Ministério da Previdência Social Conselho de Recursos da Previdência Social 04ª Junta de Recursos Número do Processo: 44232.034761/2014-11 Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL FLORIANÓPOLIS-CENTRO Benefício: 46/166.436.616-1 Espécie: APOSENTADORIA ESPECIAL Recorrente: CATIA REGINA CARIONI PAIXAO - Procurador Recorrente: MAERCIO PETRY GORGES Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS Assunto: INDEFERIMENTO Relator: Relatório Maercio Petry Gorges, representado por advogado regularmente constituído, impetrou recurso ordinário contra o ato praticado pela Agência da Previdência Social APS Florianópolis Centro - SC que indeferiu o seu pedido de aposentadoria especial n. 1664366161 apresentado em 29/10/13. 2 Ao formular o pedido de benefício o requerente, empregado, apresentou a seguinte documentação, conforme evento n. 3; 2.1 instrumento de mandato outorgado a Carlos Alberto Vieira, Sinova da Silva Vieira e Cátia Regina Carioni Paixão fl. 3; 2.2 documentos pessoais a comprovar a idade de 53 anos, eis que nasceu em 205/60 fl. 7; 2.3 Carteira de Trabalho e Previdência Social CTPS n. 36146/009 SC (em duas vias) com registro de contrato de trabalho iniciado em 1/12/80, no cargo de auxiliar técnico fls. 13/28; 2.4 Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP emitido pela Tractebel Energia S/A referente ao período 1/12/80 a 18/7/13, data de emissão do documento fls. 29/35; 2.5 Diploma de conclusão do curso de técnico em mecânica expedido pela Escola Técnica Federal de Santa Catarina em 11/3/93 fl. 36; 2.6 Declaração emitida pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, em 1/11/11, informando que os cursos oferecidos pelo instituto são inteiramente gratuitos, e todos os custos com salário de professores, despesas fixas, materiais de consumo dos laboratórios, máquinas e equipamentos são custeados pela União fl. 38. 3 A agência previdenciária encaminhou o PPP para análise do Serviço de Saúde do Trabalhador SST, o qual emitiu parecer técnico contrário ao enquadramento de qualquer período de trabalho do postulante fl. 49. 4 Ato contínuo a APS procedeu à contagem do tempo de trabalho tendo apurado, até a data do pedido do benefício, 29/10/13, zero dia de atividade especial fl.53. 5 A concessão do benefício foi denegada por falta de tempo de contribuição fl. 55. 6 Não consta dos autos a data em que o requerente foi cientificado do ato denegatório, mas nas razões do recurso protocolizado em 22/1/14, data do agendamento (fl. 1 do evento 1) alega, que desde o início de suas atividades, em 1/12/80, sempre laborou com exposição habitual e permanente aos agentes ruído e eletricidade, e associação de agentes agressivos em intensidade acima do tolerado, na manutenção preventiva e corretiva nas usinas térmicas, em motores elétricos, transformadores, disjuntores, retificadores, grupos conversores,baterias, máquinas e outros equipamentos elétricos das usinas. Aduz que exercia supervisão e controle junto às bombas de condensado, de refrigeração dos mancais, de alimentação e de circulação, condensadores, moinhos, compressores de serviço e de comando, ventiladores induzidos e forçados, precipitadores e outros equipamentos. Que realizava inspeção em equipamentos energizados, tais como: grupos geradores de energia, rolamento de rotor e estator, turbinas, bombas e compressores, sempre exposto a ruído de até 90 decibéis, eletricidade acima de 250 volts, além de outros agentes associados, bem como água, óleos, graxas e hidrocarbonetos aromatizados. Colaciona decisões jurisprudenciais, e ao
final pede que seja revista a decisão indeferitória e que seja concedida a aposentadoria especial requerida fls. 2/9 do evento 1. 7 Instruiu o recurso com fichas financeiras de 1984 a 2013 fls. 18/22 do evento 3, e evento 2. 8 A agência previdenciária se abstém de oferecer contrarrazões alegando decurso do prazo regulamentar, se cala quanto à tempestividade do recurso, mas mantém o ato denegatório ao encaminhar o processo para julgamento evento 6. Inclusão em Pauta Incluído em Pauta no dia 04/11/2014 para sessão nº 0278/2014, de 18/11/2014. Voto denegatório. EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE, PELO MENOS, 25 ANOS DE TEMPO DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS À SAÚDE OU À INTEGRIDADE FÍSICA. ARTIGO 57, LEI 8.213/91. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO PARCIALMENTE O recurso é tempestivo, pois não consta dos autos a data em que o recorrente foi cientificado do ato 2 Conforme relatado, trata-se de recurso contra o indeferimento de pedido de aposentadoria especial. 