SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) EM ADULTOS. Enfª.(s): Cilene Bisagni e Márcia Fernandes Mendes Araújo



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ANEXO I T E R M O DE R E F E R Ê N C I A EDITAL DE PREGÃO Nº. 01/11 CREMEB

ACLS-SAV CURSO SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (SAV) PORTO [Santo Tirso] 28 e 29 de Julho 18

Transcrição:

Revisão: 00 PÁG: 1 CONCEITO Associação de técnicas de compressão torácica, abertura de vias aéreas, respiração artificial e desfibrilação que define a sequência primária de ações para salvar vidas.células FINALIDADE Estabelecer as ações prioritárias de Enfermagem na Reanimação Cardiopulmonar em adultos. INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES Indicação: pacientes com diagnóstico de parada cardiorrespiratória (PCR). A PCR pode ocorrer por diversas causas: cardíacas ou não cardíacas: infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular encefálico (AVE) e obstrução de vias aéreas. Contraindicação: pacientes com recomendação médica, registrada em prontuário para a não realização das manobras de reanimação cardiopulmonar. RESPONSÁVEL PELA PRESCRIÇÃO RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO HORA DE ENF Médico Médico /Enfermeiro / Técnico de Enfermagem Não se aplica

Revisão: 00 PÁG: 2 MATERIAL/EQUIPAMENTOS Equipamentos de proteção individual (luvas de procedimento, óculos protetor, capote) Equipamentos de ventilação artificial de barreira: Pocket Mask (máscara de bolso) (anexo1), face shield (lenço facial com válvula antirrefluxo) (anexo2) Bolsa ventilatória manual com reservatório (Ambú) ( anexo3) Máscara facial de oxigênio (anexo 4) Fluxômetro ( anexo 5) Umidificador (anexo 6) (no atendimento do suporte básico não é necessário complementar com água destilada, pois a prioridade é o suporte de oxigênio para o paciente) Conexão de borracha e/ou silicone para oxigênio (anexo 7) Fonte de oxigênio ( anexo 7) Superfície rígida e plana para aplicação de compressão torácica/ tábua de PCR Escada auxiliar para paciente ( para aumentar a altura do profissional) Desfibrilador Externo Automático (DEA) (anexo 8): Desfibrilador portátil, desenvolvido para ser utilizado por profissionais treinados, pois interpreta o ritmo, seleciona o nível de energia e recomenda o choque elétrico. DESCRIÇÃO TÉCNICA

Revisão: 00 PÁG: 3 1. Reconhecer os sinais de parada cardiopulmonar (inconsciência, apnéia ou respiração agonizante - Gasping e ausência de pulso carotídeo); 2. Aferir pulso central (carotídeo) (anexo 9), sendo que esta avaliação deve ser realizada entre 5 a 10 segundos. No caso de dúvida da presença de pulso, devem ser iniciadas imediatamente as compressões torácicas; 3. Solicitar ajuda de outro profissional de saúde; 4. Realizar a vestimenta dos equipamentos de proteção individual; 5. Posicionar o paciente em decúbito dorsal sobre uma superfície rígida e plana (colocar embaixo da região torácica do paciente); 6. Expor o tórax do paciente, certificando que esteja seco; 7. Posicionar a base de uma das mãos (região hipotenar) no centro do tórax do paciente ( linha intermamilar, na metade inferior do esterno); 8. Colocar a base da outra mão sobre a primeira; 9. Entrelaçar os dedos das mãos e assegurar que as compressões estejam sendo realizadas sobre o esterno, fora do alcance das costelas do paciente; 10. Posicionar-se na posição vertical em relação ao tórax do paciente, ao lado do paciente, em posição superior ao leito do paciente e aplicar movimentos de compressão com um ângulo de 90º. Caso seja necessário utilize a escadinha; 11. Manter os joelhos com certa distância um do outro para ter mais estabilidade; 12. Iniciar compressão torácica externa de qualidade (30 compressões/minuto com uma freqüência, mínima, de100/minuto, com uma profundidade mínima de 2 polegadas (5 cm) ( anexo10); 13. Permitir o retorno total do tórax após cada compressão, minimizando interrupções nas compressões, sem perder o contato das mãos com o esterno do paciente;

