Estou ligado à luta pela liberdade no País; viva a democracia, diz George Hilton

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Transcrição:

INFORMATIVO DA LIDERANÇA DO PARTIDO REPUPLICANO DA ORDEM SOCIAL ANO III - Nº 43 - ABRIL DE 2016 Câmara autoriza processo de impeachment de Dilma Rousseff Zeca Ribeiro\Câmara dos Deputados Com as últimas indicações do bloco de apoio ao Governo no Senado, a comissão do impeachment está completa, com 21 titulares e o mesmo número de suplentes. A formação aconteceu, na segunda-feira (25), após ser colocada a voto no Plenário. Após aprovação do relatório pró-impeachment, no último domingo (17), a Câmara autorizou, com 367 votos a favor e 137 contra, o Senado Federal a julgar a presidente da República, Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade. p.6 Estou convencido que houve crime de responsabilidade, diz Ronaldo Fonseca Para justificar seu voto, Ronaldo Fonseca (DF), líder do Pros, resgatou dispositivos constitucionais. Não reconheço um golpe em andamento, já que o processo se dará por impeachment, cujo rito está previsto em nossa Constituição e amparado por leis que asseguram o processo democrático, disse. Você querer votar impeachment sem crime é golpe. Não há crime, diz Odorico Precisamos de uma agenda nacional que aponte para a esperança. Precisamos da união nacional para repactuar o País. Essa agenda deve produzir diálogo e esperança. Por isso, em nome do povo brasileiro, votarei contra o impeachment, afirmou Odorico declarando ser contrário ao impeachment. Eu voto sim, pelo processo de admissibilidade do impeachment, diz Eros Biondini Eu já tenho minha decisão, conscientemente, pensada. Eu quero o impeachment já! Que tipo de direcionamento eu gostaria de dar à juventude? Temos que dar exemplo. Eu tenho um sonho, e vamos, sim, resgatar esse País. Vamos construir e redirecioná-lo. Eu amo este País e por ele vou horar meu voto, disse Eros Biondini, votando sim. Estou ligado à luta pela liberdade no País; viva a democracia, diz George Hilton Nestes dias, o Brasil se vê mais uma vez diante da encruzilhada. Há que se seguir em frente e temos somente dois caminhos a tomar. Ambos são difíceis, pedregosos, escuros. Mas não há a menor sombra de dúvida: só um deles é certo, afirmou Hilton ao se pronunciar de forma contrário ao relatório pró-impeachment. Nós precisamos resgatar o País das crises moral e ética, diz Felipe Bornier Essa é uma semana história, de decisões. A nossa juventude fará a diferença em nosso País. Quero aqui bater no peito para dizer que não estou preso a este governo e que tenho liberdade para votar, com a minha população, com os meus eleitores, ressaltou Felipe Bornier (Pros-RJ) ao votar pelo impeachment. p.4 p.5 p.5 Decido a favor do povo paranaense; voto sim pelo impeachment, diz Toninho Wandscheer Votar a favor do impeachment é muito difícil quando se faz uma análise técnica do processo. Mas neste momento o país exige uma decisão política!, disse em nota o deputado Toninho Wandscheer (Pros-PR) ao declarar seu voto favorável ao impeachment. p.3 p.4 p.3

2 Ronaldo Fonseca rebate clima de ruptura constitucional na Câmara Após a sessão da Câmara dos Deputados, no domingo (17), que autorizou o Senado Federal a julgar a presidente da República Dilma Rousseff por crime de responsabilidade, o líder do Pros, deputado Ronaldo Fonseca (DF) disse que a Casa vive um certo clima de ruptura constitucional. Hoje o vice-presidente chamase Michel Temer. O que se comenta é que ele está praticando um golpe, enquanto a nossa Constituição prevê que o vice pode assumir o cargo de presidente, dentro da legalidade. Se vagar a presidência, estaremos, sim, procurando o vice-presidente para que, constitucionalmente, assuma seu papel, cujo mandato foi dado pelo povo, durante as eleições, disse Fonseca. As declarações foram feitas após críticas de jornais, as quais acusaram a Câmara dos Deputados de ajudar o atual vice-presidente da República, Michel Temer, a usurpar as funções de presidente da República, sem a devida autorização legal, explicou Fonseca ao folhear a Constituição Federal do Brasil na tribuna do Plenário da Casa. De acordo com a atual Constituição, o vice-presidente substituirá a presidente, no caso de impedimento, e lhe sucederá, no de vaga. A denúncia por crime de responsabilidade da presidente Dilma Rousseff aprovada pela Câmara dos Deputados chegou na terça-feira (19) ao Senado Federal. Pedido de impeachment de Dilma é entregue