3 O benefício está previsto nos artigos 57 e 58 da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, e regimentado pelos artigos 64 a 70 do Regulamento da Previdência Social RPS aprovado pelo Decreto n. 3.048, de 6 de maio de 1999. 4 Nos termos do mencionado artigo 57, a aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei.. 5 Da leitura do dispositivo transcrito depreende-se que são dois os requisitos exigidos: carência e tempo de serviço. 6 No caso concreto não há que se falar no primeiro requisito, carência, eis que não foi questionado pela autarquia previdenciária. 7 Desse modo, a controvérsia dos autos reside na hipótese de se considerar que durante o período de trabalho consignado no Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) colacionado aos autos se constitui em tempo de serviço especial. 8 Não é demais repetir que o PPP foi analisado pelo Serviço de Saúde do Trabalhador da Gerência Executiva em Florianópolis, o qual concluiu pelo não enquadramento de qualquer período de atividade do requerente, alegando que o segurado estava protegido da nocividade do agente ruído através do uso de EPC e EPI eficazes, e, com relação ao agente eletricidade no período laborado entre 1/12/80 a 19/7/13, observou: Que o segurado também executou atividades afastadas do agente nocivo; Que, quando necessário adentrar em áreas de risco, fez uso de EPC e EPI eficazes. Aduz o SST que o agente nocivo eletricidade só permite o enquadramento quando os trabalhos eram realizados de modo habitual e permanente com tensões superiores a 250 volts, pressupondo-se trabalhos em linhas vivas de alta tensão, e limitado o enquadramento até 5/3/97. Acrescenta que trabalhos realizados em locais próximos às linhas energizadas, embora possam ocasionar acidentes típicos, tal situação é muito eventual e não pressupõe enquadramento, pela inexistência de exposição fática, habitual e permanente, às tensões elétricas exigidas na legislação especial. Que a exposição crônica ao agente eletricidade não diminui a vida útil do trabalhador fls. 49, evento 3. 9 O PPP emitido pela empresa de vínculo informa que o recorrente ocupou o cargo de auxiliar técnico na Usina Termelétrica Jorge Lacerda, no período compreendido entre 1/12/80 a 18/7/13, porém no interregno, observase que houve mudança de cargos e de atividades, como segue: 9.1 Período 1/12/80 a 30/6/84 O documento informa que o segurado ocupou o cargo de AUXILIAR TÉCNICO, cuja atividade consistia em auxiliar na execução de testes e inspeções programadas, verificando os rendimentos e as condições de funcionamento de equipamento eletromecânico de subestação e de usina termoelétrica. Verificar e analisar defeitos de funcionamento em motores elétricos, equipamentos e instalações em funcionamento, providenciando/executando os reparos necessários. Auxiliar na execução de montagem, desmontagem e reparos de equipamentos eletromecânicos e componentes tais como: tubulações de água, óleo, vapor, ar comprimido, cinzas e em correias transportadoras de carvão realizando reparos e ajustes necessários, bem como na eliminação de defeitos de sistemas e circuitos elétricos de equipamento e instalações de usina s termoelétricas. Auxiliar na execução de reparos, eliminação e ajustes necessários de sistemas e circuitos elétricos de alta e baixa tensão de equipamento e instalações de usinas termoelétricas. Atender as normas e legislação vigentes, bem como as da empresa. Informa o documento que o obreiro se expunha ao agente físico eletricidade com tensão acima de 250 volts, ao agente ruído de 90 decibéis. O
período deve ser caracterizado como tempo de serviço especial com enquadramento no código 1.1.6, anexo III, Decreto n.53.831, de 25 de março de 1964, por exposição ao ruído acima do limite de tolerância que no período era de até 80 decibéis. 