Mercados. informação de negócios. Brasil Oportunidades e Dificuldades do Mercado



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Transcrição:

Mercados informação de negócios Brasil Oportunidades e Dificuldades do Mercado Novembro 2014

Brasil Oportunidades e Dificuldades do Mercado (novembro 2014) Índice 1. Oportunidades 3 1.1. Comércio 3 1.1.1 Alimentar 3 1.1.2 Materiais de Construção 4 1.1.3 Máquinas e Equipamentos 4 1.2. Investimento 4 1.2.1 Infraestruturas 5 1.2.2 Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC s) 5 1.2.3 Energia 5 2. Dificuldades 6 3. Abordagem ao Mercado 6 2

1. Oportunidades O Brasil passou por fortes transformações económicas e políticas nos últimos anos, sobretudo com o forte investimento em projetos sociais, que contribuiram para o crescimento da classe média brasileira. Analisando a evolução das classes sócio-económicas, em 2003 faziam parte da classe média brasileira perto de 38% da população e essa percentagem aumentou, em 2013, para cerca de 54%. Esse crescimento deveu-se, sobretudo, à ascensão da classe mais desfavorecida à classe média, diminuindo consideravelmente a primeira. Se em 2003 aproximadamente 23% da população brasileira (39,3 milhões) sobrevivia com um rendimento inferior a ¼ do salário mínimo, desde então cerca de 27 milhões de pessoas sairam da pobreza, para integrar a classe média, passando a usufruir plenamente do consumo bens e serviços, que até então não lhes era possível. Para além disso, a maior facilidade no acesso ao crédito estimulou o consumo e investimento na compra de casa própria, por parte das famílias, e ao investimento por parte da indústria brasileira. Prevê-se que esse crescimento continue nos próximos anos. 1.1. Comércio São várias as oportunidades do mercado em termos de importações de produtos. Abaixo destacamos os setores que consideramos mais significativos: 1.1.1 Alimentar A procura por alimentos de fácil preparação, nutritivos e saborosos, tem vindo a aumentar nos últimos anos e existe um grande potencial de crescimento, sobretudo no segmento de vegetais congelados. Hoje, o espaço na prateleira dos supermercados para produtos alimentares refrigerados ou congelados aumentou consideravelmente. Esse crescimento é notado principalmente nos grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, entre outros, cuja população apresenta um ritmo de vida mais acelerado. As importações de conservas de pescado, tanto atum como sardinha, têm vindo a crescer consideravelmente nos últimos anos. O Brasil produz conservas de pescado, contudo a sua qualidade é bastante inferior à do produto importado. Com a melhoria do poder aquisitivo, o consumidor brasileiro tem procurado produtos de melhor qualidade, independentemente do preço que vai pagar pelo mesmo. O azeite, tão presente na mesa dos brasileiros, continua a ser um produto de grande aposta no mercado brasileiro. Portugal é o maior exportador de azeites para o Brasil, sendo responsável por mais de 50% 3

das importações brasileiras deste produto. O azeite português é reconhecido no mercado brasileiro pela sua qualidade e tradição. O consumo de vinhos tem vindo a ganhar um espaço cada vez maior no hábito dos brasileiros, apesar do seu consumo per capita ainda ser muito baixo para o potencial do país. Segundo dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), o consumo per capita brasileiro foi de 1,9 litros (cerca de 3,8 milhões de litros), em 2011, quando em Portugal foi de 43,8 litros (cerca de 4,6 milhões litros). Contudo, ainda existe um grande potencial de crescimento no consumo de vinhos finos. Comparando com o consumo de outras bebidas alcoólicas, a percentagem de consumo de vinho ainda é bastante reduzida. Segundo um estudo encomendado pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), em 2008, o consumo de vinhos finos e espumantes no total de consumo de bebidas alcoólicas pelos brasileiros foi de apenas 10%. Esta situação deve-se, entre outros fatores, ao facto do consumo de vinho ainda estar muito associado a ocasiões especiais. Portugal durante décadas foi praticamente o único exportador de vinhos para o mercado. Hoje é reconhecido, pelo consumidor brasileiro, como um produto com excelente relação qualidade/preço e Portugal ocupa o terceiro lugar no ranking dos maiores exportadores de vinhos para o Brasil. 1.1.2 Materiais de Construção O setor da construção civil tem crescido consideravelmente nos últimos anos, o que tem levado a uma procura cada vez maior de materiais de construção e, consequentemente, a um aumento da importação dos mesmos. Em 2012, as importações brasileiras de materiais de construção atingiram um patamar de US$ 4,8 mil milhões, que correspondeu a um crescimento de 4,2% face ao ano anterior. Destes, destacam-se os equipamentos elétricos e vidro, que juntos foram responsáveis por cerca de 39,7% do total das importações de materais de construção, em 2012. Outro segmento que tem vindo a crescer é dos produtos de cerâmica, que aumentou a sua participação nas importações gerais do setor, totalizando cerca de US$ 352,7 milhões. 1.1.3 Máquinas e Equipamentos Um dos grandes problemas da indústria brasileira é a sua baixa produtividade, o que tem levado as empresas a um forte investimento nas suas estruturas produtivas. Esta situação abre espaço a um aumento na importação de máquinas e equipamentos por parte das diferentes indústrias do país. A necessidade de melhoria do parque industrial do Brasil levou a Câmara de Comércio Exterior (Camex) a reduzir, este ano, o Imposto á Importação (II) de algumas máquinas e equipamentos sobretudo nos sectores da construção civil, mineração, papel e celulose, autopeças e reciclagem. 1.2. Investimento Alguns dos setores com potencial no Brasil exigem o investimento direto das empresas no mercado de modo a que a sua atuação seja competitiva. Entres esses setores destacam-se os abaixo indicados: 4

