CONTABILIDADE DE CUSTOS. Avaliação de Estoques

Documentos relacionados
IPEP - Custos e Orçamentos 45 Prof. Tamanaha

CONTABILIDADE BÁSICA Aula: Operações com Mercadorias

Custos Industriais. Custo de aquisição. Custo de aquisição. Métodos de avaliação dos estoques

CONTABILIDADE DE CUSTOS/GERENCIAL PARA CONTÁBEIS/ADMINISTRAÇÃO REVISÃO: CUSTO DE MERCADORIAS E PRODUTOS VENDIDOS.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES

AULA 9 - OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

2.2 Resultado com mercadorias 2.3 Impostos que afetam as mercadorias 2.4 Critérios de avaliação do estoque

Cada prova possuirá 20 (vinte) questões objetivas e 1 (uma) questão discursiva. A prova terá duração de 2 (duas) horas, com início às 9h.


Fundamentos de Contabilidade. Formação do Patrimônio. Professor Isnard Martins

Taxa de Aplicação de CIP (Custos Indiretos de Produção)

CAPÍTULO 2 - MATERIAIS QUESTÕES TEÓRICAS

Devolução de mercadoria vendida - Contabilização - Roteiro de Procedimentos

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

QUESTÕES POTENCIAIS DE PROVA TROPA DE ELITE CURSO AEP PROF. ALEXANDRE AMÉRICO

Contabilidade Básica II

Contabilidade Comercial

GESTÃO DE ESTOQUES AVALIAÇÃO DE ESTOQUE

AUDITORIA DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Classificação e Codificação de Materiais

OPERAÇÕES COM ERCADORIAS

FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE CRITÉRIO PEPS ENTRADA SAÍDA SALDO DATA Quanti Valor Total. Total ade Unitário

IMPORTAÇÃO DE MERCADORIAS E MATÉRIAS-PRIMAS

T D P. Escrita Contábil ALUNO PROFESSOR TURMA

Professor Gabriel Rabelo Contabilidade 15 QUESTÕES SOBRE ESTOQUES PARTE DO E-BOOK CONTABILIDADE FACILITADA PARA A ÁREA FISCAL PROVAS COMENTADAS

Professor conteudista: Hildebrando Oliveira

Resolução da Prova de Contabilidade de Custos Professor Luciano Moura

Contabilidade Geral e Avançada Correção da Prova AFRFB 2009 Gabarito 1 Parte 1 Prof. Moraes Junior CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA

INVENTÁRIO DE ESTOQUES

Custeio por Absorção. Prof. Laércio Juarez Melz

AGENTE E ESCRIVÃO DA POLICIA FEDERAL Disciplina: Contabilidade. Aula: 04 Prof.: Adelino Corrêa DATA: 26/10/ Operações com mercadoria

Contabilidade Financeira

CONTABILIZAÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES NÃO-CUMULATIVAS AO PIS E COFINS

Operações com Mercadorias Sem Impostos

RESULTADO COM MERCADORIAS!!!

PROCESSO SELETIVO DE MONITORIA - EDITAL Nº08/ CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PARA CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

Princípios Fundamentais Contabilidade

Comentários da prova SEFAZ-PI Disciplina: Contabilidade Geral Professor: Feliphe Araújo

CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA II

VARIAÇÕES DE PREÇOS NOS ESTOQUES E SEUS IMPACTOS NO FLUXO DE CAIXA DE EMPRESAS COMERCIAIS

RECEITA BRUTA ( ) Deduções de Receitas = RECEITA LÍQUIDA ( ) Custos = LUCRO BRUTO ( ) Despesas = LUCRO LÍQUIDO

ATIVO IMOBILIZADO

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CADERNO DE QUESTÕES PROCESSO SELETIVO TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA (TRV) 2ª ETAPA EDITAL 02/2015-COPESE DATA: 08/02/2015. HORÁRIO: das 09 às 12 horas

Boletim. Contabilidade Internacional. Manual de Procedimentos

Teoria e Exercícios Parte 03

Sistema de contas. Capítulo 2 Sistema de contas

De acordo com a NBC TG16(R1), estoques, seu item número 9 define como os estoques devem ser mensurados, assim transcrito abaixo:

Prof. Me. Alexandre Saramelli

Contas. Osni Moura Ribeiro ; Contabilidade Fundamental 1, Editora Saraiva- ISBN

Os valores totais do Ativo e do Patrimônio Líquido são, respectivamente,

Já, o novo Custo Fixo Unitário (CF/u) será outro para o novo volume de produção, ou seja: CF/u = R$ , = R$ 107,14

