CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO DO PARANÁ FAE COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DE CURITIBA CURITIBA S.A RELATÓRIO DE PESQUISA



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Transcrição:

CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO DO PARANÁ FAE COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DE CURITIBA CURITIBA S.A RELATÓRIO DE PESQUISA DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE CURITIBA: PERFIL, TERRITORIALIDADE E TENDÊNCIAS CURITIBA JUNHO, 2005

ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE ENSINO SENHOR BOM JESUS PRESIDENTE Frei Guido Moacir Sheidt, ofm DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO Paulo Arns da Cunha CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO DO PARANÁ - FAE REITOR Frei Gilberto Garcia PRÓ-REITOR ACADÊMICO Judas Tadeu Grassi Mendes PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO Jorge Apóstolos Siarcos DIRETOR ACADÊMICO Luis Roberto Antonik PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA PREFEITO Beto Richa COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DE CURITIBA CURITIBA S.A. PRESIDENTE Juraci Barbosa Sobrinho DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Mário Sérgio Rasera DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Eduardo Marques Dias DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL Aristides Girardi SECRETÁRIO GERAL Vicente Keller COORDENADOR ACADÊMICO DE PÓS- GRADUAÇÃO Gilberto de Oliveira Souza COORDENADOR ACADÊMICO MESTRADO Christian Luiz da Silva COORDENADORES DE CURSO Antonio Lázaro Conte (Administração) Aderbal Nicolas Muller (Ciências Contábeis) Gilmar Mendes Lourenço (Ciências Econômicas) Sérgio Luiz da Rocha Pombo (Direito) José Vicente Bandeira de Mello Cordeiro (Engenharia de Produção) Pedro Gomes de Quadros (Informática) COORDENADORES DOS NÚCLEOS Christian Luiz da Silva (Pesquisa Acadêmica) Francisco Carlos Lopes da Silva (Ação Comunitária) Manoel Knopfholz (Relações Empresariais) Nancy Malschitzky (Empregabilidade)

CORPO TÉCNICO FAE Centro Universitário Christian Luiz da Silva Cíntia Garcia Merege de Mello Heloísa de Puppi e Silva Curitiba S/A Josiane Alves de Oliveira COLABORAÇÃO FAE Centro Universitário Fábio Tadeu Araújo Curitiba S/A Adriane Destefani Simão de Souza Andréa Bittencourt Giuliano José Fuggi Iranei Cláudio Jorge Rangel Heckmann Reginaldo Salgado de Castro APOIO TÉCNICO OPERACIONAL Maria Aparecida da Silva Arcanjo Pereira (Revisão) Centro Universitário Franciscano do Paraná Desenvolvimento econômico de Curitiba: perfil, territorialidade e tendências; relatório de pesquisa/ Centro Universitário Franciscano do Paraná, Companhia de Desenvolvimento de Curitiba, 2005. 115 p. ilust. 1. Desenvolvimento econômico Curitiba(PR). 2. Curitiba (PR) Ocupações, 1996-2003 - Pesquisa. I. Companhia de Desenvolvimento de Curitiba CDD 338.981621 331.11

APRESENTAÇÃO A atual sociedade globalizada, fundamentada na informação e comunicação, apresenta desafios cada vez maiores aos gestores públicos, no sentido de administrar de forma efetiva e eficaz as cidades, promovendo o desenvolvimento econômico e social da população. Neste sentido, o presente estudo é uma iniciativa da Curitiba S/A, e da FAE Centro Universitário, de buscar, estudar e interpretar as informações econômicas da cidade, fazendo frente aos desafios da nova sociedade da informação e comunicação. O objetivo principal é fornecer informações econômicas necessárias à criação de políticas públicas que visem o desenvolvimento econômico de Curitiba, bem como oferecer à comunidade empresarial, informações que auxiliem suas tomadas de decisões e aos alunos e pesquisadores, subsídios em seus trabalhos de pesquisa. Os critérios de escolha para os setores econômicos analisados foram os destaques contidos, na área específica de economia, tanto do Plano Diretor de Curitiba quanto do Plano de Governo da atual gestão municipal, quais sejam: tecnologia, turismo, primeiro emprego e micro e pequenas empresas. Dessa forma, apresentamos o presente estudo, resultado primeiro do Convênio firmado entre: Curitiba S/A & FAE Centro Universitário Cordialmente, Juraci Barbosa Sobrinho Judas Tadeu Grassi Mendes Presidente da Curitiba S/A Pró-reitor da FAE Centro Universitário

12 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 12 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS E DO EMPREGO EM CURITIBA, NO PERÍODO DE 1996 E 2003... 16 1.1 ESTABELECIMENTOS EM CURITIBA... 16 1.2 EMPREGOS EM CURITIBA... 19 2 CARACTERISTICAS DA POPULAÇÃO DE PRIMEIRO EMPREGO EM CURITIBA E OS COMPARATIVOS DO SEU PERFIL ENTRE 1996 E 2003... 22 2.1 AS CARACTERISITICAS DA POPULAÇÃO DE PRIMEIRO EMPREGO NO MUNICÍPIO DE CURITIBA-PR ENTRE OS ANOS DE 1996 E 2003... 22 2.1.1 Características do Primeiro Emprego com Relação à Faixa Etária, ao Sexo, ao Nível de Renda, ao Grau de Instrução e à Nacionalidade... 23 2.1.2 Características do Primeiro Emprego com Relação ao Tipo de Vínculo com a Empresa, ao Tamanho do Estabelecimento, à Área de Atuação, ao Mês de Recrutamento e ao Tempo de Permanência no Emprego... 28 2.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O PRIMEIRO EMPREGO... 31 3 CARACTERÍSITCAS DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS QUANTO AO NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E EMPREGOS EM CURITIBA E OS COMPARATIVOS DO SEU PERFIL ENTRE 1996 E 2003.. 33 3.1 CARACTERÍSTICAS QUANTO AO NÚMERO DE EMPREGOS DE CURITIBA-PR ENTRE OS ANOS DE 1996 E 2003... 34 3.1.1 Características das Micro e Pequenas Empresas Quanto ao Nível de Renda e ao Grau de Instrução... 38 3.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS... 40

13 4 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EMPREGO NA ÁREA DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO, EM CURITIBA, NOS ANOS DE 1996 E 2003... 43 4.1 ASPECTOS GERAIS DA POPULAÇÃO EMPREGADA NA ÁREA DE TECNOLOGIA, EM CURITIBA-PR, NOS ANOS DE 1996 E 2003... 4.1.1 Características do Emprego na Área de Tecnologia Quanto à Faixa Etária, ao Sexo, ao Nível de Renda, ao Grau de Instrução e à Nacionalidade. 4.1.2 Características dos Empregos na Área de Tecnologia de Informação Quanto ao Tipo de Vínculo com a Empresa, ao Tamanho do Estabelecimento, a área de Atuação e ao Mês de Recrutamento... 4.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O EMPREGO, NA ÁREA DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO... 5 CARACTERÍSTICAS DO EMPREGO NA ÁREA DE TURISMO, EM CURITIBA, NOS ANOS DE 1996 E 2003... 5.1 ABORDAGEM GERAL SOBRE AS ATIVIDADES TURÍSTICAS NO MUNICÍPIO DE CURITIBA, ENTRE OS ANOS DE 1996 E 2003... 5.2 CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES TURÍSTICAS QUANTO AO GRAU DE INSTRUÇÃO, SEXO E FAIXA ETÁRIA... 5.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O EMPREGO DA ATIVIDADE DE TURISMO... 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 6.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DO EMPREGO EM CURITIBA E ASPECTOS DE DESENVOLVIMENTO DOS BAIRROS... 6.2 PROPOSIÇÕES PARA OS PRÓXIMOS ESTUDOS... REFERÊNCIAS... APÊNDICE 1 FORMAÇÃO ECONÔMICA DE CURITIBA... APÊNDICE 2 ESTUDO COMPLEMENTAR SOBRE O MERCADO DE ENSINO SUPERIOR NA CIDADE DE CURITIBA-PR... 45 46 51 53 57 60 61 63 64 64 69 70 74 79

