Uso de Vozes Sintetizadas em Ambientes Virtuais de Ensino a Distância

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Transcrição:

Uso de Vozes Sintetizadas em Ambientes Virtuais de Ensino a Distância 1 Harlei M. A. Leite, 1 Tiago Cinto, 2,3 Sarah N. Carvalho, 4 Cecilia S. A. Peixoto, 1 Dalton S. Arantes 1 Departamento de Comunicações-UNICAMP 2 Departamento de Engenharia de Computação e Automação Industrial- UNICAMP 3 Departamento de Engenharia Elétrica- Universidade Federal de Ouro Preto, MG, Brasil 4 Centro Universitário Salesiano de Campinas {hmleite,tcinto,dalton}@decom.fee.unicamp.br,cecilia.peixoto@sj.unisal.br, sarah@deelt.ufop.br RESUMO Com a evolução da tecnologia da informação, novas interfaces de comunicação homem-máquina passaram a ser desenvolvidas de forma muito eficiente. Uma área que passou por grandes modificações foi a de educação a distância. Antes restrita a correspondências, hoje ela dispõe de modernos ambientes virtuais de educação. Este trabalho busca avaliar um ambiente tridimensional de educação a distância que faz uso de sintetizadores de fala. Para tanto, metodologias de avaliação foram aplicadas para avaliar tanto o ambiente quanto a voz sintetizada, viabilizando o estudo da correlação entre a qualidade do ambiente e a qualidade da voz. Palavras-Chave: Síntese de Fala, Síntese Concatenativa, Qualidade de Voz e Avaliação, Educação a Distância. ABSTRACT With the evolution of information technology, new interfaces for human-machine communication have been made available. As a result of these developments, the area of distance education has undergone major changes. Once restricted to correspondences, today it offers modern virtual education environments. This paper seeks to evaluate a threedimensional environment for distance education using artificial voices. Quality assessment methodologies have been applied to evaluate both the environment and the synthesizer voices. Keywords: Text to Speech, Concatenative Synthesis, Speech Quality and Evaluation, Distance Learning. INTRODUÇÃO A comunicação oral é um meio intuitivo e rápido de transmissão de informação na sociedade humana. Desde os tempos mais antigos, os homens desenvolveram uma linguagem oral que permitia o entendimento e transmissão de conhecimento e informações. No atual processo de humanização das máquinas, surge a necessidade de dotá-las Page 1 of 7 com a capacidade de comunicação oral, para que a interação homem-máquina seja cada vez mais fácil, intuitiva e natural. O contínuo desenvolvimento das tecnologias computacionais e os avanços na área de processamento da linguagem natural permitem, atualmente, que a máquina reconheça o sinal de fala humano, interprete a informação contida nele, e formule respostas que são pronunciadas com voz artificial. Esta capacidade de comunicação oral abre o leque para o desenvolvimento de numerosas aplicações que facilitam a interação homem-máquina, incluindo-se aí os sistemas operacionais, centrais de atendimento telefônico, dicionários digitais, sites adaptados para deficiências visuais, caixas eletrônicos, jogos eletrônicos, ambientes de educação a distância, dentre inúmeras outras. A educação a distância é uma área que vem sendo rapidamente aprimorada com o uso da tecnologia. É sabido que a demanda de alunos é maior que o número de vagas oferecidas pelas universidades de todo o mundo e, por conta disso, grande parte dos candidatos deixam de cursar o ensino superior. Além disso, a educação a distância permite que o aluno tenha horários flexíveis de estudo e prossiga no aprendizado de acordo com seu ritmo. Em consequência, os ambientes de ensino a distância, criados há séculos, estão sendo aprimorados com o uso de novas tecnologias. O uso de sintetizadores de fala em ambientes educacionais é apreciado por três motivos: (1) o custo de gerar os áudios para uma aula é menor que o custo de gravar as falas; (2) O custo de modificação de uma aula é menor por não ser necessário regravar as falas e (3) o uso de voz artificial permite o desenvolvimento de ambientes que fornecem uma experiência de ensino próxima, e em alguns casos até melhor, que a obtida em uma aula presencial. Neste artigo, o uso de sintetizadores para gerar vozes artificiais é analisado como parte de um ambiente de ensino a distância, buscando-se identificar o impacto do sintetizador no ambiente do ponto de vista subjetivo. Para tanto, uma pesquisa de campo foi realizada e os resultados são discutidos.

