SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA



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ESCLARECIMENTOS SOBRE A CONTRA-PROPOSTA APRESENTADA PELA SETEC/MEC NO DIA 18/09/2015. Companheiros (as) do Sinasefe em todo o Brasil, a última Plena de nosso sindicato votou algumas importantes resoluções: 1. Indicativo de recuo organizado da nossa greve, aprovado na 136ª PLENA, para ser discutido nas bases no período de 21 a 25/09/2015; 2. Indicar a assinatura do acordo oferecido pela SETEC/MEC e cobrar do MPOG uma resposta a contraproposta apresentada; 3. Próxima Plena (137ª) nos dias 26 e 27 de setembro; Antes de entrar no mérito do que consta no documento enviado pela SETEC, talvez seja conveniente falar sobre o que não consta, ou seja, sobre aqueles pontos em especial que deram a tônica desta greve e até o momento não foram atendidos. Dentre estes, tratemos de três em especial: as 30 horas, a reestruturação das carreiras e os cortes na educação. O governo, a serviço do capital financeiro, está sendo truculento e inflexível nos cortes. A educação e saúde sofreram cortes criminosos. As possibilidades de reverter os cortes da ordem de 9 bilhões são mais ou menos as mesmas de aumentar o índice de reajuste salarial. Neste ano, outras categorias tiveram greves vigorosas e resultados econômicos pífios. Podemos citar como exemplo os profissionais de educação do Paraná, que chegaram a ocupar por mais de uma vez a Assembleia Legislativa daquele estado. E mesmo lá, o governador à beira do precipício manteve o arrocho e os resultados foram pífios. No âmbito do Fonasef, a maioria das entidades sequer entraram em greve. E no ápice da greve do Andes, Fasubra, Sinasefe, Fenasp, etc, em momento algum conseguimos dobrar o governo em sua sanha de arrocho e cortes. Lutamos bravamente, mas não conseguimos, o que nos leva a crer que seremos capazes de conquistar agora, no momento em que cansaço bate, o que não conseguimos em nossos melhores momentos? Precisamos sim, saber a hora de preservar nossas forças, pois os ataques aos nossos direitos permanecerão e se tornarão ainda mais graves, e precisamos de força para resistir. Nesta greve do ano de 2015, a conquista do direito de flexibilização da jornada de trabalho para os TAE foi, certamente, um dos pontos principais das lutas e reinvindicações. E os TAE, de forma geral se constituíram no segmento mais mobilizado e participante, de modo que a não conquista das

30 horas é sem dúvida, fonte de frustrações. Todavia, pensamos que houve uma subestimação generalizada das dificuldades em conquistar em especial esse direito. Dissemos várias vezes ao governo, nas mesas de negociação, que no âmbito dos institutos federais, em ambiente educacional, o atendimento ao público era coisa generalizada, que a necessidade do funcionalismo em turnos contínuos idem, e que a implementação da flexibilização da jornada de trabalho para todos longe de constituir num ônus para as instituições, significava ao contrário uma forma de otimização do trabalho nos institutos federais. Que as 30 horas já existiam em alguns institutos, e que nestes os índices de eficiência e celeridade nos atendimentos estavam entre os melhores registrados pela rede, que as 30 horas em alguns lugares retrocederam em função das ingerências da CGU e que em muitas unidades, o recuo que foi feito pelos Reitores estava sendo uma das principais fontes de conflito. Os companheiros da Fasubra que também estavam pleiteando esses mesmo pontos, tinham de modo geral, argumentos muito próximos aos nossos. Mas não somente nós e a Fasubra pleiteamos as 30 horas, todo o funcionalismo público o fez (à significativa exceção dos docentes). De tal modo que atendidos a todos, na ótica do governo, isso poderia significar diminuir a jornada de trabalho de todo o funcionalismo para 30 horas. Essa situação levou a que o governo negasse para todos quaisquer avanços neste ponto. A conquista da universalização da flexibilização na carga horária tornou-se tão difícil quanto a luta contra os cortes. Temos que continuar essa luta, tanto no interior dos institutos quanto na pressão junto ao governo, mas também é certo que nossa greve não teve a força necessária para dobrar o governo neste aspecto. Por fim, entre os pontos que não constam na resposta da SETEC, está a reestruturação da carreira docente. Como é sabido, qualquer aplicação de uma linearidade na carreira docente terá um significativo impacto financeiro. Se tivéssemos conquistado o patamar inicial de reajuste solicitado pelo Fórum, de 27,3%, ainda não seria suficiente para a reestruturação da carreira. Daí que na atual conjuntura, mais ainda depois do recente pacote de maldades, não há nenhuma reivindicação tão distante de ser atingida a curto prazo, como esta. O MPOG, a este respeito, na resposta que fez ao Andes e a nós, falou na criação de um comitê provisório (evitou o termo GT porque este já está um pouco desgastado) para discutir a reestruturação da carreira com a mesma duração da vigência do acordo eventualmente assinado (de dois ou quatro anos), e ao final desse prazo se instalaria uma mesa de negociação para determinar o que poderia e o que não poderia ser feito. O MPOG não respondeu nem a nós, nem à Fasubra nada sobre a reestruturação do PCCTAE, que é bem mais

