ÍNDICE - 01/11/2005 Correio Braziliense... 2 Brasil...2 O Globo... 3 Capa/Rio...3 Jornal do Brasil... 5 Rio...5 dengue

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1 ÍNDICE - Correio Braziliense...2 Brasil...2 Notas...2 SAÚDE...2 Segunda vítima da febre maculosa...2 O Globo...3 Capa/Rio...3 Morre no Rio o 2º suspeito de febre rara...3 Morre outra possível vítima de febre maculosa...3 Jornal do Brasil...5 Rio...5 Cemitérios têm focos de dengue...5 Servidores ganham três dias em casa...5 O que funciona no feriado...6 O Estado de S.Paulo...7 Vida&...7 Morre no Rio a 2.ª vítima suspeita de ter maculosa...7 Folha de S.Paulo...8 São Paulo/ MALES DO PASSADO...8 "Febre do carrapato" é suspeita de nova morte...8 Tribuna da Imprensa (RJ)...9 País Cidades...9 Fiocruz: Rio não deve entrar em pânico por febre maculosa...9 Hoje em Dia (MG)...10 Minas...10 Pacientes se desesperam com falta de remédio...10

2 Correio Braziliense Brasil Notas SAÚDE Segunda vítima da febre maculosa O superintendente da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro, Fernando Villas Boas Filho, internado com suspeita de febre maculosa, doença transmitida por carrapatos, morreu ontem. Ele estava internado na UTI do Hospital Quinta D\`Or, em São Cristóvão. Segundo o diretor do hospital, Rodrigo Gavina, o quadro neurológico do paciente piorou nas últimas 36 horas. Esta é a segunda morte possivelmente causada pela doença. A outra vítima foi o jornalista Roberto Moura. Ambos foram inicialmente tratados como pacientes de dengue hemorrágica. Um aposentado de 62 anos, que também esteve na pousada Capim Limão, em Itaipava, permanece em estado grave no Hospital São Lucas, em Copacabana, zona sul do Rio.

3 O Globo Capa/Rio Morre no Rio o 2º suspeito de febre rara Morre outra possível vítima de febre maculosa Célia Costa e Daniel Engelbrecht Morreu ontem a segunda pessoa suspeita de ter contraído no estado a febre maculosa, uma doença rara transmitida por carrapatos infectados pela bactéria Rickettisia rickettsii. O superintendente da Vigilância Sanitária municipal do Rio, delegado Fernando Villas-Boas Filho, de 41 anos, estava internado desde o dia 19 no CTI do Hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão, com um quadro infeccioso grave, que afetava vários órgãos, como pulmão, rins e fígado. Ele respirava com auxílio de aparelhos e, segundo o diretor do hospital, Rodrigo Gavina, piorou nas últimas 36 horas. Os resultados dos exames que estão sendo realizados pela Fundação Oswaldo Cruz para determinar se Villas-Boas e as demais vítimas contraíram mesmo febre maculosa só devem ser divulgados depois de amanhã. Técnicos acham carrapatos em trilha de pousada Villas-Boas esteve há 15 dias na Pousada Capim Limão, no distrito de Itaipava, em Petrópolis, onde duas outras pessoas, suspeitas de terem contraído a doença se hospedaram na mesma época. Uma delas, o jornalista Roberto Moura, morreu na quinta-feira passada. A terceira possível vítima, um professor aposentado de 62 anos, continua em estado grave, no CTI, respira com ajuda de aparelhos e está fazendo hemodiálise. Segundo a médica e pesquisadora Elba Lemos - responsável pelos exames -, o resultado pode ser negativo. Isso porque pode não ter dado tempo para que as vítimas tenham produzido anticorpos contra a bactéria. Novas amostras foram colhidas para exames, mas, no caso do jornalista Roberto Moura, que morreu na semana passada, os testes podem não revelar se ele foi ou não vítima da doença, cujos primeiros sintomas são febre persistente, dor no corpo, dor de cabeça, náusea, diarréia e manchas avermelhadas. Ontem, a Pousada Capim Limão amanheceu sem hóspedes por determinação da Secretaria estadual de Saúde e da Vigilância Sanitária de Petrópolis. O número de funcionários foi reduzido. Técnicos do órgão descobriram carrapatos num bosque do hotel, onde há uma trilha para caminhadas. Numa propriedade vizinha encontraram grande quantidade num cavalo. Por causa da suspeita de focos de carrapatos contaminados na região, os efeitos no turismo já começam a ser sentidos em Itaipava. Na Pousada Parador Santarém, onde Villas-Boas esteve no dia 8 para o casamento do chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins, nenhuma reserva foi feita para o próximo fim de semana. - Normalmente já deveríamos ter seis ou sete reservas para o próximo fim de semana, mas não temos nenhuma. Acho que as suspeitas de focos de doença na região vão trazer um prejuízo imenso para o setor de turismo - afirmou o diretor da pousada, Laerte Mazza. Na agência Itaipava Channel, que faz reservas para 30 hotéis e pousadas na região, o número de pedidos diminuiu, segundo o funcionário Bruno Rodrigues. Por mês, a agência faz mais de 400 reservas e a expectativa é de que o volume de

