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ÍNDICE - 01/11/2005 Correio Braziliense... 2 Brasil...2 O Globo... 3 Capa/Rio...3 Jornal do Brasil... 5 Rio...5 dengue

ROTEIRO DE RESPOSTA AO ÉBOLA

Transcrição:

ÍNDICE - Jornal do Commercio (RJ)...2 Rio de Janeiro...2 Exames de febre letal deram negativo...2 Estado de Minas (MG)...3 Coluna...3 GIRO PELO PAÍS...3 Febre maculosa - Técnicos fazem vistoria em pousada...3 Maranhão Raiva humana já matou 23...3 Folha de S.Paulo...4 Cotidiano...4 "Febre do carrapato" assusta cidade...4 Jornal do Commercio (RJ)...5 Rio de Janeiro...5 Exames de febre letal deram negativo...5 Estado de Minas (MG)...6 Coluna...6 GIRO PELO PAÍS...6 Febre maculosa - Técnicos fazem vistoria em pousada...6 Maranhão Raiva humana já matou 23...6

Jornal do Commercio (RJ) Rio de Janeiro Exames de febre letal deram negativo Exames de amostras de sangue das três pessoas com suspeita de febre maculosa deram negativo para a doença. Duas delas morreram. Porém, a possibilidade de infecção pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida pelo carrapato-estrela, ainda não foi descartada, pois o material avaliado nos testes sorológicos feitos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pode ter sido colhido antes de as três pessoas terem produzido anticorpos para o microorganismo. A análise de novas amostras deve ser concluída na próxima semana. "É um resultado preliminar. Vamos continuar investigando. Continua a possibilidade de febre maculosa", ressaltou o coordenador do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, Aloysio Ribeiro Neto. Segundo ele, nesta quinta-feira serão colhidas amostras de sangue dos funcionários da pousada Capim Limão, em Itaipava, região serrana do Rio. No local estiveram hospedados o jornalista Roberto Moura, o superintendente de Vigilância Sanitária do RJ, Fernando Villas-Bôas Filho, ambos mortos, e um aposentado de 62 anos que permanece internado em estado grave no Hospital São Lucas, em Copacabana, no Rio. A identidade dele é mantida em sigilo a pedido da família. ANIMAIS TERÃO SANGUE COLETADO Além de coletar material de humanos, técnicos da Vigilância Sanitária de Petrópolis vão recolher amostras de sangue de bois, cavalos e cachorros das proximidades da pousada. "Vamos aumentar o nosso raio de ação. Independentemente dos resultados, iniciaremos a distribuição de panfletos orientando a população sobre as formas de prevenção e a maneira correta de proceder diante da suspeita de febre maculosa", destacou Aloysio. Ele esteve em Petrópolis hoje, reunido com técnicos do Ministério da Saúde. Nova vistoria feita na terça-feia na pousada demonstrou, mais uma vez, que não há carrapatos dentro do estabelecimento. Na semana passada, um foco foi encontrado na trilha que separa o terreno de uma propriedade vizinha. FAMÍLIA DE VÍTIMA ESTÁ ANGUSTIADA A família de Fernando Villas Bôas-Filho está angustiada com a falta de informações sobre o que, de fato, foi a causa da morte. "Estamos enterrando sem saber o que aconteceu com ele. A família está completamente desesperada", contou Paulo Roberto Caetano, primo de Villas-Bôas, referindo-se aos resultados ainda inconclusivos dos testes feitos pela Fiocruz. Ele contou que o superintendente de Vigilância Sanitária do Rio ficou doente há duas semanas, quando também esteve na pousada Capim Limão, como as demais vítimas. Uma semana depois de voltar ao Rio, surgiram os sintomas e Villas-Bôas foi internado. O quadro evoluiu rapidamente. A mulher dele, que também viajara, nada sentiu.

Estado de Minas (MG) Coluna GIRO PELO PAÍS Febre maculosa - Técnicos fazem vistoria em pousada Técnicos da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro e de Petrópolis fizeram ontem à tarde vistoria na Pousada Capim Limão, suspeita de ser foco de febre maculosa, doença transmitida por carrapatos-estrela infectados pela bactéria Rickettsia rickettsii. A doença causa a destruição de pequenos vasos sangüíneos e mata por hemorragia interna, em até 14 dias após a infecção. Pode ser curada com antibióticos, caso seja diagnosticada a tempo. Os sintomas são febre alta, dor de cabeça e abdominal, além de manchas vermelhas pelo corpo. Os agentes não encontraram nenhum carrapato nas instalações da hospedagem, que continua interditada. Três pessoas já morreram infectadas. Maranhão Raiva humana já matou 23 Um surto de raiva humana já matou 23 pessoas - 18 crianças e adolescentes - nos últimos dois meses nos municípios de Carutapera, Turiaçu, Cândido Mendes, Godofredo Viana e Luiz Domingues, no Noroeste do Maranhão. A doença é transmitida por morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue), que estão atacando as pessoas. Em Turiaçu, a 150 quilômetros de São Luís, foram 16 óbitos. Nas demais cidades foram registrados sete casos. O maior foco está no povoado de Antônio Dino, em Turiaçu, com 15 mortos e mais de 300 ataques. Pelo menos 10 equipes de vacinação e cinco de captura de morcegos da Secretaria de Saúde do Maranhão e do Ministério da Saúde estão trabalhando na região para tentar evitar que a doença se alastre ainda mais. Mesmo com chegada das equipes, os moradores estão tomando providências: evitam sair de casa à noite e colocam redes nas portas e janelas.

