ANAC divulga minuta de edital de concessão de Galeão e Confins



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Transcrição:

ANAC divulga minuta de edital de concessão de Galeão e Confins A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou, nesta quarta-feira (29/05), a minuta do Edital de Leilão e do Contrato de Concessão dos Aeroportos Internacionais Antônio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, e Tancredo Neves (Confins), em Minas Gerais, que será colocada em audiência públicaa Audiência Pública n 05/2013, para discutir a minuta do edital, terá início nesta sextafeira (31/05). Os documentos e o formulário eletrônico para contribuições estarão disponíveis emwww.anac.gov.br/transparencia/audienciaspublicas.asp até às 18 horas do dia 30/06/2013. As sessões presenciais estão previstas para 17 e 18 de junho de 2013, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, respectivamente. O horário e os locais serão informados oportunamente. Apenas dúvidas poderão ser encaminhadas por e-mail para o endereço concessao.gigcnf@anac.gov.br até o dia 30/06/2013. Não serão aceitas

contribuições encaminhadas por e-mail. Após a análise das contribuições recebidas, a diretoria da ANAC publicará o edital definitivo do leilão. O processo de concessão dos aeroportos do Galeão e de Confins foi anunciado pelo Governo Federal em 21 de dezembro de 2012, como parte do Programa de Investimentos em Logística: Aeroportos, um conjunto de medidas para melhorar a qualidade dos serviços e da infraestrutura aeroportuária do País. Os dois aeroportos foram incluídos no Plano Nacional de Desestatização por meio do Decreto n. 7.896/2013. Aeroportos a serem concedidos O Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão) recebe anualmente 17,5 milhões de passageiros e é o segundo mais movimentado do país. A projeção de demanda para o Galeão é de 60 milhões de passageiros/ano em 2038 (fim da concessão). O Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins), com 10,4 milhões de passageiros por ano, é o quinto mais movimentado do país. A demanda prevista para o Aeroporto de Confins até 2043 (fim da concessão) é de movimentar 43 milhões de passageiros/ano.

Lance mínimo O valor mínimo de contribuição ao sistema para o aeroporto do Galeão será de R$ 4,645 bilhões. Para Confins, o valor mínimo da contribuição será de R$ 1,561 bilhão. Tempo de concessão O aeroporto do Galeão terá prazo de concessão de 25 anos, enquanto o de Confins será de 30 anos. Os dois contratos poderão ser prorrogados por até 5 anos, uma única vez. Participação nos consórcios No leilão, poderão participar consórcios de empresas integrados por pelo menos um operador aeroportuário com experiência na operação de aeroportos com movimento superior a 35 milhões de passageiros por ano, comprovada em pelo menos um ano nos últimos 5 anos. Essa participação de 25% poderá ser atendida por até dois operadores aeroportuários, desde que

ambos cumpram o requisito de habilitação técnica. Esses operadores deverão ter no mínimo 25% de participação no consórcio, contra 10% estabelecidos no processo de concessão de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF). O atual modelo mantém a Infraero como sócia minoritária (com 49% de participação) e a iniciativa privada com 51%. Empresas aéreas poderão participar do leilão desde que a soma de suas participações no consórcio privado não ultrapasse 4%. Contribuição para o FNAC Além do valor final alcançado no leilão, o edital prevê ainda o pagamento de uma contribuição variável ao Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) de 5% da receita bruta anual, a ser paga anualmente pelas concessionárias para subsidiar outros investimentos no setor. Investimentos estimados Segundo os estudos de viabilidade, durante o período da concessão os investimentos totais previstos serão de R$ 8,7 bilhões. Estima-se que o aeroporto do Galeão receberá aportes de cerca de R$ 5,2 bilhões. Para Confins, a previsão de investimentos gira em torno de R$ 3,5 bilhões. Ressalta-se que

os valores dos investimentos são uma estimativa para a realização das obras. Obras obrigatórias No início da concessão, a concessionária deve realizar uma série de obras obrigatórias determinadas para atender às necessidades atuais do aeroporto. Após esse primeiro período, as futuras ampliações ocorrerão pelo mecanismo de gatilhos de investimento, que são disparados conforme o crescimento da demanda do aeroporto ao longo do tempo. Galeão Construção de 26 pontes de embarque até 30/04/2016. Construção de estacionamento com capacidade mínima para 1.850 veículos (fim de 2015). Adequação das instalações para armazenamento de carga (para jogos olímpicos de 2016). Ampliação do pátio de aeronaves até 30/04/2016. Construção de sistema de pistas independentes até 2021 (ou gatilho). Confins Construção de novo terminal de passageiros com no mínimo 14 pontes de embarque até 30/04/2016, com estacionamento de veículos e vias terrestres associadas. Ampliação do pátio de aeronaves até 30/04/2016. Construção da segunda pista independente até 2020 (ou gatilho).