4 atendimentos caia para menos da metade, principalmente se for confirmada a existência de focos na área. - Já diminuiu bastante o número de reservas nos últimos dias e estamos esperando uma queda ainda mais significativa. Também tivemos cancelamentos. Já conversei com gente até em Salvador que estava sabendo do problema - disse Bruno Rodrigues. O presidente do Petrópolis Convention Visitors Bureau, Rogério Elmor, está orientando hotéis e pousadas a solicitarem justificativa por escrito de pessoas que cancelarem reservas: - Caso a suspeita se mostre infundada, vamos cobrar dos responsáveis os prejuízos. Aumenta a procura por carrapaticidas Nas clínicas veterinárias da região, é grande a procura por produtos contra carrapatos. No Hospital Veterinário do distrito de Correas, em Petrópolis, foram cerca de 60 ligações no sábado de pessoas procurando produtos contra carrapatos e serviços de pulverização. - Normalmente recebíamos duas ou três ligações. A verdade é que na região de Petrópolis há muito carrapato, principalmente em Itaipava, área mais rural. Doenças transmitidas por carrapatos a cães, como a erlichiose, são muito comuns - informou o veterinário Antonio Geraldo de Barros, há 28 anos na região. Na Clínica Veterinária de Itaipava, a procura por produtos contra carrapatos aumentou 50%, segundo o administrador Sérgio Lima: - Se todos os proprietários tivessem consciência e dessem banho nos animais com os produtos indicados, em um mês não teríamos mais infestação de carrapatos.

5 Jornal do Brasil Rio Cemitérios têm focos de dengue Dia de Finados põe a prefeitura em alerta. Número de túmulos malconservados quase duplicou em um ano Mariana Filgueiras Com a proximidade do Dia de Finados, a prefeitura está em alerta. A má conservação dos túmulos e água acumulada nos vasos de flores estão contribuindo para que o número de focos de dengue aumente nos cemitérios da cidade. Para evitar uma epidemia e orientar os visitantes, faixas e folhetos explicativos estão espalhados pelo cemitério públicos. De acordo com um relatório da diretoria de Controle de Cemitérios e Serviços Funerários, divulgado no Diário Oficial da última quinta-feira, o número de sepulturas malconservadas quase dobrou em um ano. Entre janeiro e setembro, nos 21 cemitérios do Rio - 13 públicos e 8 privados - foram realizadas advertências. No mesmo período, em 2004, foram As pessoas tiram o pó de pedra dos vasos para colocar mais flores, sem lembrar que a prevenção da doença deve ser feita fora de casa também. Os focos de dengue se multiplicam e o cemitério só tem responsabilidade de cuidar das áreas comuns - conta Ademir Treichel, diretor do setor de Controle de Cemitérios e Serviços Funerários da secretaria municipal de Obras e Serviços Públicos. Por mês, de acordo com os dados da secretaria municipal de Obras e Serviços Públicos, são realizados enterros na cidade e 150 cremações. A falta de informações sobre o processo é apontada pelo diretor como uma das causas da resistência da população. - A cidade ainda não enfrenta problema de falta de espaço para os mortos. Mas a cremação é mais higiênica, rápida e econômica e as pessoas podem fazer uma cerimônia de despedida mais intimista. Quem quiser ser cremado deve deixar uma declaração registrada em cartório. Em caso de morte, duas testemunhas devem fazer um registro em cartório, afirmando o desejo da pessoa. O processo é tabelado, custa R$ 570 e o único crematório do Rio fica no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju. Informações podem ser obtidas pelo telefone No Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, amanhã, haverá chuva de pétalas de rosas às 9h. No São João Batista, em Botafogo, a chuva acontece às 9h30 e, no Cemitério de Irajá, às 10h30. A Santa Casa de Misericórdia, concessionária dos cemitérios públicos, pede que a população não vá de carro para os cemitérios, já que a entrada deles não será permitida. Servidores ganham três dias em casa A semana vai ser curta para cerca de 130 mil servidores da prefeitura. Através de um decreto, o prefeito Cesar Maia transferiu o feriado do Dia do Servidor Público, comemorado em 28 de outubro, para ontem. Cesar também decretou ponto facultativo hoje e os servidores também ficarão em casa amanhã, Dia de Finados e feriado nacional. A programação dos servidores municipais foi intensa ontem. Eles puderam participar de uma festa promovida pela Secretaria de Administração. Foram distribuídos

