ATA DA 3ª REUNIÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS SOBRE PLANOS DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA MÉDICA, REALIZADA EM 17 DE MARÇO DE 2011. Ao 17º dia do mês de março de 2011, reuniram-se os membros da COMISSÃO DE ESTUDOS DE PLANOS DE SAÚDE E ASSISTENCIA MÉDICA, na Rua Anchieta, 35 1º andar, nesta capital. Iniciou-se a reunião as 09:30 horas, sob a presidência do Dr. Paulo Oliver, e eu secretária adoc Roberta Aparecida Cyrillo, com o comparecimento dos seguintes membros: Dr. Roberto Godoy, Heitor Estanislau do Amaral, José Américo Lombardi, José da Motta Machado Filho, Karyna Rocha Mendes da Silveira, Lucia Cristina Bertolini, Maria Lucia S. Romanelli, Reinaldo Francisco Julio, Alan Patrick Adenir Mendes Bechtold, Luciana Zanchetta Oliver, Ricardo Ramires Filho, Rafael Eduardo Fares Gualda. Foram justificadas as ausências: Antonio Luiz Pássaro, Denise Moyses Tusato, Luciano Correia Bueno Brandão e Suely de Camargo Manchini. Ausências justificadas por enfermidades: Ives Gandra Martins, Fernando Maffei Dardis e Marcos Valente. Fora declarada aberta a sessão, com a inversão da pauta da reunião: 1. O presidente solicitou que aprovasse sem qualquer modificação a ata da 2ª reunião extraordinária realizada um dia após a posse. 2. O presidente informou que fora encaminhado aos membros o custo da viagem a Buenos Aires, pedindo aos interessados que preenchessem o formulário que receberam via e-mail e entrassem em contato com a Agencia de Turismo, pois as empresas áreas não querem reservar por muito tempo os assentos nos vôos, tendo em vista a grande procura no mês de junho. No mesmo seguimento declarou que já procurou garantir o curso para o mês de setembro, com ida dia 02 e retorno dia 07/09, evitando-se novos problemas. 3. Comunicamos aos colegas que a OAB de Vinhedo irá promover uma Semana Jurídica no
mês de maio, sendo que os indicados por esta comissão ou por este presidente são os seguintes: Professor Jefferson Pires A. Figueira, Dr. Antonio Luiz Pássaro e Dr. Paulo Oliver (conforme pedido). 4. O presidente colocou em pauta para discussão o tema que já tornou-se notório, tendo em vista as informações via CREMESP, da greve branca, referente às pessoas que dependem de convenio médico, passa a palavra ao Dr. Roberto Godoy, médico/advogado, vice-presidente desta comissão: A paralisação dos médicos, acaba causando uma economia considerável aos planos de saúde. Informa ainda que o valor que os médicos recebem são muito baixos em relação aos valores que os planos cobram de seus associados. Comenta também que a paralisação de vinte e quatro horas é apenas um alerta, pois se não resolver nada, com certeza o próximo passo será uma atitude mais drástica (greve por tempo indeterminado) e complementou que a FENAM, CMB, FNB, e a sociedade dos médicos e algumas outras entidades, estão apoiando a greve. Voltando a palavra ao presidente, este comentou que os fatos narrados pelo Dr. Roberto Godoy e mais alguns exemplos citados por ele, diz que é a realidade dos fatos que vem ocorrendo com os profissionais da saúde, pois os mesmos prestam uma consulta hoje e só recebem daqui a noventa dias. Existem ainda médicos assessorando empresas de Assistência Médica que gozam de pedidos realizados por colegas da área, levantando dúvidas quanto aos procedimentos. O presidente ainda comentou que falta liderança no ambiente dos médicos, que são apenas representados por pessoas jurídicas e não lideram os movimentos constitucionais, como o direito a greve. E acrescenta dizendo: No passado, eu e meus colegas da OAB, ACRIMESP e outras entidades lideramos a paralisação do Fórum Criminal, lutando pela criação da Defensoria Pública. Declara a palavra aos demais: Dr. Rafael Fares Gualda (diretor da ABRAMGE) informou que está havendo uma sintonia entre a ATN e AMB dentro da ANS, havendo uma discussão em relação ao reajuste contratual. Informa ainda que o que se pretende é