Melhorias previstas Além dos investimentos obrigatórios, o Governo estipulou 32 Indicadores de Qualidade de Serviço (IQS) que contemplam diversos aspectos de qualidade do serviço prestado no aeroporto, como a disponibilidade de assentos, elevadores e escadas rolantes, entre outros. A avaliação da qualidade do serviço será feita pela aferição de indicadores objetivos e por meio de uma pesquisa de satisfação com os próprios usuários. Os resultados obtidos poderão ter impacto no reajuste das tarifas recebidas pelo operador aeroportuário. Há também a previsão de melhorias de curto prazo na infraestrutura, o que está estabelecido no Plano de Ações Imediatas. O objetivo desse plano é estruturar um conjunto de investimentos e intervenções operacionais de curto prazo com vistas a melhorar a experiência do usuário na utilização do aeroporto. São exemplos dessas ações imediatas a melhoria de banheiros, reforma das sinalizações e acesso gratuito à Internet (Wi-fi).

Tarifas As atuais tarifas de embarque a serem pagas pelos usuários nos aeroportos de Galeão e Confins serão mantidas no valor de R$ 21,57 até a transferência das operações para a concessionária. Após esse período, valerão os valores previstos no Anexo 4 Tarifas do Contrato de Concessão, que têm como base os valores praticados nos aeroportos já concedidos. Esses valores atualmente correspondem a R$ 21,13 para a tarifa de embarque e R$ 7,16 para a tarifa de conexão (tetos). Ressalta-se que os valores podem diferir no futuro em função de regras próprias de reajuste. Próximos passos Os estudos de viabilidade técnica, o Edital do Leilão e o Contrato de Concessão serão encaminhados para o Tribunal Contas da União (TCU) depois de concluída a etapa de audiência pública. A previsão é que o edital definitivo seja divulgado em setembro e o leilão seja realizado em outubro de 2013. Leilão De acordo com as regras previstas na minuta do edital, vencerá o leilão quem der o maior valor de contribuição ao sistema aeroportuário. O leilão dos dois aeroportos ocorrerá de forma simultânea, observada a restrição de que um mesmo grupo econômico, isoladamente ou em consórcio, somente poderá ser vencedor de um único aeroporto. Além disso, uma empresa não poderá participar de mais de um consórcio licitante e está vedada a participação dos vencedores das concessões de São Gonçalo do Amarante (RN), Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF) nessa rodada. Transição Uma vez realizado o leilão, o resultado será homologado pela ANAC. A partir da celebração do contrato, haverá um período de transição, no qual a Infraero continuará a administrar o

aeroporto, acompanhada pela concessionária nos primeiros quatro meses. Após esse período, a concessionária administrará o aeroporto em conjunto com a Infraero por mais três meses (prorrogável por mais três meses). Depois dessa fase a concessionária assume a totalidade das operações do aeroporto. Principais diferenças entre a rodada de concessão anterior e a atual Previsão de melhorias de curto prazo. Exigência para operador aeroportuário: para GRU, BSB e VCP, a experiência mínima exigida para o operador era a operação de aeroportos com fluxo de 5 milhões de passageiros/ano. Para GIG e CNF a exigência é de 35 milhões passageiros/ano. Os operadores de GIG e CNF deverão ter no mínimo 25% de participação no consórcio, contra 10% estabelecidos no processo de concessão de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF). Para os aeroportos concedidos em 2012, a contribuição variável é de 10% para Guarulhos, 5% para Viracopos e 2% para Brasília. Em Galeão e Confins é de 5%. Resultado dos leilões anteriores (GRU, VCP, BSB e ASGA)

O leilão para concessão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, realizado em 06/02/2012, gerou ágio médio de 347,9%. O maior ágio foi do aeroporto de Brasília, que obteve oferta de R$ 4,51 bilhões pelo Consórcio Inframérica, com ágio de 673,39% sobre o preço mínimo. Em segundo lugar ficou o aeroporto de Guarulhos, com ágio de 373,51%, oferecido pelo Consórcio Invepar ACSA, cuja proposta foi de R$ 16,21 bilhões. O Consórcio Aeroportos Brasil arrematou o aeroporto de Campinas, com oferta de R$ 3,821 bilhões, 159,75% acima do preço mínimo. O aeroporto de São Gonçalo do Amarante, concedido em 2011 para o Consórcio Inframérica pelo valor de R$ 170 milhões, obteve ágio de 228,82%. Os contratos de concessão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília foram assinados em 14/06/2012 e o de São Gonçalo do Amarante (RN) em 29/11/2011. FONTE : ANAC,via Aviation.com.br Relatório expõe a peneira da segurança no aeroporto Tom Jobim Documento da Polícia Civil encaminhado ao MPF, à Anac e à Infraero alerta para risco de roubo de armas, desvio de bagagens e falta de controle sobre