Revisão: 00 PÁG: 4 14. Evitar interrupções nas compressões torácicas; 15. As compressões torácicas devem ser iniciadas o mais rapidamente possível, pois garantem o fornecimento de sangue para os órgãos nobres e aumentam o sucesso da desfibrilação; 16. Revezar com outro profissional a cada dois minutos (5 ciclos de 30 compressões torácicas externa e 2 ventilações) para evitar fadiga e compressões de má qualidade; 17. Aplicar duas ventilações rápidas (com duração de 1 segundo cada) com bolsa ventilatória manual conectada a uma fonte de oxigênio com suporte de 15 litros/minuto, após o término de cada ciclo de 30 compressões torácicas; 18. Avaliar a permeabilidade da via aérea durante a ventilação (realizar a inclinação da cabeça-elevação do queixo e, em caso de suspeita de trauma na coluna, promover a anteriorização da mandíbula (anexo11)); 19. Manter observação sobre a elevação da caixa torácica durante a ventilação; 20. Manter a seqüência de 30 compressões e 2 ventilações (ciclo) por 2 minutos (completando assim 5 ciclos de manobras); 21. Reavaliar a resposta do paciente após completar cinco (5) ciclos (2 minutos) de manobras aplicadas checando a responsividade, pulso carotídeo e a expansão da caixa torácica; 22. Ligar o Desfibrilador Externo Automático (DEA) apertando o botão on-off (alguns aparelhos ligam automaticamente ao abrir a tampa). Atentar para o tipo de desfibrilador presente na unidade e se mesmo possui a função DEA, na ausência desta função seguir para o item 29; 23. Posicionar os eletrodos do desfibrilador no tórax do paciente, de acordo com as recomendações do fabricante e a idade do paciente. É importante observar os desenhos indicativos registrados nas pás;

Revisão: 00 PÁG: 5 24. Encaixar o conector das pás (eletrodos) ao aparelho. Em alguns aparelhos o conector do cabo das pás já está conectado; 25. Aguardar a análise do ritmo: se o choque for indicado, o aparelho dará uma advertência para todos se afastarem do paciente e pressionar o botão de choque, após aplicado, a RCP deverá ser iniciada pelas compressões torácicas imediatamente após o choque; 26. A cada dois minutos o DEA analisará o ritmo novamente e poderá indicar novo choque, se necessário. Se não indicar o choque, deve-se reiniciar a RCP imediatamente caso o paciente não retome a consciência; 27. O choque só deve ser disparado após o comando de eu me afasto, você se afasta, todos estão afastados? ; 28. Mesmo que o paciente retomar a consciência, o aparelho não deve ser desligado e as pás não devem ser removidas ou desconectadas até a chegada da equipe médica e/ou equipe de emergência; 29. Na ausência do DEA, manter os procedimentos de compressão torácica externa e ventilação artificial até a chegada da equipe médica e/ou equipe de emergência; 30. Manter os procedimentos de reanimação até a chegada da equipe médica e/ou equipe de emergência ou em situações extremas, até a exaustão da equipe; 31. A cada minuto sem desfibrilação, o paciente perde 10% da chance de sobrevivência; 32. Relatar para a equipe médica todos os procedimentos realizados quando de sua chegada; 33. Atender as solicitações da equipe médica na prestação de assistência durante as manobras de reanimação cardiopulmonar (Suporte Avançado de Vida); 34. Deixar o paciente confortável, ao término das manobras com resposta positiva; 35. Manter a organização da unidade do paciente; 36. Desprezar o material utilizado nos locais apropriados;

Revisão: 00 PÁG: 6 37. Realizar higienização das mãos com água e sabão conforme o POP da CCIH N o 01; 38. Realizar as anotações necessárias, assinando e carimbando o relato no prontuário do paciente (técnico de enfermagem na folha de observação de enfermagem e o enfermeiro na folha de evolução). CUIDADOS ESPECIAIS/ PLANO DE CONTINGÊNCIA No caso de ausência de médico na unidade, solicitar a presença da equipe médica, entrando em contato com o plantão geral nos telefones: 28688357 e 28688340; notificando a existência ou não do desfibrilador na unidade/setor. Sequência simplificada do atendimento em SBV - o CABD primário : checar responsividade e respiração do paciente, chamar ajuda com desfibrilador, checar pulso da vítima, compressões (30 compressões),abertura de vias aéreas, boa ventilação (duas ventilações) e desfibrilação. As compressões torácicas de alta qualidade conseguem promover débito cardíaco de aproximadamente 25% do normal e perfusão cerebral de aproximadamente 10% do normal. Apesar de reduzidas, as perfusões coronariana e cerebral promovidas pelas compressões torácicas são fundamentais para aumentar a probabilidade de sucesso da desfibrilação, com maiores chances de retorno à circulação espontânea. As Diretrizes da AHA para RCP enfatizavam a importância de compressões torácicas de alta qualidade (a uma frequência e profundidade adequadas, permitindo retorno total do tórax a cada compressão. O número de compressões torácicas aplicadas por minuto

