TERCEIRO SETOR, CULTURA E RESPONSABILIDADE SOCIAL



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Transcrição:

TERCEIRO SETOR, CULTURA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 18/10/2013 PUBLICAÇÃO DA LEI Nº 12.868/2013 QUE ALTERA A LEI Nº 12.101/2009 E A LEI Nº 9.532/1997 No último dia 16.10.2013, entrou em vigor a Lei nº 12.868/2013 que, dentre outros, altera a Lei nº 12.101/2009 e a Lei nº 9.532/1997. Destacamos abaixo as principais alterações introduzidas pela referida Lei: 1. Alterações para o CEBAS 1.1. Regras aplicáveis a todas as entidades Validade de CEBAS para protocolos realizados entre 30.11.2009 e 31.12.2011 Os pedidos de renovação protocolados entre 30.11.2009 e 31.12.2011 que tenham sido deferidos pelos Ministérios ou que venham a ser deferidos, terão Certificados com prazo de validade de 05 anos. Note-se que a validade de 05 anos não passou a ser uma regra geral, sendo que a nova redação do artigo 21, parágrafo 4º, da Lei nº 12.101/2009 determina que: O prazo de validade da certificação será de 1 (um) a 5 (cinco) anos, conforme critérios definidos em regulamento. Referência: artigo 38-A da Lei nº 12.101/2009 Restrição dos débitos tributários decorrentes de decisões para processos anteriores à Lei nº 12.101/2009 Os processos protocolados antes da Lei nº 12.101/2009 não julgados até o momento e que venham a apresentar decisão de (i) indeferimento de pedido de renovação tempestiva ou (ii) deferimento de pedido de renovação intempestiva, terão os débitos tributários restritos ao período de 180 dias anteriores à decisão final, afastada a multa de mora. Referência: artigo 9º e 10 da Lei nº 12.868/2013 Tempestividade dos novos pedidos De acordo com as novas regras, será considerado tempestivo o pedido de renovação de Certificação protocolado no decorrer dos 360 dias que antecedem o termo final de validade do certificado corrente.

Ou seja, a antecedência mínima de 6 (seis) meses do termo final da validade da Certificação para protocolo do novo pedido não é mais exigida. Ademais, os protocolos de pedido de renovação realizados com mais 360 dias antes do término da validade não serão conhecidos (excetuando-se os protocolos já realizados antes da publicação da Lei nº 12.868/2013). Referência: artigo 24 da Lei nº 12.101/2009 e artigo 8º da Lei nº 12.868/2013 Tempestividade dos pedidos anteriormente realizados Os pedidos de renovação protocolados entre 30.11.2009 e 16.10.2013 serão considerados tempestivos se protocolados até o final do término da validade do Certificado então vigente. Excepcionalmente, os pedidos de renovação protocolados entre 30.11.2009 e 31.12.2010 e até 360 dias após a validade do Certificado anterior também serão considerados tempestivos. Referência: artigo 12 da lei nº 12.868/2013 Remuneração de dirigentes Foi instituída a possibilidade de remuneração aos dirigentes estatutários, até o limite de 70% da remuneração de servidores do Poder Executivo Federal. Referência: artigo 29 da Lei nº 12.101/2009 (vide comentário abaixo sobre a Lei nº 9.532/1997) 1.2 Regras específicas do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS Entidades cuja atuação não estava definida As novas regras aplicáveis ao CEBAS preveem expressamente a possibilidade de certificação pelo MDS das (i) entidades que atuam com habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência; (ii) entidades que realizam programas de socioaprendizagem e (iii) entidades que realizam serviço de acolhimento institucional de pacientes em tratamento de doenças graves em outras localidades, bem como de seus acompanhantes. Nos novos termos da Lei, as entidades mencionadas no item (i) serão certificadas exclusivamente pelo MDS, ainda que exerçam ações articuladas com as áreas da Educação e Saúde. Nesse caso, caberá ao MDS verificar que a entidade mantém o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) devidamente atualizado e presta regularmente informações ao Censo da Educação Básica e ao Censo da Educação Superior. Referência: artigo 18 e 23-A da Lei nº 12.101/2009

