RELATÓRIO E CONT 03 AS



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03 RELATÓRIO E CONTAS

03 RELATÓRIO E CONTAS

MENSAGEM DO PRESIDENTE 5 03 RELATÓRIOS E CERTIFICAÇÃO LEGAL 49 01 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS 6 1.1 2003 na Vodafone Portugal 8 1.2 Crescimento do Mercado Celular 10 1.3 Crescimento da Vodafone Portugal 10 1.4 Rentabilidade da Vodafone Portugal 11 1.5 Enquadramento Regulamentar 12 1.6 Resumo da Informação Económica (Contas Estatutárias) 17 1.7 Órgãos Sociais 18 3.1 Lista de Participações de Accionistas no Capital 51 3.2 Participação dos Órgãos de Administração e Fiscalização no Capital 51 3.3 Certificação Legal das Contas e Relatório e Parecer do Fiscal Único 51 ÍNDICE 02 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE 19 2.1 A Estratégia da Empresa 21 2.2 O Mercado de Telecomunicações Móveis no Contexto Europeu 22 2.3 O Mercado de Telecomunicações Móveis em Portugal 23 2.4 Os Clientes Vodafone Portugal e o Serviço oferecido 24 2.5 Sistemas de Informação 37 2.6 Responsabilidade Social e Qualidade 37 2.7 Recursos Humanos 39 2.8 Ano Fiscal e de Reporte 40 2.9. Análise das Contas da Empresa 40 2.10 Política de Investimentos 44 2.11 Política de Financiamento 45 2.12 Política de Distribuição de Resultados 46 2.13 Perspectivas Futuras 46 2.14 Considerações Finais 47 2.15 Agradecimentos 47 04 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS 55 4.1 Balanços em 31 de Março de 2004 e 2003 57 4.2 Demonstração dos Resultados por Naturezas para os Exercícios findos em 31 de Março de 2004 e 2003 59 4.3 Demonstração dos Resultados por Funções para os Exercícios findos em 31 de Março de 2004 e 2003 60 4.4 Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados do Exercício findo em 31 de Março de 2004 60 4.5 Demonstração dos Fluxos de Caixa para os Exercícios findos em 31 de Março de 2004 e 2003 86 4.6 Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa para os Exercícios findos em 31 de Março de 2004 e 2003 87

03 RELATÓRIO E CONTAS MENSAGEM DO PRESIDENTE Os principais indicadores da actividade da Vodafone Portugal apresentaram no ano fiscal de 2003 uma evolução muito favorável. Também o Mobile Connect Card da Vodafone,placa de dados para laptops, essencialmente dirigido ao segmento empresarial, registou uma elevada adesão em 2003, dando bons sinais quanto ao potencial dos serviços não-voz, na área empresarial. As receitas de serviços cresceram 6,7% face ao ano anterior, o cash-flow operacional 14,1%, com um aumento da sua margem sobre as receitas de serviços de 31,4% para 33,6%, e os resultados líquidos 26,3%, tendo alcançado os 124,3 milhões de euros. Estes resultados são uma confirmação da consolidação e mesmo melhoria da posição competitiva da empresa no mercado e da sua crescente rentabilidade. Estes factos são tanto mais significativos quanto foi possível, ao mesmo tempo, aumentar a satisfação dos nossos Clientes, pelo serviço que prestamos, e a sua fidelidade e reforçar as capacidades e competências da Empresa e dos seus Colaboradores, garantias fundamentais para o nosso sucesso futuro. Durante 2003, não só a penetração do móvel face à população total em Portugal ultrapassou os 100%, como se acentuou ainda mais a migração do tráfego de voz do fixo para o móvel, representando este já cerca de 50% das chamadas originadas e 65% das receitas geradas. O peso das receitas de dados no total das receitas móveis, sendo a sua componente principal os SMS, tem continuado a crescer no mercado, aproximando-se em 2003 dos 10%. A Vodafone continua a ser o principal motor do desenvolvimento do mercado de comunicações móveis, pela sua inovação e pela capacidade que mantém de surpreender positivamente os Clientes. A oferta do serviço Vodafone live!, portal móvel de dados vocacionado para o segmento de consumo, teve um espectacular aumento em 2003, assumindo a Empresa uma liderança clara no mercado nestes serviços. António Carrapatoso, Presidente Marco importante no mercado e na vida da nossa empresa, foi a introdução comercial, em Fevereiro de 2004, dos serviços da 3ª geração pela Vodafone através do Vodafone Connect Card da 3ª geração/umts, que nos afirmou como os líderes no mercado no lançamento desta tecnologia. A Vodafone Portugal continua apostada em ser uma empresa em crescimento, revelando todas as condições para tal; a integração da Empresa no Grupo Vodafone, o maior grupo mundial de comunicações móveis, e os projectos globais que por este estão a ser desenvolvidos, também com o nosso contributo, deverão traduzir-se cada vez mais em vantagens competitivas locais. Em termos de responsabilidade social, a Vodafone Portugal assume, de forma cada vez mais estruturada e eficaz, a sua cidadania empresarial. O investimento realizado nesta área durante o último ano fiscal ascendeu a cerca de 1,3 milhões de euros e foi canalizado para iniciativas em áreas como o apoio à investigação e formação profissional, o desenvolvimento de produtos e serviços promotores da total integração social, a protecção ambiental e a telemedicina. Os nossos Clientes, Accionistas e Colaboradores continuam a ser os principais pilares do nosso desenvolvimento a que acrescem todos os parceiros do negócio com os quais regularmente trabalhamos. Todos são indispensáveis para a continuação deste nosso sucesso empresarial e para a afirmação ética e social da Empresa na nossa sociedade. 5