9.2 Período 1/7/84 a 30/6/86 Cargo: MECÂNICO DE USINA, com as seguintes atribuições: Executar manutenção preventiva e corretiva em equipamentos e máquinas eletromecânicos de usinas termoelétrica, visando assegurar a continuidade da operação. Executar serviços de manutenção em turbinas e geradores instalados nas salas de máquinas de usinas termoelétricas. Realizar o registro de dados de inspeção e controle, relativos à pressão, temperatura, vazão e vibração dos sistemas eletromecânicos de usina termoelétrica e subestação. Realizar a instalação, montagem e teste de funcionamento de equipamentos eletromecânicos novos ou reparados de alta e baixa tensão de unidades geradoras, efetuando regulagem e ajustes necessários a operação. Inspecionar as condições de funcionamento de máquinas e equipamentos eletromecânicos nas áreas da usina e subestação identificando as irregularidades. Executar a operação de máquinas de bancada para realizar confecção ou a recuperação de peças de equipamentos da usina termoelétrica. Atender as normas e legislações vigentes, bem como as da empresa. Durante a jornada de trabalho o segurado estava exposto aos agentes eletricidade e ruído. O primeiro com tensão superior a 250 volts, e o segundo com nível de 90 decibéis. O período deve ser caracterizado como tempo de serviço especial com enquadramento no código 1.1.6, anexo III, Decreto 53.831/64. 9.3 Período 1/7/86 A 30/9/88 Cargo: TÉCNICO DE MANUTENÇÃO DE USINA, com as mesmas atribuições do mecânico de usina, e com exposição aos mesmos agentes nocivos, e mesmas intensidades. O período deve ser reconhecido como tempo de serviço especial com enquadramento no código 1.1.6, anexo III, Decreto 53.831/64. 9.4 Período 1/10/88 a 30/6/92 Cargo: TÉCNICO DE MANUTENÇÃO USINA TERMOELÉTRICA, com as mesmas intensidades. O período deve ser reconhecido como tempo de serviço especial com enquadramento no código 1.1.6, anexo III, Decreto 53.831/64. 9.5 Período 1/7/92 a 30/11/96 Cargo: TÉCNICO MANUTENÇÃO MECÂNICA USINA TERMOELÉTRICA, com as mesmas atribuições de técnico de manutenção de usina, e com exposição aos mesmos agentes nocivos nas mesmas intensidades. O período deve ser reconhecido como tempo de serviço especial com enquadramento no código 1.1.6, anexo III, Decreto 53.831/64. 9.6 Período 1/12/96 a 31/7/97 Cargo: TÉCNICO ANALISTA MANUTENÇÃO USINA, com as mesmas intensidades. O período deve ser reconhecido como tempo de serviço especial até 5/3/97, com enquadramento no código 1.1.6, anexo III, Decreto 53.831/64, porém a fase de trabalho a partir de 6/3/97 a 31/7/97 nã o deve ser caracterizada como tempo de serviço especial, pois a exposição ao agente ruído está dentro do limite de tolerância, que no período era de até 90 decibéis, em decorrência da vigência do Decreto n. 2.172, de 5 de março de 1997, e o enquadramento pelo agente eletricidade só foi possível até 28/4/95, eis que a partir de 29/4/95 o segurado está obrigado a comprovar a exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais a saúde ou à integridade física, conforme a regra escrita no parágrafo 4 do artigo 57 da Lei 8.213/91, com redação alterada pela Lei n. 9.032, de 28 de abril de 1995. A alteração introduzida pela Lei 9.032/95 aboliu o enquadramento por grupo profissional e também excluiu a eletricidade como agente nocivo. 9.7 Período 1/8/97 a 31/12/98 Cargo: TÉCNICO ENGENHARIA MANUTENÇÃO, com as mesmas intensidades até 13/12/98. A partir de 14/12/98, segundo o documento, o nível de ruído presente na atividade passou para 86 decibéis O período 1/8/97 a 31/12/98 nã o deve ser reconhecido como tempo de serviço especial, pois a exposição ao agente estava dentro do limite de tolerância, que no período era de até 90 decibéis, conforme Decreto n. 2.172/97. 9.8 Período 1/1/99 a 5/1/2000 Cargo: TÉCNICO ENGENHARIA MANUTENÇÃO, com as mesmas intensidades até 13/12/98. A partir de 14/12/98 o nível de ruído presente na atividade passou para 86 decibéis O período não deve ser reconhecido como tempo de serviço especial, pois a exposição ao agente estava dentro do limite de tolerância, que no período era de até 90 decibéis consoante a alteração introduzida pelo Decreto n. 2.172/97. 9.9 Período 6/1/2000 a 31/7/01 Cargo: GERENTE TÉCNICO SÊNIOR MANUTENÇÃO, com as seguintes atribuições: Executar e analisar preliminarmente os resultados das inspeções efetuadas nos equipamentos eletromecânicos e sistemas de usinas termoelétricas,identificando possíveis problemas. Supervisionar e executar manutenção preventiva e ensaios em equipamentos eletromecânicos e sistemas de alta e baixa tensão de usinas termoelétricas. Supervisionar e executar manutenção de emergência, identificando defeitos e irregularidades nos equipamentos e sistema eletromecânicos. Executar serviços de manutenção em turbinas e geradores instalados nas salas de máquinas de usinas termoelétricas. Supervisionar e executar trabalhos mais complexos de recuperação de equipamentos e sistemas de usinas termoelétricas,que requeiram maior conhecimento, habilidade e experiência. Executar manutenções de maior porte em equipamentos hidráulicos. Atender as normas e legislação vigentes,bem como as da empresa. Durante a jornada o recorrente esteve exposto ao agente eletricidade acima de 250 volts, e ao
