Direcão Desenvolvimento Sustentável Vice-Presidente do «Grand Lyon»



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Transcrição:

Paris, 12 de março de 2012 O Grupo Bancário BPCE e a Comunidade Urbana Grand Lyon da região metropolitana da cidade de Lyon, propõem através desta nota a criação de uma plataforma mundial de bancos locais, bancos cooperativos e de governos locais a participar de uma parceria inscrita junto ao Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UNDESA). Esta iniciativa foi inspirada no reconhecimento feito ao BPCE pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente) e pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre a Mudança do Clima) no World Summit Business Awards for Sustainable Development Partnerships, durante a conferência de Joanesburgo em 2002. Durante o evento o BPCE recebeu um prêmio na categoria parceria pelo desenvolvimento sustentavel, conferido ao PREVair, empréstimo que tem como objetivo o financiamento ecológico local. O PREVair é distribuído pelo Banco Populaire, um dos bancos cooperativos fundadores do Grupo BPCE. Nesta iniciativa, o BPCE pretende divulgar a sua experiência e a experiência de outros bancos cooperativos europeus e de outros países do mundo, no que se refere ao financiamento de propostas para o desenvolvimento sustentável. Por sua vez o Grand Lyon se propõe a trazer para esta plataforma suas experiências e realizações nesta área, especiamente pelo Plano Clima e as parcerias econômicas construídas através dele. Devido o empenho internacional da comunidade de Lyon, a cidade acolheu o Forum da Francofonia, evento preparatório a Rio+20, além de estimular às cooperações sobre a econômia verde local. Estes dois parceiros se unem numa iniciativa original, aproximando bancos locais, bancos cooperativos e autoridades locais. Esta parceria é naturalmente aberta a outros agentes sócioeconômicos e demais organizações nacionais e internacionais. Direcão Desenvolvimento Sustentável Vice-Presidente do «Grand Lyon» Arnaud BERGER Bruno Charles «Proposta de criação de uma parceria inscrita no Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas para financiamento do desenvolvimento sustentável das comunidades e da economia verde local através dos bancos cooperativos e bancos locais» Proposta de criação de uma plataforma na ocasião da Conferência Rio+20 1. Contexto global : uma lacuna entre os desafios futuros e a capacidade financeira para agir A conferência Rio+20, como todas as conferências internacionais sobre o desenvolvimento e meio-ambiente desde 1972, tem como objetivo fortalecer os compromissos politicos e os modos de ação para solucionar as questões sociais relacionadas ao desenvolvimento econômico dos países. A luta contra o aquecimento global e a proteção do meio-ambiente com suas consequências sociais, necessitam de apoio financeiro bem superior aos recursos previstos e disponibilizados BPCE Société anonyme à directoire et conseil de surveillance, au capital de 467 226 960 euros. RCS Paris N 493 455 042. Siège social : 50, avenue Pierre Mendès France 75201 Paris Cedex 13. Tél. : 01 58 40 41 42 01 40 39 60 00. www.bpce.fr