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS

01 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS 1.1 2003 NA VODAFONE PORTUGAL ABRIL 2003 Vodafone Portugal lança o Vodafone Mobile Connect Card, uma solução de transmissão de dados, suportada em tecnologia GPRS, que permite ao Cliente o acesso ao e-mail, Internet e restantes aplicações informáticas da sua empresa ou negócio, de modo simples, seguro e rápido e em completa mobilidade. JUNHO 2003 Vodafone Portugal e o Instituto das Telecomunicações dão entrada em funcionamento do projecto ITEM, o qual visa fornecer ao público informação sobre as radiações electromagnéticas. Vodafone Portugal, em colaboração com o Instituto das Estradas de Portugal, lança no portal Vodafone live! o serviço de Trânsito em Directo que permite, em tempo real, ver as reais condições de circulação de certas vias de Lisboa e Porto. Vodafone Portugal é o primeiro operador português a obter o Certificado Ambiental pela APCER, de acordo com o referencial NP EN ISO 14001. Vodafone Portugal decide reduzir a sua taxa de terminação fixo-móvel em 7%, a partir de 1 de Julho de 2003. Duas novas reduções na mesma proporção seguiram-se em Outubro e Dezembro de 2003. JULHO 2003 Vodafone Portugal, em colaboração com a Ydreams, lança Undercover, um inovador jogo multi-player que se desenrola em tempo real dos jogadores, ao longo das 24 horas do dia. Vodafone Portugal lança o serviço Data VPN ADSL que permite às empresas a interligação dos vários locais de trabalho através de uma Rede Privada Virtual de Dados, com base em tecnologia ADSL. Vodafone Portugal e CP assinam protocolo de cooperação para a implementação de um novo sistema de gestão operacional, comercial e técnica de comboios de passageiros e de mercadorias, à distância e em mobilidade, designado por Train Office. SETEMBRO 2003 Vodafone Portugal lança um inovador serviço em Portugal, que permite enviar postais com fotografias e texto pelo correio para todo o mundo a partir do telemóvel. Vodafone Portugal lança, em exclusivo para os Clientes Vodafone live!, o novo jogo de Lara Croft, Tomb Raider - The Osiris Codex, o primeiro de uma série de três episódios. OUTUBRO 2003 Vodafone Portugal lança o serviço WirelessLAN, também conhecido por Wi-Fi, permitindo o acesso à Internet de banda larga, sem fios, em vários locais do país. Vodafone Portugal organiza evento Be happy, go naked, para apresentação das colecções 2003/04 da nova YornStore do Chiado. 8

03 RELATÓRIO E CONTAS NOVEMBRO 2003 Vodafone Portugal lança o programa nacional de recolha e retoma de telefones móveis usados, com novos incentivos, para que os Clientes se desfaçam de modo adequado dos equipamentos fora de uso. Vodafone Portugal ganha prémio para melhor Call Center no sector das telecomunicações, atribuído pela Call Center Magazine e a IZO Systems. DEZEMBRO 2003 Vodafone Portugal lança dois novos serviços de golos em directo com vídeo e com fotos reais dos golos para os seus Clientes Vodafone live!. Vodafone Portugal inicia a disponibilização da 3ª geração móvel/ UMTS, nas cidades de Lisboa e Porto, apenas para um número restrito de utilizadores. Vodafone Portugal processa 53 milhões de mensagens escritas nos dias 24 e 25 de Dezembro e 36 milhões nos dias 31 de Dezembro e 1 de Janeiro. Vodafone Portugal, no âmbito do patrocínio ao Rock in Rio - Lisboa, dá a possibilidade aos seus Clientes de escolher as bandas que actuarão no festival, através de votações via SMS, entre os dias 1 e 31 de Dezembro. JANEIRO 2004 Fundação Vodafone Portugal e o Ministério da Educação lançam um inovador sistema que permite o acesso de cegos e pessoas com baixa visão a computadores com ambiente Microsoft Windows, através de uma leitura sonora de qualidade. FEVEREIRO 2004 Vodafone Portugal lança Vodafone Mobile Connect Card 3G/GPRS, o primeiro serviço comercial de 3ª Geração, permitindo uma velocidade de transmissão dos dados que pode chegar aos 384 kbps. Vodafone Portugal e a Oni Multimédia celebram acordo para a compra e venda da totalidade do capital social da OniWay. MARÇO 2004 Vodafone é distinguida, por ocasião da atribuição dos 2004 GSM Association Awards, com o prémio de Melhor Aplicação/ /Serviço Móvel para o Segmento Empresarial, obtido pelo Vodafone Mobile Connect Card. Vodafone Portugal lança, pela primeira vez em Portugal, um telefone com câmara digital de 1 mega-pixel, o Sharp GX30, um equipamento exclusivo Vodafone live!. A Sede da Vodafone Portugal é premiada pela revista Imobiliária com os Óscares do imobiliário para as categorias de melhor edifício de escritórios e melhor empreendimento imobiliário 2004. Vodafone Portugal tem acordos de roaming com 295 operadores de telecomunicações em 141 países dos cinco continentes. 9

01 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS 1.2 CRESCIMENTO DO MERCADO CELULAR Durante o período de Janeiro a Dezembro de 2003, o valor das receitas de serviços do mercado de telecomunicações móveis português cresceu cerca de 3,5% em relação ao ano anterior, ascendendo a cerca de 3,0 mil milhões de euros. Estima-se que o valor destas receitas represente mais de metade do mercado total de serviços de telecomunicações em Portugal em 2003. Portugal destacou-se, uma vez mais, no mercado global de comunicações móveis, quer em termos do peso das receitas de serviços celulares no PIB (estimado em 2,4% e um dos mais elevados na Europa), quer também em termos da taxa de penetração nominal da telefonia móvel face à população total (105%), superior à taxa média da Europa Ocidental (84%). Mais significativo se torna este facto se tivermos em conta que o PIB per capita português é aproximadamente 70% da média da União Europeia, ajustado pela paridade de poder de compra. Se excluirmos os cartões inactivos e a utilização de múltiplos cartões, a penetração real, medida como a percentagem de pessoas que utiliza um telefone móvel, é estimada em torno dos 84%. Tal como no ano anterior, o principal motivo de crescimento do valor do mercado celular português foi o forte aumento do número de clientes de telefonia móvel. Com efeito, no período de Janeiro a Dezembro de 2003, foram captados cerca de 941 mil novos clientes celulares, levando a que a base total de clientes registados ascendesse, no final de 2003, a aproximadamente 10,5 milhões (um crescimento de cerca de 10% face ao ano anterior). É, contudo, estimado que cerca de 16% do total de clientes registados no mercado sejam clientes inactivos, dada a dupla contabilização de cartões e o peso da posse de mais do que um serviço móvel, pelo que a base total de pessoas utilizadores do serviço móvel em Portugal se deverá situar um pouco acima dos 8 milhões. Na base do crescimento do número de clientes verificado no mercado das comunicações móveis esteve, à semelhança dos anos anteriores, o segmento de mercado de consumo, o qual foi responsável por cerca de 83% das novas adições de clientes no mercado celular português. 1.3 CRESCIMENTO DA VODAFONE PORTUGAL Em 2003, a Vodafone Portugal aumentou a sua base de Clientes em 5,3%, totalizando, no final de Março de 2004, 3.247.895 Clientes registados no seu serviço celular, em resultado da adição de 163.107 novos Clientes nos doze meses findos em 31 de Março de 2004. Durante o ano, a Empresa manteve a sua posição de liderança nos segmentos pós-pago e empresarial. Também neste período, a Vodafone Portugal levou a cabo um processo de encerramento de contas inactivas, pelo que, no final do ano, a percentagem de Clientes inactivos na sua base era substancialmente inferior à média estimada para o mercado. Durante o ano de 2003, a Vodafone Portugal gerou receitas totais operacionais e de serviços de 1.153,2 mihões de euros e 1.042,4 milhões de euros, representando face a 2002, crescimentos de 8,4% e 6,7%, respectivamente. As receitas totais operacionais incluem as receitas de serviços (receitas provenientes dos serviços de telecomunicações) e outras receitas, referentes, essencialmente, a vendas de equipamentos e acessórios. O Cash Flow Operacional (EBITDA), gerado pela Empresa no ano, cresceu 14,1% face ao valor obtido no ano transacto, atingindo os 350,1 milhões de euros. A receita média mensal por Cliente registado (ARPU) no negócio celular da Vodafone Portugal manteve-se semelhante à do ano anterior, fixando-se em 26,78 euros. Este comportamento resultou de um aumento verificado na utilização média mensal de cada Cliente registado compensando, deste modo, a redução nas 10

