Crise provoca queda na geração de empregos para engenheiros em Minas

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Transcrição:

CARREIRA DE ESTADO O Projeto de Lei Complementar nº 13, de 2013, que transforma a Engenharia em carreira típica de Estado foi aprovado no Senado, em 5 de novembro. Leia na página 9. Crise provoca queda na geração de empregos para engenheiros em Minas A geração de postos de trabalho na Engenharia, em Minas Gerais, está enfrentando um processo acentuado de queda nos últimos três anos. Esta é uma das principais conclusões da cartilha Mercado de Trabalho Formal da Engenharia em Minas Gerais 2012/2013, elaborada pela subseção do Departamento Interestadual de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Senge-MG, que foi lançada no dia 10 de dezembro, na comemoração do Dia do Engenheiro. Veja mais nas páginas 6 e 7. DIA DO ENGENHEIRO Senge comemora data com programação especial O Sindicato comemorou o Dia do Engenheiro, no dia 10 de dezembro, com uma programação especial. Além de homenagear os sócios com mais de 35 anos de sindicalização, foram apresentadas a Agenda 2015, a cartilha Mercado de Trabalho e novas ferramentas de comunicação da entidade. Leia mais nas páginas 3 e 4. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL Pagamento da guia do Senge traz benefícios Pagar a Contribuição com a guia do Sindicato, além de fortalecer a categoria e legitimar a entidade, significa uma série de vantagens, a começar pelo benefício econômico. O valor corresponde a um dia de salário, baseado no Salário Mínimo Profissional. O vencimento é até o dia 28/2/2015. Veja mais na página 11 1

OPINIÃO Mobilização e participação para garantir conquistas RAUL OTÁVIO DA SILVA PEREIRA* Em 2014, os brasileiros vivenciaram momentos importantes para a história do Brasil e o mesmo aconteceu com os engenheiros e engenheiras do país. Nos esportes, sediamos uma Copa do Mundo; na política lembramos os 50 anos do Golpe Militar de 1964 e participamos, mais uma vez, das eleições para presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais. Sofremos e comemoramos com a Seleção Canarinho ao mesmo tempo em que lembramos que a Ditadura Militar é um período negro na história do Brasil que não deve ser repetido jamais. Na Engenharia, depois de muitas tentativas, as diversas esferas da categoria (Confea, Crea, Senge e Associações de Classe) se uniram em torno de projetos comuns e conseguiram conquistas importantes, como a aprovação, pelo Senado, do Projeto de Lei Complementar (PLC) 13/2013, que transforma a Engenharia, Arquitetura e Engenharia Agrônoma em carreiras típicas de Estado. A questão de gênero foi outro tema que tomou conta das esferas de debate da Engenharia nacional em 2014. Campanhas contra o assédio moral, assédio sexual e contra a discriminação racial e de gênero contra as mulheres foram realizadas pela Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) e compartilhada pelos Senges de todo o país. O Senge Minas Gerais viu surgir o seu Coletivo de Mulheres, formado em 14 de março, que promoveu debates e seminários sobre a questão das engenheiras no mercado de trabalho. Infelizmente, dados levantados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelam que o salário das engenheiras corresponde a 85% dos rendimentos dos engenheiros, apesar da maior capacitação e maior tempo de estudo das profissionais. Esta é uma realidade que precisa ser mudada e estamos trabalhando para isso. A política também fez parte do universo do Senge-MG em 2014, para muito além do acompanhamento e debate sobre as eleições majoritárias. Junto com outras entidades, o Senge Minas Gerais criou coletivos que disputaram e ganharam as eleições para conselheiros fiscais e deliberativos da Forluz e Cemig Saúde e também da Fundação Libertas. Tudo foi feito com o objetivo de tentar blindar essas instituições, que têm nas mãos o patrimônio de milhares de trabalhadores ativos e aposentados da Cemig, Copasa e diversas outras empresas. Participamos da eleição de conselheiro do Confea, quando representando o Sindicato, fomos eleitos com expressiva votação. A luta em defesa do Salário Mínimo Profissional também ganhou fôlego, em 2014. O Sindicato, dentro do Projeto Senge Presente, criou a Caravana da Engenharia e percorreu diversos municípios do interior de Minas Gerais, para conversar com os profissionais, divulgar as ações da entidade e, ainda, entrar em contato com prefeitos para reforçar a importância de se aplicar o SMP para os profissionais do setor público, seja municipal, estadual ou federal. A via judicial também foi tomada para assegurar os direitos dos engenheiros e engenheiras. Inúmeras ações do Salário Mínimo Profissional foram ajuizadas e os resultados, positivos em sua maioria, começam a chegar agora. Porém, a Engenharia, mesmo com todos estes avanços mencionados acima, tem que se preparar para as ameaças que estão batendo à porta novamente. Com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) revisto para 0,19%, segundo estudo divulgado pelo Banco Central no dia 1º de dezembro, e com a retração da indústria, os postos de trabalho dos engenheiros e engenheiras estão sob ameaça. O Dieese aponta que houve queda brusca na criação de vagas na Engenharia, em Minas Gerais, nos últimos três anos. As demissões também aumentaram em 2014. Em momentos de crise é ainda mais importante que os profissionais participem das lutas da categoria e caminhem ao lado do seu Sindicato. O próximo ano será importante para a defesa e consolidação de nossas conquistas. Os ajustes que estão sendo anunciados podem trazer novas ameaças aos empregos no país. Mais do que nunca será necessário fortalecer a mobilização da categoria para que as ameaças não se concretizem. (*) Raul Otávio da Silva Pereira é engenheiro eletricista, presidente do Senge-MG e Conselheiro Federal no Confea. SINDICATO DE ENGENHEIROS NO ESTADO DE MINAS GERAIS - Rua Araguari, 658 - Barro Preto - CEP 30190-110 - Belo Horizonte-MG - Tel.: (31) 3271.7355 - Fax: (31) 3546.5151 e-mail: sengemg@sengemg.org.br - site: www.sengemg.org.br - GESTÃO 2013/2016 - DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Raul Otávio da Silva Pereira 1º Vice-Presidente: Augusto César Santiago e Silva Pirassinunga 2º Vice-Presidente: José Flávio Gomes Diretor 1º Tesoureiro: Abelardo Ribeiro de Novaes Filho Diretor 2º Tesoureiro: Welhiton Adriano de Castro Silva Secretário Geral: Elder Gomes Dos Reis Diretor 1º Secretário: Anivaldo Matias De Sousa DIRETORIAS DEPARTAMENTAIS Diretor de Aposentados: Paulo Roberto Mandello Diretor de Ciência e Tecnologia: Cynthia Franco Andrade Diretor de