Síntese de Fala em Ambientes Educacionais Ambientes educacionais têm sido desenvolvidos desde o século XVIII e sempre acompanharam o desenvolvimento tecnológico de sua época [1]. No início, a educação a distância era oferecida por meio de correspondências, rádio e televisão, e hoje, em sua maioria, é oferecida por meio da internet. Um sistema TTS (Text-to-Speech) recebe como entrada um texto escrito em linguagem natural e o sintetiza, gerando na saída um sinal de áudio correspondente ao texto de entrada. Um sintetizador TTS padrão é dividido em dois estágios: Front-End e Back-End, conforme mostrado na Figura 2. Com o crescimento do poder computacional, os ambientes de educação a distância passaram a adotar ambientes com recursos gráficos tridimensionais. Esses ambientes buscam trazer ao aluno a mesma experiência proporcionada pela educação presencial. O uso de avatares é recorrente nos ambientes de educação a distância. Segundo [2], os agentes virtuais são personagens capazes de entreter seu interlocutor por meio de interações. Atualmente, diversos ambientes de educação a distância utilizam avatares, tais como [2, 3, 4, 5]. Na Figura 1 pode-se ver o ambiente proposto por Chao et al. [5]. Uma vez que avatares necessitam de voz para interagir de forma eficiente com o público, os ambientes devem escolher entre voz gravada e voz sintetizada. Atualmente, ambas as abordagens são utilizadas. Nos ambientes em que a interação é realizada em tempo real, como na plataforma Second Life, a voz gravada é preferida [6]. No entanto, nos ambientes em que a aula é pré-gravada e aprimorada de acordo com algum feedback, a fala sintetizada torna-se mais conveniente. Page 2 of 7 Figura 1. Ambiente virtual com um tutor [5]. Neste trabalho, duas vozes artificiais, geradas por meio da técnica de síntese concatenativa, são avaliadas em um ambiente de educação a distância tridimensional com uso de avatares. Na seção seguinte é apresentada uma breve explicação sobre síntese de fala e, posteriormente, apresentase o ambiente virtual, o método proposto e os resultados da pesquisa. SÍNTESE DE FALA Figura 2 Arquitetura de um Sistema TTS. Na etapa de Front-End é realizado o processamento do texto, que consiste em obter a transcrição fonética e a descrição prosódica. Entende-se por transcrição fonética uma transcrição dos sons da fala e por descrição prosódica as informações referentes à duração dos fonemas, ênfase no discurso, mudanças nos valores de pitch, entre outras características. A etapa de processamento do texto é dependente das características da língua em que o sistema de síntese trabalha, de forma que um módulo de processamento de texto para a língua inglesa não funciona adequadamente para a língua portuguesa. Na etapa de Back-End é realizado o processamento digital de sinais de fala, que consiste em utilizar métodos e algoritmos para produzir fala sintética. Existem diversos métodos para essa finalidade, sendo que os mais utilizados atualmente são (1) síntese concatenativa e (2) síntese baseada em Modelos Ocultos de Markov (HMM). Cada método possui suas vantagens e desvantagens. As principais qualidades da síntese via HMM são a facilidade de alteração da voz artificial, por meio da elaboração da prosódia do discurso e das características da voz, e a exigência de um banco de dados de tamanho pequeno, quando comparado ao necessário para a síntese concatenativa. Entretanto, a síntese de fala por Modelos Ocultos de Markov perde em relação à naturalidade, pois ela concatena modelos estatísticos dos sons. A escolha da técnica a ser utilizada deve ser baseada no tipo de aplicação em que o sintetizador atuará. Na aplicação de ensino a distância, aqui apresentada, se optou pela utilização da síntese concatenativa, uma vez que a naturalidade da voz é um fator importante no ensino, pois favorece a concentração e compreensão do estudante. Síntese Concatenativa

