Brycon orbignyanus 697 40 Pimelodus cf. heraldoi 698 40 Hoplias malabaricus 29.05.08 699 39 Pimelodus blochii 700 26 Myleus cf. micans 701 41 Hypostomus sp.2 702 41 Hypostomus sp. 30.05.08 703 41 Hypostomus sp. 704 41 Plagioscion squamosissimus 705 45 Hypostomus cf. plecostomus 706 45 Leporinus friderici 24

Tabela 8. Continuação. DATA N. REGISTRO PONTO ESPÉCIE 707 45 Plagioscion squamosissimus 708 46 Plagioscion squamosissimus 709 49 Hypostomus sp. 30.05.08 710 49 Hypostomus sp. 711 49 Leporinus friderici 712 49 Leporinus friderici 713 50 Leporinus friderici 714 50 Plagioscion squamosissimus 715 47 Plagioscion squamosissimus 716 49 Plagioscion squamosissimus 717 49 Plagioscion squamosissimus 718 50 Plagioscion squamosissimus 719 50 Hypostomus sp.2 31.05.08 720 50 Hypostomus sp.2 721 50 Leporinus friderici 722 50 Leporinus friderici 723 50 Leporinus friderici 724 50 Leporinus friderici 725 50 Leporinus friderici Tabela 9. Espécimes descartados durante a segunda campanha do Programa de Conservação da Ictiofauna Fase Inventariamento da Ictiofauna UHE Foz do Rio Claro. DATA N. REGISTRO PONTO ESPÉCIE 680 27 Leporinus obtusidens 681 27 Leporinus obtusidens 682 27 Leporinus friderici 27.05.08 683 28 Leporinus cf. octofasciatus 684 28 Geophagus cf. surinamensis 685 28 Leporinus friderici 686 28 Pimelodus blochii 25

Marcação Dos 88 espécimes soltos, 29 (32.95%) foram previamente marcados (Tabela 10), o que garante subsídios para futuros estudos ecológicos sobre a sucessão ecológica das populações de peixes da bacia do rio Claro. Tabela 10. Espécimes marcados durante a segunda campanha do Programa de Conservação da Ictiofauna Fase Inventariamento da Ictiofauna UHE Foz do Rio Claro. DATA N. REGISTRO N. MARCAÇÃO ESPÉCIE 22.05.08 644 37 Piaractus mesopotamicus 649 38 Cichla cf. piquiti 24.05.08 653 39 Leporinus sp. 25.05.08 657 40 Piaractus mesopotamicus 26.05.08 662 41 Hypostomus sp.2 664 42 Leporinus friderici 694 43 Myleus cf. micans 28.05.08 695 44 Salminus brasiliensis 696 45 Brycon orbignyanus 29.05.08 699 46 Pimelodus blochii 701 47 Hypostomus sp.2 702 48 Hypostomus sp. 703 49 Hypostomus sp. 704 50 Plagioscion squamosissimus 705 51 Hypostomus cf. plecostomus 30.05.08 706 52 Leporinus friderici 707 53 Plagioscion squamosissimus 708 54 Plagioscion squamosissimus 711 55 Leporinus friderici 712 56 Leporinus friderici 713 57 Leporinus friderici 714 58 Plagioscion squamosissimus 715 59 Plagioscion squamosissimus 716 60 Plagioscion squamosissimus 717 61 Plagioscion squamosissimus 31.05.08 718 62 Plagioscion squamosissimus 721 63 Leporinus friderici 722 64 Leporinus friderici 723 65 Leporinus friderici 26

Espécies Alienígenas Durante as atividades dessa campanha foram registradas duas espécies alienígenas (não pertencentes) à bacia do rio Claro (Tabela 11). Aquelas espécies ainda não confirmadas não foram incluídas na análise e a classificação foi feita de acordo com Froese & Pauly (2007). Tabela 11. Espécies alienígenas registradas durante a segunda campanha do Programa de Conservação da Ictiofauna Fase Inventariamento da Ictiofauna UHE Foz do Rio Claro. TAXA NOME COMUM BACIA DE ORIGEM Classe Actinopterygii Ordem Characiformes Família Anostomidae Leporinus friderici Piau três pintas Amazônica e Suriname Ordem Siluriformes Família Pimelodidae Pimelodus blochii Mandi cabeça de ferro Amazônica, Orinoco e Essequibo Espécies Migratórias Nessa campanha foram registradas sete espécies migratórias, caracterizadas de acordo com Carolsfeld et al. (2003). A Tabela 12 apresenta essas espécies, acompanhadas de seus respectivos nomes comuns. Tabela 12. Espécies migratórias registradas durante a segunda campanha do Programa de Conservação da Ictiofauna Fase Inventariamento da Ictiofauna UHE Foz do Rio Claro. TAXA Classe Actinopterygii Ordem Characiformes Família Anostomidae Leporinus friderici Schizodon nasutus Piau três pintas Chimboré NOME COMUM 27