Assuntos Comunitários: Josias Gomes Ribeiro Filho Diretor de Imprensa: Mateus Faria Leal Diretor Administrativo: Alírio Ferreira Mendes Júnior Diretor de Assuntos Jurídicos: Ricardo Cézar Duarte Diretora da Saúde e Segurança do Trabalhador: Anildes Lopes Evangelista Diretor de Relações Intersindicais: Rubens Martins Moreira Diretor de Negociações: Antônio Azevedo Diretor de Interiorização: Ricardo dos Santos Soares Diretor Socioeconômico: Antônio Dias Vieira Diretor de Promoções Culturais: José Marcius Carvalho Valle CONSELHO FISCAL Iocanan Pinheiro de Araújo Moreira Éderson Bustamante Virgílio Almeida Medeiros Júlio César Lima Gilmar Pereira Narciso DIRETORIA REGIONAL ZONA DA MATA Diretor Administrativo: Fernando José Diretora Secretária: Vânia Barbosa Vieira Diretora Tesoureira: Ilza Conceição Maurício Diretores Regionais: Maria Angélica Arantes de Aguiar Abreu; Gilwayne Alves de Sousa Gomes; Sílvio Rogério Fernandes; Luiz Antônio Fazza; Liércio Feital Motta Junior; Francisco de Paula Lima Netto; Marcos Felicíssimo Beaklini Cavalcanti; Carlos Alberto de Oliveira Joppert; Eduardo Barbosa Monteiro de Castro; João Vieira de Queiroz Neto DIRETORIA REGIONAL NORTE NORDESTE Diretor Administrativo: Guilherme Augusto Guimarães Oliveira Diretor Secretário: Jessé Joel de Lima Diretor Tesoureiro: Melquíades Ferreira de Oliveira Diretores Regionais: Holbert Caldeira; Renata Athayde Gomes; Pedro Bicalho Maia; Plínio Santos de Oliveira DIRETORIA REGIONAL SUL Diretor Administrativo: Nelson Benedito Franco Diretor Secretário: Fernando Barros Magalhães Diretora Tesoureira: Fabiane Lourdes de Castro Diretor Regional: Nélson Gonçalves Filho DIRETORIA REGIONAL TRIÂNGULO Diretor Administrativo: Ismael Dias Figueiredo da Costa Cunha Diretor Secretário: Pedrinho da Mata Diretor Tesoureiro: Jean Marcus Ribeiro Diretores Regionais: Francielle Oliveira Silva; Hélver Martins Gomes DIRETORIA REGIONAL VALE DO AÇO Diretor Administrativo: Antônio Germano Macedo Diretor Secretário: Sergino Ventura Dos Santos Oliveira Diretor Tesoureiro: Bruno Balarini Gonçalves DIRETORIA REGIONAL CAMPO DAS VERTENTES Diretor Administrativo: Domingos Palmeira Neto Diretor Secretário: Wilson Antônio Siqueira Diretor Tesoureiro: Arnaldo Coutinho Brito DIRETORIA REGIONAL CENTRO Diretor Administrativo: Alfredo Marques Diniz Diretor Secretário: Wellington Vinícius Gomes da Costa Diretores Regionais: Aline Almeida Guerra; Gilmar Côrtes Sálvio Santana; Marcelo Fernandes da Costa; Marcos Moura do Rosário; Epaminondas Bittencourt Neto; Marcelo de Camargos Pereira; Andrea Thereza Pádua Faria; Sávio Nunes Bonifácio; Waldyr Paulino Ribeiro Lima; Wanderley Acosta Rodrigues; Laurete Martins Alcântara Sato; José Tarcísio Caixeta (licenciado); Carlos Moreira Mendes; Jairo Ferreira Fraga Barrioni; Jucelino Dias Moreira; Paulo Henrique Francisco Santos. SENGE INFORMA EDIÇÃO: Miguel Ângelo Teixeira REDAÇÃO: Miguel Ângelo Teixeira, Luiza Nunes e Caroline Diamante ARTE FINAL: Viveiros Editoração IMPRESSÃO: Gráfica Millenium 2

DIA DO ENGENHEIRO Sindicato comemora data com lançamentos e homenagens Homenagens e lançamentos de diversas novidades para os profissionais da Engenharia marcaram as comemorações do Dia do Engenheiro 2014, realizadas pelo Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG), no dia 10 de dezembro. Na ocasião, o Sindicato homenageou os sócios da entidade que têm mais de 35 anos de sindicalização e promoveu, ainda, o lançamento da cartilha Mercado de Trabalho Formal da Engenharia 2012/2013, do Manual/Agenda 2015 do Senge, do novo website site da entidade, assim como do novo hotsite e do APP de serviços, e do portal do Projeto Senge Memória. O evento contou, também, com o lançamento do livro Pequeno Tratado da Arte de Abrir Janelas, do engenheiro José Alcibíades de Rezende Frota. Ex- -diretor do Senge-MG, Frota foi homenageado durante o evento por sua atuação na luta pela democracia no Brasil, pelo trabalho realizado com o Senge-MG e pelos serviços prestados à Engenharia Nacional. As comemorações foram encerradas com a inauguração do espaço do Projeto Cultural ao Pé da Goiabeira que leva o nome do ex-diretor Antônio Carlos de Souza, falecido em setembro de 2014 e com a apresentação do quarteto Chico Amaral. Arte de abrir janelas Conhecido por sua atuação no período de transição entre a Ditadura Militar e a redemocratização do país e por sua participação ativa na reconstrução do Sindicato de Engenheiros como entidade verdadeiramente representativa da categoria, o engenheiro e ex-diretor do Senge- -MG, José Alcibíades de Rezende Frota, foi homenageado pelo Sindicato de Engenheiros com uma placa de agradecimento por todos os serviços prestados para a Engenharia e para a sociedade brasileira. Na ocasião, Frota apresentou o seu novo livro, Pequeno Tratado da Arte de Abrir Janelas (editora Asa de Papel). A obra é a terceira do autor, sendo o segundo livro de poesias. Nela, José Frota faz uma reflexão sobre as janelas que encontramos durante a vida. A arte de abrir janelas aprenderemos pela vida afora, e, como acontece na maioria das artes, morremos sem atingir a forma ideal, comentou Frota. O ex-presidente do Senge, Augusto Drumond, foi quem fez a apresentação do homenageado e entregou a placa a Frota. Desde o primeiro minuto do movimento de renovação da Engenharia, primeiro com o Centro de Estudos da Engenharia e depois com a chapa Atuação Sindical que trouxe a renovação ao Sindicato de Engenheiros, o Frota estava lá conosco. Além de ser um profissional qualificado e experiente, ele é um indivíduo muito preocupado com a situação política do país. Nós, jovens daquela época, bebemos muito da experiência do companheiro, lembrou Drumond. Queria ressaltar a figura do José Alcibíades e dizer que foi um honra poder falar sobre pessoa tão ilustre e dizer que não podemos prescindir de companheiros que nos antecederam. O Frota foi um dos grandes companheiros que pudemos contar naquela época e, por isso mesmo, é importante ressaltar a grande pessoa que ele é, completou. José Alcibíades Frota agradeceu a homenagem e relembrou seus tempos de atuação no Senge-MG. Acompanhei as gestões do Augusto Drumond, do José Marcius e da Maria Cristina. Sem citar a todas as diretorias, acompanhei o trabalho feito ao longo dos anos e o Senge nunca faltou em nada comigo, de me convidar para as comemorações e atividades. Agradeço a homenagem e posso dizer que não me arrependo de nada do que fiz, disse Frota. José Frota é formado em Engenharia Civil e mestre em Engenharia Elétrica. Ele foi diretor do Sindicato de Engenheiros na gestão de Augusto Celso Franco Drummond, entre 1984 e 1987. Ao longo de suas atividades em Engenharia, não deixou de lado O engenheiro e escritor José Frota (centro) apresentou seu novo livro durante as comemorações do Dia do Engenheiro seu interesse pela literatura. O casamento das coisas na vocação da gente são diferentes. Sempre me interessei pelas artes e sempre gostei de matemática, construção e arquitetura. O primeiro livro escrito por Frota foi Em Vermelho, lançado em 1982 pela editora Vega. O segundo foi Assim cantaram com amor e raiva, lançado pela Editora Scriptum em 2009. 3