Folha de S.Paulo Cotidiano "Febre do carrapato" assusta cidade MAURÍCIO SIMIONATO DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS Um aposentado de 69 anos elevou para 305 o número de casos suspeitos de febre maculosa registrados neste ano em Piracicaba (162 km de São Paulo). O aposentado está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa da cidade. O município apresenta o maior índice de casos confirmados no Estado de São Paulo: sete, sendo que cinco resultaram em morte. No ano passado, foram notificados 72 casos, seis foram confirmados e não ocorreu morte. Neste ano, foram registrados 411 suspeitas da doença na cidade, mas 99 foram descartadas e 305 aguardam o resultado de exames. Piracicaba vive uma infestação de carrapato-estrela (principal hospedeiro da bactéria causadora da febre maculosa). Placas e cartazes de aviso estão sendo instalados, e folders, distribuídos para orientar a população. Os quatro postos de pronto atendimento médico da cidade agora têm "sentinelas" das 8h às 22h que fazem uma triagem nos pacientes que chegam com sintomas como febre alta e manchas vermelhas no corpo. Pescadores são orientados a evitar a margem do rio Piracicaba. O trecho próximo à rua do Porto -um dos principais pontos turísticos do município- também deve ser evitado, segundo a Vigilância Epidemiológica. A capivara, que vive nas margens de rios, é um dos principais hospedeiros do carrapato. A cidade tem pelo menos nove pontos de infestação do carrapato-estrela. Um dos mais críticos é o campus da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). Em agosto, cinco pessoas da mesma família morreram no bairro Jaraguá - considerado uma das áreas de infestação e o mesmo bairro onde o aposentado internado na UTI também mora. Até ontem, o Estado havia confirmado 16 casos da doença neste ano, sendo oito mortes, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Saúde. No ano passado, foram 34 casos confirmados e 11 mortes no Estado. A Esalq quer aplicar carrapaticida no campus. Técnicos da universidade estiveram ontem em Brasília para tentar licença da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para usar o produto, que implica risco ambiental. O resultado deve ser anunciado na próxima semana. O infectologista e chefe da disciplina de clínica médica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Paulo Olzon Monteiro da Silva, disse que a febre maculosa só é detectada por meio do teste sorológico. "O diagnóstico às vezes pode se confundir com o de outras doenças como a leptospirose e a dengue." "Se não tiver tratamento rápido e adequado, a doença evolui para um quadro de infecção generalizada, com complicações pulmonares, vasculares, desidratação, coma e morte", explicou o infectologista. O tratamento é realizado com antibióticos.

Jornal do Commercio (RJ) Rio de Janeiro Exames de febre letal deram negativo Exames de amostras de sangue das três pessoas com suspeita de febre maculosa deram negativo para a doença. Duas delas morreram. Porém, a possibilidade de infecção pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida pelo carrapato-estrela, ainda não foi descartada, pois o material avaliado nos testes sorológicos feitos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pode ter sido colhido antes de as três pessoas terem produzido anticorpos para o microorganismo. A análise de novas amostras deve ser concluída na próxima semana. "É um resultado preliminar. Vamos continuar investigando. Continua a possibilidade de febre maculosa", ressaltou o coordenador do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, Aloysio Ribeiro Neto. Segundo ele, nesta quinta-feira serão colhidas amostras de sangue dos funcionários da pousada Capim Limão, em Itaipava, região serrana do Rio. No local estiveram hospedados o jornalista Roberto Moura, o superintendente de Vigilância Sanitária do RJ, Fernando Villas-Bôas Filho, ambos mortos, e um aposentado de 62 anos que permanece internado em estado grave no Hospital São Lucas, em Copacabana, no Rio. A identidade dele é mantida em sigilo a pedido da família. ANIMAIS TERÃO SANGUE COLETADO Além de coletar material de humanos, técnicos da Vigilância Sanitária de Petrópolis vão recolher amostras de sangue de bois, cavalos e cachorros das proximidades da pousada. "Vamos aumentar o nosso raio de ação. Independentemente dos resultados, iniciaremos a distribuição de panfletos orientando a população sobre as formas de prevenção e a maneira correta de proceder diante da suspeita de febre maculosa", destacou Aloysio. Ele esteve em Petrópolis hoje, reunido com técnicos do Ministério da Saúde. Nova vistoria feita na terça-feia na pousada demonstrou, mais uma vez, que não há carrapatos dentro do estabelecimento. Na semana passada, um foco foi encontrado na trilha que separa o terreno de uma propriedade vizinha. FAMÍLIA DE VÍTIMA ESTÁ ANGUSTIADA A família de Fernando Villas Bôas-Filho está angustiada com a falta de informações sobre o que, de fato, foi a causa da morte. "Estamos enterrando sem saber o que aconteceu com ele. A família está completamente desesperada", contou Paulo Roberto Caetano, primo de Villas-Bôas, referindo-se aos resultados ainda inconclusivos dos testes feitos pela Fiocruz. Ele contou que o superintendente de Vigilância Sanitária do Rio ficou doente há duas semanas, quando também esteve na pousada Capim Limão, como as demais vítimas. Uma semana depois de voltar ao Rio, surgiram os sintomas e Villas-Bôas foi internado. O quadro evoluiu rapidamente. A mulher dele, que também viajara, nada sentiu.

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