Associação dos Pescadores e Amigos do Rio Paraíba do Sul PROJETOX22) PIABANHA



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Transcrição:

Rubrico.- Associação dos Pescadores e Amigos do Rio Paraíba do Sul PROJETOX22) PIABANHA RELATÓRIO PARCIAL: Monitoramento biológico de espécies aquáticas ameaçadas de extinção na bacia do rio Paraíba do Sul: desenvolvimento de sistema piloto e implementação de plano de ação Associação dos Pescadores e Amigos do Rio Paraíba do Sul - APARPS PROJETO PIABANHA Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Pecuária Leiteira PESAGRO RIO - Campo de Sementes - Itaocara Rio de Janeiro-Brasil Caixa Postal: 23546 CEP: 28.570-000 Contato: (22)386-2569 projetopiabanha@gmaii.com www.proietopiabanha.qrq.br Itaocara, 07 de janeiro de 203.

-_J ÍNDICE. INTRODUÇÃO 3 2. REUNIÕES DE ARTICULAÇÃO 3 3. LICENÇA PARA PESCA CIENTÍFICA 5 4. COLETA PILOTO - MONITORAMENTO 5 4. LOCALIDADES DE AMOSTRAGEM 5 4.2 METODOLOGIA DE CAMPO 3 4.2. ICTIOFAUNA 3' 4.2.2 CARCINOFAUNA 8 4.3 METODOLOGIA DE LABORATÓRIO 9 4.4 METODOLOGIA DE OBTENÇÃO DE DESCRITORES DE COMUNIDADE 22 5. CAPTURA DE REPRODUTORES 23 6. RESULTADOS PRELIMINARES 25 6. LOGÍSTICA DO MONITORAMENTO 25 6.2. DADOS ABIÓTICOS 26 6.3. COLETA DE REPRODUTORES 27 6.4. ATRIBUTOS DA COMUNIDADE DE PEIXES 28 6.4. COMPOSIÇÃO DE ESPÉCIES 28 6.4.2 RIQUEZA, ABUNDÂNCIA E DIVERSIDADE 30 6.5 CAPTURA DE CRUSTÁCEOS 38 7. COLABORADORES DIRETOS 38 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 4 ANEXO l 42 ANEXOU 42 ANEXO III 42 ANEXO IV 42

. INTRODUÇÃO Apresentamos o Relatório Parcial referente a Etapa 2: Ciclo Coleta Piloto (Moniíoramento). O objetivo dessa Coleta Piloto - Monitoramento - foi identificar possíveis falhas na metodologia proposta de modo a garantir a integridade do material coletado e os resultados prospectados e ajustar a logística de forma a que os pesquisadores possam trabalhar da maneira mais eficiente e adequada possível. Sobre a Coleta de Reprodutores, Fase 2.3 da Etapa 2, serão apresentados os detalhes no item 5 do presente relatório. 2. REUNIÕES DE ARTICULAÇÃO Foram realizadas reuniões de articulação com os parceiros envolvidos no desenvolvimento do projeto. A seguir, serão apresentados os resumos das reuniões, em ordem cronológica. Essas reuniões tiveram como objetivo elucidar e aperfeiçoar as metodologias adotadas para a realização da Etapa 2 - Ciclo. Os Registros de Reunião, bem como as listas de presença, seguem anexos a esse relatório (ANEXO l). CEIVAP - 28 de setembro/202: A reunião foi realizada em Resende e foi pautada na discussão do processo de compra de insumos e equipamento e contratação de mão de obra. Participantes: Giovana Cândido Chagas (AGEVAP), Juliana Fernandes (AGEVAP), Roberta Machado (AGEVAP), Davi Moura (AGEVAP) e Thiago Berriel (Projeto Piabanha). UENF - 6 de novembro/202: A reunião foi realizada em Campos dos Goytacazes, na Gerência de Projeíos - Agência UENF de Inovação, objetivando definir os próximos passos para a renovação do convénio que normatizará os projetos de pesquisa que 3

Fl. PÍOC â Rubrico: ^ serão realizados concomitantemente ao projeto que está sendo executado. Participantes: Guilherme Souza (Projeto Piabanha), Dr-. Cristina M. M. de Souza (Proíessora/UENF) e Ricardo Pulman (Gerência de Projetos - Agência de Inovação/UENF). REUNIÃO DE INTEGRAÇÃO COM A EQUIPE INTERNA - 4 de novembro/202: Essa reunião foi realizada virtualmente via "Skype", com profissionais contemplados no contrato estabelecido com o CEIVAP/AGEVAP para definição dos processos necessários à execução da coleta piloto. Participantes: Guilherme Souza (Projeto Piabanha), Thiago Caetano (Projeío Piabanha), Andreza Gomes (Coordenadora de Campo/Projeto Piabanha). LABECO PEIXES/UFRJ - 2 de novembro/202: Reunião técnica realizada no Laboratório de Ecologia de Peixes (LABECO PEIXES - UFRJ), para organização da coleta piloto iniciada no dia 2 de novembro. Participantes: Guilherme Souza (Projeto Piabanha), Thiago Caetano (Projeto Piabanha), Andreza Gomes (Coordenadora de Campo/Projeto Piabanha) e Dr-. Eriça Petlegrini Caramaschi (Professora/UFRJ). REUNIÃO DE INTEGRAÇÃO COM A EQUIPE INTERNA - 28 de novembro/202: Reunião realizada na sede do Projeío Piabanha, em Itaocara, para orientação dos estagiários e profissionais envolvidos no trabalho de campo. Participantes: Guilherme Souza (Projeto Piabanha), Evódio Sanches Peçanha {Projeto Piabanha), Damaris Cabral (Bolsista de Extensão/CEDERJ/UENF), Rafaela Florencio (Bolsista de Extensão/CEDERJ/UENF), Marcelo Machado (Bolsista Universidade Aberta/UENF), Filipe Gonçalves (Ajudante de Campo/Projeío Piabanha) e Marcela Mafort (Bióloga/Projeto Piabanha).