DIA DO ENGENHEIRO Novas ferramentas de comunicação facilitam o acesso às informações O Sindicato de Engenheiros aproveitou a comemoração do Dia do Engenheiro para apresentar as novidades que preparou para os associados e demais profissionais da categoria. Uma delas foi o Manual/Agenda 2015 do Sindicato. Esta nova agenda é mais do que um lugar para anotar compromissos e outras informações, é um veículo de comunicação entre o Senge e os engenheiros e engenheiras. É uma forma de carregar o Sindi- O diretor do Senge- MG, Guilherme Oliveira, apresentou o Manual/ Agenda 2015 do Sindicato cato consigo, de mostrar a todos a marca do Senge. Vai servir para ampliar a visibilidade e apresentar a entidade para a sociedade, disse o diretor administrativo da Regional Norte/Nordeste do Senge, Guilherme Augusto Guimarães Oliveira, responsável por apresentar a agenda. Outro lançamento realizado foi o da nova identidade do site e hotsite de serviços do Senge. Logo de cara o usuário vai se deparar com um site mais bonito, com um layout mais claro e limpo. As funções mais acessadas terão um destaque maior na página, facilitando ao usuário ter acesso a essas informações. Um bom exemplo é a área de negociações coletivas que vai ganhar um maior destaque na página principal ficando muito mais fácil encontrar aquela informação que o engenheiro procura. Vale ressaltar que as mudanças no site vão ocorrer de forma gradual, para garantir que o usuário tenha a melhor experiência durante esse período de transição, esclarece Mateus Leal, diretor de Comunicação do Senge- MG, Mateus Leal. O Senge-MG também criou um aplicativo para smartphones e tablets. O aplicativo para plataformas IOS e Android vai facilitar a interação do associado com o sindicato e vai possibilitar que o usuário tenha acesso a diversos serviços e conteúdos da entidade. Assim que um curso novo for lançado os associados recebem uma notificação pelo smartphone ou tablet com todas as informações sobre ele e, caso tenham interesse em se inscrever, podem fazer a inscrição pelo próprio aplicativo, explica Mateus. Outro lançamento foi o da cartilha Mercado de Trabalho Formal da Engenharia em Minas Gerais 2012/2013. Nela estão disponibilizados dados sobre o mercado mineiro da Engenharia, de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2012 e 2013. A cartilha foi elaborada pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Senge- MG e está disponível no site www.sengemg.org.br ou pode ser retirada, gratuitamente, na sede do Sindicato. Senge Memória Durante o evento foi apresentado, ainda, o Portal Senge Memória. Segundo o coordenador do Projeto Senge Memória, jornalista Miguel Ângelo Teixeira, já foram digitalizados e catalogados 3.323 documentos e 12.820 fotos que estão organizadas em 2.205 pastas. O jornalista informou, ainda, que a partir dos documentos e depoimentos dos ex-diretores foi reconstituída a história do Sindicato, que começa em 1934 quando foram fundados os primeiros sindicatos de engenheiros em Minas Gerais e que deram origem ao Sindicato em 25 de agosto de 1947. Para apresentar o trabalho ao público, foi criado um portal que traz todas as narrativas, fotos e documentos que compõem a história do Sindicato desde 1934 aos dias de hoje. O portal pode ser acessado no seguinte endereço: www.sengemg.org.br/memoria. Sindicato homenageia sócios com mais de 35 anos de sindicalização Durante as comemorações do Dia do Engenheiro 2014, realizadas pelo Sindicato de Engenheiros, foram homenageados os 46 sócios da entidade que têm mais de 35 anos de sindicalização e estão em dia com a anuidade social. Estes engenheiros foram agraciados com placa agradecendo pelo apoio ao Sindicato e também receberam a isenção da anuidade social a partir de 11 de dezembro de 2014, data oficial do Dia do Engenheiro. Os homenageados receberam, na ocasião, um exemplar do livro do engenheiro José Alcibíades de Rezende Frota, ex- -diretor do Sindicato, e um Ma- nual/agenda 2015 do Senge. Os homenageados que não puderam comparecer ao evento vão receber a placa de homenagem e a agenda pelo Correio. Éderson Bustamante é um dos engenheiros homenageados. Para o sócio do Sindicato de Engenheiros desde 1963, a ação da entidade consegue contemplar tantos os engenheiros como a Engenharia. Acho importante o Senge se posicionar diante dos problemas regionais e nacionais da Engenharia e não apenas dos profissionais. Outro sócio que recebeu a homenagem é o engenheiro Anivaldo Matias de Sousa. Ele ingressou no Sindicato oito meses após se formar em engenharia elétrica na PUC-MG, em 1977. Desde que se associou, Anivaldo Sousa acompanha as lutas políticas do Sindicato. O Senge-MG tem um papel muito relevante para nós profissionais, seja na defesa dos interesses corporativos, seja nas lutas mais amplas da sociedade como pela democratização do país, nas grandes lutas da sociedade como as Diretas Já, Lei da Ficha Limpa e atualmente na Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas, conclui. Therezinha Gomide Amaral recebeu homenagem pelos mais de 35 anos de sindicalização 4

Sindicato cria universidade para oferta de cursos na área tecnológica Criada com o intuito de atualizar os profissionais (engenheiros e tecnólogos) das áreas tecnológicas, para mantê-los capacitados a atuar em suas respectivas profissões e impulsionar o desenvolvimento técnico e social, a Universidade Corporativa do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Unisenge) já oferece uma série de cursos livres, voltados também para estudantes do ensino técnico e superior. A criação da Unisenge busca ampliar cada vez mais os serviços prestados pelo Sindicato a seus associados, proporcionando maior sinergia, objetividade e qualidade no portfólio de cursos disponibilizados para formação e aperfeiçoamento profissional. Trata-se de um sonho antigo, que, em 2014, estamos começando efetivamente a tornar realidade, afirma o presidente do Senge-MG, Raul Otávio da Silva Pereira. Procura Segundo Abelardo Ribeiro de Novaes Filho, 2º tesoureiro da entidade, embora o projeto se encontre em fase embrionária, tem sido grande a