14 APÊNDICE 3 ESTUDO COMPLEMENTAR SOBRE AVALIAÇÃO DE INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL... ANEXO 1 MAPA DA ATIVIDADE DE TURISMO NOS BAIRROS DE CURITIBA... ANEXO 2 MAPA DA ATIVIDADE DE TECNOLOGIA NOS BAIRROS DE CURITIBA... 82 87 93

15 LISTA DE QUADROS QUADRO 1.1 ATIVIDADES ECONÔMICAS EM CURITIBA, POR BAIRROS E SETORES ECONÔMICOS 2003... 17 QUADRO 1.2 ATIVIDADES ECONÔMICAS EM CURITIBA, POR BAIRRO 1996 E 2003... 18 QUADRO 2.1 NÍVEL DE ECOLARIDADE E GRAU DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO DE PRIMEIRO EMPREGO, EM CURITIBA-PR 1996 E 2003 27 QUADRO 3.1 CRESCIMENTO DAS EMPRESAS SEGUNDO O NÚMERO DE EMPREGADOS NA CIDADE DE CURITIBA DE 1996 PARA 2003... 35 QUADRO 3.2 AS CINCO ATIVIDADES ECONÔMICAS COM MAIOR NÚMERO DE EMPREGOS EM CURITIBA 2003... 36 QUADRO 3.3 AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS E AS ATIVIDADES ECONÔMICAS EM CURITIBA 2003... 38 QUADRO 3.4 DISTRIBUIÇÃO DE RENDA DA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS EM CURITIBA... 39 QUADRO 3.5 NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS EMPREGADOS DAS MICRO E PEQUENAS EM CURITIBA 1996 E 2003... 40 QUADRO 4.1 ATIVIDADES QUE COMPÕEM A TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO, BASE CNAE... 44 QUADRO 4.2 RELAÇÕES ENTRE O 1º EMPREGO, EMPREGOS DA ÁREA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E 1º EMPREGO NA ÁREA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, EM CURITIBA PR 1996 E 2003... 46 QUADRO 4.3 - EVOLUÇÃO DO EMPREGO NAS ATIVIDADES DE TECNOLOGIA, EM CURITIBA-PR - 1996 E 2003... 47

16 QUADRO 4.4 - EMPREGOS NA ÁREA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - ATIVIDADES DE MAIOR DESTAQUE - EM CURITIBA-PR - 1996 E 2003... 48 QUADRO 4.5 - PARTICIPAÇÃO (EM%) DAS EMPRESAS, POR TAMANHO DO ESTABELECIMENTO, NA ABSORÇÃO DE EMPREGOS DA ÁREA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, EM CURITIBA-PR - 1996 E 2003... 53 QUADRO 5.1 ATIVIDADES RELACIONADAS AO TURISMO - 1996 A 2003... 59 QUADRO 5.2 NÍVEIS DE RENDA DO TURISMO EM CURITIBA, 2003... 63 QUADRO 6.1 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO, POR BAIRRO, EM CURITIBA, SEGUNDO DESCRIÇÕES ACIMA... 67

17 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1.1 - SETORES ECONÔMICOS EM CURITIBA 2003... 16 GRÁFICO 1.2 NÚMERO DE EMPREGOS EM CURITIBA 1996 E 2003... 19 GRÁFICO 2.1 EVOLUÇÃO DO GRAU DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO DE PRIMEIRO EMPREGO, POR SEXO CURITIBA PR 1996/2003... 24 GRÁFICO 2.2 FAIXA ETÁRIA DA POPULAÇÃO DE PRIMEIRO EMPREGO, POR SEXO CURITIBA PR 1996/2003... 25 GRÁFICO 2.3 FAIXA DE RENDA DA POPULAÇÃO DE PRIMEIRO EMPREGO, POR SEXO (EM SALÁRIOS MÍNIMOS) CURITIBA PR 1996/2003... 26 GRÁFICO 2.4 MÊS DE ADMISSÃO DA POPULAÇÃO OCUPADA E DA POPULAÇÃO DE PRIMEIRO EMPREGOCURITIBA PR 1996/2003... 29 GRÁFICO 3.1 PARTICIPAÇÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS EM CURITIBA, QUANTO AO NÚMERO DE EMPREGOS, NO ANO DE 2003.... 35 GRÁFICO 3.2 MICRO E PEQUENAS EMPRESAS POR SETOR DE ATIVIDADE, EM CURITIBA, QUANTO AO NÚMERO DE EMPREGOS, NO ANO DE 2003... 37 GRÁFICO 4.1 FAIXA DE RENDA EM RELAÇÃO À FAIXA ETÁRIA DOS EMPREGADOS NA ÁREA DE TECNOLOGIA, EM CURITIBA-PR 1996 E 2003... 50 GRÁFICO 4.2 RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE RENDA E SEXO DA POPULAÇÃO DA ÁREA DE TECNOLOGIA, EM CURITIBA-PR, ENTRE 1996 E 2003... 51

18 GRÁFICO 4.3 DISTRIBUIÇÃO DA CONTRATAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA DURANTE OS ANOS DE 1996 E 2003, NA ÁREA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DE CURITBA-PR... 52 GRÁFICO 5.1 EMPREGOS DO TURISMO POR FAIXA ETÁRIA... 62

12 INTRODUÇÃO No decorrer de toda a História, cidades vêm-se adaptando freqüentemente aos novos padrões locais e mundiais de mercado, consumo, dinâmica política e ideológica. Os anos vão passando e a evolução do homem aproxima-se cada vez mais do instante em que a última inovação foi criada. Trata-se da velocidade da informação, influenciando o cotidiano econômico e social. As cidades concentram, no mesmo espaço, diversos pensamentos, sistemas de vida, culturas e envolvem os agentes em uma só economia. Assim, mesmo que direcionada por ideologias e tendências mundiais, cada cidade assume características diferentes, muitas vezes determinadas pela consciência de líderes anteriores. Em Libanio (2001, p.27), As lógicas da cidade, caminho escolhido, guiar-nos-ão na construção de sua radiografia. E, a partir delas, ampliaremos os campos de compreensão de sua realidade com incursões em outros campos do saber. A cidade é uma teia de aranha tanto no seu interior quanto nas suas conexões com outras cidades. Simboliza a grande obra construtora do ser humano, revelando sua verdadeira natureza social. Nesse sentido, Curitiba se revela como uma cidade planejada e estruturada, porém, com novos padrões de desafios oriundos do seu desenvolvimento como metrópole. No apêndice 1, segue um apanhado sobre a formação econômica de Curitiba. Entre 1996 e 2000, Curitiba teve um aumento de 7,52% em sua população total e para o intervalo 2001 e 2004, projetou-se uma evolução de 6,80%. Trata-se de uma população total de 1.729.570 habitantes, em 2004, com indícios de crescimento de, aproximadamente, 50.000 habitantes por ano, desde os meados dos anos de 1990 até hoje. Outro indicador da expansão da capital diz respeito ao número de domicílios da cidade. Em 2000, Curitiba tinha 479.341 domicílios, com um crescimento de 11,48%, em relação a 1996. Nota-se que o aumento do número de domicílios foi mais que proporcional ao aumento da população, indicando possíveis melhoras na qualidade de vida da população local. Contudo, essa constatação depende de melhor qualificar as interações sociais, econômicas, ambientais e culturais da cidade. Essas interações ocorrem, em nível de bairros, da conjugação de necessidades, demandas e recursos de cada cidadão em prol de um conjunto