REUNIÃO DE INTEGRAÇÃO COLETA PILOTO - MONITORAMENTO - de dezembro/202. Reunião realizada em Itaocara, no dia do início da coleta piloto, com a participação de todos os membros da equipe de campo e de triagem do material coletado, objetivando integrar a equipe e informá-la sobre as condições e procedimentos estabelecidos para o trabalho a ser realizado. Participantes: Guilherme Souza (Projeto Píabanha), Thiago Caetano (Projeto Piabanha), Evódio Sanches Peçanha (Projeto Piabanha), Andreza Gomes (Coordenadora de Campo/Contratada), Damaris Cabral (Bolsista de Extensão/CEDERJ/UENF), Rafaela Florencio (Bolsista de Extensão/CEDERJ/UENF), Filipe Gonçalves (Ajudante de Campo/Projeto Piabanha), Renato Rieboldt Gonçalves (Mestrando/UFRJ), Adélia Rocha (Mestranda/UENF), Gleiciane Carrielo (Graduanda/UENF) e Eriça Pellegrini Caramaschi (Professora/UFRJ). 3. LICENÇA PARA PESCA CIENTÍFICA A licença de coleta para a autorização de coleta com finalidade científica foi emitida no dia 04//202, número 36260-, e concedida pelo Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade - SISBIO, órgão subordinado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio/Ministério do Meio Ambiente - MMA (ANEXO II). 4. COLETA PILOTO - MONITORAMENTO 4. LOCALIDADES DE AMOSTRAGEM A campanha piloto foi realizada entre os dias 09 e 5 de dezembro de 202, em três localidades do rio Paraíba do Sul (Itaocara, São Sebastião do Paraíba e São Fidélis), uma localidade no rio Pomba (Baltazar, Santo António de Pádua) e outra no rio Dois Rios (Guarani, São Fidélis) (Figura ). Todas as 5

cinco localidades de amostragem foram georreferenciadas, conforme apresentado na Tabela. Localização geral: Limiíes estaduais Principais nos da bãc;a Limite da bacia do rio Paraíba i!o Sul Figura : Localidades de coleta do monitoramento da Ictiofauna: Rio Pomba em Baltazar (* ), Rio Paraíba do Sul, em Itaocara { ), Rio Paraíba do Sul em São Sebastião do Paraíba; { ), Rio Dois Rios, em Guarani ( <0! Rio Paraíba do Sul em São Fidélis ( ). Tabela. Localidades de amostragem durante a coleta piloto do monitoramento da ictiofauna e carcinofauna na bacia do rio Paraíba do Sul. Localidade Localização Coordenadas ITA Rio Paraíba do Sul - Itaocara S 2 38'04,0" / W 42 02'0,9" SSP Rio Paraíba do Sul - São Sebastião do Paraíba S 2 44'54,7" / W 42 20'32,7" RPO Rio Pomba - Baltazar S 2 34'5,6" / W 42 U8'25," SFI Rio Paraíba do Sul - São Fidélis S 2 38'04)9" / W 4 45'4,2" RDR Rio Dois Rios - Guarani S 2 44'4,6" / W 4 055'55,t Rio Paraíba do Sul em Itaocara A área de coleta estendeu-se do local do Projeto Piabanha Centro Socioambiental, no município de Itaocara, à localidade de Barbado/Vieira Braga, no município de Cambuci. As coletas ocorreram nos dias 09 e /2 e, para instalação de redes de espera e armadilhas de crustáceos, foi amostrado

Jfulmco: um trecho do rio de aproximadamente 500 m. Os mergulhos para procura de Atya spp. foram realizados em trechos encachoeirados a montante dessa área. Em todo o trecho foram observadas iihas fluviais de tamanhos variados e vegetação do entorno formada por trechos de mata ciliar, capoeira ou gramíneas (Figura 2 A-C). Durante o primeiro dia de coleta foram utilizados os petrechos peneira, rede de arrasto e tarrafas, foram realizados mergulhos para coleta manual de crustáceos e, ao final da tarde, foram instaladas gaiolas e redes de espera. As redes foram colocadas entre 8:40 h e 2:34 h do primeiro dia e retiradas entre 06:40 h e 07:50 h do dia seguinte. As gaiolas foram armadas entre 9h 30min e 9h 45min do primeiro dia e retiradas entre 06:00 h e 06:20 h do dia seguinte. Figura C: Figura 2. (A-C) Vistas da localidade Itaocara do rio Paraíba do Sul, localizado no município de Itaocara, durante coleta piloto realizada em dezembro de 202.

RífbfíCfl:. Rio Paraíba do Sul em São Sebastião do Paraíba (SSP) A área de coleta localiza-se adjacente à propriedade do Sr. Ernani Bastos, no distrito de São Sebastião do Paraíba, município de Cantagalo. O entorno do rio nessa localidade é formado por trechos com mata ciliar, capoeira ou gramíneas. Pequenas ilhas fluviais foram observadas, assim como pedras e matacões ao longo do leito do rio (Figura 3 A e B). A coleta foi realizada nos dias e /2 e foi amostrado um trecho de rio de aproximadamente 300 m. Durante o primeiro dia foram realizadas coletas com tarrafas, rede de arrasto e, ao final da tarde, foram colocadas gaiolas e redes de espera (Figura 3 C). As gaiolas foram instaladas às 6:35 h do primeiro dia e retiradas às 06:25 h do segundo dia. As redes de espera foram instaladas entre 6:55 h e 8: h e vistoriadas entre 22:30 h e 23:30 h do primeiro dia. A retirada das redes ocorreu entre 06:5 h e 07:20 h do segundo dia, e em seguida foram realizadas coletas com peneiras, mergulho para procura de crustáceos e pesca com anzol. Figura A; Figura B:

Rubíico: Figura 3. (A, B e C) Área de coteía na localidade São Sebastião do Paraíba no rio Paraíba do Sul, localizado no município de Caníagalo. (C) Rede de espera utilizada para amostragem de peixes durante coleta piloto realizada em dezembro de 202. Rio Pomba em Baltazar O ponto de coleta localiza-se no distrito de Baltazar, município de Santo António de Pádua. O entorno do ponto de amostragem é formado principalmente por mata ciliar, capoeira e alguns trechos com gramíneas. Foram observadas pequenas ilhas fluviais no entorno e matacões no leito do rio. A montante do ponto de coleta localizam-se indústrias de fabricação de argamassa (Figura 4 A e B), indústrias de engarrafamento de cachaça, extração de areia, dentre outros empreendimentos. A coleta foi realizada entre os dias 2 e 3/2. Em função de imprevistos no acesso à área de coleta, apenas 9 das 22 redes de espera foram instaladas entre 8:30 h e 20:00 h e retiradas entre 07:25 h e 08:00 h do dia seguinte. As gaiolas foram instaladas às 7:30 h do primeiro dia e retiradas às 06:30 h do dia seguinte. No segundo dia foram realizadas coletas com tarrafa, peneira, "kicking" (deslocamento ativo de pedras cercadas por rede de arrasto) e mergulho para captura de crustáceos.

