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Transcrição:

pus wirtivs -"lirr114r. -r.51 ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO EXMO. DES. MÁRCIO MURILO DA CUNHA RAMOS ACÓRDÃO AGRAVO INTERNO N 200.2012.106860-1/001 6" Vara da Fazenda Pública da Comarca da Capital. RELATOR: Dr. João Batista Barbosa, Juiz convocado para substituir o Exmo. Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos AGRAVANTE: O Estado da Paraíba, representado por seu Procurador Alexandre Magnus Ferreira Freire. AGRAVADO: Francinaldo Miranda dos Santos ADVOGADAS: Bruna de Freitas Mathieson e Elisa Barbosa Machado AGRAVO INTERNO SEGUIMENTO NEGADO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO DECISÃO DE ACORDO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (ART. 557, "CAPUT" DO CPC) PACIENTE QUE NECESSITA URGENTEMENTE SE SUBMETER À CIRURGIA NO JOELHO ESQUERDO MANUTENÇÃO DA DECISÃO VERGASTADA DESPROVIMENTO. - Estando a matéria pacificada por jurisprudência dominante do STJ, poderá o relator negar provimento de forma monocrática ao recurso em conflito com o entendimento sedimentado dos supracitados tribunais, nos termos do "caput" do art. 557 do CPC. acima nominados. VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS os presentes autos ACORDA a Egrégia Terceira Câmara Cível do Colendo Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, por unanimidade, em desprover o Agravo Interno. RELATÓRIO Francinaldo Miranda dos Santos, ingressou com uma ação ordinária de obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada movida contra o Estado da Paraíba. Nessa, o juízo da 6' Vara da Fazenda Pública da Comarca da Capital concedeu a antecipação de tutela para providenciar a realização da cirurgia do autor (fls. 60/62). Em face da referida decisão, o Estado interpôs recurso de Agravo de Instrumento (fls. 02/12), que foi negado seguimento nos termos do art. 557.

caput do CPC, em razão da decisão estar em consonância com a jurisprudência dominante deste Tribunal de Justiça e dos Tribunais Superiores (fls. 68/72). Irresignado, o Estado interpôs agravo interno contra a aludida decisão requerendo a apreciação da matéria pelo colegiado. Argumenta que a questão aqui discutida não é só de direito, mas também de fato. Por fim, alega ser necessário a análise do quadro clínico do autor através de médico perito do SUS. É o relatório. VOTO: As alegações do agravo interno resumem-se em afirmar que o agravo de instrumento não poderia ser julgado de forma monocrática, requerendo. por conseguinte, a modificação da decisão para que o recurso seja novamente apreciado. O decisum, ora atacado, foi no sentido de negar seguimento ao Agravo de Instrumento, em virtude de se tratar de matéria já pacificada nos Tribunais Superiores, seguindo orientação contida no caput do art. 557 do CPC que assim determina: "Art. 557. O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior." - grifo meu. Por conseguinte, em virtude da alegada necessidade de realização de perícia a fim de analisar a situação do paciente, melhor sorte não assiste ao recorrente. De acordo com o receituário médico de fl. 36, atestou-se que o recorrido é portador de lesão meniscal + LCA esquerdo (CID M23.3), encontrando-se em sintoma de instabilidade, edema e impotência funcional, ocasionada por estiramento e degeneração, necessitando de tratamento cirúrgico por via artroscópica, para correção e estabilização da deformidade. Ressalte-se que o referido receituário é originário de Hospital Público e subscrito por médico especialista e credenciado ao SUS, comprovando, assim, a verossimilhança do direito do paciente. Ademais, está caracterizada a hipossuficiência do recorrido. pois o mesmo não tem condições de custear a cirurgia requerida que, segundo a documentação de fls. 38/42, possui um custo bastante elevado. Assim, a concessão da tutela antecipada é medida que se impõe, pois, caso contrário, poderá causar prejuízos irreparáveis à saúde do recorrido. No tocante à alegação de que a matéria seria de fato e não de direito, mantenho nos exatos termos e sob idêntico fundamento a decisão vergastada, ipsis litteris: "1. Da necessidade de substituição do tratamento: Em suma, o recorrente requer que o tratamento cirúrgico seja analisando e realizado por médico do Estado. Pelo que foi narrado na exordial da ação principal, o autor, na verdade, busca