Revisão: 00 PÁG: 7 durante a RCP é um fator determinante importante para o retorno da circulação espontânea (RCE) e da sobrevivência do paciente com boa função neurológica. Nos pacientes com parada cardiorespiratória (PCR), a língua pode bloquear a via aérea superior, o que poderá ser aliviado pela abertura das vias aéreas. Para não retardar o início das compressões torácicas, a abertura deve ser realizada somente depois de aplicar trinta compressões torácicas. Aplicação de ventilação com bolsa/ válvula/máscara: 1. O profissional responsável pelas ventilações deve posicionar-se atrás da cabeça do paciente; 2. Colocar a máscara contra o rosto do paciente, usando a ponta nasal como guia para obter a posição correta; 3. Vedar a máscara contra o rosto: usando as mãos, colocar os dedos indicadores e os polegares ao longo da borda da máscara, formando dois C ; 4. Colocar os dedos restantes das mãos ao longo da margem óssea da mandíbula, fazendo dois E, e elevá-la. Executar uma manobra de inclinação da cabeça e do queixo para abrir a via aérea; 5. Ao erguer a mandíbula, pressionar com firmeza e por completo em torno da borda exterior da máscara para vedá-la contra o rosto; 6. É importante observar a elevação do tórax do paciente; 7. Ventilações em excesso podem causar distensão gástrica, aumento da pressão intratorácica, diminuindo o retorno venoso para o coração, o débito cardíaco e a taxa de sobrevivência. As diretrizes da American Heart Association dão ênfase a desfibrilação precoce integrada

Revisão: 00 PÁG: 8 com RCP de alta qualidade como ponto principal para melhorar a sobrevivência do paciente. A equipe de enfermagem possui respaldo legal para a utilização do desfibrilador externo automático (DEA), quando devidamente capacitada e habilitada para o seu manuseio. O Desfibrilador Automático Externo (DEA) é um aparelho eletrônico portátil que diagnostica automaticamente as, potencialmente letais, arritmias cardíacas de fibrilação ventricular e taquicardia ventricular em um paciente. Além de diagnosticar, ele é capaz de tratá-las, por meio da desfibrilação. De acordo com recomendação da American Heart Association os desfibriladores externos automáticos podem ser considerados para o ambiente hospitalar como forma de facilitar a desfibrilação precoce (meta de administração de choques em 3 minutos do colapso), especialmente nas áreas cujo pessoal não esteja capacitado para reconhecer ritmos ou em que o uso de desfibriladores não seja rotina. As pás do desfibrilador podem ser posicionadas de quatro maneiras diferentes tendo a mesma eficácia no tratamento das arritmias atriais e ventrivulares: anterolateral, anteroposterior, esquerda-anterior infraescapular e direita-anterior infraescapular. Para pacientes portadores de marca-passo definitivo ou cardioversor-desfibrilador implantável, as pás devem ficar afastadas pelo menos 2,5 cm ou optar por outro posicionamento pois se estiverem muito próximas podem prejudicar a análise do ritmo pelo DEA e/ou interferir na programação do aparelho.

Revisão: 00 PÁG: 9 DOCUMENTOS CORRELATOS (NORMAS, RESOLUÇÕES, LEIS E ARTIGOS) American Heart Association: Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. TECA: Treinamento de Emergências Cardiovascular Básico. Editores Manuel Fernandes Canesin, Sérgio Timeman).- Barueri, SP: Manole,2013. TECA:Treinamento de Emergências Cardiovascular Avançado. Editores Manuel Fernandes Canesin, Sérgio Timeman).- Barueri, SP: Manole,2013.

Revisão: 00 PÁG: 10 ANEXOS 1. Imagem 1: Máscara de Bolso - Fonte: Google imagens< Pocket Mask> acesso em setembro de 2014.

Revisão: 00 PÁG: 11 2. Imagem 2: Face shield (lenço facial com válvula antirrefluxo) - Fonte: Google imagens< lenço com válvula> acesso em setembro de 2014. 3. Imagem 3: Bolsa ventilatória manual com reseratório (ambú): Fonte: Google imagens< bolsa ventilatória manual com reservatório> acesso setembro de 2014.

Revisão: 00 PÁG: 12 4. Imagem 4: Máscara facial: Fonte: Google imagens< Máscara Facial> acesso em setembro de 2014. 5. Imagem 5- fluxômetro de oxigênio. Fonte: Google imagens <fluxômetro de oxigênio> acesso fev/2013 6. Imagem 6- umidificador de oxigênio. Fonte: Google imagens <umidificador de oxigênio> acesso fev/2013

Revisão: 00 PÁG: 13 7. Imagem 7- fluxômetro com umidificador e borracha de látex conectados a fonte de oxigênio. Fonte: Google imagens < oxigenioterapia> acesso fev/2013

Revisão: 00 PÁG: 14 8. Figura 8: Desfibrilador externo automático (DEA): Fonte: Google imagens< DEA > acesso em setembro de 2014. 9. Imagem 9. Aferição de pulso carotídeo: Fonte: Google imagens<aferição de pulso carotídeo>acesso em setembro de 2014.

Revisão: 00 PÁG: 15 10. Imagem 10. Compressão torácica: Fonte: Google imagens< Local de aplicação e posicionamento para aplicação de compressão torácica> acesso setembro de 2014. 11. Imagem 11. Manobras para abertura de vias aéreas superiores: Fonte: Google imagens<abertura de vias aéreas> acesso em setembro de 2014.