13 dinâmico daquele espaço, inter-relacionado pelas pessoas, que se denomina cidade. A compreensão dessa cidade, portanto, deve ser feita em menores níveis de análise. Diante de tal pressuposto metodológico, alinhado aos aspectos evolutivos de Curitiba, considera-se importante estudar, minuciosamente, bairro a bairro, as deficiências e oportunidades proporcionadas pelo crescimento acirrado por que o município passou nos últimos anos, provocado por uma nova conjuntura e estrutura econômica global. Apesar de as transformações apresentarem características competitivas dos novos padrões mundiais, o estudo local vem surgindo e se tornando cada vez mais importante para se encontrarem alternativas de desenvolvimento. Curitiba se tornou um centro, no qual se encontram diversas atividades e interesses. As características desta cidade vêm-se difundindo em seu território, tornando peculiar a atividade de cada bairro. Para que se encontrem alternativas de desenvolvimento nos dias de hoje, devem-se compreender os aspectos relevantes para cada região da cidade, somente assim, políticas corretas e eficazes para cada grupo de interesse serão apontadas. O desenvolvimento local depende de esforços da população, de empresas particulares e da regulação por meio de órgãos públicos e do terceiro setor. Trata-se de uma constante conversa e troca de informações, ou seja, de uma sinergia entre os diversos agentes do sistema econômico. Indo mais adiante no tema desenvolvimento local, como alternativa de melhores condições de vida, resgatam-se a educação e o emprego da população. Ao entender quais são as novas necessidades de trabalho e como se comporta a população empregada, justifica-se a base de tomada de decisão, por parte de órgãos públicos, que, pela formação de parcerias, busca proporcionar melhorias de vida dos cidadãos. Como problema de pesquisa, adota-se que, nos últimos anos, Curitiba cresceu, ainda que organizadamente, de acordo com os novos padrões mundiais, e coloca-se em questão o espraiamento desse crescimento por população, enfatizando o surgimento de peculiaridades locais (por bairro). Assim, o estudo tem como objetivo geral descrever as características sobre o emprego e mercado de trabalho na cidade de Curitiba-Paraná, no período de 1996 e no de 2003, relevando aspectos sobre o desenvolvimento de cada bairro.

14 Firmando-se tal busca, foram traçados os objetivos específicos, que compreendem caracterizar, na cidade de Curitiba: A atividade de primeiro emprego; A absorção da mão-de-obra, por parte das micro e pequenas empresas; O emprego da atividade de tecnologia; O emprego da atividade de turismo; A distribuição das atividades econômicas estudadas, por bairro; As debilidades de desenvolvimento verificadas em alguns bairros. Contudo, o estudo se baseou em uma pesquisa exploratória de método dedutivo e utiliza fonte secundária. Estabelece-se o limite temporal, entre 1996 e 2004, de acordo com a variação do calendário de informações de órgãos como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Secretaria Municipal de Finanças de Curitiba (SMF), entre outros. Para identificar as características relacionadas ao emprego e educação, do primeiro emprego, de micro e pequenas empresas, da atividade de tecnologia e do turismo, foram utilizadas informações extraídas da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), 1996 e 2003. Desse modo, tal caracterização aborda quem, quando e onde está presente, nessa parcela da população ocupada. Entre essas características estão: faixa etária, nível de renda, sexo, grau de instrução, tipo do vínculo com as empresas, tipo da admissão, mês de admissão, tempo de emprego, tamanho do estabelecimento, área do conhecimento de trabalho, etc. Esses indicadores foram comparados entre dois períodos estáticos, 1996 e 2003, visando a acompanhar a evolução das características em meio a políticas e ações do governo. Já as informações locais, bairro a bairro, foram baseadas nas do IPPUC e SMF. Foram abordadas características de renda, educação, atividade econômica setorial e características populacionais. Após serem cruzadas essas informações, o estudo prosseguiu com a identificação de alternativas para novos estudos, objetivando aprofundar as discussões e aportar, minuciosamente, os focos pertinentes à implementação de políticas públicas locais.

15 Assim, o estudo está dividido em seis capítulos. O primeiro faz uma contextualização, de forma geral, não somente das atividades econômicas na cidade e as suas principais concentrações, como também do emprego e suas principais características. O segundo e o terceiro discorrem sobre comparações e cruzamento de dados que levem a identificar as características do primeiro emprego e da atividade das micro e pequenas empresas, respectivamente. Já o quarto e o quinto capítulos caracterizam a atividade de tecnologia e turismo, respectivamente, tendo como sustentáculos os dados sobre o emprego. O último capítulo apontará alguns bairros com debilidades que impedem o desencadeamento do desenvolvimento local, com base no estabelecimento de indicadores locais e critérios adotados. Nas Considerações Finais, serão apresentadas alternativas para realização de novos estudos, a fim de se compor este estudo e buscar justificativas para as ocorrências identificadas ao se observarem os indicadores sociais. O apêndice 1 apresentará uma seção para contextualização, por meio da discussão sobre a Formação Econômica de Curitiba, que permitirá compreender os rumos seguidos, em datas anteriores, para que a capital paranaense assumisse, nos dias de hoje, algumas características peculiares. Ressalta-se que as informações relatadas neste estudo necessitam de um aprofundamento nas informações e de pesquisa de campo para garantir a eficiência e eficácia das políticas adotadas.

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS E DO EMPREGO EM CURITIBA, NO PERÍODO DE 1996 E 2003. 16 Este primeiro capítulo abordará de maneira geral as atividades econômicas, quanto à distribuição e ao número de estabelecimentos existentes nos bairros de Curitiba. Além disso, apresentará a evolução do número de empregos da cidade, entre 1996 e 2003, e traçará um perfil do trabalhador de Curitiba, mediante análise de algumas variáveis, tais como: tempo de emprego, tipo de vínculo, renda, faixa etária e grau de instrução. 1.1 ESTABELECIMENTOS EM CURITIBA Curitiba apresentava, em 2003, segundo dados da Secretaria Municipal de Finanças, 114.449 estabelecimentos formalmente constituídos e ativos. A partir dessa informação, analisando os estabelecimentos de acordo com sua atividade principal, verifica-se que a maior concentração encontra-se no setor terciário da economia, que representa 73,54% dos estabelecimentos de comércio e serviços na cidade. Comércio 41.237 36,03% Serviços 42.924 37,50% Indústria 10.514; 9,19% CNE; 17,16% Agropec. 138; 0,12% GRÁFICO 1.1 - SETORES ECONÔMICOS EM CURITIBA - 2003 FONTE: SMF Elaborado pelos autores Com 14,52% do total de estabelecimentos da cidade e levando em consideração os bairros como parâmetro, o Centro adensa a maior parte deles. Logo após, aparece o bairro do Boqueirão com 5,11%, seguido dos bairros CIC e Água Verde, respectivamente, com 4,02% e 3,88%, do total dos estabelecimentos.