Tabela 12. Continuação. TAXA Família Characidae Salminus brasiliensis Subfamília Bryconinae Brycon orbignyanus Subfamília Serrasalminae Piaractus mesopotamicus Família Cynodontidae Subfamília Cynodontinae Rhaphiodon vulpinus Ordem Siluriformes Família Pimelodidae Pimelodus blochii NOME COMUM Dourado Piracanjuba Caranha Cachorra facão; Dentudo Mandi cabeça de ferro 5. CONCLUSÕES a. Durante esta campanha foram capturados onze espécies que necessitam de confirmação taxonômica, sendo apresentado neste relatório, somente uma categorização a nível genérico ou espécies à confirmar, são elas: Leporinus cf. octofasciatus, Leporinus sp., Myleus cf. micans, Myleus cf. levis, Cichla cf. piquiti, Crenicichla cf. jaguarensis, Geophagus cf. surinamensis, Hypostomus cf. plecostomus, Hypostomus sp., Hypostomus sp.2 e Pimelodus cf. heraldoi; b. A identificação definitiva destas espécies será apresentada em forma de addenda nos relatórios subseqüentes a este; c. Foram capturados um total de 95 espécimes, dos quais 88 foram soltos e sete foram descartados por não apresentarem condições de aproveitamento científico; 28

d. Nesta campanha foram registradas duas espécies alienígenas, o que pode ser interpretado como um forte indicativo de um ambiente já perturbado em sua diversidade natural, e que pode ser agravado pela formação do reservatório caso não seja tomadas medidas mitigatórias para esse problema; e. Foram registradas sete espécies categorizadas como migratórias durante as atividades de campo desta campanha. O conhecimento dos movimentos migratórios destas espécies é um requisito indispensável para o melhor manejo ambiental e na elaboração de soluções práticas para as perturbações geradas pelo barramento do curso natural do rio. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGMA 2005. Relatório Final do Estudo Integrado de Bacias Hidrográficas da Região Sudoeste do Estado de Goiás. AGMA 2006. Relatório Final do Estudo Integrado da Bacia Hidrográfica do Rio Veríssimo. CAROLSFELD, J.; B. HARVE; C. ROSS & A. BAER. 2003. Migratory Fishes of South America: Biology, Fisheries and Conservation Status. World Fisheries Trust. CESP 1994. Relatório Técnico dos Programas de Pesquisas. Reservatório da Usina Hidrelétrica (UHE) Ilha Solteira SP. CONSILIU. 2007. Plano de Trabalho Revisão 01. Execução dos Programas Ambientais para Foz do Rio Claro Energia S.A. Caçu GO. COSTA, M. C. 2006. Caracterização da Assembléia de peixes da sub bacia do Rio Claro e suas relações com os padrões de ocupação humana no Sudeste do Estado de Goiás Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Católica de Goiás GO. 98 p. 29

FIALHO, A. P. & F. L. T. GARRO. 2004. Peixes da Bacia do Rio Meia Ponte. Goiânia: Editora da UCG. FROESE, R. and PAULY, D. Editors. 2007. FishBase. World Wide Web electronic publication. Acessado em: 14 de fevereiro de 2008. Disponível em: www.fishbase.org, version (10/2007). NATURAE 2007. Relatório Final do Inventário Ictiofaunístico do Parque Ecológico Altamiro de Moura Pacheco e Parque dos Ipês. Goiânia. 30

ANEXO I MAPEAMENTO DA ÁREA AMOSTRAL ICTIOFAUNA 31

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ANEXO II DEMONSTRATIVO GERAL DE CAPTURAS, PONTOS AMOSTRAIS E DADOS BIOMÉTRICOS DOS ESPÉCIMES REGISTRADOS 33