Entidades que atendem idosos A Lei nº 12.868/2013 introduziu uma exceção à regra da gratuidade integral para as entidades de assistência social: possibilidade de participação dos idosos no custeio de entidades de longa permanência ou casa-lar, no limite de 70% (setenta por cento) de qualquer benefício previdenciário ou de assistência social percebido pelos idosos. Referência: artigo 18, parágrafo 3º, da Lei nº 12.101/2009 Prazos de validade de processos protocolados entre 10.11.2008 e 31.12.2011 As entidades atuantes exclusivamente em assistência social (incluídas as que atuam com habilitação e reabilitação de deficientes e as que desenvolvem atividades de socioaprendizagem), sendo certificadas unicamente pelo MDS, que tenham protocolado pedidos de renovação de CEBAS entre 10.11.2008 e 31.12.2011 terão seus Certificados, se deferidos, com prazo de validade de 05 (cinco) anos (independente de já terem sido julgados ou estarem pendentes de julgamento). Referência: artigo 38-A, parágrafo único, da Lei nº 12.101/2009 Julgamento de processos anteriores à Lei nº 12.101/2009 que estejam em sede de recurso Os pedidos de renovação de Certificação anteriores à Lei 12.101/2009 que tenham sido indeferidos em primeira instância por falta de documentação contábil e financeira ou, no caso das entidades de socioaprendizagem, pelo não atingimento do percentual de gratuidade, e que tenham recursos pendentes de análise, poderão ser julgados com base em critérios incluídos pela Lei nº 12.868/2013, desde que (i) atuem exclusivamente em assistência social, (ii) sejam Certificadas pelo MDS, nos novos termos da Lei. As entidades que tenham processos nessa situação dispõem de 60 (sessenta) dias a contar de 16.10.2013 para apresentar: balanço patrimonial, demonstração de mutação do patrimônio; demonstração da origem e aplicação dos recursos; e parecer da auditoria independente, conforme o caso. Referência: artigo 11 da Lei nº 12.868/2013

1.3 Regras específicas do Ministério da Educação - MEC Critérios para concessão Para fins de concessão e renovação do CEBAS, as entidades deverão ofertar 1 bolsa de estudo integral para cada 5 alunos pagantes (em substituição à aplicação de 20% da receita obtida com mensalidades em gratuidade). Ademais, foi extinta a possibilidade de complementação da gratuidade ofertada com ações assistenciais, admitindo-se à entidade substituir até 25% das bolsas de estudos por benefícios complementares ou projetos e atividades para garantia da educação, para públicos específicos. Referência: artigo 13 da Lei nº 12.101/2009 Critérios específicos para entidades que atuem na educação superior Foram incluídos artigos específicos para entidades que atuam na educação superior. Dentre as inovações, vale destacar que, no caso das entidades que aderiram ao PROUNI, foi excluída a possibilidade de oferta de bolsas parciais de 25%. No caso das entidades que não tenham aderido ao PROUNI, é exigida a concessão de 1 bolsa de estudo integral para cada 4 alunos pagantes. Referência: artigo 13A e 13B da Lei nº 12.101/2009 Termo de Ajuste de Gratuidade Na hipótese de indeferimento do pedido de Certificação (seja concessão ou renovação) pelo descumprimento do número de bolsas ou não atingimento do percentual de gratuidade, as entidades gozam da possibilidade de formalizar Termo de Ajuste de Gratuidade com o Ministério da Educação, para compensar nos 03 exercícios subsequentes o percentual não atingido ou as bolsas não ofertadas, com acréscimo de 20% (vinte por cento) sobre o que deixaram de cumprir. Uma inovação da Lei nº 12.868/2013 é a possibilidade de que as bolsas de pós graduação stricto sensu integrem o percentual de compensação. A Lei nº 12.868/2013 prevê ainda a possibilidade de aplicação dos novos termos do artigo 17 para os pedidos que tenham sido indeferidos em primeira instância e cujo recurso esteja pendente de análise no Ministério. Nesses casos, as entidades dispõe de 30 (trinta) dias a contar de 16.10.2013 para requer a assinatura do Termo de Ajuste de Gratuidade. Referência: artigo 17 da Lei nº 12.101/2009 e artigo 13 da Lei nº 12.868/2013