simples e de impacto financeiro bem menor. Isso pode se dar também pelo fato que enfatizamos pouco esse item de pauta (nós e a Fasubra). Precisamente porque a reestruturação das carreiras possui impacto financeiro, e também porque o MPOG tomou para si responder a esse ponto é que não consta nada sobre a reestruturação da carreira na resposta da SETEC. Teremos de esperar a resposta do MPOG a este respeito para deliberarmos independente e estarmos ou não em greve. Agora avaliemos ponto a ponto a resposta da SETEC. Antes de tudo é preciso observar que como secretaria de segundo escalão, a SETEC não possui autonomia para oferecer nada que tenha impacto financeiro significativo, e também que, apesar dos limites das proposições oferecidas, não estamos obrigados a aceitar nenhuma proposta de acordo vinda do Planejamento como condição para a implementação desses ganhos. a) Migração para a carreira EBTT: Esse é um pleito importante. Em 2012 conseguimos a migração para o EBTT de todos os que estavam no EBF, mas como não assinamos o acordo e coube ao Proifes negociar os termos da lei, foram esquecidos os colegas dos ex-territórios e também os que estavam no PUCRCE. São muitos os que ainda estão no EBF dentro dos ex-territórios, apenas algumas dezenas os que estão no PUCRCE. Mas para esses poucos, que estão com o salário congelados há dez anos (e estão recebendo em média R$ 1.500) o atendimento a este ponto significa tudo. Avaliamos como muito positiva essa conquista que foi fruto de um trabalho árduo de convencimento e pressão. b) Fim do ponto docente e isonomia entre os docentes dos Institutos Federais e das Universidades: Esse também é um ponto muito caro ao Sinasefe, a existência do ponto docente tem sido usado como mecanismo de assédio moral de alguns diretores sobre os servidores. O fim do ponto docente e a isonomia abre a possibilidade concreta de pôr fim de uma vez por todas ao abuso de alguns diretores que insistem em obrigar aos docentes em vários campi a permanecerem cinco dias por semana em dois turnos consecutivos cumprindo horário, mesmo sem nenhuma atividade pedagógica. Para quem vive neste regime de trabalho, essa é uma vitória maiúscula, na medida em põe limites claros ao poder coronelista de alguns diretores, e sem dúvida essa diminuição do poder arbitrário também beneficia os técnicos, na medida em que existem casos de institutos com as 30 horas regulamentadas e que os diretores se recusam a implementar. Sem dúvida o avanço para uma categoria, neste caso, também pode ser utilizado como mecanismo de pressão para ajudar a outra,