03 RELATÓRIO E CONTAS tarifas de interligação fixo-móvel de cerca de 20%, realizadas pela Vodafone Portugal, bem como a optimização dos planos tarifários levada a cabo pelos Clientes. O ajustamento das tarifas em Maio de 2003 em cerca de 3%, em linha com a inflação prevista pelo Banco de Portugal para o ano de 2003 e inferior ao praticado pela concorrência, ajudou igualmente a manter o ARPU estável face ao ano transacto. Recursos Humanos qualificados e motivados tem sido, desde sempre, a grande aposta da Vodafone Portugal para fazer face ao crescimento conseguido pela Empresa ao longo dos vários anos de actividade. Durante 2003 foi possível aumentar a produtividade e eficiência, conseguindo mesmo expandir o nível de actividade e aumentar a qualidade de serviço (traduzida nos vários indicadores de capacidade, desempenho da rede e satisfação do Cliente) sem necessidade de aumento do número total de Colaboradores. No final de Março de 2004, o número de Colaboradores da Vodafone Portugal era de 1.790. Em 2003, a Vodafone Portugal continuou a investir na sua rede celular, reforçando a sua cobertura e capacidade e introduzindo novas tecnologias, o que reflecte a permanente preocupação da Empresa em oferecer aos seus Clientes um serviço inovador e de excelência. O investimento deste ano atingiu os 150,6 milhões de euros em activos fixos, dos quais cerca de 60% foram aplicados no desenvolvimento da sua rede celular (GSM/GPRS e UMTS). No final de Março de 2004, a Vodafone Portugal tinha cerca de 125 mil Clientes registados no seu serviço de acesso fixo indirecto, que utiliza o prefixo 1091, dos quais cerca de 89% eram Clientes empresariais, o segmento de mercado no qual a Empresa concentra a sua actividade comercial na área fixa. Adicionalmente, para Clientes empresariais de maior dimensão, a Vodafone Portugal disponibiliza através dos seus serviços de acesso fixo directo e de rede privada virtual, o Voz Corporate e o Voz Pri, recorrendo em grande parte dos casos à tecnologia FWA (Fixed Wireless Access), uma oferta integrada de comunicações de voz, a uma base de mais de 200 Clientes empresariais. Estas actividades, complemento da sua oferta móvel e de dados, têm por objectivo satisfazer um leque mais alargado de necessidades de comunicação dos seus Clientes, reforçando, deste modo, a posição competitiva da Empresa no mercado celular. 1.4 RENTABILIDADE DA VODAFONE PORTUGAL Em 2003, a Vodafone Portugal apresentou resultados antes de impostos de 188,2 milhões de euros e resultados líquidos de 124,3 milhões de euros, o que representa aumentos de 27,1% e 26,3%, respectivamente, face ao ano anterior. Ainda assim, os níveis de crescimento registados durante o ano foram negativamente influenciados quer pelo valor das amortizações, que conheceram no ano um aumento de 11,2% em resultado dos fortes investimentos efectuados anualmente no reforço da cobertura e capacidade da rede celular e na introdução de novas tecnologias, quer pelo aumento de 65,8% do valor das provisões em resultado, principalmente, do aumento da provisão para opções de acções atribuídas aos Colaboradores. O Imposto Sobre o Rendimento apurado foi de 64,0 milhões de euros, um aumento de 28,8% em relação aos 49,7 milhões de euros registados no exercício de 2002, o que corresponde a uma taxa efectiva de imposto de 34,0%. O cash flow operacional (EBITDA) gerado pela Vodafone Portugal no ano 2003 foi de 350,1 milhões de euros, um crescimento de 14,1% face ao valor alcançado no ano anterior. A margem do EBITDA relativamente ao total das receitas de serviços, passou de 31,4% para 33,6% em 2003, reflectindo, principalmente, a melhoria da estrutura de custos suportada por uma maior racionalização da mesma, o crescimento do número de Clientes celulares registados e o incremento da utilização média mensal destes. Esta foi, contudo, negativamente influenciada 11

