TÍTULO: ABANDONO INTELECTUAL E A RESPONSABILIDADE EMPREGADA AO DESCUMPRIMENTO DO DEVER DE EDUCAR CRIANÇAS E ADOLESCENTES POR QUEM DETENHA O PODER FAMILIAR. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: DIREITO INSTITUIÇÃO: FACULDADE BARRETOS AUTOR(ES): ELISANGELA APARECIDA COSTA ALVARENGA ORIENTADOR(ES): LILLIAN PONCHIO E SILVA
RESUMO: Nos dias atuais é cada vez mais constante a delegação do educar das crianças para a escola. O que provoca influências drásticas no futuro delas, pois as experiências vivenciadas enquanto infante serão refletidas em sua fase adulta. O intuito deste trabalho vem de encontro com uma realidade cada vez mais frequente na escola brasileira, o abandono intelectual, no que se referem ao acompanhamento escolar desses educandos, muitos pais comparecem a escola apenas na matricula de seus filhos e durante o decorrer do ano letivo desaparecem delegando aos professores toda a educação, inclusive a que é dever deles durante a função do poder familiar. O direito à educação vem disposto na Constituição Pátria em seu artigo 205, trazendo que é direto de todos e dever do Estado, da família e em colaboração da sociedade zelar por tal preceito. Sendo assim compete ao Estado fornecer o ensino obrigatório e gratuito e a família matricular e acompanhar seus filhos durante o ano letivo em seu aprendizado, para que esse processo seja ocorrido de forma positiva, precisa que o pai, mãe ou quem dele detenha o poder familiar participe efetivamente deste procedimento, e se deste descumprir responsabilizá-lo criminalmente por abandono intelectual diante das legislações vigentes, para que cesse esta prática. INTRODUÇÃO: Tendo em vista a vida moderna e sua influência sobre as famílias, vem apontando cada vez mais frequente a inversão de certos valores, e, a educação de seus filhos acaba sendo entregues a outras pessoas, principalmente a escola que tinha um papel de apenas agregar conhecimento na formação da criança hoje além desta função, ela agrupa outros como o dever de educar. Segundo o promotor de Justiça do Rio de Janeiro, Paulo Rangel, com clareza observa que: Os pais estão transferindo para a escola a responsabilidade de educar os seus filhos. A escola ministra os conhecimentos necessários a uma perfeita formação profissional do aluno, mas o aluno já tem que chegar à escola com a formação moral iniciada sabendo que não tem o direito de agredir os
colegas, de agredir a professora e de usar drogas nas dependências do colégio, enfim quem educa são os pais, não a escola. 1 Com está primícias é que se fundamenta o escopo deste trabalho uma mudança na realidade vivida por estás crianças fazendo que os pais se responsabilizem com a educação e processo de aprendizagem de seus filhos e participem da vida escolar deles efetivamente. OBJETIVOS: Esta pesquisa tem como objetivo central a responsabilização dos pais ou de quem detenha o poder familiar não apenas de matricular seus filhos mas que acompanhe o processo escolar e que o dever de educar é inerente ao poder familiar, e não apenas uma delegação de responsabilidade para escola, e, se diante desta negativa dos pais em proteção ao bem jurídico tutelado, no acompanhamento do processo de aprendizagem vem a caracterizar crime de abandono intelectual, previsto no artigo 246 do CP, diante de tal fato e com a primazia de garantir que seja concretizado o direito a educação e o acompanhamento dos pais a seu aprendizado. METODOLOGIA: O principal método utilizado para a realização deste trabalho foi um levantamento bibliográfico de caráter qualitativo para se obtiver um embasamento teórico e definição dos conceitos empregados na pesquisa, partindo de um ponto em concreto a realidade vivenciada dentro da própria sala de aula. Mas também foram utilizados outros procedimentos metodológicos pautado em outras fontes, tais como sítios eletrônicos, doutrinas, dentre outras, com vistas a que ao final, esta singela 1 FREITAS. Vladimir Passos de. O dever de educar é dos pais e não da escola. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2010-dez-26/segunda-leitura-dever-educar-pais-nao-escola#_ftn5_9884. Acesso: 17/06/2014.
produção alcançasse os requisitos exigíveis para construir uma dogmática de qualidade, fazendo efetivar o direito á educação de nossas crianças e adolescentes por parte de seus guardiões. DESENVOLVIMENTO: O desenvolvimento do trabalho ocorrerá com uma sucinta análise histórica do direito da educação e o dever de educar até os dias de hoje, e, aplicação de penalidades a quem descumprissem tal primazia, e, depois desenvolver um trabalho de pesquisa de campo com uma conscientização junto aos pais sobre o dever deles com o acompanhamento de educação de seus filhos e se descumprido as penalidades que venham à sem aplicadas, inclusive responsabilização deles pelo crime de abandono intelectual, conforme previsto na legislação brasileira. RESULTADOS PRELIMINARES: O estudo preliminar buscou analisar a realidade vivida na escola brasileira, tendo como base uma sala de 1º ano do ensino fundamental de um município no interior paulista, de um total de 23 crianças que foram matriculadas apenas 55% dos pais tem participação efetiva no processo de ensino aprendizagem de seus filhos. FONTES CONSULTADAS: BITTENCOURT, Cezar Roberto. Código Penal Comentado. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº. 8.069 de 13 de julho de 1990.
BRASIL. Lei nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. CAPEZ, Fernando. Código Penal Comentado. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. FREITAS. Vladimir Passos de. O dever de educar é dos pais e não da escola. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2010-dez-26/segunda-leitura-dever-educarpais-nao-escola#_ftn5_9884. Acesso: 17/06/2014. COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil: família, sucessões. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo Curso de Direito Civil. Direito de Família as famílias em perspectiva constitucional. 2 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2012. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil: direito de família. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. SUMMERS, Ana Claudia Alexandrini. As implicações jurídicas referentes ao descumprimento do poder familiar no dever da educação de crianças e adolescentes na educação básica. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVI, n. 118, nov 2013. Disponível em: http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13384&rev ista_caderno=12. Acesso em agosto de 2014.