No quadro 1.1, encontram-se os bairros com seus respectivos estabelecimentos econômicos e suas representações no total de Curitiba. 17 QUADRO 1.1 ATIVIDADES ECONÔMICAS EM CURITIBA, POR BAIRROS E SETORES ECONÔMICOS 2003. Bairro Qde. Indústria Comércio Serviços Agropecuária Cod. não especificado. Total % em relação ao total das atividades de Curitiba Qde. % em relação ao total das atividades de Curitiba Qde. % em relação ao total das atividades de Curitiba FONTE: SMF CADASTRO DE LIBERAÇÃO DE ALVARÁS ELABORAÇÃO: CURITIBA S.A DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO * % em relação ao total das atividades de Curitiba ** Código não especificado Qde. % em relação ao total das atividades de Curitiba Qde. % em relação ao total das atividades de Curitiba Qde. % em relação ao total das atividades de Curitiba CENTRO 638 6,07 4.496 10,90 8.182 19,06 13 9,42 3.289 16,75 16.618 14,52 BOQUEIRÃO 809 7,69 2.370 5,75 1.581 3,68 5 3,62 1.085 5,53 5.850 5,11 CIC 844 8,03 1.718 4,17 1.280 2,98 10 7,25 751 3,82 4.603 4,02 ÁGUA VERDE 317 3,02 1.341 3,25 2.100 4,89 5 3,62 674 3,43 4.437 3,88 REBOUÇAS 261 2,48 1.380 3,35 1.627 3,79 7 5,07 642 3,27 3.917 3,42 PORTÃO 274 2,61 1.560 3,78 1.251 2,91 1 0,72 655 3,34 3.741 3,27 CAJURU 353 3,36 1.255 3,04 890 2,07 4 2,90 518 2,64 3.020 2,64 XAXIM 449 4,27 1.258 3,05 790 1,84 5 3,62 461 2,35 2.963 2,59 BATEL 162 1,54 801 1,94 1.648 3,84 3 2,17 300 1,53 2.914 2,55 SÍTIO CERCADO 387 3,68 1.364 3,31 702 1,64 5 3,62 337 1,72 2.795 2,44 NOVO MUNDO 228 2,17 1.041 2,52 814 1,90 3 2,17 548 2,79 2.634 2,30 HAUER 238 2,26 1.119 2,71 759 1,77 0 0,00 492 2,51 2.608 2,28 BACACHERI 183 1,74 934 2,26 849 1,98 4 2,90 447 2,28 2.417 2,11 UBERABA 304 2,89 953 2,31 655 1,53 3 2,17 435 2,22 2.350 2,05 PINHEIRINHO 271 2,58 977 2,37 676 1,57 3 2,17 402 2,05 2.329 2,03 CAPÃO RASO 226 2,15 877 2,13 656 1,53 1 0,72 412 2,10 2.172 1,90 BIGORRILHO 172 1,64 621 1,51 1.136 2,65 4 2,90 226 1,15 2.159 1,89 MERCÊS 167 1,59 557 1,35 956 2,23 0 0,00 353 1,80 2.033 1,78 BAIRRO ALTO 200 1,90 773 1,87 686 1,60 4 2,90 302 1,54 1.965 1,72 SÃO FRANCISCO 105 1,00 492 1,19 955 2,22 0 0,00 364 1,85 1.916 1,67 BOA VISTA 169 1,61 723 1,75 591 1,38 2 1,45 320 1,63 1.805 1,58 SANTA FELICIDADE 176 1,67 712 1,73 569 1,33 1 0,72 304 1,55 1.762 1,54 ALTO BOQUEIRÃO 170 1,62 804 1,95 470 1,09 3 2,17 235 1,20 1.682 1,47 ALTO DA XV 112 1,07 571 1,38 697 1,62 4 2,90 246 1,25 1.630 1,42 CENTRO CÍVICO 58 0,55 371 0,90 888 2,07 1 0,72 243 1,24 1.561 1,36 CAPÃO DA IMBUIA 144 1,37 622 1,51 455 1,06 1 0,72 278 1,42 1.500 1,31 JUVEVÊ 83 0,79 388 0,94 560 1,30 1 0,72 217 1,11 1.249 1,09 PAROLIN 126 1,20 422 1,02 447 1,04 1 0,72 219 1,12 1.215 1,06 FAZENDINHA 160 1,52 517 1,25 302 0,70 1 0,72 199 1,01 1.179 1,03 SÃO BRAZ 135 1,28 529 1,28 345 0,80 1 0,72 151 0,77 1.161 1,01 TATUQUARA 86 0,82 594 1,44 151 0,35 0 0,00 330 1,68 1.161 1,01 JARDIM DAS AMÉRICAS 81 0,77 464 1,13 463 1,08 2 1,45 132 0,67 1.142 1,00 PILARZINHO 116 1,10 411 1,00 413 0,96 3 2,17 157 0,80 1.100 0,96 PRADO VELHO 89 0,85 348 0,84 363 0,85 1 0,72 231 1,18 1.032 0,90 JARDIM BOTÂNICO 42 0,40 345 0,84 362 0,84 0 0,00 261 1,33 1.010 0,88 SANTA CÂNDIDA 122 1,16 394 0,96 305 0,71 4 2,90 163 0,83 988 0,86 SANTA QUITÉRIA 96 0,91 368 0,89 351 0,82 2 1,45 153 0,78 970 0,85 FANNY 97 0,92 350 0,85 325 0,76 2 1,45 179 0,91 953 0,83 BOM RETIRO 86 0,82 296 0,72 415 0,97 0 0,00 155 0,79 952 0,83 SEMINÁRIO 83 0,79 291 0,71 383 0,89 2 1,45 174 0,89 933 0,82 VILA IZABEL 79 0,75 334 0,81 318 0,74 1 0,72 191 0,97 923 0,81 GUABIROTUBA 79 0,75 368 0,89 312 0,73 1 0,72 162 0,83 922 0,81 CRISTO REI 64 0,61 293 0,71 418 0,97 0 0,00 116 0,59 891 0,78 GUAÍRA 99 0,94 308 0,75 326 0,76 1 0,72 139 0,71 873 0,76 AHÚ 61 0,58 282 0,68 364 0,85 0 0,00 122 0,62 829 0,72 BARREIRINHA 109 1,04 296 0,72 220 0,51 1 0,72 124 0,63 750 0,66 CABRAL 62 0,59 191 0,46 355 0,83 0 0,00 119 0,61 727 0,64 ALTO DA GLÓRIA 43 0,41 174 0,42 389 0,91 2 1,45 113 0,58 721 0,63 TARUMÃ 52 0,49 202 0,49 313 0,73 8 5,80 115 0,59 690 0,60 HUGO LANGE 57 0,54 206 0,50 308 0,72 1 0,72 94 0,48 666 0,58 VISTA ALEGRE 62 0,59 252 0,61 227 0,53 2 1,45 91 0,46 634 0,55 TINGUI 77 0,73 224 0,54 194 0,45 1 0,72 134 0,68 630 0,55 MOSSUNGUÊ 66 0,63 299 0,73 207 0,48 0 0,00 51 0,26 623 0,54 CAMPINA DO SIQUEIRA 44 0,42 232 0,56 208 0,48 1 0,72 92 0,47 577 0,50 CAMPO COMPRIDO 80 0,76 208 0,50 211 0,49 0 0,00 74 0,38 573 0,50 ATUBA 83 0,79 227 0,55 134 0,31 2 1,45 77 0,39 523 0,46 SÃO LOURENÇO 45 0,43 177 0,43 199 0,46 0 0,00 74 0,38 495 0,43 ORLEANS 74 0,70 216 0,52 135 0,31 1 0,72 68 0,35 494 0,43 ABRANCHES 41 0,39 161 0,39 145 0,34 0 0,00 57 0,29 404 0,35 BUTIATUVINHA 62 0,59 150 0,36 104 0,24 0 0,00 63 0,32 379 0,33 UMBARÁ 74 0,70 126 0,31 103 0,24 1 0,72 53 0,27 357 0,31 SANTO INÁCIO 57 0,54 98 0,24 131 0,31 0 0,00 60 0,31 346 0,30 LINDÓIA 33 0,31 130 0,32 84 0,20 1 0,72 48 0,24 296 0,26 JARDIM SOCIAL 38 0,36 67 0,16 158 0,37 2 1,45 20 0,10 285 0,25 CAMPO DE SANTANA 36 0,34 64 0,16 44 0,10 0 0,00 64 0,33 208 0,18 CACHOEIRA 18 0,17 56 0,14 37 0,09 0 0,00 16 0,08 127 0,11 CASCATINHA 10 0,10 60 0,15 34 0,08 0 0,00 20 0,10 124 0,11 SÃO JOÃO 14 0,13 35 0,08 30 0,07 0 0,00 14 0,07 93 0,08 TABOÃO 18 0,17 26 0,06 36 0,08 0 0,00 9 0,05 89 0,08 AUGUSTA 12 0,11 30 0,07 18 0,04 0 0,00 11 0,06 71 0,06 GANCHINHO 7 0,07 35 0,08 10 0,02 0 0,00 19 0,10 71 0,06 CAXIMBA 10 0,10 8 0,02 5 0,01 0 0,00 5 0,03 28 0,02 LAMENHA PEQUENA 5 0,05 13 0,03 4 0,01 0 0,00 3 0,02 25 0,02 RIVIERA 1 0,01 1 0,00 1 0,00 0 0,00 0 0,00 3 0,00 SÃO MIGUEL 0 0,00 0 0,00 1 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,00 INDEFINIDO 23 0,22 281 0,68 93 0,22 0 0,00 178 0,91 575 0,50 Total 10.514 100,00 41.237 100,00 42.924 100,00 138 100,00 19.636 100,00 114.449 100,00