passagens para áreas restritas no aeroporto da JMJ, da Copa e da Olimpíada Dentro de 40 dias, começa o maior ciclo de grandes eventos da história do Brasil. A Copa das Confederações, que aquece as equipes para 2014 e testa estádios e transportes de seis das doze cidades-sede da Copa do Mundo, inaugura uma era de grande fluxo de visitantes e de visibilidade internacional para o Brasil. Para o Rio de Janeiro, em especial, o calendário de acontecimentos será intenso. Três semanas após a final da competição, começa, em 23 de julho, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), reunião de católicos que levará à cidade o papa Francisco e deve atrair mais de 2 milhões de visitantes grande parte deles pelo Aeroporto Internacional do Galeão-Tom Jobim. Estratégicos para a segurança e para a logística das grandes cidades, os aeroportos são elos sensíveis da cadeia de planejamento dos grandes eventos. E no caso do Rio de Janeiro a situação atual do terminal internacional não é das melhores. Um relatório da Polícia Civil e do Ministério Público obtido pelo site de VEJA enumera falhas de segurança que tornam as

áreas de desembarque e os setores de carga e descarga altamente vulneráveis para roubos e furtos de mercadorias, com alertas sobre a conivência de funcionários e até de deficiência das empresas aéreas. O problema do momento diagnosticado pela Delegacia do Aeroporto Internacional, órgão da Polícia Civil instalado nas dependências do terminal, está restrito ao dano patrimonial para quem viaja. Perfumes, presentes, roupas e objetos de pequeno porte escoam pelos furos do Galeão. Com porões mal vigiados, brechas no transporte das bagagens e falta de fiscalização sobre pessoal interno, é fácil desviar itens de viagem. A análise da polícia, no entanto, impõe a pergunta: o terminal, que será a principal porta de entrada da JMJ e da Olimpíada de 2016, tem condições de oferecer segurança contra ameaças maiores, como atentados terroristas planejados e ações tresloucadas altamente ofensivas, como a dos irmãos Tsarnaev, na maratona de Boston? O relatório da Polícia Civil enumera as principais fragilidades do Galeão. A maioria dos furtos acontece no interior dos porões das aeronaves, poucos deles no trajeto até

as esteiras. O motivo: A maioria das companhias aéreas não tem câmeras nos porões. A iluminação nos porões também é insuficiente. Tratar delitos corriqueiros de funcionários como ocorrências de menor importância não é recomendável quando a área em questão é um aeroporto de grande movimento. Um dos itens destacados pelo relatório da Polícia Civil, assinado pela delegada Izabela Silva Rodrigues Santoni e elaborado com base nas ocorrências de 2011, diz respeito ao furto de armas de fogo. De acordo com o documento, os lacres utilizados pelas empresas aéreas são frágeis e podem ser abertos inclusive com as mãos. Estes mesmos lacres são utilizados nos cofres das aeronaves, motivo que tem possibilitado furtos de armas de fogo, escreveu a delegada. Procurada pelo site de VEJA, Izabela, que deixou recentemente a delegacia do aeroporto, não quis se pronunciar. O relatório foi encaminhado em dezembro do ano passado ao Ministério Público Federal, que oficiou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Infraero. O MPF cobrou ações da Anac e da Infraero. Expedi ofícios comunicando as irregularidades à Anac e à Infraero para que

adotem providências cabíveis e prestem informações sobre tudo o que foi denunciado, afirmou o procurador da República Márcio Barra Lima. O MPF, por enquanto, continua sem resposta. Diariamente, cerca de 50.000 pessoas embarcam e desembarcam do aeroporto internacional do Galeão. Durante a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o aumento do número de passageiros no principal aeroporto do estado, somado à fragilidade da segurança, pode facilitar a ação dos bandidos. Superintendente Regional da Infraero no Rio de Janeiro, André Luís Marques de Barros admite que uma das preocupações em relação aos dois eventos é o furto de malas. Bagagem violada incomoda a administração do aeroporto e os órgãos de segurança porque denota certa fragilidade. Nós administramos mais de 50.000 bagagens por dia, e os furtos, violações e extravios não são significantes a ponto de aparecerem em estatísticas, afirma. Os problemas de segurança do Galeão De acordo com Barros, durante os dias da JMJ, a Infraero vai aumentar seu efetivo em 30%. Além de intensificar a fiscalização do transporte das malas desde as aeronaves até os passageiros, a Infraero vai fazer blitz em locais considerados estratégicos, como no pátio do aeroporto.

