Poder Judiciário do Estado da Paraib Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egi



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Transcrição:

MS no 999.2009.000774-4/001 Poder Judiciário do Estado da Paraib Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egi //.. D. Ferreira ACÓRDÃO MANDADO DE SEGURANÇA No 999.2009.000 4-4/001 RELATORA: Desembargadora Maria das Neves do Egito de A. D. Ferreira IMPETRANTE: Carlos Augusto Gomes Correia ADVOGADOS: Gabriel Barbosa de Farias Neto e Alcides Barreto Brito Neto 1 0 IMPETRADO: Secretário de Administração do Estado da Paraíba ADVOGADO: Miguel de Farias Cascudo 20 IMPETRADO: Presidente da Comissão do Concurso Público da Companhia Estadual de Habitação Popular - CEHAP UTISC. PASSIVOS NECESSÁRIOS: Helosman de Oliveira Silva e Bruno Campos de Medeiros PRELIMINAR. DECADÊNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. REJEIÇÃO. - Tendo o mandado de segurança sido impetrado dentro dos 120 (cento e vinte) dias após a publicação do ato impugnado,. não há que se falar em decadência -do writ. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO DETENTOR DE VISÃO MONOCULAR DEVIDAMENTE COMPROVADA NOS AUTOS.POR LAUDO MÉDICO. DIREITO A CONCORRER ÀS VAGAS DESTINADAS AOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA FÍSICA. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA N 377 DO ST1 APLICAÇÃO. CONCESSÃO DA ORDEM

MS no 999.2009.000774-4/001 2 MANDAMENTAL. - Nos termos da Súmula 377 o STJ, o candidato portador de visão monocular enquadra-se no conceito de deficiente físico, podendo, em concurso público, concorrer às vagas reservadas na forma prevista pelo art. 37, VIII da Constituição Federal. VISTOS, relatados e discutidos estes autos. ACORDA o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, em Sessão Plenária, à unanimidade, rejeitar a preliminar e, no mérito, conceder a segurança. CARLOS AUGUSTO GOMES CORREIA, já qualificado nos autos, impetrou mandado de segurança contra ato supostamente" ilegal do SECRETÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA e do PRESIDENTE DA COMISSÃO DO CONCURSO PÚBLICO DA COMPANHIA ESTADUAL DE HABITAÇÃO POPULAR - CEHAP. Em síntese, o impetrante sustenta a necessidade de sua nomeação, devido à aprovação e classificação dentro das vagas expressamente previstas no edital de concurso público (fls. 28/29). Diz que não foi enquadrado como portador de deficiência para os fins do certame em questão, embora tenha comprovado documentalmente sua condição de portador de deficiência visual e o entendimento jurisprudencial favorável. Assevera que a sua deficiência foi reconhecida,quando se submeteu ao concurso público do Ministério do Trabalho e Emprego, bem como foi atestada pelo laudo médico oriundo de exame realizado pela oftalmologista Astrid Vasconcelos dos Santos (CRM 4656), e que, por isso, teria a prerrogativa constitucional de concorrer às vagas reservadas a deficientes físicos em edital de concurso público. Notificadas (fls. 54/55), as autoridades coatoras prestaram informações (fls. 57/63 e 84/90) suscitando, preliminarmente, a decadência do writ No mérito, aduziram que a perícia realizada pela Junta Médica do certame foi

MS no 999.2009.000774-4;001.. conclusiva no sentido de atestar a inexistência da defi cia alegada pelo impetrante. Contra a decisão que deferiu liminar em favor do impetrante (fls. 110/112) houve agravo interno (fls. 116/122 e 124/130), que foi desprovido, conforme o acórdão de fls. 135/139. Instada a opinar, a Procuradoria Geral de Justiça emitiu parecer (fls. 261/269) pela concessão da segurança. Citação editalícia dos litisconsortes passivos necessários, às fls. 297 e 298, que se mantiveram inertes. É o relatório. VOTO: Desa MARIA DAS NEVES DO EGITO DE A. D. FERREIRA Relatora Trata-se de um Mandado de Segurança em que o impetrante requereu ao Poder Judiciário a coibição do suposto ato violador de seu direito líquido e certo, o qual não reconheceu sua deficiência visual para fins do preenchimento da vaga ao cargo almejado, via concurso público. Inicialmente, aprecio a preliminar de decadência, suscitada pelas autoridades coatoras. O instituto da decadência consiste na causa extintiva do direito pelo seu não exercício no prazo estipulado na lei, dispondo o art. 18 da Lei no 1.533/51 que "o direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado". No caso sub judice, verifica-se que o ato impugnado é o resultado final da perícia médica que deixou de reconhecer o impetrante como portador de deficiência física, publicado pelo Edital no 11/2009 (fls. 42/44) em 21/08/2009.