01 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS pela redução nas tarifas de interligação fixo-móvel de cerca de 20%, realizadas pela Vodafone Portugal, bem como pela optimização dos planos tarifários levada a cabo pelos Clientes. 1.5 ENQUADRAMENTO REGULAMENTAR Durante o período de 1 de Abril de 2003 a 31 de Março de 2004 mereceu destaque o seguinte: Novo regime jurídico das comunicações electrónicas Foi publicada, a 10 de Fevereiro de 2004, a Lei das Comunicações Electrónicas (Lei n.º 5/2004), a qual estabelece o regime jurídico aplicável às redes e serviços de comunicações electrónicas e aos recursos e serviços conexos, definindo também as competências da autoridade reguladora nacional - a Anacom - neste domínio. Esta lei, aprovada pela Assembleia da República em 11 de Dezembro de 2003, transpõe para a ordem jurídica nacional o novo quadro regulamentar comunitário conhecido por Revisão 99 e entrou em vigor no dia 11 de Fevereiro de 2004. Entre as novidades resultantes do novo regime, cabe destacar o seguinte: - a substituição do regime de licenciamento pelo regime de autorização geral, segundo o qual a oferta de redes e serviços de comunicações electrónicas não está dependente de qualquer decisão ou acto prévios da Anacom. Exceptuam-se deste regime os casos em que a utilização de frequências e números está dependente da atribuição de direitos individuais de utilização; - a transmissão dos direitos de utilização de frequências, a qual carece de autorização da Anacom; - a possibilidade de criar uma base de dados partilhada com identificação dos assinantes com pagamentos em dívida, tendo sido conferida às empresas que oferecem redes e serviços de comunicações a possibilidade de recusarem a celebração de contratos com as pessoas identificadas naquela base de dados; - o reforço dos poderes da Anacom, especialmente no que diz respeito às sanções aplicáveis aos operadores. A nova Lei amplia significativamente o montante das coimas aplicáveis, as quais podem agora atingir 5.000.000,00 euros, podendo, adicionalmente, a Anacom, aplicar sanções pecuniárias compulsórias, cujo montante diário poderá oscilar entre 10.000,00 euros e 100.000,00 euros; - a definição do regime de acesso das entidades que oferecem redes e serviços de comunicações às condutas das concessionárias, empresas públicas e entidades sujeitas a tutela ou supervisão do Estado e concessionária do serviço público de telecomunicações; - a criação da Taxa Municipal de Direitos de Passagem (TMDP), a ser suportada pelos prestadores do serviço fixo de telefone. No que tange à imposição de obrigações em matéria de acesso e integração aos operadores, compete à Anacom analisar os mercados relevantes de produtos e serviços do sector das comunicações electrónicas, de acordo com os princípios do direito da concorrência, de modo a determinar se cada um dos mercados, identificado como relevante, é ou não efectivamente concorrencial. Com base nesta análise, se a Anacom concluir que o mercado não é efectivamente concorrencial, cabe-lhe determinar quais as empresas com poder de mercado significativo (PMS) e impor-lhes as obrigações regulamentares específicas adequadas. As obrigações regulamentares que poderão ser impostas pela Anacom às entidades com PMS compreendem as obrigações de transparência, não discriminação, separação contabilística, de acesso e utilização de recursos de rede específicos e de controlo de preços e contabilização de custos. Nos mercados em que se verifique a existência de concorrência efectiva, garantir-se-á o seu bom funcionamento, através da aplicação do direito da concorrência e da competente intervenção da Autoridade da Concorrência. Comércio Electrónico Em 7 de Janeiro de 2004, foi publicado o Decreto-Lei nº 7/2004, o qual vem regular 12

03 RELATÓRIO E CONTAS o regime jurídico aplicável ao comércio electrónico e introduzir novas regras no que respeita ao envio de comunicações publicitárias em rede, aproveitando para transpor parcialmente o regime jurídico constante da Directiva de Protecção de Dados Pessoais nas Comunicações Electrónicas. Este diploma regula 5 aspectos distintos da sociedade de informação, sendo eles a responsabilidade dos prestadores de serviços em rede, as comunicações publicitárias em rede, a contratação electrónica, a criação da entidade de supervisão e o respectivo regime sancionatório. A Anacom foi designada como entidade de supervisão central na área do comércio electrónico, com funções no domínio da instrução de processos contraordenacionais e na aplicação das respectivas coimas, medidas acessórias e providências provisórias. Circuitos Alugados Por deliberação da Anacom, de 10 de Fevereiro de 2004, entraram em vigor a 23 de Março de 2004, novas condições de oferta do serviço de circuitos alugados prestado pela PT Comunicações. Foi alterada a estrutura de descontos de facturação, traduzindo-se numa diminuição dos preços para os circuitos de interligação entre operadores e de acesso a clientes finais. Taxas de Radiocomunicações Em Fevereiro de 2004, foi publicada a Portaria n.º 149-B/2004, a qual aprova as taxas aplicáveis às radiocomunicações, tendo a taxa devida por cliente e a taxa aplicável a cada transmissor/ /receptor sofrido uma redução de cerca de 5% a partir de Janeiro de 2004. Definição de mercados relevantes, avaliação de poder de mercado significativo (PMS) e imposição de obrigações No âmbito da aplicação e concretização das medidas consagradas no novo regime jurídico aplicável às redes e serviços de comunicações electrónicas, a Anacom lançou uma consulta pública relativa ao processo de definição de mercados relevantes, avaliação de poder de mercado significativo (PMS) e imposição de obrigações aos operadores que actuam nos diversos mercados das comunicações electrónicas, a qual se dividiu em duas fases. A primeira fase desta consulta (Maio de 2003) abarcou questões genéricas e questões associadas à definição dos mercados relevantes dos serviços fixos comutados de baixo débito. A segunda fase (Setembro de 2003), abrangeu questões relativas à definição dos mercados relevantes dos serviços de circuitos alugados, desagregação do lacete local e serviços de banda larga. Estas consultas tiveram por fim recolher opiniões e informação adicional dos intervenientes nos vários mercados sobre determinadas posições preliminares da Anacom e sobre matérias relacionadas com os critérios e indicadores utilizados na definição dos mercados relevantes, na avaliação do grau de concorrência efectiva em cada um dos mercados e na imposição, manutenção ou supressão de obrigações regulamentares. Na sequência da primeira fase da consulta, a Anacom elaborou um projecto de decisão relativo à definição dos mercados grossistas relevantes dos serviços fixos comutados de baixo débito e à avaliação do poder de mercado significativo nestes mercados, o qual foi submetido a consulta pública em Março de 2004. Nesta consulta foram abrangidos, especificamente, os mercados de acesso em banda estreita à rede telefónica pública num local fixo, os mercados dos serviços telefónicos publicamente disponíveis num local fixo e os mercados grossistas de originação e terminação de chamadas na rede telefónica pública num local fixo. Terminação Móvel Entre Julho de 2003 e Janeiro de 2004, a Vodafone Portugal, com base na análise das condições de mercado e da evolução do quadro regulamentar aplicável, procedeu a três reduções das suas tarifas de interligação fixo-móvel, proporcionando, assim, 13