O processo de síntese concatenativa é baseado na concatenação de segmentos de fala natural pré-gravada. Esta técnica exige um banco de dados de áudio e texto de alta qualidade, uma vez que a qualidade da voz artificial gerada está diretamente relacionada com a extensão e qualidade das gravações armazenadas no banco de dados. A vantagem da síntese concatenativa é a qualidade da fala gerada em termos de naturalidade do som. No entanto, para se conseguir bons resultados, é necessária uma base de dados de voz humana extensa e de alta qualidade, exigindo do hardware hospedeiro um grande espaço de armazenamento. Um dos aspectos mais importantes da síntese concatenativa é a segmentação da fala com o comprimento ideal. Uma vez que os sons a serem concatenados não são naturalmente sequenciais, deve-se evitar a ocorrência de transições bruscas. A maior parte dos sistemas comerciais realiza a concatenação de polifones que compreendem um grupo de difones e trifones, de forma a suavizar a transição entre os fones, sendo necessário trabalhar adequadamente a junção de regiões do sinal com conteúdo espectral semelhante, tornando o sinal de fala mais natural e agradável. Todavia, esta abordagem exige o uso de uma base de fala suficientemente extensa a fim de permitir a extração dos polifones nos diversos contextos. PROPOSTA DE AMBIENTE EDUCACIONAL Ambientes virtuais de aprendizado (AVAs) são denominações dadas a softwares e produtos que possibilitam o oferecimento de cursos na modalidade à distância. Dentre os principais AVAs recorrentes na academia, atualmente se destacam os exemplos do Moodle [7] e Teleduc [8]. A crescente popularização desses elementos vem conduzindo a novas propostas de contínuo aperfeiçoamento desses ambientes. Os ambientes edx [9] e Coursera [10] nasceram em meados de 2012 e já demonstram sinais de uma considerável aceitação, haja vista a comunidade usuária já criada. Por meio deles qualquer Universidade parceira pode oferecer cursos online utilizando recursos de videoaulas, materiais de consulta, ambientes interativos, dentre outros recursos tecnológicos. Dentre as principais instituições mundiais de ensino atualmente oferecendo cursos na plataforma edx, se destacam, além de suas criadoras, as Universidades de Berkeley, de Cornell, de Washington, de Toronto, de Hong Kong, de Boston e de Queensland [9]. Tais plataformas podem contar com mecanismos de constante aperfeiçoamento de si mesmas, baseados na análise da experiência de seus usuários. As informações coletadas são utilizadas para estudo e criação de melhorias no ensino online e em Campus. Alguns dos fatores que atualmente estão sendo estudados são a retenção do interesse dos estudantes pelos cursos, o aprendizado proporcionado e as taxas de conclusão das disciplinas [9]. Apesar de consideravelmente incipientes, resultados iniciais já apontam boas perspectivas para esse modelo de ensino [11,12]. Page 3 of 7 O uso dos AVAs é usualmente associado ao conceito de sala de aula invertida, em que o aluno assume um papel ativo no aprendizado e passa a buscar novas formas de obtenção de conteúdo. Outro recurso interessante dessas plataformas é a possibilidade do acompanhamento do progresso das disciplinas que são cursadas, por meio de infográficos que são mostrados aos usuários sobre seus respectivos desempenhos. Ferramentas de enciclopédia Wikis, por exemplo, também podem ser criadas pelas instituições que oferecem os cursos para servir de material de apoio aos estudantes [9, 10]. Muitas dessas plataformas são licenciadas sob licenças GNU (General Public License) e similares, permitindo que qualquer indivíduo, instituição ou empresa possa lançar suas próprias versões [7, 8, 9]. Apesar de sua história recente, os AVAs parecem caminhar para se tornar referência em modelos bem sucedidos de plataformas de ensino online. A crescente demanda por novas mídias para o ensino tem ajudado a impulsionar a aceitação desses ambientes. Algumas instituições brasileiras também vêm se engajando nessa nova abordagem de distribuição de conteúdo, com a disponibilização de seus cursos no formato de videoaulas, tais como a Universidade de São Paulo (USP) [13], Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) [14], Universidade Estadual Paulista (UNESP) [15], Universidade Federal Fluminense (UFF) [16] e Fundação Getúlio Vargas (FGV) [17]. Concomitantemente aos AVAs, nos dias de hoje discutem-se reformas para o método tradicional de ensino professor-aluno. Dentre as principais pautas discutidas, encontram-se novas formas e meios de tornar o aprendizado mais motivador ao aprendiz. A crescente evolução dos dispositivos tecnológicos e de seu