A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO FORMAL: PERSPECTIVAS E CONTRIBUIÇÕES.



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Transcrição:

A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO FORMAL: PERSPECTIVAS E CONTRIBUIÇÕES. Adailton Soares da Silva 1 Bacharel em Serviço Social pela Universidade Leonardo da Vinci, NEAD, Polo Paulo Afonso, Bahia, Brasil E-mail: adailton_sesc@yahoo.com.br RESUMO O século XXI está sendo marcado por diversas transformações no cunho científico, econômico e social, mas sem dúvida as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC s), com atenção especial para a informática, o computador e a internet. Atualmente, o meio em que vivemos está permeado pelo uso de técnicas e recursos tecnológicos, fazendo do computador uma ferramenta que vem auxiliar o processo ensino-aprendizagem nas questões do cotidiano trazidas até a sala de aula. Podemos compreender a tecnologia como produto do avanço científico, ou seja, métodos e técnicas utilizadas pelo homem a fim de tornar cômoda a vida do ser humano. Nesse sentido, o presente trabalho, pretende analisar o uso das TIC no processo de ensino-aprendizagem na modalidade de educação à distância. Trata-se de um estudo bibliográfico, onde evidenciamos uma ampla literatura brasileira e internacional no entorno das ferramentas digitas, que está revolucionando o modo de fazer educação em todo o planeta. Já são várias as instituições educacionais que ministram seus cursos via on-line, ou indo mais a fundo as regiões como sul e sudeste do Brasil na qual as escolas já substituíram livros e cadernos por laptops, tablets, notebooks entre outros equipamentos para que os alunos acompanhem as aulas. PALAVRAS CHAVE: Tecnologias da Informação e da Comunicação. Educação. Ensino-aprendizagem. RESUMEN El siglo XXI está siendo marcado por varios cambios en el carácter científico, económico y social, pero no hay duda de las Tecnologías de la Información y la Comunicación (TIC s), con especial atención a la computadora y el Internet. En la actualidad, el entorno en el que vivimos está permeado por el uso de los recursos técnicos y tecnológicos, por lo que el ordenador una herramienta que viene complementar el proceso de enseñanzaaprendizaje en las cuestiones diarias traído al aula. Podemos entender la tecnología como un producto del avance científico, es decir, métodos y técnicas utilizadas por el hombre para hacer la vida más cómoda del ser humano. En este sentido, el presente trabajo analiza el uso de las TIC en el proceso de enseñanza-aprendizaje en la educación de la modalidad à distancia. Se trata de un estudio bibliográfico, donde se observó una gran cantidad de literatura brasileña e internacional en las cercanías de las herramientas de Digitas, que está revolucionando la forma de hacer educación en todo el mundo. Ya hay varias instituciones educativas que enseñan a sus cursos a través de Internet, o ir regiones más profundas como el sur y el sureste de Brasil, en el que las escuelas han reemplazado a los libros y cuadernos para laptops, tabletas, ordenadores portátiles y otros equipos para los estudiantes acompañar a las lecciones. PALABRAS CLAVE: Tecnologías de la Información y la Comunicación. Educación. La enseñanza y el aprendizaje. INTRODUÇÃO Nos últimos anos, a educação formal vem recebendo Influências das Tecnologias da Informação e da Comunicação, com reflexos expressivos na sala de aula, provocando mudanças no planejamento educacional, onde os professores de certa forma possam explorar o uso das TIC no cotidiano escolar. No mundo inteiro o rádio e a TV e mais recentemente os computadores passaram a formar parte da bagagem instrumental da chamada tecnologia educativa. O desafio da escola hoje é preparar as crianças para enfrentarem o mundo do trabalho. Mesmo antes de chegarem à escola, as crianças recebem informações em suas casas. O educador/a não pode se neutralizar diante da forte influência lançada pela mídia, é preciso que se estabeleça uma ponte entre a didática e a tecnologia, como ferramenta de ensino-aprendizagem no processo de construção do conhecimento. Outro ponto importante a considerar tem sido a resistência de muitos educadores em utilizar as TIC no seu plano diário, essa negação aos instrumentos tecnológicos, de certa forma, distancia o aluno de sua 8