01 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS uma oferta cada vez mais competitiva para as comunicações destinadas aos seus Clientes. As tarifas praticadas representam uma redução de cerca de 20% em relação ao tarifário em vigor há um ano atrás. Esta redução nas tarifas de interligação para o tráfego originado na rede fixa permitiu uma redução no preço ao público das chamadas da rede fixa, nomeadamente da PT Comunicações S.A. para a rede da Vodafone Portugal. UMTS Na sequência dos requerimentos apresentados pelos operadores licenciados para a exploração de sistemas UMTS, os quais envolviam a alteração dos termos e condições das licenças UMTS, nomeadamente as obrigações respeitantes ao início de exploração, em Fevereiro de 2004, a Anacom determinou que a oferta comercial do sistema UMTS deve ter início em 1 de Julho de 2004, admitindo porém, no âmbito da exploração do sistema UMTS, uma fase pré-comercial com duração de 6 meses. Aprovou também a Anacom a alteração das condições das obrigações de cobertura constantes das respectivas licenças. Nesta medida, determinou que os operadores deveriam assegurar, através de meios próprios, coberturas da população nacional a débitos de 144 kbps, correspondentes a 60% dos valores fixados nas respectivas licenças, em qualquer caso, sempre sem prejuízo do cumprimento das exigências mínimas baseadas no Caderno de Encargos, e permitiu que o diferencial entre a cobertura geral de população e área a que cada operador está vinculado pela licença de que é titular e a cobertura mínima através de meios próprios acima exigida pudesse ser assegurado através de roaming nacional. Ainda neste contexto, aproveitou a Anacom para reformular as consignações de espectro efectuadas, tendo em vista a atribuição adicional de 2x5 MHz aos operadores licenciados. Interligação Em Dezembro de 20O3, a Anacom determinou que até 23 de Dezembro de 2003 e tendo em conta os princípios regulamentares aplicáveis, nomeadamente a orientação para os custos e a não- -discriminação, a PT Comunicações procedesse à revisão da Proposta de Referência de Interligação (PRI) para 2004, com efeitos a 1 de Janeiro deste ano, diminuindo, em particular, os preços de interligação e remetendo à Anacom a fundamentação adequada. A Vodafone Portugal defendeu a necessidade de os preços de originação serem equiparados aos de terminação, não vendo razões para a manutenção da diferença existente até Dezembro de 2003. Defendeu ainda a necessidade de ser revista a estrutura de pontos de interligação definida na PRI, nomeadamente para as zonas de Lisboa e Porto, que obrigam à interligação num número excessivo de centrais da PT Comunicações de forma a permitir o pagamento em tarifa Local ou de Trânsito Simples. Em Março de 2004, a Anacom emitiu uma deliberação contendo as alterações que deveriam ser introduzidas na PRI de 2004 da PT Comunicações. Nesta deliberação foi decidido que os preços deveriam retroagir ao dia 1 de Janeiro de 2004. Realça-se que os preços aprovados implicam uma redução de cerca de 6% nos custos de interligação pagos pela Vodafone Portugal à PT Comunicações e o facto de se ter igualado a tarifa de terminação à tarifa de originação de chamada. Portabilidade Por deliberação de 11 de Março de 2004, foi aprovado o projecto de Regulamento da Portabilidade, que define as regras e procedimentos de portabilidade nas redes telefónicas públicas. Este projecto de Regulamento foi submetido a consulta pública a todas as entidades interessadas. Serviço Universal (SU) A Anacom, por deliberação de 21 de Agosto de 2003, e na sequência da audiência prévia 14

03 RELATÓRIO E CONTAS às entidades interessadas, aprovou uma decisão relativa aos custos líquidos da prestação do SU. Nesta deliberação a Anacom determinou, nomeadamente, não aceitar aplicar quaisquer mecanismos compensatórios sobre o período anterior à liberalização plena e efectiva do mercado das telecomunicações, ocorrida em 1 de Janeiro de 2001. Por forma a assegurar os direitos que os clientes dos serviços telefónicos têm de figurar em listas telefónicas e serviços informativos globais e de, simultaneamente, garantir o eficaz cumprimento das obrigações legais que impendem sobre o prestador do serviço universal de elaborar, publicar e disponibilizar aos utilizadores listas de assinantes do serviço de telefone fixo e do serviço telefónico móvel, a Anacom, em Dezembro de 2003, determinou que os prestadores dos serviços telefónicos móveis deveriam, no prazo de 30 dias, solicitar aos seus clientes que, de forma expressa, manifestassem a sua vontade sobre a inclusão dos seus dados nas listas e serviços informativos e, em particular, no âmbito do Serviço Universal de Telecomunicações, esclarecendo-os que a ausência de manifestação expressa de vontade do assinante valeria como uma manifestação de vontade no sentido de não querer figurar em lista. A Anacom determinou, ainda, que os prestadores do serviço telefónico móvel deveriam remeter ao prestador do Serviço Universal, no prazo de 45 dias, os elementos de todos os seus clientes que expressamente tivessem autorizado a cedência dos seus dados. Dado que a deliberação em questão suscitava algumas reservas, quer do ponto de vista da sua conformidade com o regime legal em vigor, quer do ponto de vista do Direito da Concorrência, e atendendo à importância de que se revestem os dados dos assinantes, a Vodafone Portugal tomou as medidas legais adequadas para evitar a transmissão dos dados dos seus Clientes para o prestador de serviço universal. Campos electromagnéticos (EMF) No dia 15 de Maio de 2003, a Anacom aprovou um projecto de regulamento relativo aos procedimentos de monitorização e medição dos níveis de intensidade dos campos electromagnéticos com origem em estações de radiocomunicações. Até à data ainda não foi publicada a versão definitiva do mesmo. A 18 de Julho de 2003, a Anacom submeteu a consulta pública um projecto de regulamento que define as regras relativas à identificação e sinalização de estações de radiocomunicações, sendo que a versão definitiva deste diploma encontra-se por publicar. Pré-Selecção Por deliberação de 17 de Julho de 2003, a Anacom aprovou a introdução na especificação de pré- -selecção da obrigatoriedade da existência de um período de guarda de 6 meses, após a activação da pré-selecção, durante o qual as empresas do grupo Portugal Telecom que sejam prestadoras de serviço fixo de telefone em acesso directo se encontram impedidas de realizar quaisquer acções de recuperação do cliente ( win-back ). Em Janeiro de 2004, a Anacom lançou uma consulta pública relativa à selecção e pré-selecção de operador em Portugal, com vista a auscultar os operadores e os utilizadores finais sobre algumas questões que permitiam a actualização da Especificação de Pré-Selecção, de modo a melhorar ou alargar as suas funcionalidades para o mercado em geral e para o utilizador em particular. Até à data ainda não foram conhecidos quaisquer resultados da mesma. Serviço Móvel de Recursos Partilhados (SMRP) A 30 de Maio de 2003, a Anacom promoveu uma consulta pública sobre o pedido do operador Radiomóvel - Telecomunicações S.A. (Radiomóvel) de prorrogação, até 9 Maio de 2004, do prazo de início da exploração do Serviço Móvel com Recursos Partilhados (SMRP), com utilização da tecnologia CDMA (acesso por divisão de códigos). 15