procura por parte de profissionais e empresas. As organizações perceberam que não podem mais depender exclusivamente das instituições de ensino para terem mão de obra qualificada, tendo em vista o caráter generalista da formação oferecida por estas escolas, diz. Já as universidades corporativas, pelo fato de se alicerçarem em cultura e objetivo próprios, podem formar profissionais prontos a atender às necessidades do setor produtivo, uma vez que os cursos são dirigidos a suas demandas específicas. A universidade corporativa cumpre a função de especializar os profissionais em determinados nichos que o mercado requer, acrescenta. Ele observa, entretanto, que os conteúdos oferecidos através dos cursos não contemplam apenas os profissionais que têm interesse em trabalhar como empregados, mas se estendem àqueles que já atuam como empreendedores individuais ou pretendem se tornar um deles. Visão estratégica O diretor do Senge-MG informa ainda que a definição dos temas abordados nos cursos atende não apenas às sugestões apontadas por empresas e profissionais, mas à visão estratégica que tem guiado as ações da própria Unisenge. Os cursos oferecidos atualmente têm duração de dois a sete dias e são certificados pelo próprio Senge-MG, que oferece a seus associados descontos especiais no pagamento. As aulas são ministradas em edifício anexo à sede da entidade, na Rua Timbiras, 2887, Barro Preto. Para o futuro, a proposta, segundo o presidente do Senge- -MG, é ampliar a oferta. Nossos objetivos de médio e longo prazo incluem o oferecimento de cursos de pós-graduação em um primeiro momento e, em seguida, de graduação, sempre buscando alternativas que sejam interessantes, inovadoras e de amplo interesse dos profissionais, a fim de contemplar nichos que não estejam disponíveis no mercado da educação, informa. Abelardo Ribeiro de Novaes Filho, diretor tesoureiro do Senge-MG SERVIÇO: Para ficar informado sobre as oportunidades de qualificação oferecidas pela UNISENGE, acesse o site www.sengemg.org.br/servicos Nova diretoria da ASE é apresentada a Sete Lagoas e promete reestruturação Em solenidade realizada em 14 de novembro, a nova diretoria da Associação Setelagoana de Engenheiros (ASE), eleita para o mandato 2015/2017, foi apresentada aos profissionais da Engenharia de Sete Lagoas. O presidente da nova gestão é o engenheiro Alírio Ferreira Mendes Junior, atual diretor administrativo do Sindicato. O presidente do Senge, Raul Otávio da Silva Pereira também participa como conselheiro fiscal da nova gestão da ASE. De acordo com Alírio, a ideia da nova diretoria é fazer uma reestruturação completa da Associação. A ASE já foi uma Associação muito forte. No entanto, agora ela está enfraquecida. Por isso, vamos refazer a Associação do zero. Vamos mudar a logomarca, já mudamos a sede, pretendemos mudar o estatuto, revela o engenheiro. O presidente do Senge, Raul Otávio, espera que a nova diretoria melhore e revitalize a ASE. A solenidade contou com a participação de várias autoridades de Sete Lagoas e da Engenharia. Prestigiaram o evento o prefeito interino de Sete Lagoas, Ronaldo João da Silva, o Conselheiro Federal de Engenharia e Agronomia pelo Piauí, Marcelo Soares, o presidente da Associação Nacional dos Engenheiros Ambientais, Marcus Vinicius de Souza Batista. Na ocasião, o prefeito interino, Ronaldo João da Silva, reafirmou a importância da Associação para o município e para os engenheiros e declarou o apoio da prefeitura ao trabalho da ASE. Alírio Mendes Júnior (ao microfone) foi eleito presidente da ASE 5

MERCADO DE TRABALHO NA ENGENHARIA Minas tem queda acentuada na geração de postos de trabalho A geração de postos de trabalho na Engenharia, em Minas Gerais, está enfrentando um processo acentuado de queda nos últimos três anos. Esta é a principal conclusão da cartilha Mercado de Trabalho Formal da Engenharia em Minas Gerais 2012/2013, elaborada pela subseção do Departamento Interestadual de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge- -MG) com base nos dados constantes da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2012 e 2013 e publicada pelo Sindicato. Segundo a pesquisa do Dieese, em 2011 foram gerados 2.224 postos de trabalho; em 2012 este número caiu para 869 postos e, em 2013, foram gerados apenas 333 postos de trabalho na Engenharia em Minas Gerais. Essa tendência é, entre outros, resultado do menor crescimento da economia, em especial da indústria, setor importante para a empregabilidade dos profissionais da área. A partir dessa diminuição da geração de postos, combinado a um fraco desempenho econômico e também à forte ampliação do número de matrículas nos cursos de Engenharia, pode-se conjecturar que a situação do mercado de trabalho da área pode voltar a viver momentos de dificuldade nos próximos anos, avalia Thiago Rodarte, técnico da subseção do Dieese no Senge-MG, responsável pelo estudo. De acordo com a pesquisa, o mercado formal de trabalho no Brasil manteve a tendência de expansão, mas com menor intensidade. Para se ter uma ideia, houve crescimento de 3,1% neste mercado entre 2012 e 2013. As ocupações vinculadas à Engenharia, no Brasil, cresceram 3,5%. No entanto, o desempenho foi consideravelmente menor em Minas Gerais, onde o mercado de trabalho formal da Engenharia cresceu apenas 1,2%, ficando abaixo do crescimento do mercado de trabalho estadual como um todo, de 2,6% no período. Thiago Rodarte, técnico do Dieese, explica a menor expansão do mercado de trabalho em Minas Gerais. Do ponto de vista macroeconômico a economia de Minas Gerais perdeu participação no total da economia brasileira. Em 2010 e 2011 o PIB do estado representava 9,3% do total do Brasil, passando para 9,2% em 2012. Uma economia que se expande em um ritmo menor tende a gerar menos postos de trabalho. Nota-se que nos setores onde houve queda do número de postos de trabalho ligados à engenharia no estado, ou houve ampliação no país como um todo ou houve uma queda menor. No setor da Indústria Extrativa Mineral, por exemplo, houve queda de 5,4% no período entre 2012 e 2013 em Minas enquanto que no Brasil como um todo se expandiu em 2,9%; no setor de Serviços houve queda de 1,1% no período entre 2012 e 2013 em Minas enquanto que no Brasil como um todo se expandiu em 5,2%, expõe. Demissões Além de um crescimento menor na geração de postos de trabalho na Engenharia, Minas Gerais também está enfrentando um aumento no número de demissões, constatado através das homologações feitas pelo Senge-MG. Em 2012, foram feitas 1606 homologações durante todo o ano; em 2013, este número subiu para 1740. De janeiro a junho de 2014, foram