realidade no qual se encontra inserido. Para aqueles que já utilizam de certa forma umas das ferramentas (lousa digital, tablets, computador, internet, dentre outros) na sala de aula, tornando o ensino mais dinâmico, promovendo uma maior interação entre o conteúdo e os recursos didáticos disponíveis. Neste sentido, o presente paper tem por objetivo analisar a influência das novas tecnologias em sala de aula, bem como o uso das TIC como ferramenta no processo de aprendizagem e as dificuldades encontradas pelo educador no cotidiano da educação formal. Entretanto, torna-se necessário relacionar teoria e prática para que possamos identificar práticas coerentes, inovadoras e que promovam o sucesso dos alunos e o envolvimento da comunidade escolar. Dessa forma, o uso das TIC, deve proporcionar uma convergência na construção de saberes, sendo mais uma alternativa metodológica na forma de pensar e transformar a realidade, diante desse novo mundo globalizado. 2 A INFLUÊNCIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA Enquanto para alguns alunos a adaptação à tecnologia no ambiente escolar é fácil, muitos professores enfrentam certas dificuldades com a inovação, que está cada vez mais presente no cotidiano. As novidades podem ajudar na aprendizagem e no preparo dos jovens para o mundo do trabalho. O uso das TIC aparece como uma possibilidade de proporcionar uma aula mais interativa, entretanto, para alguns docentes, essa possibilidade lhe provoca uma séries de dificuldades com relação ao seu uso em suas aulas. Seja por falta de tempo ou até mesmo por falta de motivação, nem todos estão preparados para se integrar ao processo veloz das mudanças tecnológicas. De acordo com Candau (2012, p.113), no seu trabalho didática crítica intercultural: aproximações, a mesma expõe alguns depoimentos de professores, onde destacamos: As e adolescentes em geral manejam muito bem a internet e os celulares e participam de várias redes sócias. A interação digital parece ser natural para eles, é seu mundo. Não é o meu. Não lido com esta realidade da mesma forma que eles e muitas vezes me sinto perdido. Não consigo estabelecer pontes significativas com seus interesses. Acho que é um desafio fundamental hoje. É uma geração que domina as tecnologias, aprende a se comunicar online desde muito cedo, o acesso a diferentes meios de comunicação e informação, proporciona experiências fantásticas. Percebemos a presença de uma cultura digital na qual estamos todos inseridos e somos constantemente influenciados pelos meios de comunicação de massa, onde ocorre uma invasão no contexto educacional. A questão da convergência informática/telecomunicações/audiovisual vem sendo tratada com base em referências predominante empírico que, se permitem avançar concretamente no conhecimento que se tem hoje do problema, não são suficientes para se compreender o processo na sua totalidade, como parte de uma mudança estrutural do capitalismo em nível global. De fato, a referida convergência remete para aquela, mais geral, informação/comunicação/cultura, cuja abordagem exige um estudo da Industria Cultural que a torne como elemento de mediação entre capital, Estado e massas para o qual o trabalho cultural desempenha um papel chave (BOLAÑO, 2007, p. 40). Está claro que as TIC vêm influenciando o desenvolvimento das crianças e adolescentes. O uso da tecnologia permite a criação de redes sociais, interações, entretenimento e ainda viabilizam recursos para estudo. Entretanto, é indiscutível a polêmica que existe acerca dos problemas que resultam desse 9

