O PL 8035/ 2010 (PNE): trajetória histórica e situação atual.

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Transcrição:

O PL 8035/ 2010 (PNE): trajetória histórica e situação atual. Célia Maria Vilela Tavares Dirigente Municipal de Educação de Cariacica/ ES Presidenta Undime Região Sudeste

Linha do tempo da mobilização do PNE: Pré PNE: conferências municipais de educação, participação nas conferências estaduais e na Conferência Nacional de Educação (Conae 2010), com a produção de emendas ao texto do Documento-referência. Em 8 de dezembro de 2010, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, cujo comitê diretivo a Undime integra desde 2001, solicita que o Governo Federal envie ao Congresso Nacional o novo texto do Plano antes do término de 2010. Em 15 de dezembro de 2010, o governo encaminha o PL 8035/ 2010 (PNE) ao Congresso Nacional

Em fevereiro de 2011, a Campanha apresenta as primeiras 75 emendas à deputada Fátima Bezerra, então, presidenta da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. No mês de abril, foi iniciado o calendário de audiências públicas que contou com intensa participação da Undime, principalmente nas que trataram sobre Qualidade da Educação; Financiamento da Educação e Educação Especial. Em todas as audiências foram entregues aos parlamentares as emendas da Campanha. No mês de maio, elas atingiram o número final de 117 emendas.

A Undime seguiu os seguintes princípios em suas intervenções: análise das metas e estratégias com base nas deliberações da Conae (março/ 2010); construção coletiva de emendas no âmbito da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a qual a Undime integra desde 2001; ações de advocacy junto ao Congresso Nacional de forma articulada com as ações da Campanha.

Objetivos de nossa mobilização: fortalecer e corrigir eventuais limitações do PL; criar ferramentas efetivas para a viabilização de novos recursos financeiros, necessários para a implementação do PNE; tornar as políticas educacionais mais participativas.

Críticas ao Projeto de Lei (texto original): limitações de financiamento que inviabilizam o cumprimento das metas; ausência de metas intermediárias que permitiriam um monitoramento mais eficaz do plano; necessidade de pactuar as responsabilidades entre os entes federados; ausência de diagnóstico e projeções. Diante disso, tomamos as pesquisas do IBGE, os censos oficiais, os estudos do Inep e do Ipea, e as deliberações da Conae, como base para nossas emendas.

Movimento PNE pra Valer! Organizado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, seguindo os moldes da experiência do Fundeb pra Valer, congrega outras entidades além daquelas reunidas pela rede. O portal www.pnepravaler.org.br reúne todas as notícias e documentos sobre a tramitação do PNE.

Movimento PNE pra Valer! As notícias do PNE também podem ser acompanhas pelas redes sociais: Twitter: @pnepravaler Facebook: movimentopnepravaler!

Banco de dados das 2915 emendas 28/07/2011 Objetivos tornar acessível o conteúdo das emendas de uma maneira simplificada; possibilitar a pesquisa por: Deputado/a; tipo de emenda (aditiva, aglutinativa, modificativa, substitutiva, supressiva, global); Artigos do PL; Metas; Estratégias;

87 parlamentares dos 513 da Câmara dos Deputados apresentaram emendas Número de parlamentares apresentaram emendas Total na Comissão Comissão Especial 33 52 Comissão de Educação 34 61 26 parlamentares que apresentaram emendas pertenciam às duas Comissões

Emendas elaboradas pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação e apoiadas pela Undime (resultados apurados pelo Banco de Dados): 117 propostas de emendas: 18 aos artigos da Lei; 99 às metas e estratégias; Todas as 18 propostas de emendas elaboradas pela Campanha aos artigos da Lei foram apoiadas por parlamentares (165 vezes). Todas as 99 propostas de emendas elaboradas pela Campanha às metas e estratégias foram apoiadas por parlamentares (710 vezes).

Desde 2010, foram vários seminários, audiências públicas, fóruns e conferências com a presença de pessoas interessadas no assunto, deputados, especialistas e militantes. Em 2011, a Undime promoveu o 13º Fórum Nacional que teve como tema principal o PNE e o 4º Fórum Nacional Extraordinário que também debateu o tema. Ainda em 2011, a Undime realizou o Ciclo de Seminários Regionais intitulado A educação municipal na construção do PNE para apresentar e debater o banco de dados das emendas ao PNE. Foram seis seminários. Dois na Região Nordeste (Aracaju e Fortaleza) e outros quatro nas demais regiões: Centro-Oeste (Goiânia), Sudeste (Vila Velha/ ES), Norte (Palmas) e Sul (Florianópolis). Em 2012, no 5º Fórum Nacional Extraordinário a tramitação do PNE foi novamente debatida.