agente ruído de 86 decibéis. O período não deve ser reconhecido como tempo de serviço especial, pois a exposição ao agente estava dentro do limite de tolerância estabelecido pelo Decreto 2.172/97, em até 90 decibéis. 9.10 Período 1/8/01 a 18/7/13 Cargo: SUPERVISOR MANUTENÇÃO, exercendo as seguintes atividades: Coordenar e supervisionar equipes executando atividades de manutenção em equipamentos eletromecânicos de alta e baixa tensão de usinas termoelétricas. Coordenar e supervisionar os trabalhos das equipes de manutenção, visando assegurar a disponibilidade contratada. Executar análise/avaliação de custos de manutenção, definindo as prioridades. Implementar/revisar as informações do sistemas de gerenciamento da manutenção, analisando resultados e participando da elaboração de projetos de manutenção. Elaborar documentação técnica, emitindo relatórios para subsidiar análises e programações de serviços de manutenção de usinas termoelétricas. Fiscalizar a execução de serviços realizado por empresas prestadoras de serviços na área de manutenção. Atender as normas e legislação vigentes, bem como as da empresa. O labor era desenvolvido com exposição ao agente eletricidade com tensão superior a 250 volts, e ao agente ruído de 86 decibéis. O período 1/8/01 a 18/11/03 não deve ser reconhecido como tempo de serviço especial, pois a exposição ao agente estava dentro do limite de tolerância, que no período era de até 90 decibéis por força do Decreto 2.172/97. Todavia o período a partir de 19/11/03 a 30/4/05 deve ser reconhecido como tempo de serviço especial por exposição ao agente ruído em intensidade superior ao limite de tolerância que no período era de 85 decibéis, em decorrência da alteração introduzida pelo Decreto n. 4.882, de 18/11/03. Desse modo, o período 19/11/03 a 30/4/05 deve ser enquadrado no código 2.0.1, anexo IV, Decreto 3.048/99, porém a partir de 1/5/05 até 28/2/10 a intensidade do ruído presente no ambiente de trabalho, segundo o PPP, era de 77,9 decibéis, inferior ao limite de tolerância, e no período a partir de 1/3/10 até 18/11/03 o nível do agente ruído no ambiente de trabalho passou para 65,2 decibéis, também abaixo de limite de tolerância. Assim sendo, o período a partir de 1/5/05 não deve ser reconhecido como tempo de serviço especial, pois a exposição ao agente ruído está abaixo do limite de tolerância. 10 Imperativo esclarecer que o uso do EPI não deve ser considerado na análise da exposição ao agente ruído, eis que o enunciado n. 21 do CRPS assim estabelece, verbis: O simples fornecimento de equipamento de proteção individual de trabalho pelo empregador não exclui a hipótese de exposição do trabalhador aos agentes nocivos à saúde, devendo ser considerado todo o ambiente de trabalho. 11 Neste sentido, insta salientar que o Conselheiro do CRPS está vinculado a enunciado do Conselho Pleno do CRPS quanto à interpretação do direito, conforme expressa o art. 63 do RICRPS aprovado pela Portaria n. 548, de 13 de setembro de 2011. 12 A soma dos períodos considerados como tempo de serviço especial totaliza 17 anos 8 meses e 17 dias, insuficientes, portanto, para a concessão do benefício pleiteado, eis que seria necessário comprovar, pelo menos, 25 anos de tempo de serviço especial. 13 - Diante de tais considerações julgo o recurso procedente em parte apenas para reconhecer como tempo de serviço especial os períodos compreendidos entre 1/12/80 a 05/3/97, e 19/11/03 a 30/4/05, por exposição ao agente físico ruído. CONCLUSÃO Pelo exposto, VOTO no sentido de, preliminarmente, CONHECER DO RECURSO para, no mérito, DAR-LHE PROVIMENTO PARCIAL. Relator(a) Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). Conselheiro(a) Suplente Representante do Governo Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). TARCISIO PIMENTEL NORONHA Conselheiro(a) Suplente Representante das Empresas
Presidente concorda com voto do relator(a). Presidente Substituto Decisório Nº Acórdão: 4647 / 2014 Vistos e relatados os presentes autos, em sessão realizada hoje, ACORDAM os membros da 04ª Junta de Recursos do CRPS, em CONHECER DO RECURSO E DAR-LHE PROVIMENTO PARCIAL, POR UNANIMIDADE, de acordo com o voto do(a) Relator(a) e sua fundamentação. Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros e TARCISIO PIMENTEL NORONHA. Relator(a) Presidente Substituto