01 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS No âmbito desta consulta pública, a Vodafone Portugal defendeu que o processo através do qual a Anacom havia concedido à Radiomóvel - Telecomunicações S.A. (Radiomóvel) a faculdade de prestar serviços de telecomunicações assentes no sistema tecnológico apelidado de CDMA, não obedeceu ao enquadramento legal e regulamentar então aplicável. Considerou a Vodafone Portugal que este processo deveria ter sido precedido de consulta pública ou de manifestação de interesse, conducente a avaliar o interesse que para o mercado poderia advir da prestação de serviços no âmbito do sistema tecnológico CDMA, ou mesmo de concurso público. Em Outubro do mesmo ano, a Anacom deliberou no sentido de deferir o pedido apresentado pela Radiomóvel. Plano Nacional de Numeração (PNN) Com vista a reformular os princípios e critérios para a atribuição e gestão dos recursos de numeração, à luz do novo regime jurídico aplicável às redes e serviços de comunicações electrónicas, a Anacom lançou, em 2 de Junho de 2003, uma consulta pública relativa ao PNN, com vista a garantir um PNN estruturado e estável e caracterizar melhor os serviços, aumentando a sua clareza e simplicidade e o seu valor informativo para utilizadores e prestadores. as ligações destinadas a este número, independentemente da duração e hora da mesma. Acesso Fixo Via Rádio (FWA) Em 2 de Junho de 2003 foi lançada pela Anacom, a todas as entidades interessadas, uma consulta pública relativa ao sistema de FWA, a qual decorreu até ao dia 25 de Junho. Esta consulta teve por objectivo identificar as medidas adequadas a uma implementação sustentada do FWA no âmbito, designadamente, das licenças atribuídas. Neste âmbito, a Vodafone Portugal entendeu que a utilização do FWA como meio de transmissão consistiu um factor essencial à rentabilização das Estações de FWA e dos próprios Clientes. A limitação actualmente existente à utilização diversificada desta tecnologia e a obrigatoriedade de instalação de um número mínimo de Estações conduzem ao subaproveitamento do espectro. Interfaces Fixo-móvel Em 2003, a Vodafone Portugal e os outros operadores de redes móveis denunciaram à Anacom que estes equipamentos estavam a ser utilizados por algumas entidades (nomedamente operadores de telecomunicações), para encaminhar chamadas telefónicas de terceiros utilizadores, com origem diversa e destinos situados em redes móveis GSM/GPRS portuguesas. A Vodafone Portugal apresentou os seus comentários, não tendo até à data a Anacom emitido quaisquer conclusões sobre esta matéria. Para garantir uma correcta utilização dos recursos de numeração atribuídos e a protecção dos interesses dos consumidores, em Janeiro de 2004, a Anacom determinou os preços máximos de retalho a pagar para as ligações destinadas aos números das gamas 707, 708 e 809, os quais deveriam entrar em vigor em Fevereiro de 2004. Em Março de 2004, a Anacom deliberou que os interfaces fixo- -móvel não deverão ser usados com intuitos comerciais, uma vez que tal situação prejudica a qualidade das ligações e, correspondendo geralmente a desvios de tráfego internacional com destino às redes móveis GSM/GPRS portuguesas, acarreta prejuízos económicos para os utilizadores e para os operadores móveis. Considerou a Anacom que a utilização abusiva daqueles equipamentos configura a prática de ilícito criminal e pode ser penalizada com a aplicação de contra-ordenações. Mais tarde, a Anacom veio introduzir no PNN o indicativo de acesso 760, fixando igualmente o preço máximo de retalho para 16

03 RELATÓRIO E CONTAS 1.6 RESUMO DA INFORMAÇÃO ECONÓMICA (CONTAS ESTATUTÁRIAS) * EBITDA = Resultados operacionais + Amortizações de imobilizado corpóreo e incorpóreo. ** Inclui 100 milhões de euros do custo da licença UMTS. *** Inclui 33,3 milhões de euros relativos à aquisição de activos incorpóreos UMTS à OniWay. Os anos de 1993 a 1998 referem-se ao período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro; o ano de 1999 refere-se ao período de 15 meses compreendido entre 1 de Janeiro de 1999 e 31 de Março de 2000; os anos de 2000 a 2003 referem-se ao período compreendido entre 1 de Abril e 31 de Março (ver capítulo 2.8. Ano Fiscal e de Reporte). 17

01 PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS 1.7 ÓRGÃOS SOCIAIS A Vodafone Portugal alterou a sua estrutura societária em Portugal, tendo adoptado a estrutura orgânica monista, ficando a administração da sociedade a cargo de um conselho de administração e a sua fiscalização a cargo de um fiscal único. A anterior estrutura dualista de administração compreendia um Conselho Geral e uma Direcção. No âmbito da nova estrutura, os órgãos sociais da Vodafone Portugal apresentavam a seguinte constituição em 31 de Março de 2004: Conselho de Administração António Rui de Lacerda Carrapatoso (Presidente) António Manuel da Costa Coimbra Paulo Rodrigues da Silva José Miguel Alarcão Júdice Vittorio Colao Pietro Guindani Emanuele Tournon Anna Capitanio Diego Galli Fiscal Único Sociedade de Revisores Oficiais de Contas "Magalhães, Neves & Associados SROC", representada pelo Sr. Dr. Luís Augusto Gonçalves Magalhães, Revisor Oficial de Contas. Fiscal Único Suplente Sociedade de Revisores Oficiais de Contas "Ledo & Morgado SROC", representada pelo Sr. Dr. Jorge Bento Martins Ledo, Revisor Oficial de Contas. Mesa da Assembleia Geral Carlos Aguiar Cristina Minoya Perez Susana Almeida Mendes 18