um reajuste para os médicos quando houver aumento nos planos de saúde, de acordo com um percentual acordado entre as partes. Diz: O grande tomador é a medicina suplementar, pois enquanto na rede particular se recebe uma média de R$ 50,00 (cinqüenta reais) por consulta, na rede pública recebe apenas R$ 8,00 (oito reais) Esboçou ainda que acredita ser justa a greve branca, porém não acredita que fará grandes mudanças atualmente, mas terá diferenças significativas no futuro. Finalizando informa que de 190 (cento e noventa) milhões de habitantes, apenas 42 (quarenta e dois) milhões possuem planos de saúde, sendo que 70% (setenta por cento) destes são planos empresariais. O Dr. José Américo informou que acredita que a reivindicação é justa, pois o aumento dos planos de saúde são absurdos. Disse ainda que a Sulamérica está enxugando alguns procedimentos (deixando de colocar médicos e colocando apenas técnicos para realizar e acompanhar os exames). O Dr. Rafael Gualda completa dizendo que a ANS está pensando em aumentar os valores das primeiras faixas etárias, para quando chegar à última (acima dos 59 anos) não ter aumentos tão exorbitantes. Informa também que as faixas etárias são separadas de acordo com um estudo realizado no país de acordo com a mortalidade e longevidade dos cidadãos. E conclui falando que a AMIL, atualmente possui o monopólio, pois as grandes seguradoras, quer dizer, as concorrentes diretas, atendem apenas a planos empresariais e a partir de X vidas. Dr. José da Motta completa o pensando do colega e diz: A AMIL antigamente tinhas apenas duas faixas etárias a serem aumentadas, e agora com as novas regras, acresceram mais quatro faixas etárias, totalizando seis, fora os acréscimos anuais. A Dra. Karyna Rocha informa sobre um processo que entrou contra uma corretora de saúde, devido há encartes contendo propagandas enganosas (valores irreais). O presidente aproveita para comentar sobre um médico que se manifestou contra uma prótese chinesa que era a única que o convênio cobria para determinada
cirurgia. O Dr. José da Motta explica como funciona este tipo de procedimento dentro dos planos de saúde: os planos se colocam dentro dos padrões da ANVISA. Se a prótese A, B ou C são relativamente iguais, e o que as diferem são apenas os valores, é óbvio que o plano de saúde escolherá a mais barata, sem prejudicar o paciente. Caso não haja concordância por parte deste, poderá entrar com uma intervenção judicial para modificar tal decisão. Dr. Heitor Estanislau complementa dizendo: O discurso é lindo, mas acredito que quem paga ainda manda, quer dizer, não tem que ser imposto, mas sim ter uma opção de escolha. Encerrando os debates, volta à palavra ao presidente para a leitura da carta final, após aprovada pelos membros, a ser encaminhada a Presidência, conforme texto que segue: À POPULAÇÃO/MÉDICOS A GREVE BRANCA DE 07/04/2011 Em reunião realizada no dia 17/03/2011, a Comissão de Estudos sobre Planos de Saúde e Assistência Médica, tomou conhecimento da greve que irá ocorrer no dia 07/04/2011, quando os médicos irão paralisar por 24 h o atendimento aos pacientes que dependem de planos de saúde (exceto atendimentos emergenciais), protestando por melhores pagamentos em relação aos planos de saúde. Vimos com muita preocupação à situação assistencial da saúde no Brasil. Acreditamos que o movimento da classe médica é valido, pois os prestadores de serviço buscam melhorias junto às empresas de Assistência Médica.
A população deve absorver este primeiro momento apenas como um alerta e aguardando por resultados positivos, para que isto reflita futuramente no social e na economia individual. A conseqüência deste movimento é que os órgãos responsáveis juntamente com o Poder Público repensem sobre o modelo atual dos programas de assistência a saúde, para que possamos obter um respeito maior a cidadania. São Paulo, 18 de Março de 2011. PAULO OLIVER (presidente da Comissão de Estudos sobre Planos de Saúde e Assistência Médica) A seguir, solicitou aos membros que escolhessem os temas que poderiam desenvolver em palestras. Após, declarou encerrada a reunião às 12:00 hs, conforme documento assinado pelo presidente desta Comissão e por mim secretária adoc. Paulo Oliver Presidente da Comissão Roberta Aparecida Cyrillo Secretária Adoc