1.2.1 Infraestruturas Um dos obstáculos ao crescimento sustentado do Brasil é a precariedade das suas infraestruras, sobretudo nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. De modo a atenuar esse problema, o Governo Federal lançou em 2007 o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que aumnentou os investimentos públicos e privados na economia brasileira, com destaque para o setor das infraestruturas. A partir de 2011, o PAC entrou na sua segunda etapa (PAC 2), estando centrado em seis eixos: Água e Luz para Todos; Cidade Melhor; Transportes; Energia; Minha Casa Minha Vida; e Comunidade Cidadã. Assim sendo, o apoio ao investimento em diferentes níveis de infraestrururas, desde rodovias, geração de energia, ao saneamento e mobilidade urbana são hoje uma realidade no Brasil. Até Abril de 2014, cerca de 84,6% do investimento previsto para este ano no âmbito do PAC tinha sido executado, representando um investimento total de R$ 871,4 mil milhões. Mas muito ainda existe por fazer, sobretudo nas regiões acima referidas. 1.2.2 Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC`s) O Brasil consolidou-se, em 2013, como o quarto maior mercado de TIC s do mundo, depois dos EUA, China e Japão. Atualmente este setor representa 8,8% do PIB, com perspetivas de alcançar 10,7% até 2022. Este mercado movimentou, em 2013, R$ 441 mil milhões, um desenpenho 16,9% superior ao ano anterior. O investimento previsto para 2014 é na ordem dos US$ 175 mil milhões. Existem no Brasil cerca de 132 milhões de utilizadores de banda larga móvel (3G e 4G), mais de 90 milhõres de utilizadores de internet e 271 milhões de telemóveis. Este é um setor com grande potencial de crescimento e muitas oportunidades para as empresas estrangeiras, uma vez que ainda existem muitas carências no mercado. Nomeadamente, escassez de mão-de-obra especializada e a necessidade de investimento em capacitação e formação. Além disso, cada vez mais as empresas nacionais sentem a necessidade de acompanhar as novas formas de abordagem ao mercado que a internet oferece. 1.2.3 Energia O Brasil tem o terceiro maior potencial hidroelétrico do mundo, condições climáticas extremamente favoráveis para o desenvolvimento da geração eólica, e é um dos líderes globais na produção de eletricidade com base em biomassa; conta ainda com a sexta maior reserva de urânio do planeta e está entre as maiores reservas de carvão. É também o segundo maior produtor de etanol e biodisel e um dos principais mercados na produção de energias renováveis. Em 2013, a participação das energias renováveis na matriz elétrica brasileira foi de 5

79,3%. Até 2020, será investido R$ 1 trilião no setor, sendo mais de metade desse valor em petróleo e gás. A energia solar que existe no Brasil tem como principal função a prevenção, caso as outras fontes de energia falhem. Contudo o país, dadas as condições naturais favoráveis que possui, pretende investir mais neste recurso energético. O preço da utilização desta fonte de energia ainda é muito elevado e o Governo está a trabalhar no sentido de atribuir mais incentivos para a utilização da mesma. 2. Dificuldades Apesar do grande potencial, tanto a nível de comércio como de investimento, o Brasil é um mercado complexo e, por vezes, de difícil acesso. Abaixo são indicadas as principais dificuldades e os desafios do mercado: Mercado extremamente protecionista, sobretudo nos setores onde a indústria brasileira é forte; Sistema fiscal complexo, com impostos à importação calculados em cascata; Elevada carga tributária à importação; Elevados custos operacionais e de logística; Taxas de juro elevadas; Complexidade do sistema jurídico e tributário; Forte burocracia; Mercado laboral com custos consideráveis, complexo e rígido, com elevada rotatividade; Escassez de mão-de-obra técnica e qualificada; Baixa produtividade; Infraestruturas precárias e deficitárias, em alguns Estados do país, sobretudo nos Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste; Custo de vida muito elevado. 3. Abordagem ao Mercado O mercado brasileiro, para além da sua dimensão continental, é sofisticado e exigente e, como tal, obriga a uma preparação constante em termos de estratégia e abordagem do mercado. É importante estudar muito bem o mercado em que pretende atuar, antes de tomar qualquer decisão, analisando e identificando a região mais adequada ao negócio. Ter em atenção a diversidade jurídica, legislativa, fiscal, logística e cultural entre os vários Estados. Planear com rigor o negócio e identificar bem o segmento-alvo. 6

Outro aspeto importante consiste em obter o máximo de informações sobre os potenciais parceiros de negócios e ter presença constante, acompanhando de perto as operações. É difícil trabalhar o mercado brasileiro à distância. Ter presente que, apesar da proximidade cultural e da língua, o mundo dos negócios é diferente de Portugal. Existe uma certa informalidade no clima de negócios, até alguma familiaridade, mas não em demasia. O ritmo e a dinâmica de mercado nos negócios no Brasil são diferentes, mesmo entre Estados. Em suma, reflectir sobre as seguintes questões: O meu produto é vendável? Tenho preço? Existe produção local? Quem são os países concorrentes? Quais são as marcas/empresas concorrentes? Qual o valor das taxas aduaneiras? Quem são os potenciais parceiros? Quais os impostos ao consumo? Quais as principais feiras de promoção do produto? Quais os principais importadores e distribuidores? Deve ser criada uma empresa local? Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 aicep@portugalglobal.pt www.portugalglobal.pt Capital Social 114 927 980 Euros Matrícula CRC Porto Nº 1 NIPC 506 320 120 7