RELATÓRIO DE ACTIVIDADE

03 RELATÓRIO E CONTAS 2.1 A ESTRATÉGIA DA EMPRESA A Vodafone Portugal é um operador de telecomunicações dedicado à satisfação das necessidades de comunicação dos Clientes, procurando criar ofertas de serviços com qualidade e valor reconhecidamente superiores. Com um negócio base nos serviços de telecomunicações móveis, a estratégia da Vodafone Portugal assenta na disponibilização de uma oferta muito competitiva em todas as vertentes da sua actividade, de modo a cativar e manter os Clientes mais valiosos de cada segmento do mercado. A Vodafone Portugal tem como visão ser reconhecida como a melhor empresa Portuguesa, líder no desenvolvimento das comunicações móveis, contribuindo assim para o bem-estar das pessoas, das empresas e da Sociedade em geral. A Empresa pretende ser a melhor empresa portuguesa em termos de reconhecimento e valores de marca, satisfação dos Clientes, satisfação dos Colaboradores e atractividade de emprego, imagem de profissionalismo e competência, imagem de inovação, tanto nos produtos e serviços como na própria gestão, simplicidade de utilização, profissionalismo na relação com parceiros e imagem de ética e responsabilidade social. A Vodafone Portugal encontra-se já entre as maiores, mais rentáveis e prestigiadas empresas portuguesas, sendo reconhecida a sua orientação para o Cliente, a sua inovação, o seu profissionalismo e a ética com que actua no mercado. A Vodafone Portugal mantém a sua diferenciação através de uma forte relação com o Cliente, tendo em vista superar as suas expectativas em todos os pontos de contacto com a Empresa. Para além disso, possui uma rede de comunicações celulares alargada e de elevada qualidade; um Serviço de Apoio a Clientes de excelência; uma contínua liderança e inovação em Marketing; uma oferta diversificada e competitiva de serviços úteis e inovadores; e um desenvolvimento e permanente adaptação à evolução do mercado de múltiplos canais de distribuição, profissionais e dinâmicos. Em 2003, a Vodafone Portugal continuou a fortalecer os seus activos e competências internas, que lhe garantem estar preparada para tirar o melhor partido das oportunidades futuras no mercado de telecomunicações português, potenciadas pelo desenvolvimento de novos serviços celulares de dados móveis associados às evoluções tecnológicas de telefonia móvel GPRS e UMTS. Numa primeira fase, em finais de Dezembro de 2003, a Vodafone Portugal disponibilizou o acesso à tecnologia de 3ª geração (UMTS) a um número restrito de utilizadores, nas cidades de Lisboa e Porto, contando, nomeadamente, com a participação de Colaboradores Vodafone e um conjunto seleccionado de Parceiros e Clientes. Com a disponibilização da 3ª geração, é possível potenciar muitos dos serviços de informação e entretenimento actualmente disponíveis, para além de utilizar novos serviços como a videotelefonia, garantindo ainda o acesso móvel à Internet, com velocidades de transmissão muito elevadas, podendo atingir os 384 Kbps - valores que excedem largamente os acessos dial-up existentes na rede fixa. Com o lançamento comercial do Vodafone Mobile Connect Card 3G/GPRS, a Vodafone Portugal tornou-se no primeiro operador português a disponibilizar aos seus Clientes serviços UMTS - também designados por Terceira Geração Móvel (3G). A Empresa evidenciou assim a sua liderança na área dos serviços não-voz, ao disponibilizar a banda larga em mobilidade, tornando mais fácil e rica a experiência de utilização e contribuindo para o aumento de produtividade das empresas. O lançamento do 3G através do Vodafone Mobile Connect Card 3G/GPRS representou um marco na história das comunicações móveis em Portugal, posicionando o nosso país na vanguarda europeia do desenvolvimento dos serviços de dados móveis de banda larga. 21

02 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE 2.2 O MERCADO DE TELECOMUNICAÇÕES MÓVEIS NO CONTEXTO EUROPEU O mercado de serviços de telecomunicações móveis na Europa manteve, em 2003, um considerável ritmo de crescimento. Prevê-se que, desde o início do ano, tenham sido angariados cerca de 27 milhões de clientes celulares na Europa Ocidental, atingindo-se, em 31 de Dezembro de 2003, um total de 330 milhões. A taxa média de penetração do serviço móvel na Europa Ocidental, no final de Dezembro de 2003, terá ascendido a 84%, segundo estimativas de analistas de mercado, o que representa um aumento de 7 pontos percentuais face à taxa de penetração da telefonia móvel em 2002. Com este valor, a penetração do serviço móvel distancia-se, de forma ainda mais notória do que em 2002, da taxa de penetração do serviço fixo na Europa Ocidental, a qual é estimada em cerca de 46% na mesma data. Luxemburgo, Portugal, Grécia, Suécia e Itália encontram-se entre os países com maiores taxas de penetração da telefonia móvel da Europa Ocidental com taxas acima dos 95%. De salientar que estas taxas de penetração estão inflacionadas tanto pelo número de clientes inactivos no mercado, como pela utilização de múltiplos cartões pelos clientes, factores que variam de país para país. Em 2003, os produtos de serviços pré-pagos continuaram a ser o motor do desenvolvimento do mercado celular europeu, tendo sido responsáveis por cerca de 49% dos novos clientes angariados no mercado. De acordo com estimativas de analistas de mercado, a proporção de clientes de serviços pré-pagos na Europa Ocidental, em 31 de Dezembro de 2003, atingiu os 60%, permanecendo estável face ao valor de 2002. Itália e Portugal continuam a registar o mais elevado peso de clientes de serviços prépagos no total de clientes celulares, representando cerca de 88% e 80%, respectivamente. No contexto europeu, o mercado celular português continuou a destacar-se em 2003, registando níveis consideráveis de desenvolvimento e competitividade e, uma taxa de penetração da telefonia móvel acima da média europeia. De salientar que se prevê que o peso das receitas do serviço celular no PIB tenha ascendido a cerca de 2,4%, em 2003, o que compara com um valor médio para a Europa de cerca de 1,1%, demonstrando que Portugal é dos países com maior desenvolvimento no serviço de telecomunicações móveis, relativamente aos seus parceiros europeus. Mais significativo se torna este facto se tivermos em conta que o PIB per capita português é aproximadamente 70% da média da União Europeia, ajustado pela paridade de poder de compra. 22

03 RELATÓRIO E CONTAS 2.3 O MERCADO DE TELECOMUNICAÇÕES MÓVEIS EM PORTUGAL No final de 2003, a taxa de penetração do serviço móvel em Portugal, em termos de clientes registados, atingiu os 105%, o que significa um aumento de 9 pontos percentuais relativamente ao ano anterior. Este valor representa já mais do dobro da taxa de penetração do serviço de telefonia fixa que, segundo dados divulgados pela Anacom, alcançou os 40,3% na mesma data. Em termos de clientes celulares activos, depois de deduzidos os clientes inactivos e a utilização de múltiplos cartões, estima-se que a taxa de penetração do serviço móvel em Portugal se tenha situado em torno dos 84% no final de Dezembro de 2003. O número de clientes inactivos no mercado deriva, essencialmente, do facto de um mesmo utilizador poder estar temporariamente registado na rede de mais do que um operador móvel, embora esteja de facto a utilizar os serviços de apenas um desses operadores. Esta situação resulta principalmente do sucesso generalizado no mercado de produtos pré-pagos sem necessidade de carregamento. Por outro lado, um cliente pode possuir mais do que um serviço móvel, tipicamente um para uso profissional e outro de uso pessoal, ou serviços de mais do que um operador. O principal responsável pelo contínuo crescimento verificado no mercado móvel português tem sido o segmento de consumo. Em 2003, os serviços pré-pagos foram os que mais contribuíram para o aumento do número de clientes celulares no período, tendo representado a maioria das novas activações do serviço. No final de Dezembro de 2003, o peso dos produtos de serviço pré-pago no mercado português ascendia a 80%, valor idêntico ao verificado no ano anterior. Em termos de volume de tráfego, e recorrendo aos dados publicados pela Anacom, foram originadas, no ano de calendário de 2003, 5.800 milhões de chamadas nas redes móveis, representando mais de 10 mil milhões de minutos, o que corresponde a acréscimos da ordem dos 4% e 8%, respectivamente. Foram enviadas quase 2,3 mil milhões de mensagens durante o mesmo período, correspondendo a um crescimento de 12% face ao ano anterior. Em continuação das políticas de anos anteriores, para fazer face à enorme competitividade do sector, mantiveram-se as principais medidas tendentes à fidelização e angariação de novos clientes: (i) ajustes e lançamentos de novos tarifários; (ii) lançamento de novos produtos e serviços; (iii) campanhas promocionais; (iv) subsidiação de equipamento terminal no segmento empresarial; (v) alargamento da cobertura e capacidade das redes celulares, fruto de elevados investimentos. 23