realizadas 875 homologações, mais da metade de todas as homologações realizadas no ano anterior. Segundo Alexsandra Neimea Freitas Santos, responsável pelo setor de homologações do Sindicato, 2014 está registrando aumento no número de homologações em relação a 2013, mas esta não é a pior notícia. Em 2013 foram feitas muitas homologações, mas a maior parte foi de engenheiros que pediram para sair das empresas e já tinham nova colocação. Este ano, a situação é outra. Os engenheiros estão sendo demitidos mesmo, mandados embora, sem a perspectiva de recolocação no mercado de trabalho, revela. Cartilha traz um panorama do mercado O Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) lançou, no dia 10 de dezembro de 2014, a cartilha Mercado de Trabalho Formal da Engenharia em Minas Gerais 2012/2013, que traz o panorama do mercado mineiro para a Engenharia, de acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2012 e 2013. A cartilha foi elaborada pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse) no Senge-MG e publicada pelo Sindicato. Esta é a terceira edição da cartilha. Na primeira, foi apresentada a evolução do mercado de trabalho de 2004 a 2010. Os dados de 2011 e 2012 foram objeto do estudo publicado na segunda edição. A cartilha Mercado de Trabalho Formal da Engenharia em Minas Gerais 2012/2013 está disponível no portal online da entidade (www.sengemg.org.br), assim como as edições anteriores. A versão impressa do material pode ser retirada, gratuitamente, na sede do Sindicato. 6

MERCADO DE TRABALHO Remuneração dos engenheiros continua inferior à média brasileira A remuneração das engenheiras e engenheiros mineiros, de todos os setores e especialidades, continua menor do que a remuneração média brasileira para estes profissionais. De acordo com a cartilha Mercado de Trabalho Formal da Engenharia em Minas Gerais 2012/2013, desenvolvida pelo Senge-MG em parceria com o Dieese, a diferença chega a ser de 35%. A análise dos rendimentos segundo natureza jurídica dos estabelecimentos revela que as maiores remunerações médias pagas no Brasil em 2013 eram dos profissionais que ocupavam postos nas empresas estatais (R$ 16.167,12) e no setor público federal (R$ 11.300,46). Em Minas Gerais, embora em valores inferiores aos observados no Brasil, também eram esses os tipos de estabelecimentos que melhor remuneravam os engenheiros: nas empresas estatais, os engenheiros mineiros recebiam, em média, R$ 10.559,94, o que equivalia a 65% da remuneração observada no Brasil, revela o estudo. O técnico da subseção do Dieese no Senge-MG, Thiago Rodarte, atribui a menor remuneração dos profissionais em Minas Gerais a uma série de fatores. A economia mineira é menor que a do país como um todo, principalmente pela presença de Rio e São Paulo. Por isso, produz menos riquezas e consequentemente distribui, em menor valor absoluto médio, uma quantidade menor. Além disso, os engenheiros empregados em empresas estatais no estado recebiam em média apenas 65% do que recebiam aqueles empregados nesse mesmo tipo de estabelecimento no Brasil. Isso se deve, provavelmente, à menor presença de empresas estatais federais em Minas do que em outras unidades da federação e contribuí para a menor média salarial, pondera. Salário Mínimo Profissional A cartilha revela, ainda, um dado preocupante. Segundo o estudo, 25,7% dos engenheiros de Minas Gerais recebiam, em Thiago Rodarte, técnico do Dieese no Senge-MG 2013, menos que o piso salarial estipulado de acordo com a carga horária diária de trabalho. Em todas as jornadas de trabalho (de 10 a 44 horas semanais), a proporção de engenheiras que recebiam menos que o piso salarial era maior que a proporção de engenheiros nesta situação. A região do Estado também influência nos rendimentos dos engenheiros. A pesquisa demonstra que no Vale do Jequitinhonha, por exemplo, 71% dos profissionais que trabalhavam 44 horas por semana recebiam abaixo do piso. Já em Belo Horizonte e Região Metropolitana, este percentual era praticamente o contrário: 76% dos engenheiros recebiam acima do piso. Com relação à atuação do Senge-MG no que diz respeito ao salário dos engenheiros, o presidente do Sindicato afirma que a entidade já realiza ações no sentido de defender os direitos dos profissionais e que essas ações serão continuadas e expandidas. O Senge atua nas frentes de sempre, que são aquelas que envolvem o cumprimento do Salário Mínimo Profissional e, especificamente, na tentativa antiga de se implantar o piso profissional no setor público. Acreditamos que a valorização do engenheiro passa, necessariamente, pelo entendimento do empresariado mineiro de que o pagamento deste Salário Mínimo Profissional é constitucional, é devido e é absolutamente necessário para o desenvolvimento do Estado, considera Raul Otávio. Desigualdade entre gêneros persiste As mulheres engenheiras estão ocupando um número cada vez maior de postos no mercado de trabalho da área. No entanto, a desigualdade entre a remuneração de engenheiras e engenheiros persiste. Segundo dados da cartilha Mercado de Trabalho Formal da Engenharia em Minas Gerais 2012/2013, o número de postos de trabalho ocupados por mulheres engenheiras cresceu, no Brasil, 5,2%, enquanto a quantidade de engenheiros cresceu apenas 3,2%. As engenheiras, no entanto, continuam a receber menos que os engenheiros. De acordo com os dados da pesquisa, as engenheiras civis de Minas Gerais recebiam, em 2012, 90% da remuneração paga aos engenheiros. Em 2013, este percentual subiu para 92%. Porém, em outros setores a situação é diferente. Na Engenharia de Produção, as engenheiras ganhavam, em 2012, 76% do salário dos engenheiros e, em 2013, passaram a receber 77%. Em 2013, as engenheiras mecânicas recebiam 80% da remuneração dos engenheiros mecânicos. Houve alguma melhora na situação feminina, mas sem esquecer que, em todos os casos, as mulheres continuam recebendo menos que os homens. Para a diretora do Senge-MG e membro do coletivo de mulheres do Sindicato, Vânia Barbosa, a desigualdade de gêneros está arraigada em preconceitos e normas conservadoras que construíram a sociedade. Na Engenharia isso não é diferente. O universo feminino se encontra expandindo, temos maior tempo de escolaridade, nos preparamos melhor para os desafios que, a princípio, pertencem ao universo masculino. Temos garra, aceitamos desafios e colocamos em nossas atividades não só a nossa capacidade profissional, adquirida nos bancos das escolas como, também, nossas percepções femininas a serviço do nosso trabalho. E isso assusta, o mercado é competitivo, diz. Para Vânia, o universo da Engenharia não é apenas mas também um espaço feminino. Receber menor salário, não galgar cargos de chefia, são modos de frear e subjugar a capacidade feminina e isso ocorre, principalmente, porque ainda existem homens que têm medo do que somos capazes de fazer. Por isso, Vânia Barbosa, diretora do Senge e membro do Coletivo de Mulheres temos que ansiar por salários bons e iguais, independente de gêneros, afinal, não são os gêneros que definem nossas capacidades, finaliza. 7