pelos governos locais. As ações concretas para redução de gases de efeito estufa, apoiadas pelos recursos financeiros públicos ainda estão em fase piloto e não podem ser divulgados em maior escala. Os objetivos da Rio+ 20 estão concentrados na sua grande maioria em projetos emblemáticos financiados por centros específicos de ajuda financeira, que não contribuem para uma divulgação massiva de soluções sustentáveis a população. Sem a intervenção dos bancos cooperativos, bancos locais, e cooperativas de seguro, os resultados obtidos após a Rio + 20 correm o risco de encontrarem dois limites: o limite da intervenção econômica pública e o limite da divulgação que pode ser feita de uma forma muito complexa, dificultando o acesso dessas informações às populações locais dispersas. As questões relativas ao cumprimento dos objetivos da Rio+ 20 através do financiamento local poderiam ser melhor tratadas se forem conduzidas pelo Departamento dos Negócios Sociais e Econômicos das Nações Unidas através da criação de uma parceria pelo Desenvolvimento Sustentável dedicado a este tema, atualmente esse tipo de mecanismo não existe. 2. Os governos locais, a força motriz por trás das iniciativas locais para um desenvolvimento sustentável e uma economia verde Um Governo Local pode acumular diferentes responsabilidades, como produzir, distribuir e consumir energia. Ele administra seu território e toma decisões de investimentos e de infraestrutura com impactos de longo prazo. Ele incentiva os agentes econômicos a se comportarem de forma responsável e sustentável, além de conduzir direta ou indiretamente políticas públicas de construção e revitalização de moradias populares. Uma governança local baseada no desenvolvimento sustentável e na economia verde se apóia em diferentes processos: uma Agenda 21 Local, projetos contra a mudança climática, planos locais de consumo e de produção sustentável, as políticas de compras verde... Ao envolver-se por meio desses instrumentos, o diálogo com a sociedade civil passa a contagiar cada pessoa, cada empresa e associação, todos buscando meios para realização de economia de energia nas habitações e nos transportes. O governo local visa organizar o diálogo entre a oferta e a demanda, para desenvolver os recursos para reforçar a capacidade das partes interessadas através do acesso às informações e aos conhecimentos, aos processos de avaliação... O governo local pode criar uma estrutura de intercâmbio e de diálogo entre os diversos segmentos da economia verde. No entanto, essas iniciativas políticas geralmente se deparam com a fragilidade dos recursos financeiros. 3. A necessidade do diálogo entre os governos locais e bancos locais e bancos cooperativos para atingir os objetivos da Rio+20. Situação atual dos problemas financeiros dos governos locais : Os esforços para colocar o mundo no caminho do desenvolvimento sustentável são, tanto nos paises do Norte e como os paises do Sul, em grande parte impulsionados pelos Estados e Municípios. Vários estudos foram realizados para compreender e avaliar as necessidades de mobilização econômica para o desenvolvimento sustentável, no entanto raros são os estudos realizados sob o ângulo do financiamento do meio-ambiente e do desenvolvimento sustentável. Quando este tipo de estudo foi realizado, na maior parte foi feito sob o ângulo dos recursos disponíveis/ investimento (funding), e quase nunca sob o ângulo do financiamento (financing). Da mesma forma, os bancos comerciais são raramente associados aos trabalhos econômicos. Na realidade, os projetos sociais realizados pelas autoridades locais, sob um ângulo econômico, muitas vezes tropeçam na questão do financiamento. Sem o diálogo com os bancos, as medidas econômicas confrontam-se com uma lógica financeira diferente, bloqueando na maioria dos casos, por várias razões:

Se o ambiente (eco-inovação, construção sustentável...) tem um considerável potencial econômico, os dados sobre a evolução das empresas e dos novos mercados são raros e difíceis de interpretar. Esta falta de informação é tratada como risco adicional à tomada de decisão. O risco é ainda maior no caso das PME eco-inovadoras, cuja característica é a criação de novos produtos, vendidos a novos clientes em um mercado em formação. Os equipamentos ecologicamente corretos apresentam um custo de compra superior aos custos dos equipamentos convencionais, inclusive de investimento, porém apresenta um custo de utilização menor. Os investimentos ecológicos têm um Tempo de Retorno sobre o Investimento (TRI) mais longo porque são concebidos sob uma lógica de preservação, diferentemente da forma de produção dos bens de capital comuns, que são geralmente financiados com um TRI menor, visando uma produção rápida. O fato de que o investimento ecológico tenha um TRI mais longo do que a produção convencional, expõe o proprietário (comunidade empresarial ou individual) a uma taxa de endividamento mais elevada, criando, dessa forma, um risco adicional. Estas duas razões (retorno financeiro menor e maior risco), aumentam o problema atual da liquidez bancária, formando assim um obstáculo para a implantação de soluções sustentáveis econômicas defendidas pelo governo. É imprescindível encontrar uma solução sistemática para superar os obstáculos ao financiamento, visto que as contas públicas não podem mais financiar o desenvolvimento sustentável de uma região através da ajuda pública tradicional ou da tributação. Outras vias de financiamento são possíveis e podem ser estudadas com ajuda de bancos que têm uma ação orientada para o financiamento e em relação com empresas locais: os bancos cooperativos e bancos locais. A contribuição dos Bancos Locais e Bancos Cooperativos: O modelo de crescimento dos bancos cooperativos e bancos locais é baseado no financiamento do desenvolvimento das regiões, tendo como base as empresas locais. Por esta razão, estes bancos foram os primeiros a investir na proteção ambiental e na preservação da região, criando produtos financeiros que permitem aos seus clientes se protegerem mutuamente contra os fortes impactos da utilização de energias poluidoras sob o meioambiente. Contudo, as regulamentações bancárias existentes, conhecidas como "Basileia 3", dificultam a mobilização bancária e o financiamento sustentável, visto que esse tipo de financiamento concorre, em um contexto de pouca liquidez, com financiamento da "economia tradicional". Assim, o financiamento do setor sócio-ambiental é considerado como mais arriscado e menos lucrativo, não podendo ser suportado por investidores privados, sendo possível apenas através de instrumentos adequados criados com a ajuda dos agentes publicos. Os bancos locais e os governos locais precisam operar conjuntamente para a construção de regiões prontas a adaptar suas economias e políticas contra o aquecimento global e para a conquista da independência energética, permitindo a proteção de seus clientes e cidadãos contra as consequências sociais que estes temas causarão; em resumo, construir regiões sustentáveis. Os bancos cooperativos e bancos locais têm a capacidade de mobilizar recursos privados, distribuir fundos e criar instrumentos de segurança necessárias para garantir modelos de investimentos sustentáveis. Os governos locais têm a capacidade política de levar essas soluções para as populações, de atrair fundos e de serem interlocutores neutros para identificar os objetivos e as modalidades técnicas de investimento necessário.