poder computacional são itens que também estão sendo pesquisados e aproveitados nesse contexto. Em consequência, propostas de ensino baseadas em avatares, por exemplo, são cada vez mais recorrentes [2, 3, 4, 5, 18, 19]. Dada a importância e os bons resultados obtidos na incorporação de avatares ao ensino, como já demonstrados por diversos autores [4, 6], atualmente encontram-se em produção duas plataformas, uma delas dedicada à criação de aulas lecionadas por avatares (Figura 3) e a outra dedicada à execução dessas aulas (Figura 4) [18, 19]. Neste contexto, idealiza-se um ambiente em que um professor humano trabalha criando as aulas que são lecionadas pelo avatar e assistidas pelos alunos. Estes projetos vinculam-se ao ComLab - Laboratório de Comunicações Digitais da FEEC - Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da UNICAMP. Trabalha-se, atualmente, na criação de um AVA mais amigável. Por meio desses ambientes, o professor modela suas aulas e os alunos as assistem em uma analogia à sala de aula,

visualizando o conteúdo, respondendo exercícios, controlando o fluxo das aulas, interagindo com o próprio professor, etc. Tudo isso ocorrendo em qualquer lugar e em qualquer dispositivo tecnológico disponível. Esses ambientes, por sua vez, fazem uso de técnicas de síntese de voz, foco deste artigo. Nas próximas seções serão fornecidas maiores informações a respeito de como essa técnica foi incorporada ao ambiente, bem como sobre as suas principais implicações. METODOLOGIA Figura 3 Ambiente de Execução das Aulas Virtuais. A plataforma de edição e criação de aulas tem por objetivo servir de apoio aos professores na construção de aulas virtuais, por permitir que as mesmas sejam criadas em um formato amigável e simplificado [18]. Por meio dela, podem-se inserir diferentes recursos multimídia, tais como vídeos, áudio e imagens. Além disso, todas as movimentações do avatar são controladas pela plataforma de edição. O ambiente de execução e exposição das aulas virtuais tem por objetivo servir de apoio à execução da aula criada pelo professor [18]. O ambiente busca representar a sala de aula em todos os seus detalhes, tais como lousa, projetores, livros, mesas, computadores, etc. Em outras palavras, trata-se da sala de aula virtual contendo os recursos com os quais o avatar interage. O processo de avaliação de voz deve ser realizado em dois cenários: (1) em um ambiente controlado e (2) no ambiente ao qual a voz será utilizada. Em um estudo prévio, as vozes foram avaliadas em um ambiente controlado, de forma a avaliar a inteligibilidade, compreensibilidade e naturalidade. Para isso, métodos já consolidados na literatura foram utilizados, tais como o MRT (Modified Rhyme Test), WER (Word Error Rates), métodos de avaliação de compreensibilidade e de avaliação da naturalidade por meio da escala MOS (Mean Opinion Score). Este trabalho é uma extensão da pesquisa desenvolvida por Leite et al. [21] e considera duas vozes sintetizadas (masculina e feminina) do sintetizador que melhor se sobressaiu nos métodos aplicados ao estudo anterior. Para melhor avaliar o ambiente de ensino desenvolvido, foi realizado um experimento em campo que consistiu na apresentação de uma aula virtual para estudantes de engenharia. O tema da aula foi a apresentação do software Matlab e Simulink utilizando o ambiente apresentado anteriormente, em que um apresentador e uma especialista dividiam o espaço da aula. A aula desenvolvida no ambiente de ensino a distância foi projetada para cerca de 40 alunos. Todos os espectadores receberam um formulário, conforme consta na Tabela 1, para que avaliassem o ambiente de ensino a distância nos seguintes quesitos: aprendizado, qualidade, motivação e vozes, o que resultou em um total de 897 respostas. O questionário utilizado baseou-se na proposta de [22, 23, 24]. Ao todo, 12 questões são utilizadas para medir o desempenho da plataforma em três dimensões: aprendizado, qualidade e motivação. Uma quarta dimensão foi acrescida para avaliar o quesito voz, com o intuito de verificar a percepção dos estudantes a respeito das vozes sintéticas utilizadas nas aulas. Tabela 1 Formulário de Avaliação do Ambiente. Page 4 of 7 Figura 4 Editor de Aulas Virtuais. Aprendizado 1 O ambiente me ajudou a aprender. Os recursos de feedback oferecidos (email, por exemplo) 2 podem ser úteis no aprendizado. Os recursos gráficos e animações me ajudaram a 3 aprender. 4 O ambiente me ajudou a aprender um novo conceito. 5 De maneira geral, o ambiente me ajudou a aprender. Qualidade