ao Senado JBatista\Câmara dos Deputados Pros/Divulgação (à esq.) deputado Felipe Bornier; presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (centro), e do Senado, Renan Calheiros (à dir.). O segundo-secretário da Câmara, deputado Felipe Bornier (Pros-RJ), integrou grupo de parlamentares que participou da oficialização da entrega do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na segunda-feira (18), ao Senado Federal. O processo foi autorizado pela Câmara dos Deputados no fim da noite de domingo. A oficialização da entrega reuniu ainda os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros. A leitura da denúncia contra Dilma e a autorização da Câmara para abertura do processo de impedimento foi feita, na terçafeira (19), em Plenário. Os líderes partidários já indicaram representantes para a comissão especial, que terá 21 membros titulares e 21 suplentes. Renan Calheiros conduziu nesta segunda-feira (25) a sessão de eleição da comissão especial que vai analisar o processo. expediente Anexo II - Piso Superior - Ala B - Sala 179 Telefone: (61) 3215-9996 Líder: Ronaldo Fonseca (Pros-DF) Chefe de Gabinete: Jairo Ribeiro Coordenador de Comunicação: Thyago Marcel Fotográfo: André Abrahão Diagramador: Jefferson Santos Ilustrador: Saymon Machado prosnacamara.org.br facebook.com/prosnacamara twitter.com/liderancapros instagram.com/lidpros Leia nosso informativo no seu celular Para acessar o informativo da Liderança do PROS no seu smartphone, instale um leitor de QR Code e fotografe a imagem ao lado.

Você querer votar impeachment sem crime é golpe. Não há crime de responsabilidade, diz Odorico Luis Macedo\Câmara dos Deputados Minhas primeiras palavras dizem respeito à democracia, disse o deputado Odorico Monteiro (Pros-CE) ao iniciar seu pronunciamento na sessão que analisou o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados. Vivemos a época da ditadura militar brasileira. Como estudante, lutei neste período. Muitos só conhecem esse período por livros. Estamos aqui discutindo a saída de uma presidenta que foi torturada pela ditadura militar. Um país no qual teve toda sua formação história centrada em uma colonização escravocrata, constituído na moral de valores construídos na senzala, deve ter em seus representantes responsabilidade nessa decisão, afirmou Odorico. Odorico Monteiro ressaltou sua atuação à frente da saúde pública no Brasil e lembrou os seus eleitores dos avançados alcançados no Brasil, principalmente nas ações destinadas aos mais pobres. Faço parte de uma geração que construiu a democracia. Venho do nascimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Faço parte de uma geração, de nordestinos vivendo há cinco anos a seca, sem saquear nada, que reduziu as mortalidades infantil e materna e que finalizará a transposição das águas do rio São Francisco, esta uma das maiores obras para essa população carente. Há mais de 150 anos o nordeste aguarda essa transposição, disse o parlamentar. Para finalizar, o congressista reafirmou seu compromisso em defesa da democracia e por uma agenda de crescimento para o País. Precisamos de uma agenda nacional que aponte para a esperança. Precisamos da união nacional para repactuar o País. Essa agenda deve produzir diálogo e esperança. Por isso, em nome do povo brasileiro, votarei contra o impeachment. Decido a favor do povo paranaense; voto sim pelo impeachment, diz Toninho Wandscheer 3 Nilson Bastian\Câmara dos Deputados Votar a favor do impeachment é muito difícil quando se faz uma análise técnica do processo. Mas neste momento o país exige uma decisão política!, disse em nota o deputado Toninho Wandscheer (Pros-PR) ao declarar seu voto favorável ao impeachment. De acordo com o parlamentar, seus eleitores foram decisivos em seu posicionamento. O Paraná me elegeu para decidir e decido a favor do povo paranaense. Votarei sim ao impeachment. Espero ser esta a solução para o nosso país sair da crise e retomar o crescimento. A graça do Senhor Jesus Cristo esteja com o povo brasileiro!, disse Wandscheer. Ao se dirigir ao parlatório especialmente montado para os deputados federais votarem, Wandscheer ressaltou a influência de seu pai, dos eleitores e dos cidadãos paranaenses para acrescentar à justificativa sua posição favorável ao impeachment. Em memória a meu pai, Paulo Wandscheer, o qual não pediria, mas me mandaria votar neste momento; pela minha cidade, Fazenda Rio Grande (PR); pelo meu estado do Paraná, eu voto sim, afirmou.