6 convites para os teatros da rede, o coral dos servidores se apresentou e Jair Rodrigues encerrou as comemorações. De acordo com a prefeitura, alguns órgãos estão funcionando normalmente durante a folga prolongada. Ao todo, 21 unidades da Secretaria Municipal de Saúde estarão de portas abertas e farão atendimento 24 horas. Entre os hospitais funcionando estão o Rocha Maia, em Botafogo, Miguel Couto, no Leblon, Paulino Werneck, na Ilha do Governador, e Lourenço Jorge, na Barra. As feiras livres também não serão suspensas e a Guarda Municipal estará controlando o comércio urbano. A Defesa Civil, que atende no telefone 199, e a Vigilância Sanitária estarão de plantão para atender casos urgentes. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura hoje não passa dos 28 graus e o tempo fica nublado com pancadas de chuva e trovoadas. Amanhã, os termômetros sobem um pouco e marcam máxima de 29 e mínima de 18. O dia ficará nublado e há possibilidade de chuva. O que funciona no feriado Bancos - Os bancos não abrem. Comércio de rua - As lojas de rua terão ponto facultativo estabelecido pelo Sindicato dos Lojistas do Rio de Janeiro. De acordo com o presidente da instituição, Aldo Gonçalves, apenas as lojas de departamentos deverão funcionar, a partir das 14h. Shopping Centers - Os shoppings centers vão funcionar normalmente, a partir das 15h. Ônibus - Os ônibus vão circular normalmente. Metrô - O metrô funciona das 7h às 23h, com intervalos de 10 minutos em cada linha. Todas as estações ficarão abertas. Barcas - As barcas vão sair de 30 em 30 minutos até as 22h, quando circulam de hora em hora. Trânsito - O Detran desviará o tráfego nas ruas próximas aos cemitérios para evitar engarrafamentos e tumulto. Não será permitida a entrada de veículos. Horários dos Cemitérios - Os cemitérios vão abrir amanhã às 6h e só fecham depois do último visitante. Cemitério São Francisco Xavier - O cardeal D. Eusébio Oscar Scheid celebra missa às 8h. Às 10h, o cardeal reza missa no Cemitério de Irajá, em memória das vítimas da Chacina de Vigário Geral. Cemitério Memorial do Carmo - Às 11h, um recital vai relembrar as canções de Vinícius de Moraes, seguido de missa celebrada pela Ordem Terceira do Carmo. No feriado, o cemitério não vai realizar sepultamentos.