MS no 999.2009.000774-4/001 Assim, o termo inicial para a incidência da decaçié a é a data da publicação do ato impugnado, e não a da publicação do editar e abertura do certame (fis, 28/29). Então, o direito do impetrante de utilizar-se do instrumento de segurança não pereceu, pois, no presente caso, o mandamus foi impetrado em 03/09/2009, dentro do prazo decadencial. Desse modo, rejeito a preliminar suscitada. Passo à análise do mérito do mandamus. O mandado de segurança é ação especial, de natureza constitucional, prevista no art. 5 0, inciso LXIX da Constituição Federal, por meio da qual se busca proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso do poder for autoridade pública. Exige-se a prova, de plano, da pretensão deduzida em juízo, ou seja, dentre os seus pressupostos específicos e essenciais, está a prova préconstituída da liquidez e certeza do direito a ser tutelado, sob pena do indeferimento da petição inicial. Vê-se, pois, que o direito líquido e certo é o que resulta de fato certo, capaz de ser comprovado de plano, conforme demonstram as provas documentais acostadas aos autos. In casu, o impetrante submeteu-se a um concurso, visando ocupar cargo de Administrador (nível superior) na Companhia Estadual de Habitação Popular CEHAP, na vaga destinada a deficiente físico, conforme o edital de abertura do certame (fis. 28/29). Entretanto, após a avaliação da Junta Médica da Comissão do referido concurso, foi publicado o resultado final da perícia médica no Edital no 11/2009 (fls. 42/44), o qual não classificou o impetrante como deficiente físico. Conforme as fls. 24 dos autos, o impetrante juntou outro laudo pericial, realizado Pela Dra Astrid Vasconcelos dos Santos, CRM -4656, que atestou sua deficiência visual, conforme transcrevo, in verbis:

MS no 999.2009.000774-4/001 5 Atesto para os devidos fins que o Sr. C os Augusto Gomes Correia apresenta acuidade visual 20/20 no olho direito e amaurose do olhos esquerdo com atrofia de globo ocular em decorrência de acidente de trabalho, sendo portanto considerado deficiente visual, já que sua visão estereoscápica está comprometida. CID H54.4 e Q 11. A matéria controvertida diz respeito à possibilidade de os portadores de visão monocular concorrerem, em concurso público, às vagas reservadas a deficientes físicos. Desse modo, mantenho aqui os mesmos fundamentos do acórdão encartado às fls. 135/139 dos autos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o CID H54.4 é sinônimo de "cegueira em um olho", possuindo o impetrante a denominada visão "monocular", termo utilizado por profissionais de saúde, o qual traduz a visão em apenas um olho. Os portadores de visão monoculár têm uma perceptível diminuição do sistema visual, que limita o ser humano em várias atividades consideradas normais, sejam elas profissionais ou pessoais. dispondo que: O Superior Tribunal de Justiça editou a Súmula n 377, O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes. Portanto, se a deficiência visual do impetrante lhe propicia Concorrer à vaga ao cargo público reservada aos deficientes físicos, é violador de direito líquido e certo o ato praticado pelas autoridades coatoras que excluíram o impetrante do certame por não reconhecer a deficiência física existente. Ante o exposto, rejeito a preliminar e, no mérito, concedo a segurança, afastando os efeitos jurídicos e administrativos do Resultado da Perícia Médica dos Portadores de Deficiência, Edital no 10/2009/SEAD/CEHAP e Edital no 11/2009/SEAD/CEHAP, tornando definitiva a decisão de fls. 110/112. É como" voto.

MS no 999.2009.000774-4/001 Presidiu o julgamento o Excelentíssimo embargador ABRAHAM LINCOLN DA CUNHA RAMOS, Presidente. Relatfóu o feito ESTA SIGNATÁRIA, Vice-Presidente. Participaram ainda do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores ROMERa MARCELO DA FONSECA OLIVEIRA, FREDERICO MARTINHO DA NÓBREGA COUTINHO, RICARDO VITAL DE ALMEIDA (Juiz de Direito Convocado, em substituição ao Excelentíssimo Desembargador JOSÉ RICARDO PORTO), GENÉSIO GOMES PEREIRA FILHO, ALEXANDRE TARGINO GOMES FALCÃO (Juiz de Direito Convocado, em substituição à Excelentíssima Desembargadora MARIA DE FÁTIMA MORAES BEZERRA CAVALCANTI), MANOEL SOARES MONTEIRO, JOSÉ DI 110 LORENZO SERPA, VANDA ELIZABETH MARINHO (Juíza de Direito Convocada, em substituição ao Excelentíssimo Desembargador MARCOS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE), JOÁS DE BRITO PEREIRA FILHO, ARNÓBIO ALVES TEODÓSIO, JOÃO BENEDITO DA SILVA e CARLOS MARTINS BELTRÃO FILHO (Juiz de Direito Convocado, até o preenchimento da vaga de Desembargador). Ausentes, justificadamente, os Excelentíssimos Desembargadores JOÃO ALVES DA SILVA, NILO LUÍS RAMALHO VIEIRA (Corregedor-Geral da Justiça), MÁRCIO MURILO DA CUNHA RAMOS, SAULO HENRIQUES DE SÁ E BENEVIDES e LUIZ SÍLVIO RAMALHO JÚNIOR. Presente à Sessão o Excelentíssimo' Doutor JOSÉ RAIMUNDO DE LIMA,' Procurador de Justiça, em sub-stituição ao\ Excelentíssimo Doutor OSWALDO TRIGUEIRO DO VALLE FILHO, Procurador-Geral de Justiça. Sala das Sessões Plenárias do Egrégio Tribun de Justiça do Estado da Paraíba, em João Pessoa/PB, O5 de outubro de 2011. P., 4 Desa Maria das Neves do Egito A. D. Ferreira RELA ORA

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