Caravana leva ações de valorização profissional à Zona da Mata Com o objetivo de ampliar a presença do Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) no interior, em outubro, a Diretoria Regional Zona da Mata, em parceria com o projeto Senge Presente promoveu a Caravana da Engenharia que visitou três municípios da região. Na visita a Cataguases, Leopoldina e Muriaé, ficou demonstrada a importância de ampliar a divulgação das ações realizadas em favor da valorização dos profissionais e de conscientizá-los sobre seus direitos, em particular, o que prevê a Lei 4.950A/66, que estabelece a remuneração mínima para engenheiros no país. O roteiro foi aberto no dia 27 de outubro, em Cataguases, onde a Caravana esteve na Inspetoria do Crea-MG. A visita contou com a presença da presidente da Associação de Engenheiros do município, Marisa Beghine, que relatou o descaso da administração municipal com seus engenheiros. Os representantes do Senge- -MG também se reuniram com o prefeito José César Samor, para cobrar o cumprimento do Salário Mínimo Profissional (SMP). Ele informou que a solicitação se encontra em análise e garantiu que a questão será resolvida, sem, no entanto, estabelecer um prazo para que a legislação seja efetivamente cumprida. Na oportunidade, o diretor de interiorização do Senge-MG, Ricardo dos Santos Soares, reforçou a importância dos profissionais de Engenharia para o desenvolvimento das cidades. Lembramos a necessidade Caravana da Engenharia levou informações sobre o Senge-MG à Zona da Mata O diretor Fernando José ministrou palestra sobre o papel do Sindicato nas relações de trabalho aos estudante do Cefet de Leopoldina de ampliar as obras de saneamento, energia, moradia, meio ambiente, mobilidade urbana e comunicação, na perspectiva de aprimorar o atendimento à população e destacar o papel dos profissionais da Engenharia na melhoria da qualidade de vida no município, sintetizou. Ainda em Cataguases, a Caravana esteve na Friatec, fabricante alemã de equipamentos e peças utilizados na condução de gases e fluidos, onde percorreu a fábrica e informou os engenheiros sobre os serviços prestados pela entidade. Iniciativas como esta são muito válidas por mostrarem a importância da Engenharia no nosso dia a dia. As empresas, por sua vez, também se beneficiam, em razão do suporte que o Sindicato tem a oferecer aos profissionais, destaca Francisco Klemz, gerente geral da Friatec. A visita a Cataguases foi complementada com uma panfletagem na Praça Rui Barbosa, onde um stand foi montado para a divulgação das ações do Sindicato, principalmente do trabalho de valorização dos profissionais junto à sociedade. A Caravana também visitou a Energisa e as Faculdades Integradas de Cataguases (FIC). Leopoldina Em Leopoldina, a Caravana constatou, mais uma vez, o desrespeito à Lei 4.950A/66. Do quadro atual de profissionais da Prefeitura, apenas um profissional, que recorreu à Justiça para ver cumprida a legislação, recebe o SMP. Em palestra proferida aos alunos do curso de Engenharia de Controle e Automação do Cefet, o diretor administrativo da Regional Zona da Mata, Fernando José, orientou os futuros profissionais a não se deixarem enganar pelas nomenclaturas variadas empregadas atualmente pelo mercado para escapar às obrigações previstas na Lei 4.950A/66. Para o coordenador do curso, Fabiano Drumond, a presença do Senge-MG nas escolas é importante por conscientizar os estudantes sobre o papel que os engenheiros têm a desempenhar. Um país que se pretende de ponta precisa andar de braços dados com a Engenharia, avalia. O roteiro foi encerrado em Muriaé, onde, além da Inspetoria do Crea-MG no município, a Caravana também visitou a Prefeitura e duas empresas Líder Implementos Rodoviários e JP Engenharia. Uma panfletagem também foi realizada na Praça João Pinheiro. 8

CARREIRA DE ESTADO Projeto é aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça no Senado A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ) aprovou, no dia 5 de novembro, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 13/2013 que torna essenciais e exclusivas do Estado as atividades exercidas por engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos no serviço público federal. Em princípio a decisão era terminativa e seguiria para a sanção da presidente. No entanto, foi interposto recurso para que o projeto seja apreciado pelo Plenário e, agora, o PLC 13/2013 aguarda inclusão na Ordem do Dia no Senado. Raul Otávio da Silva Pereira, presidente do Sindicato de Engenheiros, considera o PLC 13/2013 de extrema importância não apenas para os engenheiros mas, também, para a sociedade. Acredito que tornar a Engenharia uma carreira de Estado, assim com o a Promotoria Pública, por exemplo, vai ser muito benéfico e vai gerar grandes oportunidades de trabalho para os engenheiros e também benefícios para a população, uma vez que será ampliado o acesso aos serviços de Engenharia com maior qualidade, disse. Clovis Nascimento, presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), comemorou o resultado da votação. Nós, engenheiros, contribuímos efetivamente para a formulação de políticas públicas e para a construção de um projeto de nação. Sem dúvida, esta é uma vitória do conjunto da sociedade brasileira, disse. Acreditamos na sensibilidade do governo federal, haja vista que a aprovação deste projeto significa a valorização da Engenharia e nosso comprometimento com o desenvolvimento nacional, completou Clovis. O relator da matéria na CCJ, senador Romero Jucá, disse que a decisão reforça o caráter essencial destas carreiras para o Estado brasileiro. Essa matéria vai ao encontro exatamente de uma vontade nacional, que é o fortalecimento das carreiras técnicas do serviço público. São servidores extremamente importantes e que não têm no papel o reconhecimento técnico e político da grandeza da sua atuação. Ele advertiu, no entanto, que a aprovação do PLC não implica em aumento de salário, nem em diferenciação de categorias. Plano de carreira Para o presidente da Fisenge, Clovis Nascimento, a aprovação do projeto abre caminho para o debate em torno da elaboração de um plano de carreira que contemple os