18 O Centro se destaca com a maioria dos estabelecimentos da área comercial e de serviços, enquanto o bairro CIC concentra a maioria dos estabelecimentos industriais, o que significa 8,03% do total de indústrias na cidade, seguido do Boqueirão que concentra 7,69% delas. Com relação ao número de estabelecimentos, passou-se de 56.151 em 1996 para 114.449 em 2003, representando um acréscimo de 49%. QUADRO 1.2 - ATIVIDADES ECONÔMICAS EM CURITIBA, POR BAIRRO 1996 E 2003 Bairro 1996 2003 Participação 1996 2003 Participação Bairro Absoluto % Absoluto % 1996-2003 * Absoluto % Absoluto % 1996-2003* Sitio Cercado 1.003 1,79 2.795 2,44 0,65 São João 46 0,08 93 0,08 0,00 Batel 1.222 2,18 2.914 2,55 0,37 Alto da XV 801 1,43 1.630 1,42-0,01 Bigorrilho 890 1,59 2.159 1,89 0,30 Lindóia 149 0,27 296 0,26-0,01 Mossunguê 167 0,3 623 0,54 0,24 Caximba 19 0,03 28 0,02-0,01 Alto Boqueirão 696 1,24 1.682 1,47 0,23 Cascatinha 66 0,12 124 0,11-0,01 Jardim das Américas 462 0,82 1.142 1,00 0,18 Augusta 42 0,07 71 0,06-0,01 Água Verde 2.080 3,7 4.437 3,88 0,18 São Lourenço 252 0,45 495 0,43-0,02 São Braz 488 0,87 1.161 1,01 0,14 Tarumã 349 0,62 690 0,60-0,02 Portão 1.755 3,13 3.741 3,27 0,14 Campina do Siqueira 294 0,52 577 0,50-0,02 Cidade Industrial 2.182 3,89 4.603 4,02 0,13 Umbará 186 0,33 357 0,31-0,02 Boa Vista 828 1,47 1.805 1,58 0,11 Capão da Imbuia 747 1,33 1.500 1,31-0,02 Bairro Alto 914 1,63 1.965 1,72 0,09 Pilarzinho 553 0,98 1.100 0,96-0,02 Atuba 210 0,37 523 0,46 0,09 Seminário 478 0,85 933 0,82-0,03 Xaxim 1.406 2,5 2.963 2,59 0,09 Campo de Santana 120 0,21 208 0,18-0,03 Uberaba 1.108 1,97 2.350 2,05 0,08 Santa Quitéria 498 0,89 970 0,85-0,04 Santa Felicidade 830 1,48 1.762 1,54 0,06 Santa Cândida 505 0,9 988 0,86-0,04 Hauer 1.243 2,21 2.608 2,28 0,07 Alto da Glória 376 0,67 721 0,63-0,04 Órleans 205 0,37 494 0,43 0,06 Guaíra 450 0,8 873 0,76-0,04 Cristo Rei 405 0,72 891 0,78 0,06 Guabirotuba 476 0,85 922 0,81-0,04 Campo Comprido 258 0,46 573 0,50 0,04 Cabral 383 0,68 727 0,64-0,04 Boqueirão 2.848 5,07 5.850 5,11 0,04 Cajuru 1.505 2,68 3.020 2,64-0,04 Pinheirinho 1.122 2 2.329 2,03 0,03 Juvevê 640 1,14 1.249 1,09-0,05 Barreirinha 350 0,62 750 0,66 0,04 Indefinidos 310 0,55 575 0,50-0,05 Tatuquara 553 0,98 1.161 1,01 0,03 Vila Izabel 483 0,86 923 0,81-0,05 Ahú 390 0,69 829 0,72 0,03 Fazendinha 610 1,09 1.179 1,03-0,06 Jardim Social 129 0,23 285 0,25 0,02 Bom Retiro 502 0,89 952 0,83-0,06 Centro Cívico 754 1,34 1.561 1,36 0,02 Bacacheri 1.220 2,17 2.417 2,11-0,06 Abranches 187 0,33 404 0,35 0,02 Rebouças 1.957 3,49 3.917 3,42-0,07 Butiatuvinha 177 0,32 379 0,33 0,01 Fanny 504 0,9 953 0,83-0,07 Hugo Lange 320 0,57 666 0,58 0,01 Tingui 350 0,62 630 0,55-0,07 Ganchinho 31 0,06 71 0,06 0,00 Parolin 648 1,15 1.215 1,06-0,09 Taboão 41 0,07 89 0,08 0,07 Prado Velho 566 1,01 1.032 0,90-0,11 Vista Alegre 309 0,55 634 0,55 0,00 Mercês 1.087 1,94 2.033 1,78-0,16 Cachoeira 60 0,11 127 0,11 0,00 Jardim Botânico 592 1,05 1.010 0,88-0,17 Riviera 0 0 3 0,00 0,00 Novo Mundo 1.392 2,48 2.634 2,30-0,18 Lamenha Pequena 11 0,02 25 0,02 0,00 Capão Raso 1.173 2,09 2.172 1,90-0,19 Santo Inácio 168 0,3 346 0,30 0,00 São Fancisco 1.085 1,93 1.916 1,67-0,26 São Miguel 0 0 1 0,00 0,00 Centro 8.935 15,91 16.618 14,52-1,39 TOTAL 56.151 100,00 114.449 100,00 0,00 FONTE: SMF ELABORAÇÃO: CURITIBA S.A DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NOTA: *Diferença absoluta na participação das atividades econômicas dos bairros em relação ao total da cidade nos anos de 1996 e 2003. Quando comparados os bairros e o quanto eles representam com relação ao total de atividades econômicas da cidade, tem-se que o Sitio Cercado foi o que mais se destacou. Em 1996, ele representava 1,79% no total e, em 2003, ele representou 2,44%, ou seja, em termos de participação percentual foi o bairro que obteve o melhor saldo positivo em relação à abertura de novas empresas no período. Um dos principais motivos para esse crescimento foi o investimento público em obras de

19 infra-estrutura, educação e saúde, por que passou o Sítio Cercado, bairro integrante do Programa Linhão do Emprego. Verifica-se, dessa maneira, o reflexo econômico do investimento público em melhorias nos bairros da capital. O Batel foi o segundo bairro que obteve melhor desempenho no período analisado, seguido do Bigorrilho, Mossunguê, Alto Boqueirão, entre outros. Verificou-se também que o Centro, apesar de ser o bairro com maior número de atividades econômicas da cidade, perdeu participação absoluta no período, em 1,39%. Isso significa que, nesse período de sete anos, houve uma desconcentração territorial na abertura de novas empresas. 1.2 EMPREGOS EM CURITIBA O emprego em Curitiba cresceu aproximadamente 8,8% entre os anos de 1996 e 2003. Segundo dados da RAIS, a cidade apresentava, em 2003, 583.094 empregos formais, enquanto em 1996 esse número era de 535.907. Apesar de a população masculina representar, em 2003, a maior parte do mercado de trabalho de Curitiba, com 54,6% dos empregos, revela-se que o aumento total deveu-se, principalmente, à população feminina, a qual cresceu em torno de 19%, nesse período, ao passo que a masculina cresceu 1,36%. O gráfico 1.2 ilustra o crescimento no número de empregos em Curitiba. Número de Empregos 314.086 318.371 221.821 264.723 Maculino Feminino 1996 2003 GRÁFICO 1.2 NÚMERO DE EMPREGOS EM CURITIBA 1996 E 2003. FONTE DOS DADOS BRUTOS RAIS (1996 e 2003). ELABORADO PELOS AUTORES.