Em agosto de 2011, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação publica a Nota Técnica: Por que 7% do PIB para a educação é pouco? Cálculo dos investimentos adicionais necessários para o novo PNE garantir um padrão mínimo de qualidade. Durante o prazo para apresentação de emendas ao Substitutivo, entre 6 a 14 de dezembro de 2011, a Campanha e a Undime apresentaram 37 emendas. De janeiro a março de 2012, o relator construiu o novo texto do relatório e a Comissão Especial do PNE promoveu uma reunião técnica sobre financiamento da educação no dia 20 de março. No dia 24 de abril, o deputado Angelo Vanhoni, apresentou a versão final de seu relatório ao PL 8035/ 2010 aos deputados da Comissão Especial.

A Meta 5 e a polêmica sobre a alfabetização Um ponto de destaque diz respeito à mobilização que a Undime fez em relação a Meta 5 do PL 8035/ 2010, que trata da alfabetização. O primeiro relatório do Substitutivo determinava que todas as crianças deveriam ser alfabetizadas até o fim do 2º ano do ensino fundamental. A mudança foi feita levando-se em consideração as propostas de emendas apresentadas ao PL. Em defesa do ciclo de alfabetização, a Undime intensificou as conversas com parlamentares da Comissão Especial e articulou com CNE, FNCE, Uncme, Consed, CNTE e Campanha a construção de uma Carta Aberta defendendo novo texto à Meta 5.

A Meta 5 e a polêmica sobre a alfabetização Apesar de o MEC não ter assinado a Carta, o assunto foi discutido com o Secretário de Educação Básica, Cesar Callegari, que concordou com a proposta e a apresentou ao ministro Aloizio Mercadante. Depois de toda a articulação, o relator do PL 8035/ 2010 concordou com o conceito defendido pela Carta Aberta e propôs a alfabetização de todas as crianças até o fim do terceiro ano do ensino fundamental. Apesar de o tema ainda ter sido debatido no processo de votação do relatório, o texto do Substitutivo foi aprovado pelos deputados conforme a Carta Aberta.

A aprovação do relatório substitutivo No dia 26 de junho, a CEC aprovou o Relatório Substitutivo do PNE. Durante a sessão, oito destaques foram apresentados ao relatório do deputado Angelo Vanhoni sugerindo aumentar a meta de investimento na educação, a grande polêmica do PNE. No texto aprovado, o governo se compromete a investir pelo menos 7% do PIB na área nos primeiros cinco anos de vigência do plano e 10% ao final de dez anos.

O Recurso 162/ 2012 Após a aprovação do PL 8035/ 2010 na Comissão Especial do PNE, o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT/ SP) apresentou Recurso à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados solicitando o debate do PL em Plenário. A Undime e Campanha, em parceria com outras entidades, desencadearam um processo de mobilização social contra o Recurso apresentado. Foram divulgados os nomes de todos os 80 deputados que apoiaram o Recurso e foi criada a petição on-line Contra o Recurso 162/2012: em defesa da educação pública brasileira, por um PNE pra Valer!. 6.572 pessoas assinaram, em 15 dias. A partir do sucesso da articulação e mobilização social, grande parte dos deputados foi convencida a retirar as assinaturas. O recurso foi derrubado e o PL 8035/ 2010 seguiu para o Senado.

Por fim, é importante dizer que... Ao longo de todo o processo de tramitação do PNE na Câmara, a Undime e a Campanha Nacional pelo Direito à Educação manifestaram, por meio de cálculos, notas públicas e de posicionamentos, a necessidade de que, para se cumprir todas as metas e estratégias propostas pelo PNE, o Projeto deve ser sancionado com 10% do PIB. Entre notas, estudos, posicionamentos e moções foram mais de 20 textos apresentados. Todos eles estão disponíveis no Portal da Undime (http://undime.org.br/), e do movimento PNE pra Valer! (http://pnepravaler.org.br/). Os 10% do PIB continuam sendo nossa bandeira, casada com a discussão sobre a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação. Para o PNE garantir de fato acesso, permanência com aprendizagem e qualidade, são necessários 10% do PIB para a educação pública.

Obrigada! Célia Maria Vilela Tavares Presidenta Undime Região Sudeste undimenacional@undime.org.br www.undime.org.br