porque esse é o espírito do Sinasefe. E diminuir o poder de autoritarismo de alguns diretores gerais, certamente beneficia a todos, docentes, técnicos e estudantes. c) RSC para técnicos administrativos: Esse é um ponto de pauta de primeira importância, que implica um ganho significativo para os TAE. Ocorre que a Fasubra, que representa um número de técnicos administrativos muito maior que nós, ainda não foi convencida deste ponto. Afora o fato de a extensão do RSC para os TAE envolver impacto financeiro, seria muito difícil que o governo sinalizasse com a sua concessão sem o acordo com a Fasubra. A sinalização em documento oficial de que o RSC para os TAE será pautado na CNS é sim uma vitória significativa. Obviamente que isso não garante nada por enquanto, mas precisamos saber agir em função disso. Procurar os companheiros da Fasubra, explicar o que significa esse ganho e atuar no sentido do seu avança. O Conif, que tem representação na CNS defende publicamente a extensão do RSC aos TAE. A Andifes se absteve. Mas se convencermos a Fasubra, podemos atrair via Conif a cooperação da Andifes e nesse caso teremos 2/3 da CNS votando a favor dessa bandeira, ou seja, as possibilidades existem e são concretas. d) Pagamento dos retroativos da progressão DI-DIII: Vários de nós já ganhamos na justiça o pagamento dos retroativos da progressão DI-DIII. Recentemente até a AGU emitiu uma súmula reconhecendo o direito à progressão por titulação entre os anos de 2008 a 2012 e em função disso os procuradores nos institutos já não recorrem mais a nossas ações. É claro que o pagamento desses retroativos, assim como os retroativos do RSC geram impacto financeiro, e isso é um elemento dificultador, mas sem dúvida que é positivo a primeira sinalização do governo em relação a estes pagamentos. Precisamos prosseguir na pressão sobre o MPOG no sentido da publicação de nova portaria para regulamentar o pagamento dos exercícios anteriores tanto da progressão DI-DIII quanto do RSC e ao mesmo tempo, prosseguir com as ações judiciais. e) Migração para o PCCTAE dos servidores que estão no PUCRCE e no PGPE: o governo não falou nada sobre a migração de quem está no PUCRCE, é preciso insistir, não temos a informação de quantos servidores estão nessa situação, mas é preciso averiguar e insistir. De outro lado, desde 2012 que nada andava em relação a migração dos técnicos das escolas militares para o PCCTAE. Durante essa greve o processo foi desengavetado. O planejamento enviou já os dados com os impactos financeiros para o MEC, que os processou e os está enviando para o Ministério da Defesa.

Sem dúvida que se trata de um avanço que devemos valorizar e continuar a pressão para que ele não pare novamente. f) Direito dos TAE com nível superior se candidatarem a Diretor Geral: Sabemos que nossa pauta é maior do que isso. Pleiteamos o direito dos TAE com nível superior se candidatarem também a reitor. Já tivemos essa possibilidade ao alcance de nossas mãos em 2011 e fizemos pouco dela. Nesse momento temos a possibilidade de que os TAE com nível superior possam se candidatar a Diretor Geral. Sem dúvida que esse é um avanço pequeno para nós. Mas é preciso dizer que é um avanço impensável para os nossos companheiros técnicos das universidades. Não por acaso, quando essa possibilidade foi anunciada em reunião no MPOG frente aos companheiros da Fasubra, os mesmos aplaudiram e fizeram questão de enfatizar que nas universidades essa ainda é uma possibilidade distante. Conseguiremos sim o direito dos técnicos se candidatarem a Reitor, mas não para essa greve. Precisamos dar esse passo agora, consolidá-lo e permanecer na pressão para conquistar plenamente, num futuro próximo, nossos primeiros técnicos reitores. Há que se observar ainda que alguns pontos que constavam no ofício da SETEC de 07 de julho não aparecem nessa última resposta, entendemos que é necessário cobrar oficialmente a manutenção destes, tais como o fim de algumas limitações impostas aos TAE durante a fase do estágio probatório e a possibilidade de os TAE receberem bolsas de pesquisa. Por fim, está fora de dúvida que os avanços são limitados, mas foram conquistados com muita luta, nesta greve e depois de anos de negociações e pressões. Por tudo isso, nossa última plena votou por não jogá-los fora. De garantir essas conquistas e preservar nossas forças para os embates futuros que serão duros e importantes.