TRABALHO AVALIATIVO Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Contabilidade Financeira e Orçamentaria II Turma: 7º Periodo

CONTABILIDADE GERAL. Adquira esta e outras aulas em CONCURSO PÚBLICO PARA TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL

Curva ABC. Cada uma destas curvas nos retorna informações preciosas a respeito de nossos produtos

ICMS/PE 2014 Resolução da Prova de Contabilidade de Custos Professor Luciano Moura

1. INVENTÁRIOS 1.2 INVENTÁRIO PERIÓDICO. AGENTE E ESCRIVÃO DA POLICIA FEDERAL Disciplina: Contabilidade Prof.: Adelino Corrêa. 1..

APURAÇÃO DO RESULTADO (1)

ATIVIDADE IMOBILIÁRIA - VENDAS A PRAZO Registros Contábeis

Aula 3 Contextualização

Contabilidade Básica PRINCÍPIOS CONTÁBEIS E OPERAÇÕES COM MERCADORIAS. Prof. Me. Antonio Luiz Santos

PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

ASPECTOS GERAIS NA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DAS EMPRESAS

BROOKFIELD INCORPORAÇÕES S.A. 3ª Emissão Pública de Debêntures

Contabilidade Parte II

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS UNIDADE VI - ÍNDICES DE RENTABILIDADE

INCLUSÃO DO PROCESSO IMPORTAR TABELA IBPT :

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

13. Operações com mercadoria

Contabilidade Empresarial e Comercial ETEC GUARACY. Prof. Procópio 2º CONTAB Aula - 8

1º CASO Cia. INVESTIDORA S.A.

GOVERNO DE RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DE FINANÇAS COORDENADORIA DA RECEITA ESTADUAL GETRI GERÊNCIA DE TRIBUTAÇÃO

TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO

10. Balanço Patrimonial Plano de Contas

DESCRIÇÃO DE RELATÓRIOS PROFIT - PMZ RELAÇÃO DE PRODUTOS (+) (-) NÃO VENDIDOS

Armazenagem e controle. Prof. Paulo Medeiros FATEC - Marília

ÁREA DE CONHECIMENTOS CONTÁBEIS

Av. Padre Claret, 146 Conj. 503 Centro Esteio/ RS Fone/ Fax: (51)

JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO

Unidade II CONTABILIDADE. Prof. Jean Cavaleiro

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ENCERRADAS EM 31/12/2014

ATIVIDADE IMOBILIÁRIA Venda à Vista de Unidades Imobiliárias

NOVO MÓDULO PATRIMÔNIO

Questões de Concursos Tudo para você conquistar o seu cargo público ]

A nova visão da. Contabilidade Aplicada ao Setor Público


1 Regime de Inventário Permanente

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Arbitramento do custo de estoque

Demonstrações Financeiras Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração - ABM

ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS

Petrobras Apostila. Exercícios Resolvidos e Comentados. Passe Concursos. Engenheiro de Produção Jr.

SOFOLHA SOLUÇÕES CORPORATIVAS CONSULTORIA TRIBUTÁRIA. SFAutomatus X Controle de Estoque X SFContábil. Obrigação de Avaliar os Estoques

COMO CONVERTER DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS BRASILEIRAS PARA A MOEDA AMERICANA (FAS 52)

Pesquisa sobre bens a serem ativados Contabilizados no Ativo Imobilizado

MANUAL CALCULADORA DE IR SANTANDER CORRETORA

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Nota fiscal de devolução com ICMS e IPI na NF-e

Transcrição:

CONTABILIDADE DE CUSTOS Avaliação de Estoques

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO Importância do estudo dos critérios de avaliação dos estoques se justifica: a aquisição de um mesmo material em datas diferentes, com preços diferentes determinar o custo dos materiais estocados. determinar custo dos materiais transferidos à produção; movimentação quantitativa e qualitativa-financeira dos estoques; identificação das fontes de fornecimento e consumo dos materiais; média de consumo; níveis máximo, mínimo e ponto de reposição.

Critérios mais conhecidos: Preço Específico PEPS UEPS Preço Médio (ou Custo Médio Ponderado)

Critério do Preço Específico: Por este critério, atribui-se a cada unidade de estoque o preço efetivamente pago (custo) por ela. Só é possível aplicar este critério para materiais de fácil identificação física ou então nos casos em que o material é aplicado integralmente na fabricação de um específico produto. Material adquirido especificamente para ser aplicado na fabricação de um produto, através de determinada ordem de produção.