DATA N. PER. ESPÉCIE MÉT. TRECHO PONTO N. MARCAÇÃO COMP. (cm) PESO (g) SEXO DEST. 21.05.08 631 T Geophagus cf. surinamensis 2 5 10 7.0 8 S 22.05.08 23.05.08 632 M Leporinus friderici 2 5 3 26.0 370 S 633 M Rhaphiodon vulpinus 2 5 3 37.0 200 S 634 M Geophagus cf. surinamensis 2 5 5 17.0 130 S 635 M Myleus cf. levis 2 5 5 13.0 90 S 636 M Geophagus cf. surinamensis 2 5 5 17.5 135 S 637 M Geophagus cf. surinamensis 2 5 5 18.0 170 S 638 M Cichla cf. piquiti 2 5 5 30.0 450 S 639 M Plagioscion squamosissimus 2 5 6 24.0 200 S 640 M Plagioscion squamosissimus 2 5 7 30.0 450 S 641 M Plagioscion squamosissimus 2 5 9 26.0 300 S 642 M Plagioscion squamosissimus 2 5 9 25.0 280 S 643 M Plagioscion squamosissimus 2 5 9 23.0 230 S 644 T Piaractus mesopotamicus 1 5 9 37 55.0 6000 S 645 M Rhaphiodon vulpinus 2 5 7 36.0 260 S 646 M Rhaphiodon vulpinus 2 5 7 33.0 250 S 647 M Rhaphiodon vulpinus 2 5 7 37.0 320 S 648 M Rhaphiodon vulpinus 2 5 7 38.0 370 S 649 M Cichla cf. piquiti 2 5 7 38 21.0 200 S 650 M Cichla cf. piquiti 2 5 7 22.0 220 S 651 M Plagioscion squamosissimus 2 5 7 22.0 200 S 652 M Plagioscion squamosissimus 2 5 7 24.5 250 S 24.05.08 653 M Leporinus sp. 1 4 14 39 41.0 1750 S

DATA N. PER. ESPÉCIE MÉT. TRECHO PONTO N. MARCAÇÃO COMP. (cm) PESO (g) SEXO DEST. 24.05.08 654 M Myleus cf. levis 2 4 12 12.0 80 S 655 T Geophagus cf. surinamensis 2 4 12 16.5 130 S 656 T Rhaphiodon vulpinus 2 4 17 41.0 410 S 25.05.08 657 M Piaractus mesopotamicus 1 4 14 40 60.0 7000 S 26.05.08 658 M Plagioscion squamosissimus 2 3 22 30.0 440 S 659 M Plagioscion squamosissimus 2 3 22 27.0 380 S 660 M Plagioscion squamosissimus 2 3 23 25.0 230 S 661 M Plagioscion squamosissimus 2 3 23 28.0 430 S 662 M Hypostomus sp.2 2 3 23 41 21.0 230 S 663 M Plagioscion squamosissimus 2 3 23 27.5 390 S 664 M Leporinus friderici 2 3 23 42 28.0 440 S 665 M Leporinus friderici 2 3 23 27.0 380 S 666 M Plagioscion squamosissimus 2 3 23 26.0 300 S 667 M Geophagus cf. surinamensis 2 3 23 18.0 150 S 668 M Rhaphiodon vulpinus 2 3 26 36.0 310 S 669 M Rhaphiodon vulpinus 2 3 26 37.0 315 S 670 M Leporinus friderici 2 3 30 32.0 750 S 671 M Steindachnerina corumbae 2 3 30 7.5 9.5 S 672 M Steindachnerina corumbae 2 3 30 7.0 9 S 673 M Leporinus obtusidens 2 3 30 6.5 6.5 S 674 M Cichlasoma paranaense 2 3 30 5.0 6 S 675 M Crenicichla cf. jaguarensis 2 3 30 10.0 15.5 S 676 T Hoplias malabaricus 2 3 23 31.0 560 S 35

DATA N. PER. ESPÉCIE MÉT. TRECHO PONTO N. MARCAÇÃO COMP. (cm) PESO (g) SEXO DEST. 26.05.08 677 T Astyanax altiparanae 2 3 30 5.0 4.5 S 27.05.08 28.05.08 29.05.08 678 M Leporinus obtusidens 3 3 26 39.0 1200 S 679 M Leporinus obtusidens 3 3 26 37.0 900 S 680 M Leporinus obtusidens 3 3 27 31.0 700 D 681 M Leporinus obtusidens 3 3 27 32.0 700 D 682 M Leporinus friderici 3 3 27 24.5 360 D 683 M Leporinus cf. octofasciatus 2 3 28 23.5 250 D 684 M Geophagus cf. surinamensis 2 3 28 16.5 120 D 685 M Leporinus friderici 2 3 28 19.0 150 D 686 M Pimelodus blochii 2 3 28 20.0 130 D 687 M Plagioscion squamosissimus 2 3 29 26.0 300 S 688 M Plagioscion squamosissimus 2 3 29 26.5 340 S 689 M Plagioscion squamosissimus 2 3 29 30.0 400 S 690 T Pimelodus blochii 2 3 28 21.0 140 S 691 M Geophagus cf. surinamensis 2 1 40 14.0 80 S 692 M Schizodon nasutus 2 1 40 22.0 180 S 693 M Schizodon nasutus 2 1 40 21.0 170 S 694 M Myleus cf. micans 2 1 39 43 31.0 1100 S 695 M Salminus brasiliensis 1 1 40 44 62.0 3500 S 696 T Brycon orbignyanus 1 1 40 45 64.0 5500 S 697 T Pimelodus cf. heraldoi 1 1 40 17.0 70 S 698 T Hoplias malabaricus 2 1 40 26.0 340 S 699 M Pimelodus blochii 2 1 39 46 26.0 330 S 36