Rubrica: Figura A: Figura B: Figura 4. (A e B) Vistas da localidade de coleta no rio Pomba em Baltazar, município de Santo António de Pádua durante coleía piloto realizada em dezembro de 202. Rio Paraíba do Sul em São Fidélis A área de coleta iocaliza-se no município de São Fidélis, no entorno da Ponte Preta, ponte de via férrea que atravessa o rio Paraíba do Sul. Um trecho de aproximadamente 500 m do rio foi amostrado nos dias 3 e 4/2. O entorno da área de coleta é formado por vegetação tipo capoeira, por gramíneas e também por áreas residenciais e industriais. Muitas ilhas fluviais e matacões de tamanhos variados foram observadas no leito do rio (Figura 4 A, B e C). No primeiro dia foram realizadas coleías com tarrafas e instaladas as redes de espera e as gaiolas. Estas últimas foram colocadas entre 6:30 h e 6:45 h e retiradas entre 06:8h e 06:45h do dia seguinte. As redes de espera foram instaladas em. dois ambientes: no canal do rio e em uma lagoa marginal adjacente à ponte Preta, na margem direita do rio. No canal foram colocadas redes entre 8:30 h e 9:26 h, com vistoria entre 2:50 h e 22:46 h do primeiro dia, e despesca entre 06:40 h e 07:30 h do dia seguinte (Figura 5 D). Na lagoa, 2 redes foram colocadas entre 6:48 h e 7:45 h, com vistoria entre 20:58 h e 22:00 h do primeiro dia, e retiradas entre 06:25 h e 06:50 h do dia seguinte, com exceção de cinco redes, com diferentes tamanhos de malha, que foram retiradas na primeira vistoria. No segundo dia foram feitas coletas com peneira e mergulho para captura de crustáceos.

Rubrico:. Grnr Figura A Figura B: Figura C: Figura D: Figura 5. (A-C) Vistas da localidade São Fidélis, no rio Paraíba do Sul. (D) Instalação de redes de espera na localidade durante coleta piloto realizada em dezembro de 202. Rio Dois Rios em Guarani A área de coleta localiza-se logo abaixo da confluência dos rios Negro e Grande, que formam o rio Dois Rios. Essa localidade é conhecida como Guarani, no município de São Fidélis. A coleta foi realizada nos dias 4 e 5/2, ao longo de um trecho de 300 m entre a confluência dos rios Grande e Negro e uma região encachoeirada que impossibilitava o deslocamento da equipe para jusante. O entorno é formado por capoeira, gramíneas e barnbuzais (Figura 6 A, B e C).

j Figura A: Figura B: Figura C: Figura D: Figura 6. (A-C) Vistas da localidade Guarani, no rio Dois Rios. (D) Retirada das redes de espera durante coleta piloto realizada em dezembro de 202. No primeiro dia foram instaladas 4 redes de espera, porque não foram encontrados ambientes adequados para colocação de todas as redes. A instalação ocorreu entre 6:30 h e 7: 30 h, com vistoria entre 22: 25 h e 23:00 h do primeiro dia, e retiradas entre 07: 20 h e 07: 50 h do dia seguinte (Figura 6 D). Não foram encontrados ambientes propícios à captura de crustáceos, por isso, não foi realizado o mergulho para captura, nem a instalação das gaiolas. No segundo dia foram realizadas coletas com tarrafas, rede de arrasto e peneira. Nesse dia realizou-se também uma visita exploratória a jusante das corredeiras e verificadas alternativas para instalação de redes e outras modalidades de coleta, que poderão ser utilizadas nas campanhas regulares. 2

Esforço de Amostragem O esforço de amostragem em tempo empregado com as diferentes metodologias em cada localidade de coleta é apresentado na Tabela 2. Tabela 2. Tempo de exposição empregado na amostragem em cada localidade durante coleta piloto realizada em dezembro de 202. ITA = Itaocara, SSP = São Sebastião do Paraíba, RPO = Rio Pomba, SFI = São Fidélis, RDR = Rio Dois Rios. Metodologia Peneira Rede de Arrasto Tarrafa Anzol Mergulho Rede de Espera Gaiola ITA min 5 min 60 min - min h h e 30 min SSP min 5 min 45 min 50 min 30 min I3h 4h Ponto RPO 30 min 20 min 30 min - 30 min 2h h SFI 30 min - 55 min - 20 min 2h 4h RDR 20 min 20 min 45 min - 5h 4.2 METODOLOGIA DE CAMPO 4.2. ICTIOFAUNA Para o levantamento da Ictiofauna foram realizadas amostragens diurnas e noturnas nas cinco áreas de coleía utilizando-se petrechos de coleta ativos, como peneiras, rede de arrasto, tarrafas e anzol, e petrechos passivos, como redes de espera e gaiolas. Foram utilizadas duas peneiras, uma redonda com 55 cm de diâmetro e malha de mm entre nós e uma quadrada com dimensões de 40 cm x 60 cm e malha de 2 mm entre nós {Figura 7 A). A rede de arrasto utilizada possui 4 m de comprimento, 2,8 m de altura e malha com 5 mm entrenós (Figura 7 B). Foram utilizadas duas tarrafas, uma com 5 de malha entre nós adjacentes,,85 m de altura, e outra com 35 mm de malha entre nós, 2,5 m de altura e 5 m de diâmetro (Figura 7 C), Anzóis de tamanho 0/9 foram utilizados para coleta na localidade de São Sebastião do Paraíba visando a captura de Salminus brasiliensis, o dourado. Em todas as localidades foram realizadas 3

Rubrico: coletas não padronizadas utilizando peneira e/ou rede de arrasto, visando o inventário de espécies presentes nas macrófitas aquáticas e vegetação marginal. As tarrafas foram utilizadas em pontos encachoeirados e de remanso visando capturar exemplares presentes na coluna d'água e no fundo. Um total de 22 redes de espera, de tamanhos diferentes de malha, foi utilizado na maioria das áreas de coleta. As características de cada rede estão descritas na Tabela 3. Figura 7. Metodologias de coleta de peixes utilizadas durante a campanha piloto realizada ern dezembro de 202 em localidades da bacia do rio Paraíba do Sul. (A) Peneira. (B) Arrasto. (C) Tarrafa. 4

Tabela 3. Especificações das redes de espera utilizadas em cada localidade de coleta durante coleta piloto realizada em dezembro de 202 em localidades da bacia do rio Paraíba do Sul. Malha Rede entre nós (mm) 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9 20 2 22 2 2 5 5 20 20 25 25 30 30 35 35 40 40 45 45 50 50 60 60 70 70 Tamanho da malha (mm) 24 24 30 30 40 40 50 50 60 60 70 70 80 80 90 90 0 0 20 20 40 40 Fio0 (mm) 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,25 0,25 0,25 0,25 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 Posição Superfície Fundo Superfície Fundo Superfície Fundo Superfície Fundo Superfície Fundo Superfície Fundo Superfície Fundo Superfície Fundo Superfície Fundo Superfície Fundo Superfície Fundo Comp. (m) Alt. (m) 2, 2,,5,5,5,5,5,5,5,5,5,5,5,5,5,5,7,7,6,6,5,5 Área (m2) 2 2 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 7 7 6 6 5 5 Quant. por local Antes do início da coleta, cada rede recebeu uma etiqueta, contendo as especificações do petrecho, visando facilitar sua identificação (Figura 7 A e B). Figura A:..._.. Figura B: Figura 7. (A) Redes de espera com etiquetas de identificação. (B) Rede de espera etiqueta de identificação à mostra. com 5