Os recursos de ajuda fornecidos podem ser úteis no 6 aprendizado. 7 As instruções do ambiente aparentam ser fáceis de seguir. 8 O ambiente aparenta ser de fácil uso. 9 O ambiente aparenta ser bem organizado. Page 5 of 7 Motivação 10 Eu gostei do tema geral apresentado. 11 Considero o ambiente de aprendizado motivador. 12 Eu gostaria de usar o ambiente novamente. Vozes 13 Eu entendi praticamente tudo que o apresentador disse. 14 Eu entendi praticamente tudo que o especialista disse. 15 Eu gostei da voz do apresentador. 16 Eu gostei da voz do especialista. 17 A voz do apresentador é altamente inteligível. 18 A voz do especialista é altamente inteligível. 19 A voz do apresentador é natural. 20 A voz do especialista é natural. Foi solicitado a cada avaliador que desse uma nota na escala de 0 a 5 para cada questão, conforme concordasse ou discordasse com a afirmação da questão, sendo nota 1 Discordo completamente, 2 Discordo, 3 Neutro, 4 Concordo e 5 Concordo completamente. A pesquisa contou com duas vozes artificiais que sintetizam texto para a língua portuguesa falada no Brasil, sendo uma voz masculina designada como Apresentador e uma voz feminina como Especialista. Ambas as vozes são comerciais e foram desenvolvidas por uma mesma empresa utilizando a técnica concatenativa. A seleção das vozes utilizadas neste estudo foi feita baseandose nos resultados de um estudo preliminar [21] que avaliou as características mais importantes para que uma voz artificial seja agradável e bem aceita pelos usuários de uma plataforma de ensino a distância. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS O ambiente de ensino a distância foi relativamente bem avaliado pelos estudantes na pesquisa realizada em campo. Todas as perguntas tiveram nota média superior a 3,5 em uma escala de 1 a 5, sendo a média geral igual a 3,85. Isto indica que os alunos aprovaram o sistema. De maneira geral, analisando os resultados nas três dimensões originalmente propostas pelo questionário, tanto aprendizado quanto qualidade e motivação obtiveram resultados bastante satisfatórios. Em adição às perguntas de múltipla escolha, foram acrescidas duas perguntas abertas no questionário, visando obter informações mais precisas a respeito das características que os alunos gostaram ou não gostaram no ambiente. Os comentários foram catalogados e agrupados em categorias. As observações mais recorrentes são listadas as seguir. Entre os pontos fortes do ambiente apontados pelos avaliadores estão: Similaridade do ambiente com o de uma sala de aula; A motivação no estudo que não é baseado somente na leitura e que permite a interação com um tutor virtual; A agradabilidade do ambiente que facilita o aprendizado e o torna menos cansativo; O fato de o ambiente ser lúdico e versátil. Como pontos a melhorar, foi sugerido o aumento da tela em que aparecia o script do Matlab, usado para apresentar exemplos da aula, a redução da velocidade com que o conteúdo foi apresentado e a maior simplicidade nas palavras utilizadas durante a apresentação da aula. Com relação às vozes artificiais empregadas, a Figura 5 apresenta os resultados da avaliação. Observa-se que ambas as vozes foram satisfatoriamente avaliadas pelo universo de alunos, obtendo notas similares entre 3 e 4. Este resultado era esperado, uma vez que as duas vozes são sintetizadas com a mesma técnica concatenativa e pela mesma empresa comercial. Entretanto, a voz do Apresentador é masculina e a voz da Especialista é feminina. Uma observação interessante é que não houve uma polarização na avaliação pela voz feminina ou masculina, considerando que o publico avaliador do ambiente de ensino a distância era predominante masculino. 04 04 04 03 03 Figura 5 Comparação entre as vozes artificiais dos tutores. CONCLUSÃO Comparação entre as Vozes Apresentador Especialista 13-14 15-16 17-18 19-20 Questões A pesquisa realizada revelou que os estudantes universitários foram receptivos com o ambiente de ensino a distância baseado em avatares e vozes sintéticas.