profissionais do serviço público federal. O senador Jucá observou, ainda, que o PLC prevê que engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos, na condição de ocupantes de cargos efetivos no serviço público federal, estadual ou municipal, tenham o mesmo tratamento destinado aos servidores da Receita Presidentes dos Creas e do Confea são eleitos para próximo triênio Clóvis Nascimento, presidente da Fisenge Federal e da Advocacia Geral da União (AGU). As carreiras essenciais e exclusivas de Estado estão previstas na Emenda Constitucional 19, de 1998, que definiu as diretrizes da reforma administrativa realizada na época. Para incluir os engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos, a proposta altera a Lei 5.194/66, que regulamenta estas profissões. O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Crea) de todo o Brasil elegeram seus presidentes para a gestão 2015/2017, no dia 19 de novembro. Tiveram a candidatura homologada, durante plenária do Confea em Brasília, no dia 27 de novembro, o presidente do Confea, José Tadeu da Silva, cinco conselheiros federais e 21 dos 27 presidentes de Creas. Em Minas Gerais, o candidato e atual presidente do Crea- MG, Jobson Nogueira de Andrade, venceu as eleições. Ele teve o apoio do Senge- MG. Também apoiado pelo Sindicato, o diretor Paulo Henrique dos Santos foi eleito Inspetor Chefe em Belo Horizonte. Fisenge contesta processo Mesmo com a Justiça Federal determinando o adiamento das eleições para a presidência e conselheiros federais do Confea por 90 dias, a votação foi realizada no dia 19 de novembro. Segundo a Federação Interestadual de Sindicato de Engenheiros (Fisenge) para não receberem a intimação judicial, a diretoria e funcionários abandonaram a sede do Conselho em Brasília. Eleições Libertas Os candidatos do Coletivo de Olho na Libertas venceram as eleições para o Conselho Deliberativo e o Conselho Fiscal da Fundação Libertas, realizadas entre 19 de setembro e 6 de outubro. O Coletivo é composto pelo Senge-MG, Sindados-MG, CT Prodemge, Grupo Estudos Libertas Copasa, ASSEPE- MGS e Aposprodemge. O Coletivo de Olho na Libertas teve como candidato ao Conselho Deliberativo, pela Prodemge, Gustavo Guimarães Garreto e como suplente Antônio A Fisenge foi responsável por impetrar a ação. Segundo o presidente da Federação, Carlos Roberto Bittencourt, o pedido de cancelamento do pleito foi em função de um processo eleitoral maculado por vícios e irregularidades, causados pela interferência malévola do atual presidente e candidato à reeleição. Dentre os problemas apresentados e aceitos pela Justiça, estão a não disponibilização da listagem de profissionais aptos a votarem, a desproporcionalidade na distribuição dos profissionais nos locais de votação e a falta de publicidade dos candidatos da oposição nos veículos de comunicação institucional. José Soares. Juntos eles tiveram 432 votos. Para o Conselho Deliberativo, pela Copasa, os eleitos, com 844 votos, foram Milton Luiz Costa e o suplente Welinton Rais da Silva. Já para o Conselho Fiscal, pela Copasa, a chapa formada pela titular Andrea Thereza Pádua Faria e o suplente Cesário Silva Palhares, conquistou 989 votos. O titular para Conselho Fiscal, pela Prodemge, Renilton Barreiros Filho, juntamente com o suplente Rubens Teixeira, tiveram um total de 413 votos. 9

NEGOCIAÇÕES COLETIVAS Veja aqui as negociações com o seu setor ou empresa Engenheiros rejeitam proposta da Cemig Em Assembleia Geral, realizada em 27 de novembro, os engenheiros e engenheiras da Cemig rejeitaram a proposta feita pela empresa, que ofereceu apenas reajuste salarial pelo INPC e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). As demais reivindicações da categoria foram negadas pela diretoria da empresa. Os profissionais decidiram, ainda, pedir a extensão da data-base até 31 de março de 2015, para manter as negociações e não abrem mão de discutir a pauta de reivindicações 2014/2015, do aumento real e do Acordo Específico do Salário Mínimo Profissional. A pauta reivindica além do SMP, a adequação automática de níveis, a implantação dos níveis Máster I e II, adicional de coordenação e reajuste de 18,7% no auxílio alimentação/refeição/lanche, entre outras. Profissionais da Sudecap querem discutir adoção de selo Em Assembleia Geral, realizada em 18 de novembro, os engenheiros e arquitetos que trabalham na Sudecap decidiram que não vão emitir os projetos da empresa com o modelo de selo de responsabilidade criado pela autarquia. As emissões só devem ser retomadas se a Sudecap aceitar discutir e negociar o selo ou aceitar o modelo sugerido pelos profissionais. A questão do selo envolve a identificação de quem são os responsáveis técnicos pelos projetos executados com a supervisão da Sudecap. O selo que os engenheiros e arquitetos sugerem deixa clara suas atribuições, ao contrário do selo criado pela autarquia. Além disso, foram discutidas as ações do Salário Mínimo Profissional e as férias prêmio para servidores celetistas. CCT da Consultoria prevê reajuste de 6,3% A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014/2015 da Consultoria foi registrada no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no dia 21 de outubro. O documento prevê reajuste salarial de 6,3%, com aplicação do mesmo reajuste nas cláusulas econômicas. Quanto ao auxílio alimentação, o valor passou de R$18,00 para R$ 20,00. Foram mantidas as demais cláusulas da CCT 2013/2014. Como a data- base da CCT foi em maio, o pagamento retroativo referente a maio deverá ser feito até outubro. O pagamento do mês de junho poderá ser feito até novembro, o de julho até dezembro, enquanto que o de agosto e setembro está previsto para ser pago de uma vez até janeiro de 2015. Trabalhadores da Gasmig pedem aumento real de 3% A primeira rodada de negociação da campanha salarial 2014/2015 foi realizada no dia 27 de novembro, em reunião entre a Gasmig e os sindicatos que representam os trabalhadores, entre eles o Senge-MG. As próximas rodadas de negociação ficaram agendadas para os dias 10 e 15 de dezembro. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial correspondente ao INPC do período mais 3% de aumento real, o cumprimento do Salário Mínimo Profissional para os engenheiros e arquitetos, abono salarial de R$5 mil, reajuste de 10,3% no tíquete alimentação/refeição, entre outras. A pauta pede, ainda, a redução do percentual máximo do desconto em folha referente ao vale-transporte de 6% para 3% do salário, gratificação de férias e auxílio financeiro para curso de idiomas. Protocoladas as pautas da Construção Civil e Pesada Foram protocoladas as pautas de reivindicações dos engenheiros e arquitetos das empresas de Construção Civil e de Construção Pesada. Nas duas é pedido o INPC, mais 4% de aumento real. É pedido também auxílio refeição ou vale alimentação no valor mínimo de R$ 21, 00, a partir de 1 de novembro de 2013 em quantidade mínima equivalente ao número de dias trabalhados no mês. Na pauta da Construção Civil é reivindicado que as empresas custeiem 50% do plano de saúde. Foram definidos, ainda, os critérios para o recebimento de verba do programa de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) referente ao ano-base 2015. Já a pauta dos engenheiros da Construção Pesada define os valores que os empregados representados pelo Senge-MG receberão das empresas, a título de PLR, até o dia 31 de março. Pauta da Gerdau pede aumento real de 5% O Senge-MG entregou, em 31/10, à direção da Gerdau Açominas, em Ouro Branco (MG), a pauta de reivindicações dos engenheiros que trabalham na empresa. Os profissionais reivindicam, além da reposição da inflação acumulada, 5% de aumento real de salários e abono de R$ 6.154,00, a ser pago no primeiro dia útil após a aprovação do acordo. A pauta inclui ainda salário de ingresso de R$ 6.154,00, licença prêmio de 30 dias aos que completarem 5, 10 e 15 anos de trabalho na empresa, e de 60 aos que atingirem 20, 25, 30 e 35 anos; Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) equivalente a dois salários por semestre e implantação de plano de cargos e salários a partir de 1º de novembro, além da manutenção das cláusulas acordadas anteriormente que não forem objeto de negociação em 2014. Acordo define campanha salarial dos metalúrgicos Assembleia da Gasmig A campanha salarial dos metalúrgicos chegou ao fim com a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014/2015 de Belo Horizonte, Contagem e Betim no mês de novembro. A CCT prevê reajuste salarial de 6,8% (0,2% de aumento real) nas empresas com até 50 empregados e nas que empregam 51 ou mais trabalhadores, o reajuste será de 7% (0,38% de aumento real), ambos retroativos a 1º de outu- bro. Também será pago um abono único nas empresas que não negociam Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), de R$ 550,00, em duas parcelas iguais, a serem quitadas em janeiro e fevereiro de 2015. A correção, neste caso, é de 7% em relação ao valor pago em 2013. A proposta inclui, ainda, garantia de emprego ou salário por 30 dias, contados a partir da data da assinatura do acordo. 10

SINDICATO INDEPENDENTE Contribuições sindicais garantem a defesa do exercício da profissão A economia mundial passa por um momento delicado. O crescimento do Brasil, nos últimos anos, tem apresentado números pífios. Nossa indústria passa por dificuldades e perde competitividade a cada dia. Tudo isso tem forte impacto nos empregos qualificados e afeta diretamente os profissionais de Engenharia. Retomar o caminho do crescimento econômico é o principal desafio do país neste momento. E o desenvolvimento sustentável exige fortes investimentos em infraestrutura e na revitalização do nosso parque industrial, setores em que a Engenharia assume papel fundamental. E este esforço não pode prescindir da contribuição dos engenheiros e engenheiras. Além da garantia dos empregos conquistados, é preciso avançar na luta pela valorização do profissional. E, para isso, é fundamental melhorar a qualidade das relações de trabalho, o que significa a inclusão na agenda de questões como melhores salários, redução da jornada de trabalho e do trabalho informal, fim das horas extras, uma legislação mais rígida sobre a terceirização e representação sindical adequada nos locais de trabalho. Essas conquistas se consolidam principalmente nas negociações coletivas realizadas, anualmente, com instituições patronais e grandes empresas e que constituem a nossa principal atividade. Mas, para que o Sindicato possa vencer este desafio, ele precisa manter a sua independência e estar preparado para fazer frente ao poder patronal e às políticas econômicas que privilegiam apenas o lucro e o capital. E isto depende da sua participação e contribuição. Anualmente, os trabalhadores são chamados a contribuir para a manutenção de suas entidades. Basicamente, são três as principais receitas dos sindicatos: a Contribuição Sindical, que é devida por todos os trabalhadores; a Contribuição Social ou Anuidade Social; e a Taxa Assistencial ou Taxa de Fortalecimento Sindical. Contribuição Sindical Estabelecida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a Contribuição Sindical é a principal fonte de receita dos sindicatos. O seu recolhimento é obrigatório e cabe ao Sindicato 60% do valor recolhido. A Nota Técnica Nº 201/2009, do Ministério do Trabalho, esclarece que o valor da Contribuição Sindical, devida por todos os trabalhadores, inclusive o profissional liberal, é o equivalente a um dia de salário. Respaldado na Constituição Federal, a Assembleia Geral da categoria, realizada no dia 30 de outubro de 2014, definiu o valor de R$ 205,13 (duzentos e cinco reais e treze centavos) para a Contribuição Sindical de 2015, que corresponde a um dia de salário tendo como base o Salário Mínimo Profissional do engenheiro vigente em 2014. Esse valor deve ser pago até o dia 28 de fevereiro de 2015 e uma cópia da guia quitada apresentada ao departamento pessoal da empresa em que o profissional trabalha, evitando, assim, o desconto de um dia de salário no mês de março. Anuidade Social Para os fins legais, os sindicatos se equivalem às associações civis sem fins lucrativos e são formados por um quadro de filiados, os quais contribuem, por adesão livre e espontânea, com mensalidades ou anuidades para a manutenção da sua estrutura. No Senge-MG, é cobrada uma anuidade, cujo valor é definido em Assembleia Geral. Os aposentados têm desconto de 50% e os profissionais que se encontram desempregados estão isentos até que retomem as suas atividades. Taxa Assistencial A Taxa Assistencial, que também é chamada de Taxa de Fortalecimento Sindical ou Taxa Negocial, é decidida em assembleias gerais específicas, conforme prevê o inciso IV do artigo 8º da Constituição Federal de 1988, e se destina a cobrir os custos de campanhas salariais. Normalmente é cobrada após a celebração de um instrumento coletivo de trabalho. Os trabalhadores que não concordarem com a sua cobrança podem se opor através de carta enviada ao sindicato. A nossa história de lutas em defesa dos engenheiros, da Engenharia e de toda a sociedade, ao longo de mais de seis décadas, é a certeza de que a sua contribuição é um excelente investimento para que possamos trabalhar ainda mais na construção da cidadania. 11