As redes de espera foram instaladas ao final da tarde em cada ponto de coleta, e, sempre que possível, foram vistoriadas após seis horas de exposição, e retiradas ao início da manhã do dia seguinte (Figura 8 A). Figura A: Figura 8. (A) Retirada das redes de espera durante a manhã. Observação: A proposta original previa um tempo de exposição das redes de aproximadamente 2 horas. No entanto, após a reunião técnica realizada no Laboratório de Ecologia de Peixes da UFRJ, no dia 2 de novembro de 202, optamos por manter o mesmo tempo de exposição, contudo com vistoria a cada intervalo de 6 horas (média). Tal mudança metodológica visou preservar a qualidade biológica dos indivíduos capturados, de forma a atender a três novas tinhas de pesquisas que serão incorporadas a esta proposta de monitoramento da ictiofauna: Determinação da biologia alimentar e reprodutiva de algumas espécies do rio Paraíba do Sul, sob a orientação da Dra Eriça Pellegrini Caramaschi/UFRJ; Influência do habitat nos teores de Hg, Cd e As em tecido de peixes (Mestranda/UENF: Adélia Rangel Mandu Rocha, com orientação da Dr3 Cristina M. Magalhães de Souza e a co-orientação da Dr3 Ana Paula Madeira di Beneditto). Após a coleta, os peixes de maior porte receberam etiqueta codificada com números e letras, identificando a campanha, o ponto e o número do exemplar, sendo essas informações posteriormente anotadas no caderno de campo. Os peixes de menor porte foram acondicionados em sacos plásticos identificados com etiquetas contendo a data, o nome da estação de coleta, coordenadas geográficas, nome dos coletores, nome do projeto e petrecho de 6

Rubrico.-. M)" pesca utilizado. Em seguida, os peixes foram colocados em recipientes apropriados (galões) contendo solução de formalina a % para fixação dos exemplares. Para possibilitar melhor fixação, foi injeíada formalina a % na cavidade abdominal e na musculatura dos indivíduos maiores que cm. Alguns indivíduos de diferentes espécies foram separados e mantidos vivos para registro fotográfico com as cores naturais em aquário, sendo posteriormente fixados (Figura 9 A e B). Figura A: Figura B: Figura 9. (A) Registro fotográfico das espécies coletadas (B) Espécie de lambari do género Astyanax coletado durante a coleta piloto, na localidade Baltazar (Rio Pomba). Posteriormente, os exemplares fixados foram íriados e identificados e serão encaminhados para tombamento na coleção ictiológica do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, passando a constituir o material-testemunho do Projeto. Durante a campanha foi feita uma simulação da logística a ser empregada nas coletas regulares envolvendo o processamento para obtenção de dados biológicos dos peixes no Laboratório de campo. Para isso, os peixes de uma das localidades de coleta {São Fidélis) foram acondicionados em sacos contendo etiquetas de identificação com os seguintes dados: data, localidade, tipo de petrecho, tamanho de malha, e em seguida armazenados em caixas térmicas com gelo e transportados para a Sala de Monitoramento da Ictiofauna do Projeto Piabanha (Figura ), em Itaocara. A metodologia empregada no laboratório está descrita no item 4.3 do presente relatório. A partir dessa 7

Rubrico.- simulação foram estabelecidos empregados nas campanhas regulares (ANEXO III). os protocolos de laboratório a serem Figura. Setor de Monitoramento da Ictiofauna do Projeto Piabanha. 4.2.2 CARCINOFAUNA Para a amostragem da carcinofauna foram utilizados dois métodos de captura. O primeiro envolveu a instalação de gaiolas/armadilhas ( unidades) iscadas com peixe e colocadas no leito do rio ao final da tarde e recolhidas na manhã do dia seguinte, visando capturar exemplares da espécie Macrobrachium carcinus (Figura A). O segundo método foi através da modalidade de mergulho em apneia visando a captura de Atya gabonensis e A. scabra (Figura B). Os animais capturados foram acondicionados em sacos plásticos com etiqueta de identificação contendo a data, o nome da estação de coleta e o petrecho de captura utilizado. Os sacos plásticos foram armazenados em recipientes apropriados (galões) contendo álcool 70 GL, para fixação dos exemplares. Posteriormente, parte desse material será depositada na coleção de Carcinologia do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. 8

Fi..líl...Proc Figura A: Figura B: Figura. (A) Gaiolas artesanais instaladas para captura de Macrobrachium carcinus (B) Mergulho para captura manual de espécies de crustáceos do género Atya durante coleta piloto realizada em dezembro de 202 em localidades da bacia do rio Paraíba do Sul. Dados abióticos Em todas as estações de coleta foram mensurados os seguintes parâmetros físicos ou químicos da água: oxigénio dissolvido (mg/l), temperatura (C0), condutividade elétrica (us/cm), ph, transparência e profundidade. Para tal foram utilizados os seguintes equipamentos: oxímetro YSI 550a com termómetro, peagâmetro Hanna Hl 8424 e condutivímetro Pinpoint [759746, Disco de Secchi e profundímetro. 4.3 METODOLOGIA DE LABORATÓRIO Os peixes da localidade São Fidélis foram transportados em caixa térmica contendo gelo para o laboratório onde foi realizada a triagem e dissecção, sob orientação da Dra. Eriça Petlegrini Caramaschi (UFRJ) (Figura 2). 9

fíiibricn: Fiura A: Figura 2: (A) Equipe de laboratório no Setor de Monitoramento da Ictiofauna do Projeto Piabanha triando peixes provenientes de coteta piloto realizada em dezembro de 202 em localidades da bacia do rio Paraíba do Sul. Primeiramente, os exemplares foram dispostos em bandejas (Figura 2) e identificados até o menor nível taxonômico possível. Feito isso, cada exemplar recebeu um número de identificação de acordo com os dados de coleía e em seguida foram medidos os seguintes dados biológicos: comprimento total (CT), comprimento padrão (CP), peso total (PT). Em seguida, em cada exemplar foi feita uma incisão ventral longitudinal e exposta a cavidade celomática (Figura 3). Figura A: Figura B: Figura 3: (A) Lambaris-do-rabo vermelho (Astyanax parahybae) organizados para serem dissecados. (B) Astyanax parahybae dissecado e com ovário exposto durante campanha piloto realizada em dezembro de 202. 20