a prestação dos serviços, diga-se, a realização de cirurgia, através do SUS. Analisando, também, a decisão proferida pelo juízo a quo, verifico que a tutela foi concedida da seguinte forma: Isto posto, CONCEDO A TUTELA ANTECIPADA POSTULADA para determinar ao promovido que arque com os custos da cirurgia necessária ao tratamento do autor, em 40 (quarenta) dias, em estabelecimento credenciado, com opção de médicos pertencentes ao seu quadro de servidores, sob pena de bloqueio de numerário que satisfaça a obrigação em entidade privada." Diante do que foi acima mencionado, a alegação da edilidade resta prejudicada, uma vez que, não há determinação para que a cirurgia seja realizada em hospital particular, com materiais cirúrgicos particulares e por médicos particulares. O que se vê, na verdade, é que o tratamento cirúrgico seja realizado em estabelecimento credenciado pelo SUS, com opção de médicos pertencentes ao quadro de servidores do Estado. Assim, não há que se cogitar em substituição do tratamento por outro disponibilizado pelo Estado, posto que isto foi concedido pelo juizo a quo. Desse modo, não há interesse recursal em relação à referida tese rccursal. 2. Da necessidade de prévia análise do quadro clinico do agravado: Entendo que é prescindível a realização de perícia médica requerida pelo agravante, cujo objetivo precípuo seria averiguar a real utilidade do tratamento do autor. Isto porque, restou comprovado, através do receituário emitido por médico credenciado ao SUS, que o agravado é portador de LESÃO MENISCAL + LCA ESQUERDO (CID M23.3), encontrando-se em sintoma de instabilidade, edema e impotência funcional, ocasionada por estiramento e degeneração, necessitando de TRATAMENTO CIRÚRGICO POR VIA ARTROSCOPICA, para correção e estabilização da deformidade (fl. 36). Ressalto, ainda, que apesar do médico público que indicou a necessidade da realização da cirurgia (fl. 36) ser o mesmo médico que atendeu o recorrido em clínica particular (fls. 37; 38 e 41), entendo que tal fato não pode ser um impeditivo ao direito do autor, pois, como se sabe, a Constituição Federal de 1998 é cogente ao determinar em seu art. 196 que a saúde é "direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação". Nestes termos, mencionada tese merece rejeição. 3. Do impedimento da Lei n". 9.494/97: A lei 9.494/97 (art. 1 e parágrafos) também não impede, em circunstâncias extremadas como as do presente caso, a outorga de provimento emergencial contra a Fazenda Pública Estadual. Valho-me, enfim, das luzes do Superior Tribunal de Justiça que, reiteradamente, tem admitido, até mesmo, o bloqueio de contas públicas para salvaguardar o direito do titular, suavizando a regra imperativa da impenhorabilidade dos bens públicos e da necessidade de execução por precatórios. É dizer, admitindo a concessão de liminares contra a Administração: "PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TUTELA ANTECIPADA. MEIOS DE COERÇÃO AO DEVEDOR (CPC, ARTS. 273, 3 E 461, 5'). FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS PELO ESTADO. BLOQUEIO DE VERBAS PÚBLICAS. CONFLITO ENTRE A URGÊNCIA NA