Mesmo com um conteúdo complexo baseado em explicações de Cálculo matemático, desenvolvidas no ambiente Matlab, os estudantes de engenharia avaliaram positivamente o sistema de ensino a distância, considerando-o útil para o aprendizado. O emprego de vozes artificiais para os tutores, ao invés de vozes gravadas, teve uma boa aceitação, indicando que o atual estado da arte das vozes sintéticas comerciais, para a língua portuguesa falada no Brasil, atingiu um nível de qualidade adequada e podem ser satisfatoriamente empregadas em sistemas de ensino. Como trabalho futuro, pretende-se melhorar o desempenho do ambiente corrigindo as falhas apresentadas, como o tamanho da fonte utilizada, e permitindo que o aluno possa dar realce ou zoom em alguns conteúdos. Pretende-se também avaliar novas vozes que possam contribuir para a melhoria do ambiente. REFERÊNCIAS 1. BARROS, D. M. V. Educação a Distância e o Universo do Trabalho. São Paulo: Editora da Universidade do Sagrado Coração. 2004. 2. GRUJIC, Z.; KOVACIC, B. Building Victor A Virtual Affective Tutor. In: 10 th International Conference on Telecommunications, ConTEL. 2009. p. 185 189. 3. MAO, X.; LI, Z. Implementing Emotional-Based User- Aware e-learning. In: Proceedings of the 27 th International Conference Extended Abstracts on Human Factors in Computing Systems, CHIEA. 2009. p. 3787 3792. 4. CHAO, C. J. et al. An Affective Learning Interface with an Interactive Animated Agent. In: IEEE Fourth International Conference On Digital Game And Intelligent Toy Enhanced Learning. 2012. P. 221 225. 5. HU, Y.; ZHAO, G. Virtual Classroom With Intelligent Virtual Tutor. 2010 International Conference On e- Education, e-business, e-management and e- Learning. Sanya: Yuhai Int Resort Apartment & SPA. 2010. p. 34 38. 6. SIERRA, L. M. B. et al. Second Life As A Support Element for Learning Electronic Related Subjects: A Real Case. Computers & Education. v. 58, n. 1. p. 191 302. 2011. 7. MOODLE. Disponível em: <https://www.moodle.org>. Acesso em 23 Nov. 2013. 8. TELEDUC. Disponível em: <http://www.teleduc.org.br>. Acesso em 23 Nov. 2013. 9. EDX. Disponível em: <https://www.edx.org>. Acesso em 23 Nov. 2013. 10. COURSERA. Disponível em: <https://www.coursera.org>. Acesso em 23 Nov. 2013. 11. BRESLOW, L. et al. Studying Learning in the Worldwide Classroom: Research Into edx s First MOOC. Research & Practice in Assessment, 2013, v. 8, n. Summer 2013, p. 13 25, 2013. 12. MITROS, P. et al. Teaching Electronic Circuits Online : Lessons from MITx s 6.002x on edx. In: Proceedings of the IEEE International Symposium on Circuits and Systems (ISCAS). 2013. p. 2 5. 13. USP. e-aulas USP. 2013. Disponível em: <http://eaulas.usp.br/portal/home>. Acesso em 23 Nov. 2013. 14. UNICAMP. e-unicamp Conteúdo Digital. 2013. Disponível em: <http://www.ggte-.unicamp.br/eunicamp/public/>. Acesso em 23 Nov. 2013. 15. UNESP. Unesp Aberta: Conhecimento ao seu Alcance. 2013. Disponível em: <http://www.unesp.br/unespaberta>. Acesso em 23 Nov. 2013. 16. UFF. Portal de Videoaulas. 2013. Disponível em: <http://www.videoaulas.uff.br/>. Acesso em 23 Nov. 2013. 17. FGV. Ensino Médio Digital. 