Procurada pelo site de VEJA, a Anac informou que respondeu o ofício do MPF sobre o sistema de segurança do aeroporto do Galeão. O ofício em atenção ao MP está no protocolo da Agência para expedição. A Anac acrescentou ainda que só vai se manifestar após o recebimento do ofício e publicidade das informações pelo MP. Atualmente, o Galeão passa por reformas nos terminais 1 e 2. A revitalização começou em agosto de 2012, como parte da programação da Infraero para modernizar o aeroporto para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, em 2014. Com a conclusão das obras, o aeroporto passará a ter capacidade para processar 44 milhões de passageiros por ano. Hoje, a capacidade é de 21 milhões por ano, segundo a Infraero. Dez novas escadas rolantes serão instaladas no terminal 1, entre os setores A e B, e atenderão, principalmente, passageiros de voos domésticos e aqueles que desejam chegar ao estacionamento e à praça de alimentação. De acordo com Barros, outra mudança será o aumento do número de terminais de checkins. No Terminal 2, até janeiro eram pouco mais de 40. Hoje, são 80. Em abril de 2014 serão 112 pontos. As irmãs Camila Fernandes, 19 anos, e Carolina Fernandes, 25

anos, levaram uma hora para desembarcar de um voo internacional no Galeão A segurança é o aspecto mais grave de uma lista de melhorias necessárias para que o Galeão seja um aeroporto internacional com a qualidade compatível com sua importância. Atualmente, os usuários enfrentam uma série de desconfortos que tornam a viagem desnecessariamente estressante. Longa espera para a retirada de malas, extravios de bagagens e demora para embarque e desembarque são algumas das reclamações dos passageiros que utilizam o aeroporto do Galeão. Moradora de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, a professora Patrícia Bomfim, 51 anos, viajou com a família para Foz do Iguaçu na semana passada. Nesta sexta-feira, no desembarque, ela lembrou os problemas que teve na ida e na volta. O voo saiu do Rio com mais de uma hora de atraso, ninguém dá informação correta. Parece que você tem a obrigação de esperar. Na volta, não tivemos problemas com o voo, mas todas as malas chegaram muito sujas. Fica claro que, durante o transporte da mala, eles não têm o menor cuidado, disse a professora.

As irmãs Camila Fernandes, 19 anos, e Caroline Fernandes, 25 anos, também saíram insatisfeitas do Galeão. Moradoras de Santa Catarina, elas chegaram de Orlando nesta sexta-feira e esperaram meia hora para desembarcar. Depois de um voo cansativo de dez horas, meia hora de espera é o bastante para irritar os passageiros. Parece que não tinha ônibus para nos buscar no avião. Depois, esperamos por mais de 20 minutos para que as malas fossem colocadas na esteira. Ou seja, perdemos quase uma hora em terra, disse a advogada Caroline. FONTE : Revista VEJA GRAER/PR participa de treinamento em CRM

O efetivo do Grupamento Aeropolicial-Resgate Aéreo (GRAER), nos dias 17 a 20 de julho passados, foi submetido a treinamento em Gestão de Recursos de Equipe (Corporate Resourses Management CRM), como evento integrante das ações de segurança operacional, planejadas para este ano de 2012. Este treinamento foi executado pela empresa FLY Consultoria Aeronáutica e Cursos, cujas instruções foram ministradas pelo Sr. Douglas Avedikian, num total de 16 horas/aula para cada aluno. O treinamento em CRM é obrigatório para todos os envolvidos em atividade aérea, tais como, além de pilotos e demais tripulantes, aqueles que prestam serviço em hangares, aeroportos, serviços de pátio, empresas aéreas e operadores em geral. É determinação da própria Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que os operadores contenham treinamentos periódicos sobre esse tema em seus manuais de operações e de segurança

operacional o que, inclusive, é rigidamente cobrado pela citada agência reguladora. O GRAER, visando se adequar às exigências legais e preparar seu efetivo operacionalmente, com vistas a diminuir cada vez mais os níveis de risco operacional, executa mensalmente palestras e instruções, de forma que o efetivo esteja sempre atualizado no que tange a segurança na atividade aérea. O curso de CRM, nessa esteira, vai muito além de uma simples instrução, de forma a proporcionar uma visão de gestão de equipe para a execução das atividades diárias do Grupamento, com o foco principal voltado para a segurança operacional. Com a realização desse curso, juntamente com outras ações de gerenciamento e monitoramento do risco nas operações do Grupamento, procura-se atingir os níveis de segurança operacional mais altos possíveis, sem contudo, prejudicar o atendimento à demanda.