AQUISIÇÃO DO MEDICAMENTO E O SISTEMA DE PAGAMENTO DAS CONDENAÇÕES JUDICIAIS PELA FAZENDA. PREVALÊNCIA DA ESSENCIALIDADE DO DIREITO À SAÚDE SOBRE OS INTERESSES FINANCEIROS DO ESTADO. 4. Todavia, em situações de inconciliável conflito entre o direito fundamental à saúde e o regime de impenhorabilidade dos bens públicos, prevalece o primeiro sobre o segundo. Sendo urgente e impostergável a aquisição do medicamento, sob pena de grave comprometimento da saúde do demandante, não se pode ter por ilegítima, ante a omissão do agente estatal responsável, a determinação judicial do bloqueio de verbas públicas como meio de efetivação do direito prevalente. 5. Recurso especial a que se nega provimento." (STJ - REsp 851.760/RS, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 22.08.2006, DJ 11.09.2006 p. 238). "RECURSO ESPECIAL. FAZENDA PÚBLICA. FORNECIMENTO DE ATENDIMENTO HOSPITALAR E CIRURGIA PARA EXTRAÇÃO DE PEDRAS NO RIM. OBRIGAÇÃO DE FAZER. FIXAÇÃO DE MULTA DIÁRIA. CABIMENTO. PRECEDENTES. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. POSSIBILIDADE. A hipótese dos autos cuida da imposição de multa diária ao Estado do Rio Grande do Sul pelo não-cumprimento de obrigação de fornecer atendimento hospitalar ao autor e realizar cirurgia para extração de pedras no seu rim esquerdo. Dessarte, na espécie, deve ser aplicado o raciocínio adotado por esta colenda Corte no que se refere às obrigações de fazer pela Fazenda Pública, ou seja, de que "o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode fixar as denominadas astreintes contra a Fazenda Pública, com o objetivo de forçá-la ao adimplemento da obrigação de fazer no prazo estipulado" (AGREsp 554.776/SP, Rel. Min. Paulo Medina, DJ 6.10.2003). (...)." (REsp 738.511/RS, Rel. Ministro FRANCIULLI NETTO, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/09/2005, DJ 21/03/2006 p. 117) Diante disso, mantenho o mesmo posicionamento proferido na decisão interlocutória que concedeu a tutela antecipada da ação de obrigação de fazer, sob pena de bloqueio de numerário que satisfaça a obrigação em entidade privada. 4. Da falta da prova da urgência: Em suma, o recorrente alega que, tendo em vista o lapso de tempo entre a data em que foi diagnosticada a doença do recorrido (fls. 31) e a data do laudo atestando a necessidade de realização da cirurgia (fls. 37), não há que se falar em urgência capaz de ensejar a concessão da tutela antecipada. Ora, tal alegação é insubsistente, pois não se pode auferir qual a gravidade da doença que se encontrava o recorrido no momento em que este realizou o exame de ressonância magnética no joelho (fl. 31). O que importa é saber que, atualmente, o agravado encontra-se em situação de urgência. c De acordo com a decisão recorrida (fls. 60/62), tem-se que "o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, é patente nos autos, diante do laudo caracterizando a necessidade de cirurgia e a impotência funcional já verificada no membro (fl. 23)." Observo que, evidentemente, restou demonstrada a hipossuficiência do paciente, ante a falta de condições financeiras, uma vez que este se qualifica como desempregado, bem como requereu os benefícios da assistência judiciária gratuita. Além disso, o Estado não comprovou a capacidade financeira daquele para custear a cirurgia, que, segundo o documento de fl. 41, totaliza em R$ 18.100,00 (dezoito mil e cem reais).

Ademais, observo que restou atestado no receituário de fl. 36, que o paciente encontra-se com sintoma de instabilidade, edema e impotência funcional. Assim, estando comprovada a verossimilhança do direito da paciente, não há que se falar em inexistência de elementos caracterizadores da concessão da tutela antecipada, uma vez que a não concessão da tutela poderá causar prejuízos irreparáveis à saúde ou, até mesmo, à vida deste." INTERNO. Diante do exposto, NEGO PROVIMENTO AO AGRAVO É como voto. Presidiu a Sessão o Exmo. Sr. José Aurélio da Cruz. Participaram do julgamento, o Dr. João Batista Barbosa, Juiz convocado para substituir o Exmo. Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos, o Exmo. Des. Saulo Henriques de Sá e Benevides e o Exmo. Des. José Aurélio da Cruz. Procurador de Justiça. Presente ao jul João Pesso'a, 0, o o Dr. Marcos Vilar Souto Maior, bro de 2012. João Barbosa vocado

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