20 Esse aumento da população feminina deveu-se, principalmente, às atividades de: comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos; alojamento e alimentação; saúde e serviços sociais; outros serviços coletivos, sociais e pessoais; às atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas. A análise do número de empregos, por atividade econômica para Curitiba, mostrou que, dos 583.094 empregos formais, em 2003, 56% pertenciam a três atividades principais, duas das quais apresentaram crescimento entre 1996 e 2003: Administração pública, defesa e seguridade social apresentaram uma redução de 10% dos empregos, no período em análise. Todavia, ainda concentrava 138.643 dos empregos em 2003. Comércio, reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos, com 103.700 empregos em 2003, cresceu 37% no mesmo período; Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas apresentaram um crescimento de 45%, com 79.248 empregos em 2003. Com relação ao porte das empresas, dos empregos de Curitiba em 2003, 42% concentravam-se nas micro e pequenas empresas; 16% nas médias; 41% nas grandes empresas. Com o objetivo de traçar um perfil do trabalhador de Curitiba, as seguintes variáveis econômicas foram analisadas: tempo de emprego, tipo de vínculo, renda, faixa etária e grau de instrução. Observou-se que tanto em 1996 quanto em 2003, o tempo de emprego da população ocupada se concentrava mais nos períodos de 12 a 23,9 meses. O trabalhador urbano vinculado a empregador de pessoa jurídica, por contrato de trabalho regido pela CLT, e prazo indeterminado, representava 74% dos contratos, enquanto apenas 4% eram contratos de prazo determinado, ou seja, os trabalhadores em geral eram contratados por tempo indeterminado e permaneciam no emprego em média até 2 anos. A maior parte dos empregos concentrava-se, em todo o período, na faixa etária de 30 a 39 anos, representando em 2003, 30,94% dos empregos. Infere-se que houve um envelhecimento da população empregada, no período analisado, uma vez que as faixas etárias entre 40 e 49 anos, como também entre 50 e 64 anos cresceram, em número de empregos, 21,6% e 39,8%, respectivamente. Destaca-se,

21 então, que os empregos a pessoas acima de 40 anos representavam 34,14% dos empregos totais em 2003. Por outro lado, o número de jovens empregados, com até 17 anos, caiu praticamente pela metade, de 1996 para 2003; e o número de empregados, entre 18 e 24 anos, cresceu apenas 2,66%, passando a representar 17,21% dos empregos da cidade. Em 1996, a maior incidência da população ocupada estava na faixa de renda entre 2,01 e 3,00 salários mínimos e, em 2003, essa mesma faixa salarial continuou representando a maior parte dos empregos. No entanto, houve uma redução no nível geral de renda da população, já que, em 1996, 274.631 empregados recebiam acima de 4,00 salários mínimos, ao passo que, em 2003, esse número passou para 209.682, o que significou uma queda de 23,64% para os níveis mais elevados de renda; e um aumento de 63,18% para os níveis menores, passando de 188.287 para 209.682 empregos. Já o nível de escolaridade melhorou, pois o número de empregos, para pessoas com 8ª série completa ou mais, aumentou em 40,67%, enquanto o número de empregos, às pessoas com nível de escolaridade abaixo da 8ª série, reduziu em 47,82%. A maior parte dos empregos concentrava-se em 2003, no nível de 2º grau completo, com 188.162 empregos. A população que apresentou nível superior completo também se destacou, totalizando 56,11%.

22 2 CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO DE PRIMEIRO EMPREGO EM CURITIBA E OS COMPARATIVOS DO SEU PERFIL ENTRE 1996 E 2003 Entende-se como primeiro emprego de um indivíduo seu primeiro registro na carteira de trabalho. Desse modo, uma vez registrado, não há reincidência desse indivíduo como ingressante nesse meio. A definição baseia-se nas informações disponibilizadas pela RAIS e pelas abordagens do grupo, Tipo de Admissão, que está dividido em: Admissão de empregado no primeiro emprego; Admissão de empregado com emprego anterior; Transferência do empregado de outro estabelecimento com ônus; Transferência do empregado de outro estabelecimento sem ônus; Outros casos não previstos; Não admitidos no ano. A admissão ao primeiro emprego não envolve faixa etária, grau de instrução ou demais variáveis tornando necessária a tabulação dos dados para almejar tais descrições. A RAIS trabalha com informações sobre a população ocupada, indivíduos que exercem de certa forma alguma atividade de maneira formal. Não considera toda a população economicamente ativa (PEA), como também a parcela de desemprego desta avaliação. Essa parte do estudo estará dividida em variáveis genuínas e variáveis determinantes da atividade econômica do primeiro emprego. O primeiro grupo não traz caracterizações sobre o mercado de trabalho específico em que está empregada a mão-de-obra, apenas trata de maneira geral suas peculiaridades, enquanto o segundo grupo direciona as tendências da mão-de-obra de acordo com a qualificação adquirida e mercado de Curitiba. 2.1 AS CARACTERÍSTICAS DO PRIMEIRO EMPREGO NO MUNICÍPIO DE CURITIBA-PR ENTRE OS ANOS DE 1996 E 2003 Em 1996, a população ocupada que se apresentava no primeiro emprego preenchia 24.227 vagas de trabalho, 4,5% do emprego total de 535.907, em Curitiba. Já em 2003, essa participação cai para 3,7%, sendo representada por

23 21.577 de 583.094 trabalhos. Em termos gerais, o número de empregos aumentou em 8,8%, enquanto o número no primeiro emprego reduziu em 10,9%. A população de primeiro emprego em 2003 apresenta características diferentes em relação a essa mesma população em 1996. 2.1.1 Características do Primeiro Emprego com Relação à Faixa Etária, ao Sexo, ao Nível de Renda, ao Grau De Instrução e à Nacionalidade Em 1996, a maior parte da população do primeiro emprego tinha a 8ª série completa; em 2003, a maior parte apresentava 2º grau completo. Em 2003, 15,7% da população entre 18 e 24 anos, que estava em seu primeiro emprego, cursava ou já havia concluído o ensino superior e 46% possuíam 2º grau completo. Diferente de 1996, quando apenas 18% tinham o 2º grau completo, e 9,5%, o ensino superior incompleto. Além disso, a população com mais de 25 anos, que participou do primeiro emprego, em 1996, tinha baixo nível de escolaridade, entre 4ª e 8ª séries, ao passo que em 2003, em sua maioria, apresentava curso superior completo. Esses dados mostram uma tendência da população em começar a trabalhar, formalmente, mais tarde, transferindo a entrada no mercado de trabalho para faixas de idade e níveis de escolaridade maiores (gráfico 2.1 e 2.2). A contratação de menores de idade até 17 anos, no primeiro emprego, teve uma redução de 43% entre 1996 e 2003. Esses que antes apresentavam, em sua maioria, 8ª série completa, atualmente apresentam 2º grau incompleto, indicando novamente uma melhoria no grau de instrução, no primeiro emprego, em Curitiba, a qual pode ser observada no gráfico 2.1. No gráfico 2.1, também se ressalta que, no número de analfabetos e no de pessoas com apenas até a 4ª série completa, houve redução de 56,1%, entre 1996 e 2003. Ao observar os níveis de 8ª série e 2º grau, nota-se a transferência do nível de escolaridade da 8ª série, em 1996, para o 2º grau completo, em 2003, evidenciando a maior qualificação na admissão do primeiro emprego. De 1996 para 2003, houve um aumento de 236% no número de pessoas com ensino superior completo, no primeiro emprego; e de 56%, nos demais trabalhos exercidos. A diferença entre os sexos masculino e feminino expressa no gráfico 2.1 mostra que em 1996, a população do sexo masculino era a maioria, empregada na primeira admissão, para qualquer faixa etária. Todavia, em 2003, a realidade é