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES Fatos e Valores Hipotéticos para prática: Durante o mês de setembro, ocorreram as seguintes operações na Indústria de Produtos Alimentícios São Luís S.A.: (Observação: Considere que os produtos fabricados com essa matéria-prima são tributados pelo ICMS e pelo IPI). 1) No dia 2 foram adquiridas, do fornecedor Moinho Tatuá S.A., 100 sacas de trigo (60Kg cada), cfe.nf nº 935, a prazo, no valor total da NF de R$ 1.100.000. Da NF, constaram ainda: ICMS: R$ 184.000 e IPI: R$ 100.000. Além de ter contratado frete no valor de R$ 84.000. 2) No dia 4, foram transferidos para produção, cfe. Requisição nº 02, 60 sacas de trigo.

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES Fatos e Valores Hipotéticos para prática: 3) No dia 10 foram adquiridos, do mesmo fornecedor, a prazo, 50 sacas de trigo no valor total de R$ 668.000, cfe.nf º 1.006. Da NF, contaram ainda: ICMS: R$ 110.000 e IPI: R$ 60.000. Houve a contratação de frete e seguros no valor de R$ 42.000. 4) No dia 15 ocorreu nova compra, do mesmo fornecedor, a prazo, de 100 sacas de trigo, cfe. NF 1.060, no valor total de R$ 1.650.000. Da NF, constaram ainda: ICMS: R$ 255.000 IPI: R$ 150.000

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES Fatos e Valores Hipotéticos para prática: 5) No dia 25 foram devolvidas ao Moinho Tatuá S.A. 10 sacas de trigo recebidas através da NF 1.060 cfe. nossa NF nº 125, no valor total da NF = R$ 165.000. Da NF, constaram ainda: ICMS: R$ 25.500 IPI: R$ 15.000 Foi paga a uma transportadora a importância de R$ 6.000 correspondente ao frete pelo transporte das 10 sacas devolvidas. O valor do frete na devolução deve ser considerado como Despesa. 6) No dia 29 foram transferidas para a produção, cfe. Requisição nº 03, 160 sacas de trigo. 7) No dia 30 o almoxarifado que controla os estoques recebeu, em devolução do setor de produção, 10 sacas de trigo.

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES PEPS: primeiro a entrar, primeiro a sair também conhecido por FIFO First In, First Out: Por esse critério de avaliação dos estoques, a empresa sempre atribuirá aos materiais em estoques os custos mais recentes O material utilizado é custeado pelos preços mais antigos, permanecendo os mais recentes em estoques

PEPS: primeiro a entrar, primeiro a sair também conhecido por FIFO First In, First Out: as devoluções de compras são escrituradas negativamente entre parênteses na coluna das entradas fazendo que a soma da coluna das entradas corresponderá efetivamente ao valor das compras líquidas; as devoluções de vendas ou da produção são escrituradas negativamente entre parênteses na coluna das saídas fazendo que a soma da coluna das saídas corresponderá efetivamente ao custo dos materiais saídos saídas líquidas;

PEPS: primeiro a entrar, primeiro a sair também conhecido por FIFO First In, First Out: as devoluções de compras são registradas na ficha de controle de estoques pelo valor pago ao fornecedor por ocasião da respectiva compra; as devoluções de vendas ou da produção são registradas pelos mesmos valores das respectivas saídas correspondentes aos materiais que estiverem sendo retornados aos estoques; os gastos eventuais, tanto na devolução de compras como na devolução de vendas (fretes, seguros, etc.), devem ser considerados como Despesas Operacionais e não como Custos.

FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - CRITÉRIO PEPS MATERIAL: TRIGO - SACAS COM 60 KG VR R$ ENTRADAS SAÍDAS SALDO DATA HISTÓRICO QUANT C.UNIT C. TOTAL QUANT C.UNIT C. TOTAL QUANT C. UNIT C.TOTAL 02/09 NF 935 Moinho Tatuá S/A 100 9.000 900.000 -- -- -- 100 9.000 900.000 04/09 Requisição n 02 -- -- -- 60 9.000 540.000 40 9.000 360.000 10/09 NF 1.006,Moinho Tatuá S/A 50 10.800 540.000 -- -- -- 40 50 90 9.000 10.800 360.000 540.000 900.000 15/09 NF 1.060, Moinho Tatuá S/A 100 12.450 1.245.000 -- -- -- 25/09 N/NF N 125 (10) 12.450 (124.500) -- -- -- 40 9.000 50 10.800 70 12.450 29/09 Requisição n 03 -- -- -- 160 30/09 40 50 100 190 40 50 90 180 9.000 10.800 12.450 9.000 10.800 12.450 360.000 540.000 1.245.000 2.145.000 360.000 540.000 1.120.500 2.020.500 360.000 540.000 871.500 1.771.500 20 12.450 249.000 Devolução de produção -- -- -- (10) 12.450 (124.500) 30 12.450 373.500 TOTAIS 240 2.560.000 210 2.187.000