Luis Macedo\Câmara dos Deputados 4 Estou convencido que houve crime de responsabilidade, diz Ronaldo Fonseca O líder do Pros na Câmara, deputado Ronaldo Fonseca (DF), votou pela admissibilidade do relatório da Comissão do Impeachment da Casa e seguiu a maioria dos deputados, os quais votaram pelo impedimento da presidente da República, Dilma Rousseff, no domingo (17). Venho a esta tribuna, senhor presidente, representar a Frente Evangélica, cuja luta está voltada nesta Casa contra Estou ligado à luta pela liberdade no País; não ao impeachment e viva a democracia, diz George Hilton Nestes dias, o Brasil se vê mais uma vez diante da encruzilhada. Há que se seguir em frente e temos somente dois caminhos a tomar. Ambos são difíceis, pedregosos, escuros. Mas não há a menor sombra de dúvida: só um deles é certo, afirmou George Hilton (Pros- MG) ao se pronunciar de forma contrária ao relatório pró-impeachment e à autorização da Câmara para processar a presidente da República, Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade. O deputado criticou o relatório pró-impeachment formulado pelo deputado Jovair Arantes (PTB-G) na comissão especial que analisou o pedido de afastamento da presidente. Há uma subjetividade importante quanto à gravidade desses atos. São atos iguais a outros feitos em tempos recentes por todos os presidentes da República, sem que, contra eles, tenha se levantado acusação semelhante, explicou Hilton. Sob o contexto histórico do impeachment, Hilton fez questão de apontar uma agenda de esquerda, que quer destruir a família brasileira. Mas, aqui, temos deputados aguerridos, afirmou Fonseca ao declarar ser favorável à autorização do impeachment pela Câmara. O deputado não deixou de homenagear a sua base eleitoral e a bancada do distrito federal na Casa. Gostaria também de homenagear o povo do distrito federal e seus representantes, os quais votaram sim momentos do passado, com os quais a população brasileira se viu diante de tentativas de mudanças. Em 1964, sob o discurso de acabar com a corrupção e com a anarquia produzida pelo governo popular de João Goulart, os militares tomaram o poder e governaram o país com as baionetas caladas nos fuzis, disse. ao processo de impeachment, disse. De acordo com Fonseca, a Constituição Federal (1988) assegura o direito de manifestação, sendo, portanto, inaceitável, a afirmação de que a mobilização do povo nas ruas é ilegal. Além disso, mencionou os dispositivos constitucionais, os quais dispõem sobre o processo de impeachment. A nossa constituição é clara ao assegurar o processo de impeachment da presidente da República. Não há golpe. Essa insistência de que há um golpe em curso está mais parecendo uma diarreia verbal, a qual ninguém suporta mais ouvir, afirmou. Em outro momento na tribuna do Plenário da Casa, o líder do Pros ressaltou sua posição favorável ao impeachment, convencido de que houve crime por parte da presidente. Estou convencido que houve crime de responsabilidade. Estou aqui com muita tranquilidade, sem ódio, sem revanchismo, para expor minha opinião, concluiu. Para finalizar, o parlamentar ressaltou a atuação do povo mineiro na política. Tocado por tudo isso, e em nome do povo de Minas Gerais, esse povo cuja história é intrinsecamente ligada à luta pela liberdade no Brasil, brado desta tribuna: não ao impeachment, viva a democracia, viva o Brasil!, concluiu Hilton. Antônio Augusto\Câmara dos Deputados