Rllí)ÍÍCf!: Para cada exemplar dissecado em campo foram anotados os pesos do estômago, fígado e gônada, assim como a classificação macroscópica do estágio de maturação gonadal (Figura 4). Figura A: Figura 4: (A) Registro dos dados biométricos dos peixes dissecados durante coleta piloto realizada em dezembro de 202 em localidades da bacia do rio Paraíba do Sul. Foram selecionados gônadas e estômagos de alguns exemplares para análise nos laboratórios da UFRJ, os quais foram fixados em formol 5% e %, respectivamente, e acondicionados em potes plásticos. Exemplares de Astyanax parahybae tiveram uma amostra de tecido muscular retirado para análise de metal pesado, a ser realizada nos laboratórios da UENF. Exemplares cuja identificação taxonômica gerou dúvidas foram fixados e levados para nova triagem e identificação no laboratório de Ecologia de Peixes/UFRJ em duas etapas. Antes da triagem, os peixes foram retirados dos galões com solução de formalina a %, lavados em água corrente e acondicionados em galões contendo álcool 70 GL. Durante a primeira etapa foram determinados os indivíduos (de maior porte) que haviam recebido a etiqueta de identificação codificada em campo. Na segunda etapa, foram identificados os peixes de pequeno porte, que foram separados em lotes por espécie e acondicionados em sacos plásticos contendo etiquetas em papel vegetal incluindo nome da espécie, data, localidade, coordenadas geográficas, nome dos coletores, nome do projeto e peírecho de pesca. 2

Rubrico: Os exemplares foram separados por morfotipo e em seguida identificados até o menor nível taxonômico possível, quando necessário, com auxílio de microscópio estereoscópico. Na identificação foi utilizada bibliografia referente a identificação de peixes da Mata Atlântica {Menezes et ai., 2007; Oyakawa et. ai., 2006) e trabalhos específicos para alguns grupos (Eschmeyer, 203; Melo, 200; Reis & Schaefer, 998). Devido à situação confusa da taxonomia de alguns grupos, esse processo ainda encontra-se em andamento para alguns exemplares. De cada exemplar triado, foram obtidas as medidas do comprimento total (cm) e do comprimento padrão (cm) e registrado o peso total do corpo (g). As informações referentes a cada lote foram anotadas no caderno de campo, nas fichas para tombamento e posteriormente digitadas em planilha Excel contendo as seguintes informações: código {contendo campanha, localidade de coleta e número do peixe) e petrecho de captura. 4.4 METODOLOGIA DE OBTENÇÃO DE DESCRITORES DE COMUNIDADE Para uma análise preliminar da estrutura da comunidade de peixes foram aplicados os seguintes descritores: composição, traduzida por uma lista de espécies, riqueza (S), que é o número simples de espécies, a abundância, dada peio número de indivíduos capturados e o índice de Diversidade de Shannon (H). Os dados de abundância dos indivíduos capturados nas redes de espera foram traduzidos em Captura por Unidade de Esforço (CPUE) para permitir comparações espaciais (localidades de coleta) e temporais (campanhas). O índice de diversidade H' foi calculado através da fórmula://' = - f=pii Lnp;; onde, S é a riqueza (número de espécies) e pi é a abundância relativa de cada espécie, calculada pela proporção dos indivíduos de uma espécie pelo número total dos indivíduos na comunidade. 22

FQ.ll.Pfoc.. Já Rubrico: Os valores de S e H' foram calculados separadamente para os dados coletados com redes de espera e os coletados por outros petrechos de pesca { peneira, rede de arrasto, tarrafa e gaiolas de crustáceos). A CPUE foi calculada para os peixes capturados em cotetas padronizadas (redes de espera) e foi obtida pela razão entre o número de exemplares e o esforço. O esforço é o produto entre a área total das redes (m2) e o somatório do tempo de exposição em horas (CPUE = N/Esforço). O índice de Jaccard foi aplicado à comparação da composição de espécies entre as localidades (presença x ausência), utilizando o Programa Past (versão.28). A análise de agrupamento por distância euclidiana (UPGMA) foi aplicada aos dados de abundância de espécies e indivíduos, utilizando-se o programa Statísíica (Statsoft, Inc., 2007). Os resultados foram apresentados em forma de dendrogramas. 5. CAPTURA DE REPRODUTORES Os peixes "selvagens" são extremamente suscetíveis ao estresse e podem ocorrer mortes, quando saem do ambiente natural e entram em um ambiente confinado. Nesse sentido, optou-se por adiar as capturas até o momento em que o Setor estiver pronto e apto para receber indivíduos das espécies ameaçadas de extinção. Nesse ínterim, foi decidido que seriam realizadas incursões ao campo, para registrar locais estratégicos para as futuras coletas. Nesse sentido, obtivemos informações para montar um acampamento em uma localidade da bacia do rio fmbé, em Campos dos Goytacazes, onde anualmente ocorre a piracema* da espécie Brycon insignis (piabanha). Conforme a informação obtida, ao chegar à localidade (08//202), (Figura 5 A-D), a piracema foi presenciada. Com o auxílio de tarrafas, manuseadas por três integrantes do grupo de campo, foram capturados 25 indivíduos, que chegaram em perfeitas condições no Projeto Piabanha Centro Socioambiental. 23

Figura A: Figura B: Figura 5. A-C: Vistas da localidade na qual os peixes foram coletados. D: Acondicionamento dos reprodutores de Brycon insignis coletados para transporte para o Projeto Piabanha Centro Socioambiental. Em caráíer emergencial, os peixes foram acondicionados em um tanque escavado com aproximadamente.650 m2 (Figura 6) a fim de que sejam transferidos para o Setor denominado de Banco "Ex-situ", tão logo este esteja concluído. 24

fi.-m Figura A: Figura 6: (A) Projeto Piabanha Centro Socioambiental. Tanque escavado utilizado para acondicionar os peixes capturados no rio Imbé no dia 08//202. 6. RESULTADOS PRELIMINARES 6. LOGÍSTICA DO MONITORAMENTO A campanha piloto de amostragem foi bem sucedida e atingiu seus objetivos. Foi testada a logística de campo e de laboratório e avaliada a viabilidade da metodologia proposta. A diversidade de metodologias mostrouse útil para a amostragem dos diferentes ambientes que compõem a paisagem lótica, tais como remansos e corredeiras. A maioria das localidades de coleía apresentou ambientes favoráveis à colocação das redes de espera, com exceção do ponto de coleta do rio Dois Rios (localidade Guarani), onde uma região encachoeirada impedia o deslocamento da equipe a jusante da mesma. Dessa forma, para as próximas campanhas, o ponto de coleta será deslocado para jusante da área encachoeirada onde foram observados ambientes favoráveis à instalação da bateria de redes de espera, assim como das gaiolas para captura de Macrobrachium carcinus. Serão feitos também mergulhos exploratórios visando detectar a presença das espécies de Atya nessa localidade, apesar de não haver relatos da ocorrência desses crustáceos pela população local. 25