processo tecnológico. Não é novidade que o número de crianças e adolescentes obesos e sedentários aumentou, assim como a interação em salas de bate-papo, Facebook, Orkut e Twitter diminuiu o contato físico dessa Geração Y. A geração Y é uma geração que está envolvida diretamente com a internet e, de certa forma, é a primeira geração que teve contato com o processo de comunicação em alta velocidade e on-line. Portanto, conviveu com a multiplicidade dos canais de televisão, com a informação instantânea, com I-pod, com computadores e telefones celulares e demais recursos (SILVA e URBANESKI, 2013, p. 147). Surge agora um novo questionamento quanto à cultura da fragmentação da internet, que deteriora a aprendizagem, percebe-se o desinteresse por parte de alguns em lerem textos longos, bem como assiste vídeos longos. Para Libâneo (2011, p. 12), esse é um desafio da própria escola, diante dessas exigências, a escola precisa oferecer serviços de qualidade e um produto de qualidade, de modo que os alunos que passem por ela ganhem melhores e mais efetivas condições de exercício da liberdade política e intelectual. É este o desafio que se põe à educação escolar neste final de século. Ainda não é possível chegar a uma conclusão quanto aos limites e possibilidades dos recursos oferecidos pela Web 2.0: auxiliam ou atrapalham no aprendizado? O interessante é refletir sobre o momento importante que vivemos, com a necessidade de integração eficiente das áreas de educação e tecnologia. Deste modo, torna-se objetivo dos educadores aprenderem a utilizar esses recursos de forma inteligente no processo de ensino dessas crianças e adolescentes do século XXI. A tecnologia deve andar junto com a educação, mas para isso é necessário que o educador use-a a seu favor, crie mecanismos para que o aluno veja a internet como uma forte aliada nos estudos, para realizar pesquisas, e, sobretudo, ter acesso a informação numa velocidade que os livros jamais poderiam fornecer. Com o avanço da telemática e outras tecnologias da informação, a aquisição de conhecimento não é mais o foco quem vai à escola. É cada vez mais evidente que o fundamental é aprender a aprender e aprender sempre. Assim, é essencial criar espaços em que os estudantes descubram suas habilidades e desenvolvam outras (ZUFFO, 2009, p. 333). A importância do uso dos computadores e outros meios tecnológicos em sala de aula estão relacionados à grande variedade de informações que se pode ter com os sites de busca, onde toda e qualquer publicação está sendo lançada no momento. Onde, os alunos conseguem acessar e debater as várias informações que estão disponibilizadas. Cabe salientar que nem todos/as os alunos tem acesso ao computador com acesso à internet em sua residência. Por isso, cabe ao professor, utilizar a sala de computadores, possibilitando dessa forma que todos tenham acesso ao mesmo tempo ao tipo de informação e/ou conteúdo trabalhando em sala de aula. O mais importante é que não perca o foco principal que é tornar a tecnologia uma aliada na construção do saber, que está cada vez mais moderno e atual, visando que se abram novos horizontes, integrando o educador e o educando para que juntos possam chegar ao objetivo esperado: uma educação de mais qualidade. 10

2.1 ALGUNS PROBLEMAS NA INTEGRAÇÃO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO FORMAL A escola é uma instituição mais tradicional que inovadora. A cultura escolar tem resistido bravamente às mudanças. Os modelos de ensino focados no professor continuam predominando, apesar dos avanços teóricos em busca de mudanças do foco do ensino para o de aprendizagem. Tudo isto nos mostra que não será fácil mudar esta cultura escolar tradicional, que as inovações serão mais lentas, que muitas instituições reproduzirão no virtual o modelo centralizador no conteúdo e no professor do ensino presencial. Segundo Libâneo (2011, p. 27), a escola tem um papel insubstituível quando se trata de preparação das novas gerações para enfrentamento das exigências postas pela sociedade moderna ou pós-industrial, como dizem outros. Os alunos estão prontos para a multimídia, os professores, em geral, não. Os professores sentem cada vez mais claros o descompasso no domínio das tecnologias e, em geral, tentam segurar o máximo que podem, fazendo pequenas concessões, sem mudar o essencial. Cremos que muitos deles têm medo de revelar sua dificuldade diante do aluno. Por isso e pelo hábito mantêm uma estrutura repressiva, controladora, repetidora. Nesse sentido, Libâneo (2011, p. 16) afirma que muitos professores temem perder o emprego, outros se apavoram quando são pressionados a lidar com equipamentos eletrônicos. Alguns professores percebem que precisam mudar, mas não sabem bem como fazê-lo e não estão preparados para experimentar com segurança. Muitas instituições também exigem mudanças dos educadores sem dar-lhes condições para que eles a efetuem. Frequentemente, algumas organizações introduzem computadores, conectam as escolas com a internet e esperam que só isso melhore os problemas de ensino. Os administradores se frustram ao ver que tanto esforço e investimentos em tecnologias, não se traduzem em mudanças significativas nas aulas e nas atitudes do corpo docente. Sobre a adaptação do professor às novas exigências educacionais, Libâneo (2011, p. 12) afirma: O novo professor precisaria, no mínimo, de uma cultura geral mais ampliada, capacidade de aprender a aprender, competência para saber agir na sala de aula, habilidades comunicativas, domínio da linguagem informacional, saber usar meios de comunicação e articular as aulas com as mídias. Tais mudanças podem ocorrer nas instituições de ensino, onde se qualifique o corpo docente para o uso das TIC na sala de aula. Não basta equipar a sala de aula com a lousa digital, se o professor não a sebe manuseá-la. Investir na formação continuada destes profissionais através de cursos na modalidade de educação a distância, como forma de coloca-los/as frente às TIC no processo de qualificação profissional. Porém, não podemos nos esquecer dos educadores marcantes que atraem não só pelas ideias, mas pelo contato pessoal. E esses sim, fazem toda a diferença no processo de educação presencial e/ou à distância. Transmitem bondade e competência, tanto no plano pessoal, familiar como no social, dentro e fora da aula, no presencial ou no virtual. Há sempre algo surpreendente, diferente no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se, de agir. E eles, numa sociedade cada vez mais complexa e virtual, se tornarão referências necessárias. 11