DATA N. PER. ESPÉCIE MÉT. TRECHO PONTO N. MARCAÇÃO COMP. (cm) PESO (g) SEXO DEST. 29.05.08 700 M Myleus cf. micans 2 1 26 29.0 1050 S 30.05.08 31.05.08 701 M Hypostomus sp.2 2 2 41 47 26.0 470 S 702 M Hypostomus sp. 2 2 41 48 27.0 430 S 703 M Hypostomus sp. 2 2 41 49 25.0 400 S 704 M Plagioscion squamosissimus 2 2 41 50 35.0 900 S 705 M Hypostomus cf. plecostomus 2 2 45 51 37.0 870 S 706 M Leporinus friderici 2 2 45 52 30.0 560 S 707 M Plagioscion squamosissimus 2 2 45 53 27.0 400 S 708 M Plagioscion squamosissimus 2 2 46 54 26.0 350 S 709 M Hypostomus sp. 2 2 49 20.0 220 S 710 M Hypostomus sp. 2 2 49 19.0 150 S 711 M Leporinus friderici 2 2 49 55 30.0 600 S 712 M Leporinus friderici 2 2 49 56 26.0 400 S 713 M Leporinus friderici 2 2 50 57 27.0 430 S 714 M Plagioscion squamosissimus 2 2 50 58 25.0 310 S 715 M Plagioscion squamosissimus 2 2 47 59 25.0 260 S 716 M Plagioscion squamosissimus 2 2 49 60 30.0 500 S 717 M Plagioscion squamosissimus 2 2 49 61 29.0 410 S 718 M Plagioscion squamosissimus 2 2 50 62 25.0 300 S 719 M Hypostomus sp.2 2 2 50 18.0 120 S 720 M Hypostomus sp.2 2 2 50 16.0 90 S 721 M Leporinus friderici 2 2 50 63 31.0 670 S 722 M Leporinus friderici 2 2 50 64 27.5 50 S 37

DATA N. PER. ESPÉCIE MÉT. TRECHO PONTO N. MARCAÇÃO COMP. (cm) PESO (g) SEXO DEST. 31.05.08 723 M Leporinus friderici 2 2 50 65 27.0 450 S 724 M Leporinus friderici 2 2 50 24.0 400 S 725 M Leporinus friderici 2 2 50 25.0 410 S LEGENDA: PER.: Perído; MÉT.: Método de captura (1 = Anzol; 2 = Rede de espera; 3 = Ribeirinho); DEST.: Destino (S = Soltura; D = Descarte) 38

ANEXO III MEMÓRIA FOTOGRÁFICA

Leporinus cf. octofasciatus (Ferreirinha) Leporinus friderici (Piau três pintas) Leporinus obtusidens (Piapara) Leporinus sp. (Piau) Schizodon nasutus (Chimboré) Astyanax altiparanae (Lambari) Salminus brasiliensis (Dourado) Brycon orbignyanus (Piracanjuba) 40

Myleus cf. levis (Pacu rosa) Myleus cf. micans (Pacu prata) Piaractus mesopotamicus (Caranha) Steindachnerina corumbae (Saguiru) Rhaphiodon vulpinus (Cachorra facão) Hoplias malabaricus (Traíra) Cichla cf. piquiti (Tucunaré) Crenicichla cf. jaguarensis (Marianinha) 41

Cichlasoma paranaense (Acará) Geophagus cf. surinamensis (Acará tinga) Plagioscion squamosissimus (Corvina) Hypostomus cf. plecostomus (Acari) Hypostomus sp. (Cascudo) Hypostomus sp.2 (Cascudo) Pimelodus blochii (Mandi cabeça de ferro) Pimelodus cf. heraldoi (Mandi) 42

Relatório Semestral AGMA PBA de Ictiofauna ANEXO 02 Cópia da renovação da licença para Pesca Científica

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