'V Durante a coleta piloto não foi capturado nenhum indivíduo de espécie de peixe ameaçada de extinção. Exemplares de Macrobrachium carcinus foram capturados somente em São Fidélis. Nenhum exemplar de crustáceo do género Atya foi capturado, embora na maioria das localidades tenham sido identificados vestígios de captura recente dessas espécies, tais como rochas propositalmente quebradas para coleta de exemplares nelas abrigados. A simulação da rotina de exame dos peixes a ser implementada para obtenção de dados biológicos mostrou-se útil e foi bem sucedida, sendo estabelecidos os protocolos básicos de registro dos dados {Anexo III). 6.2. DADOS ABIOTICOS Pela Tabela 4, observa-se que a profundidade não ultrapassou 4 m, sendo SFI o ambiente mais raso. Os dados de temperatura superficial da água são comparáveis, dado que todas as medidas foram feitas pela manhã. O valor mais alto foi registrado em SFI, onde, como esperado, também foi menor o teor de oxigénio dissolvido na água, que variou entre 6, mg/l e 7,9 mg/l. A medida do ph indicou águas praticamente neutras em ITA e RPO e ligeiramente ácidas nas demais localidades. A água com maior transparência (57 cm) foi observada em RPO, sendo a menos registrada em ITA, com apenas 6 cm. A condutividade variou entre 52 us/cm e 76 us/cm, com valor muito distinto apenas em SFI (22 us/cm), que se explica, possivelmente, pela chuva antes e durante a amostragem. 26

Rubrico: Tabela 4. Dados abióticos obtidos nas cinco localidades de coleta de peixes e crustáceos na bacia do rio Paraíba do Sul, durante a coleta piloto realizada em dezembro de 202. (mg/l) Oxigénio Parâmetro Temperatura ( C) Condutividade (MS/cm) ph dissolvido Transparência (cm) Profundidade (m) Horário (h) A 7 3 70 :5 IT 7, - 62 7, 6 3, SP 9,6 8 6 30 S 7, 29 62 6, 24 3, 9: PO 4,4 72 40 R 6, 29 52 7, 57 3, 8: Fl,6 2 8 5 :22 S 6, 30 2 5, 37 2, DR,6 4 53 :45 R 7, 27 76 6, 27 2, 6.3. COLETA DE REPRODUTORES Com relação à Coleta de Reprodutores, comunicamos que as saídas de campo para a captura dos peixes para a formação do Banco "Ex-situ", com recursos oriundos do CEIVAP, foram adiadas em função do que será exposto a seguir. Devido às dificuldades no processo de licitação de equipamentos e insumos, assim como da preparação das estruturas físicas para formar o Setor do Banco "Ex-situ", o mesmo ainda não ficou concluído. Essa estrutura é preponderante para que o processo de recebimento, aclimatação e estocagem dos peixes sejam bem sucedidos e está previsto para ser executado nos dois primeiros meses do ano de 203. No entanto, a oportunidade excepcional de captura de reprodutores na piracema de 202, ievou-nos a tentar a captura de piabanhas em piracema do rio Imbé. Cabe ressaltar que essa campanha de campo não foi feita com recursos originários do CEIVAP, mas com capital próprio, uma vez que ainda havia dúvidas sobre como aplicar os recursos financeiros com o pagamento de pessoal e insumos para efetivação dessa etapa contemplada no Contrato. 27

j [íyíkiai: Durante os meses das chuvas (novembro a março), os rios estão cheios, o que dificulta a captura de peixes nas calhas. No caso das espécies migradoras (Prochilodus vimboides e Brycon insignis), tais espécies saem da calha em um dado momento e penetram na planície de inundação para se reproduzirem. Nesse exato momento é que devem ocorrer as capturas. A fim de que as capturas aconteçam de forma exitosa, o conhecimento prévio da localidade onde ocorrerá o comportamento reprodutivo é necessário. No período da seca a metodologia utilizada para a coleta é diferente e passível de ser realizada na calha do rio. Contudo, os peixes não estarão agrupados em grandes cardumes, tornando o processo mais moroso para atingir o número necessário de exemplares capturados. 6.4. ATRIBUTOS DA COMUNIDADE DE PEIXES 6.4. COMPOSIÇÃO DE ESPÉCIES A lista taxonômica das espécies coletadas durante a campanha piloto está apresentada no Anexo IV. Foram registradas 45 espécies, pertencentes a seis Ordens e 2 famílias. Pela Figura 7, observa-se que os Characiformes foram mais bem representados, com 7 espécies, seguidos pelos Siluriformes e Percifomes. Cinco espécies não são nativas da bacia do Paraíba do Sul (Tilapia rendalli, Oreochromis nilotícus, Apareiodon sp., Plagioscion squamosissimus e Salminus brasiliensis). 28

wcharaciformes aclupeiformes u Cyprinodontiformes ygymnotiformes wperciformes ysiluriformes u Synbranchiformes Figura 7. Distribuição percentual das espécies pelas Ordens de peixes representadas na amostragem na bacia do rio Paraíba do Su! durante a coleta piloto realizada em dezembro de 202. O dendrograma de similaridade qualitativa {presença x ausência) de espécies entre as localidades de coleía revela similaridade inferior a 40% na composição das amostras e maior similaridade entre SSP e ITA (Figura 8). - _ 0 Q. U. w Q- cc W co < g t E 0,9-0,8-0,7-0,6- f 0,5- m 0,4-0,3-02- 0,- Figura 8. Dendrograma de similaridade (presença x ausência de espécies) entre as cinco localidades na bacia do rio Paraíba do Sul, utilizando-se todos os tipos de petrechos, durante a coleta piloto realizada em dezembro de 202. 29

6.4.2 RIQUEZA, ABUNDÂNCIA E DIVERSIDADE Foram capturados 64 exemplares, distribuídos em 45 espécies, coletados nas cinco localidades (Figura 9). Na captura padronizada realizada com redes de espera, os maiores valores de riqueza de espécies foram observados em SFI (S = 27), ITA {S = 22) e SSP (S = 5), seguidos de RPO (S = 3) e RDR (S = ) (Figura 9). Os maiores valores de diversidade foram encontrados em ITA (H = 2,58) e RPO {H = 2,56), seguidos por SSP (HT = 2,4) e SFI (H = 2,0), enquanto RDR apresentou o menor valor de diversidade (H =,07), A maior abundância foi registrada em SFI (N «240), seguida por RPO (N = 38) e ITA (N = 32), que apresentaram abundâncias similares, e por SSP (N = 70), enquanto RDR apresentou a menor abundância (N = 32), mesmo padrão observado para os valores de riqueza e diversidade. 300 250 ^Número de Exemplares Número de Espécies (S) 30 25 ITA RDR RPO Localidades SFI SSP Figura 9: Riqueza (S), Diversidade (H') e número de indivíduos (peixes) coletados com redes de espera na amostragem na bacia do rio Paraíba do Sul durante a coleta piloto realizada em dezembro de 202. 30