UEPS: último a entrar, primeiro a sair também conhecido por LIFO Last In, First Out: Por esse critério de avaliação dos estoques, a empresa sempre atribuirá aos materiais em estoques os custos mais antigos Com a adoção do UEPS, há tendência de se apropriar custos mais recentes aos produtos feitos, o que provoca normalmente redução do lucro contábil. Não aceito pela Legislação Tributária Brasileira

UEPS: último a entrar, primeiro a sair também conhecido por LIFO Last In, First Out: A transferência para produção é sempre feita pelo Custo das últimas aquisições, guardadas as devidas proporções em relação às quantidades adquiridas e seus respectivos custos

FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - CRITÉRIO UEPS MATERIAL: TRIGO - SACAS COM 60 KG VR.R$ TOTAIS 240 -- 2.560.500 210 -- 2.290.500 ENTRADAS SAÍDAS SALDO DATA HISTÓRICO QUANT C.UNIT C. TOTAL QUANT C.UNIT C. TOTAL QUANT C. UNIT C.TOTAL 02/09 NF 935 Moinho Tatuá S/A 100 9.000 900.000 -- -- -- 100 9.000 900.000 04/09 Requisição n 02 -- -- -- 60 9.000 540.000 40 9.000 360.000 10/09 NF 1.006,Moinho Tatuá S/A 50 10.800 540.000 -- -- -- 40 50 90 9.000 10.800 360.000 540.000 900.000 15/09 NF 1.060, Moinho Tatuá S/A 100 12.450 1.245.000 -- -- -- 40 50 100 190 9.000 10.800 12.450 360.000 540.000 1.245.000 2.145.000 25/09 N/NF N 125 (10) 12.450 (124.500) -- -- -- 40 50 90 180 9.000 10.800 12.450 360.000 540.000 1.120.500 2.020.500 29/09 Requisição n 03 -- -- -- 90 50 20 160 12.450 10.800 9.000 1.120.500 540.000 180.000 1.840.500 20 9.000 180.000 30/09 Devolução de produção -- -- -- (10) 9.000 (90.000) 30 9.000 270.000

Preço Médio ou Custo Médio Ponderado: Por esse critério de avaliação dos estoques, os materiais estocados serão sempre avaliados pela média dos custos de aquisição, sendo esses custos avaliados após cada compra efetuada Critério mais utilizado no Brasil É chamado de Preço Médio Ponderado Móvel em virtude de que a cada nova aquisição, o preço médio é automaticamente atualizado.

Preço Médio ou Custo Médio Ponderado: Por esse critério de avaliação dos estoques, a coluna destinada ao saldo indica as quantidades em estoque e seus respectivos valores médios, atualizado sempre em função das últimas compras para cálculo, basta somar os custos anteriores aos custos da aquisição atual e dividir o valor encontrado nessa soma pela quantidade de unidades existentes, mais as quantidades da última compra, obtendo-se assim o preço médio

FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - CRITÉRIO PREÇO MÉDIO MATERIAL: TRIGO - SACAS COM 60 KG - VR. R$ ENTRADAS SAÍDAS SALDO DATA HISTÓRICO QUANT C.UNIT C. TOTAL QUANT C.UNIT C. TOTAL QUANT C. UNIT C.TOTAL 02/09 NF 935 Moinho Tatuá S/A 100 9.000 900.000 -- -- -- 100 9.000 900.000 04/09 Requisição n 02 -- -- -- 60 9.000 540.000 40 9.000 360.000 10/09 NF 1.006,Moinho Tatuá S/A 50 10.800 540.000 -- -- -- 90 10.000 900.000 15/09 NF 1.060, Moinho Tatuá S/A 100 12.450 1.245.00 0 -- -- -- 190 11.289 2.145.000 25/09 N/NF N 125 (10) 12.450 (124.500) -- -- -- 180 11.225 2.020.500 29/09 Requisição n 03 -- -- -- 160 11.225 1.796.000 20 11.225 224.500 30/09 Devolução de produção -- -- -- (10) 11.225 (112.250) 30 11.225 336.750 TOTAIS 240 -- 2.560.00 0 210 -- 2.223.750 -- -- --

