Panorama da Tilapicultura no Nordeste Brasileiro: Produção e Qualidade de Água Modelo do Ceará

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Transcrição:

Panorama da Tilapicultura no Nordeste Brasileiro: Produção e Qualidade de Água Modelo do Ceará Allison Paulino Medeiros Coord. Técnico de Piscicultura

Temas abordados 1. Panorama Atual da Tilapicultura do Ceará 2. Qualidade de água dos reservatórios e seus impactos na atividade 3. Manejo 4. Comercialização

1. Panorama atual da Tilapicultura do Ceará Produção(ton) 35 30 25 22 33 24 30 20 15 10 5 0 2011 2012 2013 2014 2015?

1. Panorama atual da Tilapicultura do Ceará HISTÓRICO DE PREÇOS: INSUMOS E PEIXE 1.800 1.700 1.600 1.500 1.400 1.300 1.200 1.100 1.000 Evolução do preço médio - Piscicultura (2010-2013) +32-20% jan/10 jun/10 jan/11 jun/11 jan/12 jun/12 jan/13 Preço médio ração (R$/ton) 1.150 1.147 1.321 1.304 1.600 1.700 1.747 Preço médio peixe (R$/kg) R$ 4,30 R$ 4,50 R$ 4,60 R$ 4,60 R$ 4,60 R$ 4,00 5,50 R$ 6,00 R$ 5,00 R$ 4,00 R$ 3,00 R$ 2,00 R$ 1,00 R$ - Preço médio ração (R$/ton) Preço médio peixe (R$/kg)

1. Panorama atual da Tilapicultura do Ceará 2 1 Alto Jaguaribe 20% Cariri 8% Metropolitana 39% 3 CE 4 Médio Jaguaribe 25% Norte 8% 5 2012 Alto Jaguaribe 19% Cariri 8% Metropolitana 5% 2-Norte 7% Médio Jaguaribe 61% 2013

1. Panorama atual da Tilapicultura do Ceará(característica dos reservatórios) Reservatórios de pequeno volume( menor que 600 milhões de metros cúbicos) Castanhão e Orós, são excessão (5,6 e 2,0 bilhões de metros cúbicos, respectivamente) Renovações significativas apenas nas estações chuvosas Em sua maioria são reservatórios eutrofizados, com bloons e mortandade de cianofíceas constantes ( Transparências variando entre 1,50 a 0,90M)

1. Panorama atual da Tilapicultura do Ceará(perfil dos produtores) Grandes Acima 40 ton. / mês - 40% Médios De 15 a 40 ton. / mês 40% Pequenos De 5 a 15 ton. / mês 15% Familiar Abaixo de 5 ton. / mês 5%

1. Panorama atual da Tilapicultura do Ceará(perfil dos produtores)

2. Qualidade de água dos reservatórios e seus impactos na atividade ph Oxigênio Temperatura Inversões Térmicas e/ou misturas da coluna d água

2. Qualidade de água dos reservatórios e seus impactos na atividade ph e OD Grandes variações diárias Em estações chuvosas causam mortalidades Castanhão é o reservatório com maior estabilidade de parâmetros

2. Qualidade de água dos reservatórios e seus impactos na atividade Temperatura Supressão Alimentar Doenças Mortandades Enfermidades em alevinos (Saprolegniose) Mês Temperatura C Jan 28-29 Fev 28-30 Mar 29-31 Abr 29-31 Mai 29-31 Jun 26-30 Jul 26-30 Ago 28-30 Set 28-30 Out 28-30 Nov 28-30 Dez 28-30 Temperatura

2. Qualidade de água dos reservatórios e seus impactos na atividade Inversões Térmicas e/ou misturas da coluna d água ESTRATIFICADO DO alto (quente) DO baixo (frio) Materiais em decomposição

2. Qualidade de água dos reservatórios e seus impactos na atividade Chuvas torrenciais Mudança no sentido dos ventos Baixas de pressão atmosférica Frente Fria

2. Qualidade de água dos reservatórios e seus impactos na atividade INVERSÃO TÉRMICA DO baixo - possibilidade de mortalidade elevada

2. Qualidade de água dos reservatórios e seus impactos na atividade ( Perspectivas) Produção do Estado depende de um bom inverno em 2014 Fragilidade na Produção Grande adensamento de TR no Castanhão Enorme risco de mortandades em 2014

3. Manejo (Histórico) 2002-2008 Tanques-rede de 4 a 6m³ Densidade de 125 a 150kg/m³ Prática constante de até repicagens Ciclo de engorda trifásico (35 a 200g, 200 a 500g, 500g ao abate) 2009 2012: Redução das densidades (100kg/m³) Diminuição das repicagens Ciclo de engorda bifásico (35 a 500g, 500g ao abate)

3. Manejo (Histórico) 2013 Tanques-rede de maior volume (108 a 144m³) Menores densidades (40 a 80kg/m³) Ciclo único de engorda Vacinação

Kg/m³ 3. Manejo (Histórico) Ciclo de produção para peixes de 40 a 1000g 140 120 Relação Densidade x FCA 1,8 100 80 60 40 1,6 1,5 1,45 FCA 20 0 1 2 3 4

3. Manejo (Histórico) Ciclo de produção para peixes de 40 a 1000g 14 12 125 10 8 6 4 5,3 80 6,0 60 6,4 7,4 40 Densidade(kg/m³ x 10) GPD 2 0 1 2 3 4

3. Manejo (Histórico) Genética

3. Manejo Alevinagem na fazenda 1 a 60g (2 fases): Fase 1: 1 a 20g/500px/m³ Fase 2: 20 a 60g/300px/m³ Uso na engorda apenas do peixe A e B Aproveitamento A e B 65% 56 dias de cultivo FCA para as duas fases, considerando o descarte, de 1,3 : 1,0

3. Manejo Alevinagem Balsa de transporte

3. Manejo Engorda Cultivo com fase única ou seleção de venda (mercado de peixe vivo) Sobrevivência: 95%, 80%

3. Manejo ( Desafios) Desenvolvimento de novos planos de alimentação para densidades menores ABAIXO DE 40Kg/M³ Tempo de Cultivo GPD FCA

3. Manejo (Tendências) Uso de alevinos à partir de 3g com fase única na alevinagem melhor aproveitamento e sobrevivência Incremento de uma fase de recria na engorda(60 a 200g) maior uniformidade na despesca e predadores TR com volume de 300m³ Despescas automatizadas 30kg/m3

4. Comercialização Consumo elevado em todo Estado Principais produtos: eviscerada fresca, viva, eviscerada congelada, postas e filés Restaurantes, barracas de praia e escolas CE

4.Comercialização (fazenda) Eviscerada (70% da produção) GG, acima de 1.000kg: R$ 6,50/kg G, 800-999g: R$ 6,00/kg M, 600-799g: R$ 5,50/kg P, 400-600g: R$ 5,00/kg PP, Abaixo de 400g: R$ 3,80/kg Viva (20% da produção) Selecionada acima de 1000g In natura (10% do mercado) RS 6,50

4.Comercialização (novos horizontes) Tilápia desossada Filé Postas Pequenos Frigoríficos

4.Comercialização (fazenda)

Principais entraves Licenciamentos ambientais(contrato de integração Técnica) Financiamentos Seca

Allison Paulino Medeiros Coordenador Técnico de Piscicultura Nutreco E-mail: allison.medeiros@nutreco.com