7 O Estado de S.Paulo Vida& Morre no Rio a 2.ª vítima suspeita de ter maculosa Karine Rodrigues Um dos suspeitos de ter contraído febre maculosa, o superintendente da Vigilância Sanitária do Rio Fernando Villas Bôas Filho, de 41 anos, morreu ontem. Assim como o jornalista Roberto Moura, morto na quarta-feira, ele foi inicialmente tratado como paciente de dengue hemorrágica. Já o aposentado que também esteve na pousada Capim Limão, em Itaipava, permanece em estado grave no Hospital São Lucas, em Copacabana. O resultado dos exames que podem confirmar a doença será divulgado hoje pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Seja qual for o resultado, especialistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) alertaram: a falta de informação sobre a doença está impedindo o diagnóstico em tempo hábil para que seja controlada. Transmitida pelo carrapato-estrela, comum em cavalos, antas e capivaras, ela é tratada com antibióticos. O homem leva de sete a dez dias para produzir anticorpos para a bactéria. Com isso, a análise do sangue pode dar negativo para a Rickettsia rickettsii e, ainda assim, haver infecção. Segundo a médica Elba Sampaio de Lemos, coordenadora do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC, o diagnóstico precisa ser dado com base em novas amostras de sangue, colhidas num intervalo de 14 dias. Assim, explicou, o resultado a ser divulgado hoje pode dar negativo e estarmos diante de casos da febre.

8 Folha de S.Paulo São Paulo/ MALES DO PASSADO "Febre do carrapato" é suspeita de nova morte Superintendente da Vigilância Sanitária do Rio é o 2º óbito que pode ter sido causado por picada do bicho SÉRGIO RANGEL DA SUCURSAL DO RIO Suspeito de ter contraído febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato, o superintendente da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro, Fernando Alves Martins Villas Boas Filho, 41, morreu no fim da tarde de ontem. É a segunda morte suspeita de febre maculosa em menos de uma semana. Se for confirmada a causa, a morte dele e de um jornalista, ocorrida na última quarta, serão as primeiras por febre maculosa no Estado do Rio desde Há uma terceira pessoa internada. Todos estiveram em um casamento em uma pousada na região serrana do Rio de Janeiro. Villas Boas Filho havia sido internado no dia 19, com suspeita de dengue hemorrágica. Na quarta, o jornalista Roberto Moura, 58, morreu, também com suspeita de ter sido febre maculosa. Moura havia sido internado no dia anterior com febre alta, manchas vermelhas no corpo e coagulação sangüínea -sintomas da febre maculosa, mas havia também suspeita de dengue hemorrágica. O terceiro suspeito de contaminação é um professor de 62 anos internado no CTI do hospital São Lucas, onde ficou Roberto Moura. A pedido da família, não foi identificado. Segundo o boletim médico da tarde de ontem, o paciente encontrava-se "estável". Diagnóstico difícil A febre maculosa, causada pela bactéria Rickettisia rickettsii e transmitida pelo carrapato-estrela ou pelo carrapato-de-cavalo, tem diagnóstico difícil. Seu nome deriva de dois de seus principais sintomas, alta temperatura corporal e manchas no corpo, indícios semelhantes aos de outras doenças, como dengue, hepatite, leptospirose e meningite. Os três tiveram sintomas semelhantes e foram a uma pousada em Itaipava para um casamento. A doença, típica do meio rural, leva a complicações cardíacas, renais, pulmonares e neurológicas. O hospedeiro principal é o cavalo, que é mordido pelo carrapato e passa a ter a bactéria em seu organismo. O homem não transmite a doença, mas é o único a desenvolvê-la. O tratamento exige antibióticos e cuidados médicos. Elba Sampaio de Lemos, do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do Instituto Oswaldo Cruz, disse que os resultados dos exames de sangue dos três serão divulgados até quinta. "O resultado pode dar negativo. Mas não quer dizer que não contraíram a doença. Os anticorpos demoram cerca de dez dias para aparecer." Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, as últimas mortes por febre maculosa no Estado do Rio ocorreram em 2002, em Barra do Piraí.