Luis Macedo\Câmara dos Deputados Eu voto sim, pelo processo de admissibilidade do impeachment, diz Biondini O deputado Eros Biondini (Pros-MG) iniciou sua fala na sessão que analisou o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados, citando passagens bíblicas e também sua história de vida. Fiz uso de tanta droga que quase morri. Mas, graças a Deus, não só me reergui, mas larguei o vício das drogas. Em momentos difíceis na sua vida, você deve tomar decisões importantes, disse. Biondi fez questão de ressaltar o trabalho voltado a salvar vidas. Doei minha vida para esta causa: salvar vidas e ajudar outros jovens a se libertarem de vícios. Tive oportunidade de recuperar milhares de pessoas. Na minha equipe tenho cinco ex-dependentes de crack, e estão aqui, recuperados, trabalhando comigo. Mas, eu já fui a muitos velórios, afirmou Biondini. Lutei muito nesta Casa para convencer o governo de apoiar esta causa, em favor da recuperação de jovens. Por mais que as comunidades terapêuticas tenham metodologias de tratamento e recuperação de jovens, é obrigação do poder público subsidiar essas ações. Eu sempre me questionei o porquê do governo não investir na recuperação e na proteção da vida desses jovens, questionou o parlamentar ressaltando que o dinheiro está sendo utilizado em uma máquina gigantesca do estado, e, em outros casos, como o da Petrobrás, por verdadeiros criminosos. O deputado conclamou os pares da Frente Parlamentar Evangélica da Casa para unirem-se em torno do momento pró-impeachment. Ou paramos isso agora ou vamos colocar em cheque as necessidade básicas da população. Vamos proporcionar ao Brasil um novo tempo. Sabemos que o Brasil demorará a se reconstruir, mas devemos dar essa oportunidade à nossa população, finalizou. Nós precisamos resgatar o País das crises moral e ética; votarei sim, pelo impeachment, diz Bornier Essa é uma semana história, de decisões. A nossa juventude fará a diferença em nosso País. Quero aqui bater no peito para dizer que não estou preso a este governo e que tenho liberdade para votar, com a minha população, com os meus eleitores, disse Felipe Bornier (Pros-RJ) no início de seu fala, na sessão que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados. Não vou compactuar com esse governo corrupto, criando vários decretos não autorizados. Não irei compactuar com os males desse governo e com os vícios perpetuados por essa política ultrapassada, disse o congressista. Bornier ressaltou que seu mandado pertence ao povo e que não iria decepcionar seus eleitores. Não irei decepcionar meu município de Nova Iguaçu e nem meu estado do Rio de Janeiro. O que está acontecendo, neste momento, é um balcão de negócios entre o governo e alguns políticos. Não podemos compactuar com isso, disse. O parlamentar fez questão de ressaltar o eleitor jovem, público com o qual o deputado sempre contou em sua jornada parlamentar e em projetos na Casa, à frente da 2º secretaria da Mesa. A juventude tem esse papel de mudança, e eu não irei aceitar essa crise econômica e uma inflação descontrolada. A estima do povo brasileiro está baixa. E finalizou ressaltando seu posicionamento. Eu já tenho minha decisão, conscientemente, pensada. Eu quero o impeachment já! Que tipo de direcionamento eu gostaria de dar à juventude? Temos que dar exemplo. Eu tenho um sonho, e vamos, sim, resgatar esse País. Vamos construir e redirecioná-lo. Eu amo este País e por ele vou horar meu voto. 5 Luis Macedo\Câmara dos Deputados

6 Senado elege comissão do impeachment Com as últimas indicações do bloco de apoio ao Governo no Senado, a comissão do impeachment está completa, com 21 titulares e o mesmo número de suplentes. A formação aconteceu, na segunda-feira (25), após ser colocada a voto no Plenário. Aprovada a comissão, caberá ao senador mais velho convocar a primeira reunião, na qual serão eleitos o presidente e o relator. O PMDB, por ser a maior bancada no Senado, tem o direito de escolher o presidente. Segundo o líder da legenda, Eunício Oliveira (CE), Raimundo Lira (PMDB-PB) é o indicado. Autorização da Câmara O Plenário da Câmara reuniu-se sem interrupção, da manhã de sexta-feira (15) à madrugada de domingo (17), empenhado na discussão do pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Foram quase 43 horas de trabalhos do Plenário, que entram para a história como o debate mais longo realizado até agora na Casa. Foram 389 discursos em nome dos partidos e das lideranças e inscrições individuais. Falaram 24 dos 25 partidos com representação na Câmara (o PEN não indicou oradores); houve 66 deputados favoráveis ao impeachment e 51 contrários. Acusação Segundo o relatório da Câmara, a presidente Dilma teria cometido crime de responsabilidade devido à edição de decretos de créditos suplementares ocorridos em 2015 sem a devida autorização do Legislativo. Crédito suplementar é um tipo de crédito adicional destinado ao reforço de dotação já existente no orçamento. É autorizado por lei e aberto por decreto do Executivo. Defesa Para o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, não existe crime na atuação de Dilma. Cardozo alega que há vício já no início do processo, por conta de desvio de poder. Segundo ele, o processo se iniciou como retaliação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ao fato de o PT ter votado a favor da abertura do seu processo de cassação no Conselho de Ética. Ele registra ainda que as pedaladas fiscais eram permitidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e, portanto, não eram ilegais, e que os decretos suplementares respeitaram a lei e não ferem a meta fiscal. Do pedido O pedido de impeachment foi protocolado na Câmara, em outubro do ano passado, pelos juristas Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo e Janaína Paschoal. Deputados da oposição tentaram incluir na denúncia a delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-ms), no âmbito da operação Lava Jato, em que ele cita a presidente Dilma. A tentativa, no entanto, foi negada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Calendário A expectativa dos senadores é que a admissibilidade da abertura de processo contra Dilma Rousseff seja votada na comissão especial entre os dias 5 e 7 de maio, com possível votação em Plenário no dia 10 ou 11 de maio. O relatório precisa ser aprovado por maioria simples no colegiado da comissão para ser, então, lido em Plenário. Se aprovada a admissibilidade em Plenário, também por maioria simples dos senadores, a presidente é automaticamente afastada do cargo por 180 dias. Regras e julgamento O impeachment propriamente dito é de responsabilidade do Senado Federal, mas a Câmara dos Deputados precisa autorizar a instauração do processo, como ocorreu no último domingo (17) confira abaixo resumo da votação. Essa autorização precisa ter o apoio de 342 deputados, pelo menos. Se o impeachment for aprovado no Senado (2/3 dos senadores), a presidente perderá o cargo e ficará inabilitada por oito anos para o exercício de função pública, passando definitivamente o cargo ao vice, Michel Temer. Ana Volpe\Senado Federal Vagas e indicações Segundo o presidente do Senado, a distribuição das vagas por blocos será a seguinte: Bloco da Maioria (PMDB) - 5; Bloco da Oposição (PSDB, DEM, PV) - 4; Bloco de Apoio ao Governo (PT, PDT) - 4; Bloco Socialismo e Democracia (PSB, PPS, PCdoB, REDE) - 3; Bloco Moderador (PR, PTB, PSC, PRB, PTC) - 3; Bloco Democracia Progressista (PP, PSD) - 2 Com informações das Agências Câmara e Senado ENTENDA Impeachment é uma palavra de origem inglesa que significa impedimento ou impugnação. Conforme prevê a Constituição de 1988 (arts. 51 e 52), um presidente da República pode ser impedido em caso de crime de responsabilidade aquele cometido em razão do cargo. Veja como os deputados do Pros votaram Eros Biondini - MG Felipe Bornier - RJ George Hilton - MG NÃO Odorico Monteiro - CE NÃO Ronaldo Fonseca - DF Toninho Wandscheer - PR Confira o resultado da votação na Câmara dos Deputados 367 NÃO 137 ABSTENÇÃO 7 AUSENTES 2 TOTAL 511