24 inversa, com exceção da faixa etária de até 17 anos, as mulheres, com 51% das admissões, representavam a maior parte no mercado de trabalho, do primeiro emprego. A população de sexo feminino, no primeiro emprego, passou a ter maior grau de instrução de 1996 para 2003, da população que possui o ensino superior completo. Enquanto em 1996 apenas 46% dela era feminina; em 2003, o índice passou para 71%, com um aumento de 416% para esse nível de escolaridade de um período para o outro. No 2º grau, as mulheres também apresentavam supremacia tanto em 1996 quanto em 2003, destacando-se um aumento de 146% no número de pessoas com esse grau de instrução. Nº de pessoas 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 1996 2003 1996 2003 1996 2003 1996 2003 1996 2003 1996 2003 1996 2003 1996 2003 1996 2003 ANALFABETO 4.SER INCOMP 4.SER COMP 8.SER INCOMP 8.SER COMP 2.GR INCOMP 2.GR COMP SUP. INCOMP SUP. COMP Grau de Instrução 1996 e 2003 Mas culino Feminino GRÁFICO 2.1 EVOLUÇÃO DO GRAU DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO DE PRIMEIRO EMPREGO, POR SEXO CURITIBA PR 1996/2003 FONTE: RAIS MTE (1996 e 2003) Os empregos de Curitiba, em 2003, concentravam a maior parte de seus empregados, 31%, na faixa etária entre 30 a 39 anos. Porém, no primeiro emprego, 50,15% dessa população encontrava-se na faixa etária de 18 a 24 anos (gráfico 2.2). Para 1996 essa relação também é válida. Observa-se, também, um acréscimo da população feminina em todos os níveis de idade, exceto até 17 anos, enquanto que a população masculina apresentou queda em todos as faixas etárias. Com essa constatação, infere-se que a redução no número de pessoas do primeiro emprego, de 1996 para 2003, mencionada acima, corresponde principalmente à população masculina.

25 No entanto, entre 1996 e 2003, o número de indivíduos homens, no primeiro emprego, reduziu de 14.458 para 10.384, 28,2%, enquanto a população feminina aumentou 14,6%, isto é, de 9.769 para 11.193 pessoas. 7.000 6.000 Nº de Pessoas 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 1996 2003 1996 2003 1996 2003 1996 2003 1996 2003 1996 2003 1996 2003 Ate 17 anos 18 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 64 anos 65 ou mais Faixa Etária nos Anos de 1996 e 2003 Masculino Feminino GRÁFICO 2.2 FAIXA ETÁRIA DA POPULAÇÃO DE PRIMEIRO EMPREGO, POR SEXO CURITIBA PR 1996/2003 FONTE: RAIS MTE (1996 e 2003) Em 1996, a maior incidência de pessoas da população ocupada, 19,14%, estava na faixa de renda entre 2,01 e 3,00 salários mínimos e, em 2003, essa mesma parcela, expressa por 21,28%, também recebia a mesma faixa salarial. Porém, o nível de renda da maioria dos trabalhos de primeiro emprego também caiu entre 1996 e 2003. 32,42% dos participantes do primeiro emprego passaram a receber entre 1,01 a 1,50 salários mínimos, contrapondo-se aos 2,01 a 3,00 salários mínimos recebidos em 1996, por 27,81% dos participantes. Tanto a população feminina quanto a masculina sofreu degradação, porém, a maioria dos homens que se empregavam, pela primeira vez, em 1996, recebiam de 2,01 a 3,00 salários mínimos e as mulheres de 1,51 a 2,00 salários (gráfico 2.3).

26 Nº de Pessoas 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 Até 0,5 salário mí nimo De 0,51 a 1,00 salário De 1,01 a De 1,51 a De 2,01 De 3,01 1,50 2,00 a 3,00 a 4,00 salários salários salários salários De 4,01 a 5,00 salários De 5,01 ade 7,01 a 7,00 10,0 0 salários salários De 10,01 a 15,00 salários De 15,01 Mais de a 20,00 20,00 salários salários MASCULINO FEMININO Faixa de Renda nos Anos de 1996 e 2003 GRÁFICO 2.3 FAIXA DE RENDA DA POPULAÇÃO DE PRIMEIRO EMPREGO, POR SEXO (EM SALÁRIOS MÍNIMOS) CURITIBA PR 1996/2003 FONTE: RAIS MTE (1996 e 2003) A tendência crescente no nível de escolaridade dos empregos em Curitiba e da população de primeiro emprego não significou aumento no nível de renda. Os primeiros passos no mercado de trabalho estão exigindo maior nível de escolaridade, porém, ofertando menor número de salários mínimos. Aproximadamente 50% da população do primeiro emprego situa-se entre 18 e 24 anos, tanto em 1996 quanto em 2003, e a ela atribui-se a redução do nível de renda. Por outro lado, ao envelhecer, a maior incidência dos indivíduos que têm o primeiro contato com o mercado de trabalho encontra-se na faixa de 2,01 a 3,00 salários mínimos até os 64 anos. Em 1996, a população do primeiro emprego, com faixa etária acima de 24 anos, apresentava nível de escolaridade decrescente em relação à idade. Ou seja, quanto mais idoso, menor o grau de escolaridade do maior número de pessoas de cada faixa etária. Ao contrário de 1996, em 2003, essa relação se inverte, apresentando maiores níveis de escolaridade quanto mais velho for o indivíduo de primeiro emprego (quadro 2.1).

27 QUADRO 2.1 NÍVEL DE ECOLARIDADE E GRAU DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO DE PRIMEIRO EMPREGO, EM CURITIBA-PR 1996 E 2003 1996 ATE 17 18 A 24 25 A 29 30 A 39 40 A 49 50 A 64 65 OU MAIS IGNORADO TOTAL Analfabeto 79 221 87 106 51 32 1 0 577 4ª série incompleta 119 569 259 452 253 110 8 1 1.771 4ª série completa 390 1.161 489 674 339 121 1 6 3.181 8ª série incompleta 1.258 1.927 588 606 241 63 2 7 4.692 8ª série completa 1.446 2.109 579 655 280 85 8 6 5.168 2º grau incompleto 1.087 1.472 259 225 74 33 0 6 3.156 2º grau completo 168 1.948 448 441 138 46 4 1 3.194 Superior incompleto 8 734 113 71 24 6 1 0 957 Superior completo 5 276 358 338 99 43 2 0 1.121 Ignorado 78 141 63 66 33 22 0 7 410 Total 4.638 10.558 3.243 3.634 1.532 561 27 34 24.227 2003 ATE 17 18 A 24 25 A 29 30 A 39 40 A 49 50 A 64 65 OU MAIS IGNORADO TOTAL Analfabeto 5 18 10 16 15 8 1 0 73 4ª série incompleta 31 68 28 60 38 17 2 0 244 4ª série completa 26 270 98 127 71 22 0 0 614 8ª série incompleta 276 560 184 226 130 44 1 0 1.421 8ª série completa 387 1.388 376 387 174 71 1 0 2.784 2º grau incompleto 1.472 1.824 238 204 65 24 0 0 3.827 2º grau completo 405 4.994 1.031 961 358 116 4 0 7.869 Superior incompleto 12 722 138 76 26 1 0 0 975 Superior completo 4 976 1.194 1.049 414 126 7 0 3.770 Total 2.618 10.820 3.297 3.106 1.291 429 16 0 21.577 FONTE: RAIS - MTE (1996 E 2003) Observa-se que, em 2003, apesar de as pessoas no primeiro emprego receberem menos que os demais empregos da população ocupada, no reemprego a maior incidência da população está na faixa de renda entre 2,01 e 3,00 salários mínimos. Em 1996, a maior concentração dos empregos de Curitiba correspondia à mesma do primeiro emprego, no nível salarial entre 2,01 e 3,00 mínimos. Infere-se que hoje há uma melhor distinção entre os primeiros passos e aqueles já percorridos no mercado de trabalho, mostrando que a qualificação vem influindo na conquista de melhores níveis de renda da população no decorrer da vida profissional. Quanto à Nacionalidade, em quase totalidade, o primeiro emprego é representado pela população brasileira ou por naturalizados brasileiros, tanto no ano de 1996 quanto em 2003 (RAIS, 1996 e 2003)