9 Tribuna da Imprensa (RJ) País Cidades Fiocruz: Rio não deve entrar em pânico por febre maculosa Fernando Sampaio A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio da infectologista Elba Lemos, chefe do laboratório de referência da febre maculosa, afirma que não há razão para pânico sobre a doença, transmitida por carrapatos infectados pela bactéria Rickettisia rickettissi. Três pessoas foram internadas com os mesmos sintomas da doença, após passarem por uma pousada em Itaipava, na Região Serrana. O jornalista Roberto M. Moura, que esteve na pousada, morreu na semana passada de falência múltipla dos órgãos e há suspeita de que ele tenha sido picado pelo transmissor. Outro, o superintendente da Vigilância Sanitário do Rio, Fernando Villas Boas Filho, que teve morte cerebral ontem. A infectologista ressaltou que a doença ainda não foi confirmada, mas é uma velha conhecida da saúde pública do Brasil. "Até o momento são hipóteses", porque outras doenças apresentam os mesmos sintomas. "Na verdade, a dificuldade de diagnóstico é grande em qualquer área do mundo, porque no início os sintomas são semelhantes a uma série de outras doenças infecciosas. É parecida com a gripe, com dengue. E até com a leptospirose, por causa da febre, dor de cabeça e uma lesão na pele parecida com sarampo", explicou. Somente na quinta-feira a Fiocruz deverá divulgar o resultado dos exames de sangue do jornalista e de um professor aposentado, de 62 anos, internado no CTI do Hospital São Lucas (Copacabana) desde o dia 25. Parentes do professor pediram que seu nome não fosse divulgado. De acordo com o boletim médico, o paciente, "portador de sintomas inespecíficos como febre e dores musculares, apresentava importante alteração da coagulação sangüínea". Diagnóstico Elba Lemos disse que é importante a classe médica ter conhecimento de que, muito embora possa parecer absurdo, pessoas que vivem no perímetro urbano podem ter a doença. "O importante é que no momento da suspeita, com fundamento clínico e uma informação epidemológica também compatível, o paciente inicie tratamento imediato, mesmo que seja dengue. Se o médico está na dúvida e tem um respaldo clínico epidemiológico, deve fazer o tratamento. Aí ele terá a seu favor os exames para a lepstopirose e para a dengue", disse Elba Lemos. Segundo ela, a febre maculosa não é uma doença rara como está se apregoando. A médica ressaltou que é bom que fique claro que, "após os mosquitos, os carrapatos são os maiores transmissores de doenças". "Só que a gente desconhece. A maculosa é conhecida desde o século passado. Até existe uma vacina contra ela, porém, não apresenta um perfil de doença imunoprevisível, isto é, de doença na qual se indica a vacinação. O essencial é apressar o diagnóstico, já que o tratamento é simples".

10 Hoje em Dia (MG) Minas Pacientes se desesperam com falta de remédio Margarida Hallacoc DA SUCURSAL VARGINHA - A falta do medicamento Fluorouracil (5-FU) está levando ao desespero famílias de pacientes com diagnósticos de câncer de mama e de intestino que fazem tratamento quimioterápico utilizando o remédio. Nesta cidade do Sul de Minas, cerca de 80 pacientes que vêm de vários municípios da região estão com o tratamento parado, há mais de um mês, por falta da droga. As informações no Centro de Oncologia são confusas e não esclarecem as dúvidas dos pacientes. "Parece que eles não sabem direito o que está acontecendo e nem se empenham em saber. Ou, se sabem, não repassam as informações aos pacientes. O problema é que o tempo está passando e quem está com o tratamento interrompido há mais de 40 dias começa a entrar em desespero. O câncer é uma doença implacável, que se alastra rápido demais", afirma Élison Santos, filho de uma paciente que espera pelo medicamento. "Minha mãe ainda teve a sorte de já ter feito quatro sessões de quimioterapia. Faltavam duas para completar o tratamento. Agora, quem só fez uma, duas, ou nenhuma, está com o câncer se alastrando, sem dispor de nenhuma arma para enfrentar a doença", alerta o rapaz. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o problema da escassês do Fluorouracil 250 mg acontece também em clínicas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará, além de Minas Gerais. O remédio é um produto antigo, fabricado no país sem restrições de patente a um custo de R$ 5 a ampola. Ele é considerado barato pela própria sociedade, porém se tornou artigo raro nas prateleiras dos centros de oncologia nos últimos meses. Essas próprias instituições são responsáveis pela compra do quimioterápico. Depois, essas instituições são ressarcidas pelo Ministério da Saúde por meio do SUS. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia, Roberto Gil, os hospitais que ainda têm o medicamento estão com os estoques acabando e sem garantia de reposição. O laboratório Valeant, fornecedor do medicamento, diz que interrompeu a sua produção local em Campinas por não atender às normas atuais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas adianta que contratou os serviços de outra indústria farmacêutica. A capacidade deste laboratório terceirizado, no entanto, ainda não atende à demanda. A assessoria do Valeant informa que espera normalizar a situação e o fornecimento até o final de novembro.