4. Constituição de uma plataforma de troca de experiência entre os bancos locais, bancos cooperativos e dos governos locais para o financiamento dos objetivos da Rio+20 Missões: O diálogo e a parceria entre o governo local e os bancos locais e bancos cooperativos em relação ao financiamento do desenvolvimento sustentável permitiria: Compartilhar temas comuns de financiamento do desenvolvimento sustentável Identificar as iniciativas bem-sucedidas Divulgar essas iniciativas Lançar novas iniciativas Uma parceria estruturada permitiria o desenvolvimento de um estudo tendo como base quatro alavancas do financiamento do desenvolvimento sustentável numa lógica bancária para: Criação de liquidez, dedicados aos financiamentos verdes. Implantação de fundos de garantia e de seguros para uma melhor gestão dos riscos relacionados aos projetos ligados ao desenvolvimento sustentável. Os fundos de garantia globais parecem ser o meio mais eficaz para simplificar e desenvolver este tipo de financiamento com base na taxa de cobertura. Melhoria da rentabilidade dos projetos verdes pelo aporte dos financiamentos do mercado ambiental através do primeiro modelo deste: o mercado do carbono. As variações tematicas desse tipo de mercado sobre outros projetos domésticos, podem ser estudadas. Na verdade, o exemplo de alguns países podem provocar o desenvolvimento de mecanismos financeiros do tipo certificados de econômia de energia na França, certificados verdes na Bélgica... A identificação de instrumentos financeiros adaptados aos diferentes tipos de metas (metas sociais, técnicas...) Atividades e produtos da parceria Uma plataforma informatizada multilingue para compartilhar o conhecimento permitindo a criação de uma comunidade de trabalho e intercâmbio entre políticos, profissionais, sociedade civil e agentes econômicos. Ela dará acesso a exemplos bem sucedidos de políticas locais, um conjunto de ferramentas de experiências positivas e de métodos,... Os grupos de trabalho serão estabelecidos por categoria para identificar as melhores técnicas financeiras. Esses grupos de trabalho proporcionarão a criação de guias de orientações, dispositivos de formação e de mobilização, organização de seminários e simpósios. Composição: Esse grupo de trabalho será composto por bancos locais e bancos cooperativos, experientes nesta área. Esses bancos devem ser representantes das diferentes abordagens existentes no mundo do desenvolvimento sustentável e de seus desafios. O papel desses bancos será o de levar a sua visão sobre essa questão e as soluções que eles tiveram em suas regiões. Esse bancos divulgarão essas soluções e experimentarão novos conceitos nas regiões onde eles estão implantados.

As autoridades locais e regionais de todos os países desenvolvidos, em transição e em desenvolvimento serão membros desta parceria, assim como as associações federativas desses organismos ligadas ao desenvolvimento sustentável, da energia, do meio-ambiente 1 ª parceiros identificados: Colegiado DE Governo Local: Energy cities (1000 governos locais em 30 países europeus) ECREIN Network (6 Regiões Européias) IRA (22 Regiões Francesas) Grand Lyon Generalitad Catalunha Colegiados dos Bancos Locais: BPCE (FRA) KfW (ALL) Caisse des Depots (FRA) Coopérative Bank (UK) Caisse Desjardins (CAN) Banque Populaire do Marrocos (MAR) Banco Nacional do Desenvolvimento (BRA) Banco do Nordeste do Brasil S/A (BRA) Banco Cooperativo do Brasil - Bancoob (BRA) SICREDI (BRA) Esse colegiado deverá se expandir para os demais países do Sul. Processos e objetivos O primeiro objetivo é lançar a iniciativa de uma parceria, do tipo "Governos locais e bancos locais em busca do financiamento do desenvolvimento sustentável das regiões" e de formalizar os objetivos principais. O segundo objetivo para federalizar essa parceria e permitir uma maior representação na cena mundial é criar um "side event" durante a Conferência do Rio + 20 que será do dia 20 a 22 de junho de 2012.

Enfim, registrar formalmente a parceria na UNDESA. A busca por parceiros voluntários e presentes a Rio +20 será feita durante Março e Abril de 2012, de forma a alcançar o objetivo 1. Enquanto aguarda-se uma gestão formalizada para esta parceria, propõe-se que este projeto seja conduzido pelo Grupo BPCE e pela Associação Europeia de Bancos Cooperativos em conexão com a Organização Internacional da Francofonia pelo Desenvolvimento Sustentável.