Resumo Comparativo: CRITÉRIO CUSTO DAS COMPRAS CUSTO TRANSFERIDO PARA PRODUÇÃO CUSTO ATRIBUÍDO AOS ESTOQUES REMANESCENTES PEPS 2.560.500 2.187.000 373.500 UEPS 2.560.500 2.290.500 270.000 PREÇO MÉDIO 2.560.500 2.223.750 336.750 Notem que a adoção deste ou daquele critério tem interferência direta no Custo de Produção e também no valor do estoque final. Nos três critérios, os valores atribuídos ao Custo de Produção bem como ao estoque final foram diferentes

Resumo Comparativo: CRITÉRIO CONSUMO (CUSTO TRANSFERIDO PARA A PRODUÇÃO) CUSTO ATRIBUÍDO AOS ESTOQUES REMANESCENTE S LUCRO PEPS BAIXO ALTO ALTO UEPS ALTO BAIXO BAIXO PREÇO MÉDIO MÉDIO MÉDIO MÉDIO

Qual dos critérios deve ser utilizado?: Dos três critérios apresentados, o mais indicado é o do Preço Médio, pois é o que espelha maior realidade aos custos transferidos para a produção do período, bem como aos estoques remanescentes O único critério não aceito pela legislação do Imposto de Renda brasileiro é o UEPS, porque esse critério distorce completamente os resultados, atribuindo custos maiores aos produtos e ficando os estoques finais como custo sempre menores

Custo ou mercado, o mais baixo: Critério de avaliação do Ativo: Custo de Aquisição ou Valor de Mercado, o que for mais baixo Em relação aos estoques: Preço de reposição para as matérias-primas e para os bens em almoxarifado (basta coletá-lo junto aos fornecedores); Preço líquido de realização para bens e direitos destinados à venda (cálculos necessários).

Preço de Líquido de Realização - Exemplo: Dados: Custo contábil do material destinado a venda: R$ 830; Ao ser vendido (sem ser aplicada no processo de transformação: R$ 1.500 ICMS: R$ 255 Despesas com vendas (salários, comissões, etc.): R$ 120 Margem de lucro: R$ 100

Preço Líquido de Realização - Exemplo: Preço de Venda 1.500 ( - ) Impostos (255) ( - ) Despesas com Vendas (120) ( - ) Margem de Lucro (100) ( = ) Preço Líquido a realizar 1.025 Preço líquido de realização ($ 1.025) é superior ao preço de aquisição ($ 830). No Balanço essa unidade de matéria-prima é avaliada por R$ 830.

Preço de Líquido de Realização - Exemplo: Dados: Custo contábil do material destinado a venda: R$ 830; Ao ser vendido (sem ser aplicada no processo de transformação: R$ 1.100 ICMS: R$ 187 Despesas com vendas (salários, comissões, etc.): R$ 120 Margem de lucro: R$ 100

Preço de Reposição Exemplo: Preço de Venda 1.100 ( - ) Impostos (187) ( - ) Despesas com Vendas (120) ( - ) Margem de Lucro (100) ( = ) Preço Líquido a realizar 693 Preço líquido de realização ($ 693) é inferior ao preço de aquisição ($ 830). No Balanço essa unidade de matéria-prima será avaliada pelo valor de mercado = R$ 693. Se faz necessário constituir uma Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado.

Provisão para ajuste ao valor de mercado: Custo 830 ( - ) Valor de mercado (693) ( = ) Provisão para ajuste ao valor de mercado 137 Registro contábil da provisão: D Despesas com Provisão para Redução ao Valor de Mercado (Conta de Resultado) C Provisão para Redução ao Valor de Mercado (Conta Redutora de Ativo) Provisão que se constitui tendo em vista redução ao valor de mercado conf. cálculos 137

Provisão para ajuste ao valor de mercado: Demonstração da conta Estoques de Matérias-Primas no Balancete ATIVO ATIVO CIRCULANTE... Estoques Estoques de Matérias-primas 830 ( - ) Provisão para Redução ao Valor de Mercado (137) 693

BIBLIOGRAFIA MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9ª ed. - São Paulo: Editora Atlas, 2003. RIBEIRO, Osni Moura Ribeiro. Contabilidade de Custos Fácil. 6ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 1999