As espécies mais abundantes nas redes de espera foram Astyanax giton (N = 69), Anchoviella lepidentostole (N = 29), Astyanax parahybae (N = 25), Loricariichthys castaneus (N=24), Cyphocharax gilbert (N = 6), Prochilodus lineatus (N ~ 3), Oiigosarcus hepsetus e Rineloricaría sp., ambas com 2 exemplares coletados. As demais espécies apresentaram abundância inferior a dez exemplares coletados com redes de espera (Figura 20). Astyanax giton foi mais abundante em RPO (53 exemplares; 77%), seguido por SSP (3 exemplares; 9%), enquanto Anchoviella lepidentostole foi coletada exclusivamente em SFI. A espécie Astyanax parahybae ocorreu principalmente em SFI (24 exemplares; 96%) e apenas um exemplar foi coletado em RDR. A maioria dos indivíduos de Loricariichthys castaneus foi coleíada em ITA (7 exemplares; 7%), enquanto Cyphocharax gilbert ocorreu apenas em SFI. Prochilodus lineatus ocorreu em todos as localidades de coleta, com maior número de indivíduos presentes em RDR (6 exemplares; 46%) e SFI (4 exemplares; 3%). A maior parte dos exemplares das espécies Oiigosarcus hepsetus (9 exemplares; 75%) e Rineloricaria sp. (6 exemplares; 50%) ocorreu em ITA. w São Sebastião do Paraiba w São Fidelis -t Rio Pomba si Rio Dois Rios w Itaocara T <? Espécies Figura 20: Número de indivíduos por espécie dos peixes coletados com redes de espera na amostragem na bacia do rio Paraíba do Sul durante a coleta piloto realizada em dezembro de 202. 3

Como os tamanhos das redes usadas nas diferentes localidades foram os mesmos e o tempo de exposição não variou muito, os valores de CPU E observados foram similares aos de números de exemplares. Os maiores valores ocorreram em SFI, ITA e SSP (Figuras 2 e 22). 300 Número de Exemplares CPUE (Número de exemplares/m2.h) [TA RDR RPO Localidades SFI SSP Figura 2: Número e CPUE (N/m2.h) de indivíduos coletados com redes de espera na amostragem na bacia do rio Paraíba do Sul durante a coleta piloto realizada em dezembro de 202. 32

FI..> l.proc...ío//;/. Rubrico:. 80 ^ São Sebastião do Paraíba u São Fidelis -j Rio Pomba M Rio Dois Rios u Itaocara Espécies Figura 22: CPUE (número de exemplares/m2.h) por espécie dos peixes coletados com redes de espera na amostragem na bacia do rio Paraíba do Sul durante a coleta piloto realizada em dezembro de 202. No dendrograma de similaridade das localidades de coleta utilizando-se os dados de abundância da captura por rede de espera (Figura 23), observase maior distância entre RPO e as demais localidades, resultado que parece estar relacionado à elevada abundância de Astyanax giton nesse ponto. A maior similaridade ocorreu entre RDR e SSP, localidades que registraram as menores abundâncias. 33

ITA RDR SSP SFI RPO 0 05 020 025 030 035 040 045 050 055 Figura 23. Dendrograma de similaridade (UPGMA) das amostras de peixes das cinco localidades na bacia do rio Paraíba do Sul, amostradas com redes de espera, durante a coleía piloto realizada em dezembro de 202. Na coleta realizada com o conjunto peneira, rede de arrasto e tarrafa, os maiores valores de riqueza de espécies foram observados em RDR {S = 5), seguido por ITA (S = ), SSP e RPO, que apresentaram a mesma riqueza {S = 8), e SFI, onde foram coíetados apenas dois exemplares de Parotocinclus cf. cesarpintoi {Figura 24). Assim como observado para riqueza, RDR apresentou a maior diversidade de espécies (H = 2,49), seguido por SSP (H = 2,04). Os valores de diversidade de RPO e ITA foram sensivelmente menores que os pontos anteriores {H -,46 e 0,95; respectivamente), enquanto em SF! foi zero em decorrência do valor de riqueza e abundância. O ponto ITA apresentou abundância desíacadamente maior em comparação aos demais pontos (N = 97), seguido por RPO (N = 54) e RDR {N = 46), enquanto as menores abundâncias foram registradas em SSP (N = 9) e SFI, que registrou apenas dois indivíduos coíetados, resultando nos mais baixos valores de riqueza e diversidade encontrados. 34

Rubrica: M 250 200 _ CL E 50 l o D20 o de Exemplares Número de Espécies (S) 6 4 2 w _g> -S Q. ta LiJ 8 o> "D O 6 o 50 =Y.OO ±"=2.04 ITA RDR RPO Localidades SFI SSP Figura 24: Riqueza (S) Diversidade (H') e número de indivíduos coletados com arrasto, peneira e tarrafa na amostragem na bacia do rio Paraíba do Sul durante a coleta piloto realizada em dezembro de 202. As espécies mais abundantes nos petrechos não padronizados foram Poecilia vivipara (N = 62), Bryconamerícus microcephalus (N = 43), Astyanax giton (N = 24), Tilapia rendalli (N = 3) e Geophagus brasiliensis (N = ). As demais espécies apresentaram abundância inferior a dez exemplares coletados (Figura 25). Poecilia vivipara ocorreu predominantemente em ITA (49 exemplares; 92%), Bryconamerícus microcephalus apresentou-se distribuído principalmente entre as localidades ITA {9 exemplares; 44%) e RPO {8 exemplares; 42%). A maioria dos exemplares de Astyanax giton foi coletada em RPO (23 exemplares; 96%) e apenas um indivíduo foi registrado em SSP, enquanto Tilapia rendalli foi coletada exclusivamente em ITA, ponto que também registrou a maior parte dos indivíduos de Geophagus brasiliensis {5 exemplares; 50%). 35