02 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE 2.4 OS CLIENTES VODAFONE PORTUGAL E O SERVIÇO OFERECIDO Serviços de Telefonia Móvel da Vodafone Portugal Evolução dos principais indicadores Em 31 de Março de 2004, a Vodafone Portugal registou um total de 3.247.895 Clientes registados no seu serviço celular, em resultado da angariação de 163.107 novos Clientes desde 1 de Abril de 2003, o que representa um crescimento de 5,3% da sua base de Clientes. Também neste período, a Vodafone Portugal levou a cabo um processo de encerramento de contas inactivas, pelo que, no final do ano, a percentagem de Clientes inactivos na sua base era substancialmente inferior à média estimada para o mercado. Os anos apresentados dizem respeito aos exercícios fiscais referidos no capítulo 2.8. Ano Fiscal e de Reporte. Os grandes responsáveis pela maioria das novas adesões deste ano continuaram a ser as Vitaminas,produtos celulares pré-pagos especialmente orientados para os segmentos de consumo e caracterizados pela inexistência de assinatura mensal associada ao pré-pagamento do serviço. 24

03 RELATÓRIO E CONTAS De notar que a Vodafone Portugal manteve, tal como nos anos anteriores, a liderança no mercado português de telecomunicações móveis no que respeita ao número dos Clientes de serviços pós-pagos e também no que se refere ao número de Clientes e serviços no segmento empresarial. Os anos apresentados dizem respeito aos exercícios fiscais referidos no capítulo 2.8. Ano Fiscal e de Reporte; ARPU = (total das receitas de serviços celulares/número médio de Clientes celulares registados no ano)/número de meses no ano. Em 2003, a Vodafone Portugal registou uma receita média mensal por Cliente registado (ARPU) no seu negócio celular praticamente idêntica à do ano anterior, de 26,78 euros. Apesar da redução nas tarifas de interligação fixo-móvel de cerca de 20% realizadas pela Vodafone Portugal,da optimização dos planos tarifários levada a cabo pelos Clientes e de algumas reduções tarifárias, o ARPU manteve-se idêntico relativamente ao anterior, devido ao aumento verificado na utilização média mensal de cada Cliente registado da Vodafone Portugal e ao aumento do peso das receitas de dados no total das receitas de serviços. O aumento das tarifas em Maio de 2003 em cerca de 3%, em linha com a inflação prevista pelo Banco de Portugal para o ano de 2003 e ligeiramente inferior ao praticado pela concorrência, ajudou igualmente a manter o ARPU estável face ao ano transacto. No que respeita às receitas de dados - as quais compreendem SMS (Short Message Service), MMS, Vodafone live!, acesso móvel à Internet, dados e fax - conheceram, em 2003, um aumento significativo. O SMS continuou a ser o principal impulsionador deste aumento, com quase metade da base total de Clientes celulares registados da Vodafone Portugal a utilizar regularmente o serviço de SMS, no final de Março de 2004. 25

02 RELATÓRIO DE ACTIVIDADE A Vodafone Portugal conseguiu, durante o ano de 2003, em resultado do seu enfoque na optimização da sua estrutura de custos, reduzir o cash cost médio mensal por Cliente celular registado (CCPU) em 3,4% face ao ano anterior, alcançando os 17,80 euros. Os anos apresentados dizem respeito aos exercícios fiscais referidos no capítulo 2.8. Ano Fiscal e de Reporte; CCPU = (total dos custos operacionais celulares deduzido das amortizações e receitas de equipamento / número médio de Clientes celulares registados no ano) / número de meses no ano. Principais acontecimentos Rede Celular As actividades da rede celular da Vodafone Portugal focalizaram-se durante o ano de 2003 nas acções associadas ao lançamento e introdução dos serviços da chamada 3ª geração móvel (designados como 3G ou UMTS), culminando com o lançamento comercial do seu primeiro produto a 12 de Fevereiro de 2004. O Vodafone Mobile Connect Card 3G/GPRS permitiu, pela primeira vez numa rede comercial celular em Portugal, a comunicação de dados com velocidades de transmissão até 384Kb/s em zonas com cobertura 3G. Neste âmbito a rede foi optimizada para a máxima conveniência do Cliente, permitindo automaticamente a comunicação em GPRS em locais onde a rede 3G ainda não esteja disponível. Ao longo do ano, a cobertura 3G foi progressivamente e sistematicamente alargada, dotando a Vodafone Portugal da maior rede 3G do País. Em simultâneo, através de optimização cuidada da nova rede, tem sido possível atingir os melhores padrões de qualidade a nível mundial do Grupo Vodafone, posicionando a Vodafone Portugal como líder nesta área. No final de Março de 2004, a cobertura 3G já se estendia às grandes áreas metropolitanas do País na Grande Lisboa, Grande Porto, Coimbra, Braga, Espinho, Aveiro, Setúbal, Faro e algumas zonas do Algarve. Até ao fim de 2004 é expectável alargar esta cobertura às principais capitais de Distrito, incluindo as das ilhas, Funchal e Ponta Delgada. Em preparação para o Euro 2004, foi reforçada a cobertura GSM/GPRS nos maiores estádios construídos para este evento, com a capacidade adequada ao tráfego expectável neste tipo de evento. Nesta óptica foram estabelecidos acordos de cooperação entre os 3 operadores de serviços móveis, que colaboraram estritamente nos trabalhos de implementação de redes GSM/GPRS distribuídas em 3 dos grandes estádios. Com o lançamento da rede 3G, a cobertura dos estádios do Euro 2004 já foi assegurada. A Vodafone Portugal posicionou-se também como um dos maiores operadores na área do WirelessLAN ou Wi-Fi. Neste capítulo, a Empresa instalou durante o ano de 2003, dezenas de novos hotspots em vários pontos nobres do país, em resposta à procura crescente desta tecnologia verificada durante o ano. Na cena internacional, a 26