3 METODOLOGIA A pesquisa científica é parte integrante do ensino superior, tendo por base os seus pilares, assim estabelecidos, em ensino, pesquisa e extensão. Dessa forma, o presente trabalho, foi constituído como parte do projeto pedagógico do curso de Pedagogia, do Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI), conveniada a Faculdade Sete de setembro (FASETE/EAD), na disciplina Seminários Temáticos. Para Salomon (2004, p. 259), o pensamento científico se desenvolve através da reflexão cuidadosamente sistematizada. Analogicamente, os métodos da melhor pesquisa tornam-se científicos em função dos processos mentais estabelecidos, envolvendo a resolução de problemas. Dessa forma, desenvolvimento deste paper, tem por base, os princípios norteadores da pesquisa acadêmica e científica. Sua elaboração teve como premissa o desenvolvimento de uma pesquisa bibliográfica. Estudos que se realizam pela pesquisa do pensamento acumulado, através de pesquisa bibliográfica, documentação, heurística, análise e crítica de obras representativas ou de valor. Constituem o grande acervo das produções científicas reelaboradas e passam a ser, de um lado, o elo que liga o passado e o presente científicos e, de outro, a garantia do processo cumulativo que são as ciências (SALOMON, 2004, p. 164). Nesse sentido, a coleta de dados foi obtida nas fontes bibliográficas, tais como: livros, revistas e sítios eletrônicos, dentre outros. Resultado de uma ampla reflexão teórica crítica, a cerca do objeto em estudo. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Evidenciou-se durante a elaboração deste paper que a tecnologia passou por muitos processos ate chegar ao que temos hoje, veio crescendo e em pouco tempo tomou conta não só do lazer das pessoas, mas passou a ser uma forte aliada para aqueles que usam essa fonte para estudar, trabalhar e se comunicar. Não podemos negar que hoje é quase impossível haver alguém que não faz uso de nenhum tipo de tecnologia, desde um simples telefone ao tablets. O mundo globalizado em que vivemos exige que andemos lado a lado com a tecnologia, acompanhando de perto seus avanços e se capacitando para manuseá-los. Porém, alguns educadores precisam acompanhar essas mudanças para que seus alunos consigam através das orientações do mesmo, fazer um bom uso dos recursos disponíveis das TIC, de forma que os use em benefício do aprendizado, pois a tecnologia em si não faz mal, o que a torna insuficiente é o uso inadequado. Portanto, é preciso encontrar um equilíbrio, capacitar os professores e não temer as mudanças, pois elas virão independentes da nossa vontade e do nosso favor, o mais sensato a fazer é torná-la nossa aliada no processo de ensino-aprendizagem. E uma vez que estando preparados e seguros como educadores, saberemos com certeza, usar os equipamentos de forma adequada e assim contribuir cada vez mais com melhoria da qualidade da educação e consequentemente com o desenvolvimento de nosso País. 12

REFERÊNCIAS BOLAÑO, Cesar Ricardo Siqueira (Org). Economia política da internet. São Cristóvão: Editora UFS, 2007. CANDAU. Vera Maria (Org). Didática crítica intercultural: aproximações. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. DALAPOSSA, Karen Chaiane. Tecnologia na Educação. Disponível em: <http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/tecnologia-na-educacao.htm> Acesso em: 02 de outubro 2013. DESIRÉE, Jane. A influência da tecnologia na educação. Disponível em: <http://discutireducacao.blogspot.com.br/2007/06/influncia-da-tecnologia-na-educao.html> Acesso em: 02 de outubro 2013. LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? : novas exigências educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 2011. MORAN, José Manuel. A integração das tecnologias na educação. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/moran/integracao.htm> Acesso em: 08 de outubro 2013. SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes, 2004. SILVA, Everaldo e URBANESKI, Vilmar. Educação, Sociedade e práxis educativa. Indaial: Uniasselvi, 2013. ZUFFO, Marcelo. Aprendizagem por meio de ambientes de realidade virtual. In: LITTO, Fredric Michel e FORMIGA, Manoel Marcos Maciel (Orgs). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. 13