Exigência de bolsas para os pedidos realizados entre 30.11.2009 e 31.12.2010 Os pedidos de Certificação (tanto de concessão como de renovação) protocolados entre 30.11.2009 e 31.12.2010 serão dispensados da exigência de 01 (uma) bolsa de estudo integral para cada 09 (nove) alunos pagantes, desde que atendidos os demais requisitos para a Certificação. Referência: artigo 38-B da Lei nº 12.101/2009 Processos anteriores à Lei nº 12.101/2009 As entidades que aderiram ao PROUNI e que possuam processos anteriores à Lei nº 12.101/2009 terão seus processos pendentes de julgamento analisados com base nos critérios do artigo 10 da Lei nº 11.096/2005 (Lei do PROUNI), dispensada a exigência de 1 bolsa de estudo integral para cada 9 alunos pagantes. Referência: artigo 14 da Lei nº 12.868/2013 Processos protocolados até 31.12.2015 Todos os processos de Certificação protocolados até 31.12.2015 serão analisados com base na legislação vigente até a publicação da Lei, ressalvados os casos em que os critérios introduzidos pela Lei forem mais vantajosos para a entidade. Referência: artigo 16 da Lei nº 12.868/2013 1.4 Regras específicas para o Ministério da Saúde MS Desvinculação de metas Para fazer jus à certificação, a entidade de saúde não precisa mais comprovar o cumprimento de metas pactuadas com o gestor local do SUS, mas apenas celebrar contrato, convênio ou instrumento congênere. Referência: artigo 4º. da Lei n º 12.101/2009 Comprovação de prestação de serviços ao SUS As entidades de saúde deverão comprovar, anualmente, conforme regulamentado pelo Ministério da Saúde, a prestação de seus serviços ao SUS no percentual mínimo de 60%, com base nas internações e atendimentos ambulatoriais realizados, sendo que as entidades que atuam em programas e

estratégias do Ministério poderão contabilizar tais serviços no referido percentual, observado o limite de 10%. Referência: artigo 4º. da Lei n º 12.101/2009 Possibilidade de certificação de entidades que atuem na promoção da saúde Entidades terapêuticas que cuidem de pessoas com transtornos decorrentes do uso e abuso de substâncias psicoativa e entidades promotoras de saúde (ou seja que possuam ações ou atividades voltadas para redução de risco à saúde) que atuem sem exigência de contraprestação poderão ser certificadas. Referência: artigo 7-A e 8-A da Lei nº 12.101/2009 Processos protocolados em 2009 Processos de Certificação protocolados em 2009 e ainda pendentes de julgamento ou indeferidos serão analisados (ou reanalisados) pelo Ministério, tendo por base todo o exercício fiscal de 2009 para aferição do cumprimento dos requisitos para a Certificação. Referência: artigo 15, 2º. da Lei nº 12.868/2013 Processos de renovação pendentes de decisão Todos os processos de renovação de Certificação pendentes de decisão, em que a entidade não tenha cumprido anualmente a prestação de serviços ao SUS no percentual mínimo de 60%, o cumprimento do requisito poderá ser avaliado pelo Ministério da Saúde com base na média do total de prestação de serviços ao SUS, durante todo o período de Certificação (desde que a entidade tenha ofertado, pelo menos, 50% de seus serviços ao SUS durante cada um dos anos a que se refere a Certificação). Referência: artigo 6-A da Lei nº 12.101/2009 2. Alteração da Lei nº 9.532/1997 Também foi alterada a Lei nº 9.532/1997 para explicitar a possibilidade de remunerar os diretores não estatutários que tenham vínculo empregatício e possibilitar a remuneração de dirigentes estatutários desde que recebam remuneração inferior, sem seu valor bruto, a 70% do limite da remuneração de servidores do Poder Executivo Federal.

Para mais informações, favor contatar: Flavia Regina de Souza Oliveira flavia@mattosfilho.com.br T +55 11 3147 7817 Juliana Gomes Ramalho Monteiro jgramalho@mattosfilho.com.br T +55 11 3147 7817 Pedro João Zahran Turqueto pturqueto@mattosfilho.com.br T +55 11 3147 7640 Juliana Furini de Vasconcellos jfurini@mattosfilho.com.br T +55 11 3147 2514 Mariana de Castro Abreu mariana.abreu@mattosfilho.com.br T +55 11 3147 2633