2013. Disponível em: <http://ensinomediodigital-.fgv.br/default.aspx>. Acesso em 23 Nov. 2013. 18. CINTO, T.; LEITE, H. M. A.; PEIXOTO, C. S. A.; ARANTES, D. S. O Uso de Avatares Computacionais como Ferramenta de Instrução no Ensino à Distância. In: V Seminário Internacional de Educação à Distância: Meios, Atores e Processos, 2013, Belo Horizonte - MG. Anais do V Seminário Internacional de Educação à Distância: Meios, Atores e Processos. Belo Horizonte - MG: CAED-UFMG, 2013. p. 858-869. 19. LEITE, H. M. A.; CINTO, T.; PEIXOTO, C. S. A.; ARANTES, D. S. Ambientes Virtuais de Aprendizagem com Uso de Avatares e Vozes Sintetizadas. In: V Seminário Internacional de Educação à Distância: Meios, Atores e Processos, 2013, Belo Horizonte - MG. Anais do V Seminário Internacional de Educação à Distância: Meios, Atores e Processos. Belo Horizonte - MG: CAED-UFMG, 2013. p. 1321-1327. Page 6 of 7

20. LIN, H.; TSAI, I.-h. An Ontology-Based Affective Tutoring System on Digital Arts. In: IEEE Workshop on Affective Computational Intelligence (WACI). 2011. p. 1 5. 21. LEITE, H. M. A.; CARVALHO, S. N.; CINTO, T.; ARANTES, D. S. Avaliação de Vozes Artificiais: Inteligibilidade, Compreensibilidade e Naturalidade. Artigo em preparação. 22. KAY, R. (2011). Evaluating Learning, Design, and Engagement in Web-Based Learning Tools (WBLTs): The WBLT Evaluation Scale. Computers in Human Behavior, 27(5), 1849 1856. 23. KAY, R., & KNAACK, L. (2008). A Multi-Component Model for Assessing Learning Objects: The Learning Object Evaluation Metric (LOEM). Australasian Journal of Educational Technology, 24(5), 574 591. Colaboradora do Laboratório de Comunicações Digitais (COMLAB) da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (COMLAB/DECOM-FEEC-UNICAMP). Dalton S. Arantes PhD em Engenharia Elétrica, Cornell University, Ithaca, New York, USA. Professor Colaborador do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Coordenador do Laboratório de Comunicações Digitais (COMLAB) da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (COMLAB/DECOM-FEEC- UNICAMP). 24. KAY, R., & KNAACK, L. (2008). Assessing Learning, Quality and Engagement in Learning Objects: the Learning Object Evaluation Scale for Students (LOES- S). Educational Technology Research and Development, 57(2), 147 168. Harlei M. A. Leite Mestrando em Engenharia Elétrica. UNICAMP. Campinas. SP, Pesquisador do Laboratório de Comunicações Digitais (COMLAB) da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (COMLAB/DECOM-FEEC- UNICAMP). Tiago Cinto Mestrando em Engenharia Elétrica. UNICAMP. Campinas. SP, Pesquisador do Laboratório de Comunicações Digitais (COMLAB) da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (COMLAB/DECOM-FEEC-UNICAMP). Sarah N. Carvalho Doutoranda em Engenharia Elétrica. UNICAMP. Campinas. SP, Professora do departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Pesquisadora do Laboratório de Processamento de Sinais para Comunicações (DSPCom) da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (DSPCom/DCA-FEEC-UNICAMP). Cecilia S. A. Peixoto PhD em Engenharia Elétrica. UNICAMP. Campinas. SP, Professora do curso de Tecnologia do Centro Salesiano de São Paulo (UNISAL), Pesquisadora Page 7 of 7