28 2.1.2 Características do Primeiro Emprego com Relação ao Tipo de Vínculo com a Empresa, ao Tamanho do Estabelecimento, à Área de Atuação, ao Mês de Recrutamento e ao Tempo de Permanência no Emprego Em busca de se identificar algum aspecto sazonal na admissão do primeiro emprego foram relacionadas informações quanto ao tipo de vínculo com a empresa e mês de admissão. Com base na RAIS (1996 e 2003), em 2003, 80,04% dos empregos são de trabalhadores urbanos vinculados ao empregador, pessoa jurídica, 1,02% por pessoa física, por contrato de trabalho regido pela CLT, por prazo indeterminado. 0,2% representa admissão por trabalho temporário; 2,7% são servidores públicos não efetivos; 2,61%, aprendiz e 11,60%, Servidor regido pelo Regime Jurídico Único (federal, estadual e municipal) e Militar. Já em 1996, os contratos por prazo indeterminado, pessoa jurídica, eram de 93,28%, pessoa física 2,06%, temporários representavam 0,8%, servidores públicos não efetivos 0,22% e por regime Jurídico Único e Militar apenas 2,41%. Chama-se a atenção para o aumento de trabalhos oferecidos e disponibilizados pelo regime único jurídico e militar que teve um acréscimo de 9,19 pontos percentuais, sendo responsável por 2.504 primeiros empregos em Curitiba. As demais variáveis relatadas acima não tiveram expressivas alterações e permanece a pessoa jurídica empregando mais no município. Com base no gráfico 2.4, percebe-se que a população ocupada total tem maiores índices de admissão nos meses de novembro e fevereiro, respeitando o ciclo de admissão das empresas. Já a população do primeiro emprego tem picos em julho, não apresentando relação com grau de escolaridade, e em dezembro, indicando uma relação com as férias escolares, visto que o perfil, levantado no item acima, mostra que o grau de escolaridade de maior incidência no primeiro emprego está entre 8ª série e 2º grau completo. Todavia, também não há relação entre o tipo da admissão nos meses do ano, exceto para o grupo de servidor regido pelo regime jurídico que tem maior número de contratações em janeiro, tanto em 1996 quanto em 2003. Em 1996 e 2003, o tempo de emprego da população ocupada se concentrava mais nos períodos de 12 a 23,9 meses, enquanto que para o primeiro emprego o tempo de trabalho não ultrapassava 11,9 meses, tendo 45,24%, em 1996, e 43,10%, em 2003, deste grupo, permanecido de 6 a 11,9 meses. Porém, nota-se que de 1996 para 2003 mais pessoas permaneceram apenas até 2,9 meses, indicando uma

29 queda no período de permanência no primeiro emprego e uma transferência do número de pessoas que permanecia até 11,9 meses para menor tempo de emprego. Em 1996, essa parcela era indicada por 28,62% e, em 2003, representava 30,94%. Vale a pena ressaltar que não se trata de emprego temporário, pois a maior concentração de pessoas está em contrato com tempo indeterminado. 6.000 População do Primeiro Emprego 5.000 Nº de Pessoas 4.000 3.000 2.000 1.000 0 Meses do Ano Janeiro Fevereiro Marco Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 2003 PRIM EMPREGO 1996 PRIM EMPREGO População Ocupada 40.000 35.000 Nº de Pessoas 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 Meses do Ano Janeiro Fevereiro Marco Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 2003 População ocupada 1996 População ocupada GRÁFICO 2.4 MÊS DE ADMISSÃO DA POPULAÇÃO OCUPADA E DA POPULAÇÃO DE PRIMEIRO EMPREGO CURITIBA PR 1996/2003 FONTE: RAIS MTE (1996 e 2003) A maior incidência de pessoas que estão dando os primeiro passos no primeiro emprego está na área de serviços administrativos, tanto em 1996 quanto em 2003. Em seguida, esse grupo tem maior incidência, em 2003, na área de serviços de vendedores do comércio em lojas e mercados; e, em 1996, na área de

30 serviços de turismo, hospedaria, serventes, higiene e limpeza, segurança e auxiliar de saúde. Por faixa etária do primeiro emprego, jovens de até 17 anos tiveram mais ingressos em serviços administrativos nos dois períodos. Entre 18 e 24 anos, esta área também tem maior incidência de ingressos. Mas, entre 25 a 39 anos, em 2003, a maior incidência de admissão fica por conta de profissionais de ciências e das artes, seguida de trabalhos de vendedores de comércio em lojas e mercados. Em 1996, a área mais atrativa desta última faixa etária se concentrava em turismo, hospedaria, serventes, higiene e beleza, segurança e auxiliar de saúde, seguida da área de serviços administrativos. Em 2003, a faixa etária entre 40 e 49 anos repete a dobradinha vendas e ciência e artes, enquanto que em 1996, essa faixa etária também ingressou, com maior incidência nas áreas de turismo, hospedaria, serventes, higiene e limpeza, segurança e auxiliar de saúde, vindos, logo após, o trabalho de produção industrial, operação de máquinas e condução de veículos. No geral, o primeiro emprego está relacionado às atividades primárias e que exigem menor grau de instrução e qualificação. Vendedores, cozinheiros, limpeza, segurança, motoristas, entre outros. Essas atividades exigem o nível de educação de acordo com o perfil desses trabalhadores, 8ª série e 2º grau (RAIS, 1996 e 2003). A faixa de renda recebida nesses empregos, citados acima, também corresponde ao nível de renda do perfil do grupo de primeiro emprego. Quanto ao tamanho do estabelecimento em que as pessoas que entravam no mercado de trabalho se encontravam, observa-se que a maior incidência, em 2003, está em estabelecimento de mais de 1.000 funcionários. Logo depois, as empresas de até 4 pessoas, microempresas, são as que mais empregam, seguida por estabelecimentos que empregam de 5 a 49 pessoas, pequenos estabelecimentos. Em 1996, esse perfil era diferente, a maior incidência de pessoas ingressantes no mercado estava em empresas de micro e pequeno e médio porte. Houve uma transferência de empregos para empresas de grande porte no decorrer desse período, justificado pelo aumento no número de grandes empresas no município. Chama-se a atenção para o nível de renda desses estabelecimentos. Em 1996, das pessoas que entravam em empresas de micro e pequeno porte, a maior incidência recebia entre 1,51 e 2,00 salários mínimos, enquanto que em 2003 estas empresas passam a pagar menos para a maioria empregada, despendendo de 1,01 a 1,50 salários mínimos. As empresas de grande porte pagavam, em 1996, para o