80 60 40 ««20 Q. E S 0 tu o o o v E 3 80 60 40 u São Sebastião do Paraíba y São Fidelis j Rio Pomba m Rio Dois Rios u Itaocara 20 O m? ^ o- - "< * ' ^' çy ^ ^ r,>- -c- v <;-,? <íi- *í. «r <; Espécies Figura 25: Número de indivíduos por espécie coletados com arrasto, peneira e tarrafa na amostragem na bacia do rio Paraíba do Sul durante a coleía piloto realizada em dezembro de 202. No dendrograma de similaridade quantitativa entre as localidades de coleta utilizando-se os dados de abundância da captura não padronizada (Figura 26), pode ser observado que o ponto ITA se separou das demais localidades, resultado da elevada abundância de Poecilia vivipara nessa localidade. A maior similaridade foi observada entre SFI e SSP, localidades que tiveram poucos indivíduos coletados. 36

l ítíbí/co: -$$&. ITA RDR SFI SSP RPO 20 40 60 80 0 20 40 60 Figura 26. Dendrograma de similaridade (UPGMA) das amostras de peixes das cinco localidades na bacia do rio Paraíba do Sul, amostradas com petrechos sem esforço padronizado, durante coleta piloto realizada em dezembro de 202. As redes de espera capturaram 5 espécies que não ocorreram nas coletas com outros apetrechos, enquanto que no conjunto desses (tarrafa, arrasto e peneira) foram capturadas oito espécies exclusivas (Figura 22 e 25; Anexo V) Conclui-se, dos resultados preliminares apresentados, que no monitoramento da ictiofauna é necessário o uso de redes de espera e também de outros apetrechos para assegurar uma abordagem adequada da diversidade da fauna de peixes do trecho da bacia do rio Paraíba do Sul estudado. Conclui-se, também, que as cinco localidades apresentam características próprias de diversidade e abundância e que devem ser mantidas no monitoramento. 37

6.5 CAPTURA DE CRUSTÁCEOS A instalação do conjunto de dez gaiolas e os mergulhos foram realizados em todas as localidades, exceto RDR, por falta de ambientes e condições adequadas. Em função disso, a localidade será reposicionada durante o monitoramento. Não foram capturados indivíduos das espécies Atya scabra e A. gabonensis através do mergulho; pedras danificadas evidenciam a atividade de pescadores. Nas gaiolas não foram capturados indivíduos de Macrobrachium carcínus, entretanto foram capturados vários indivíduos de espécies pertencentes ao género Macrobrachium que não eram alvo da coleta e foram liberados vivos. 7. COLABORADORES DIRETOS Equipe de campo - Monitoramento: Eriça Pellegrini Caramaschi (Professora Pesquisadora UFRJ) Guilherme Souza {Projeto Piabanha - Contrato nc0/202/agevap) Andreza Gomes Pacheco (Projeto Piabanha - Contrato ne0/202/agevap) Evódio Sanches Peçanha (Projeto Piabanha - Contrato ne0/202/agevap) Renato Rieboldt Gonçalves (Pós Graduando UFRJ - Voluntário) Eduardo Pereira (Pescador Crustáceos - Contrato n 0/202/AGEVAP) Filipe Gonçalves {Projeto Piabanha - Ajudante de Campo) Ernani Basto (Pescador Colaborador - São Sebastião do Paraíba); Fernando Augusto Range! Passos (Pescador - São Fidélis) Thiago Berriel (Projeto Piabanha - Contrato n50/202/agevap) - Domingos José Afonso (Pescador Colaborador - São Fidélis) 38

. /4o/// * Equipe de laboratório - Monitoramento: - Eriça Pellegrini Caramaschi (Professora pesquisadora UFRJ) - Guilherme Souza {Projeto Piabanha - Contrato n20/202/agevap) - Damaris Cabral (Projeto Piabanha- Estagiária Edital Proex - UENF) - Rafaela Florêncio (Projeío Piabanha- Estagiária Edital Proex - UENF) - Adélia Rocha (Mestranda - UENF) - Gleiciana Carrieio (Graduanda Ciências Biológicas - UENF) Equipe de Laboratório - Análise (UFRJ) - Andreza Gomes Pacheco (Projeto Piabanha - Contrato nq0/202/agevap) -Renata Bartolete de Araújo (Projeto Piabanha - Contrato ne0/202/agevap) - Daiza Lima (Projeto Piabanha - Contrato nq0/202/agevap) Equipe de Campo - Captura de Reprodutores: - Guilherme Souza (Projeto Piabanha - Contrato nô0/202/agevap) - Evodio Sanches Peçanha (Projeto Piabanha - Contrato nq0/202/agevap) - Lauro Sanches Peçanha (Projeto Piabanha - Voluntário) Equipe Administrativa: - Christian Natalia Soares de Souza {Projeto Piabanha - Contrato n50/202/agevap) - Thiago Berriel (Projeto Piabanha - Contrato nq0/202/agevap) - Luiz Felipe Daudt Oliveira (Diretor Geral/Projeto Piabanha) - Guilherme Souza {Projeto Piabanha - Contrato n20/202/agevap) 39

FI.6.Proc KubfiCD:, Suporte de moradores nas localidades de coleta: Alzelito de Oliveira (Cambiasca) Vânia de Oliveira (Cambiasca) Emília Dias (Cambiasca) Carlos António Amaral (Cambiasca) 40

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ESCHMEYER, W.N. (ed). 203. Caíalog of Fishes. Califórnia Academy of Sciences(http://research.calacademy.org/research/ichthyology/catalog/fishc atmain.asp). Acessado em 03/0/203. MELO, F.A.G. 200. Revisão taxonômica das espécies do género Astyanax Baird & Girard, 854, (Teleostei: Characiformes: Characidae) da região da Serra dos Órgãos. Arquivos do Museu Nacional 59: -46. MENEZES, NA, WEITZMAN, S.H.; OYAKAWA, O.T.; LIMA, F.C.T.; CASTRO, R. M. & WEITZMAN, MJ. 2007. Peixes de água doce da Mata Atlântica; lista preliminar das espécies e comentários sobre conservação de peixes de água doce neotropicais. São Paulo: Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, 408 p. OYAKAWA, O. T.; AKAMA, A. ; MAUTARI, K.C. & NOLASCO, J.C. 2006. Peixes de riachos da Mata Atlântica nas Unidades de Conservação do Vale do Rio Ribeira de Iguape. São Paulo: Editora Neotrópica, 20 p. REIS, R.E. & SCHAEFER, S.A. 998. New cascudinhos from southern Brazil; Systematics, endemism, and relationships (Siluriformes, Loricariidae, Hypoptopomatinae). American Museum Novitates, 3254:-25. StatSoft, Inc. (2007). STATISTICA {data analysis software system), version 8.0. www.statsoft.com. 4

Rubrico: ANEXO l Registros de Reunião e Listas de Presença ANEXO II Autorização para coleta com finalidade científica ANEXO III Protocolos de Monitoramento ANEXO IV Lista Taxonômica ANEXO V Número de exemplares por espécie, localidade e petrecho de captura. 42