Política Industrial em Telecomunicações

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Transcrição:

Ministério das Comunicações Política Industrial em Telecomunicações Maximiliano Martinhão Secretário de Telecomunicações Ministério das Comunicações Brasília Maio/2013

Antecedentes Históricos

1997: Abertura do mercado Privatização do sistema Telebrás Ao fim dos anos 80, taxa de nacionalização das compras de equipamento era 95% Abertura brasileira ao mercado internacional levou esse índice a 80% ainda em 1996 Fim do monopólio estatal encerrou ciclo de compras locais de equipamentos da Telebrás Preocupação com a manutenção da indústria de equipamentos se manifesta na LGT e outros normativos da época

1997: Abertura do mercado Regime Público Contratos de Concessão Nos casos em que haja equivalência entre ofertas, a empresa Concessionária se obriga a utilizar como critério de desempate, a preferência a serviços oferecidos por empresas situadas no País, equipamentos e materiais produzidos no País, e, entre eles, àqueles com tecnologia nacional. Regime privado LGT Art. 127, IX A disciplina da exploração dos serviços no regime privado terá por objetivo viabilizar o cumprimento das leis, em especial das relativas às telecomunicações, à ordem econômica e aos direitos dos consumidores, destinando-se a garantir ( ) o desenvolvimento tecnológico e industrial do setor

Indústria nacional pós-privatização 2000 1000 1764 Balança Comercial Equipamentos Telecom (US$ FOB mi) 736 0-1000 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012-296 -395-1171 -2000-3000 -2436-2143 Fonte: ABINEE/SECEX

Política Industrial: Experiência Internacional Medidas internacionais Estados Unidos: Buy American Act (1933) Japão: Buy Japanese Europa: national champions (Anos 60 e 70) Singapura: intelligent island (1986) Coréia: mega-empresas (chaebols, 1984)

2010: PNBL Política industrial como ferramenta para desenvolvimento da Banda Larga Política focada em aumento de cobertura, velocidade e redução de preço Identificada necessidade de ecossistema com produção, e P&D nacional para integração com economia da inovação Política industrial definido como um dos eixos do PNBL

Fomento à Pesquisa, ao Desenvolvimento e à Inovação

Ambientes de P&D,I em Telecomunicações Objetivo: Promover o desenvolvimento da cadeia produtiva brasileira das comunicações e sua inserção internacional a partir do fomento à pesquisa, desenvolvimento, inovação e do estímulo ao uso de bens e serviço com tecnologia nacional (PPA 2012-2015, Programa 2025, Objetivo 0754) Identificar oportunidades Identificar vocações locais, regionais e nacionais Criar ambiente jurídicoinstitucional e econômico favorável Gerar tecnologia, em prego, renda e inclusão social

FUNTTEL Áreas Temáticas Prioritárias Comunicações ópticas Comunicações digitais sem fio para banda larga Redes de transporte de dados Realização 2012: R$ 100 milhões reembolsável R$ 83 milhões não-reembolsável Realização não-reembolsável 2001-2012: R$ 1,4 bilhão

Poder de Compra Governamental Estímulo ao P&DI e à Indústria

Poder de Compra Público direcionamento da demanda governamental para bens e serviços desenvolvidos e produzidos por empresas nacionais com vistas à indução de capacitação e desenvolvimento tecnológico (MCT, 1993) Principais objetivos Políticas econômicas anticíclicas Proteção de setores estratégicos Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação Maior competição no comércio internacional Fonte: MCT. Estudo da competitividade da indústria brasileira. Campinas, 1993.

Margem de preferência A Lei 12.349/2010 alterou a Lei 8.666/93, incluindo a margem de preferência: As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os 5º e 7º, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros 5º: Produtos manufaturados e serviços nacionais 7º: Produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País 12: A licitação poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e produzidos de acordo com o PPB de que trata a Lei n o 10.176/2001 Fontes: Leis n os 8.248/1991, 8.666/1993 e 12.349/2010.

Contratação de bens e serviços para o PNBL destinados a: Implementar a rede privativa de comunicação da administração pública federal Prestar apoio e suporte a políticas públicas de conexão à Internet em banda larga para universidades, centros de pesquisa, escolas, hospitais, postos de atendimento, telecentros comunitários e outros pontos de interesse público Contratos firmados R$ 250 milhões Fonte: Decreto 7.175/2010.

Expansão de redes de telecomunicação - REPNBL

REPNBL: propósito e classes de redes destina-se a projetos de implantação, ampliação ou modernização de redes de telecomunicações que suportam acesso à Internet em banda larga, incluindo estações terrenas satelitais que contribuam com os objetivos de implantação do Programa Nacional de Banda Larga PNBL Óptico OPGW Sem fio Cabos submarinos Óptico Metálico Fixo sem fio Móvel 4G e 3G Sem fio @450 MHz Local sem fio SMARTGRID Sistema de comunicação por satélite Datacenter Fontes: Lei nº 12.715/2012, Decreto nº 7.921/2013 e Portaria MC nº 55/2013.

REPNBL: elaboração

REPNBL

Ações complementares

MC participa no Comitê de TICs/Complexo Eletroeletrônico Componentes Estratégicos (Displays e Microeletrônica) Desafio: Implantar Ecossistema Competitivo em Nível Mundial Foco: Atração de Investimentos e Sustentabilidade das DHs Software, Conteúdo e Serviços de TI Desafio: Posicionar o Brasil como Produtor e Exportador Relevante Foco: Apoio à Exportação e Internacionalização Equipamentos Eletrônicos (Infraestrutura de Rede/Acesso, Automação e Terminais) Desafio: Fortalecer a Indústria Brasileira Orientada p/inovação Foco: Fomento à Inovação e fortalecimento empresarial Fonte: PDC TICs 2011-2014.

Debêntures para Investimentos em Infraestrutura Os rendimentos da aplicação em debêntures emitidas com projeto aprovado pelo MC terão as alíquotas do Imposto sobre a Renda reduzidas para: 0% para Pessoa Física 15% para Pessoa Jurídica isenta ou optante pelo SIMPLES Tipos de rede elegíveis: Rede de transporte Rede de acesso, inclusive 450 MHz e Femtocell Sistema de comunicação satelital Rede local sem fio Cabo submarino Redes para radiodifusão digital

Parcerias

Parcerias: indústria brasileira de smartphones e tablets Smartphones e Tablets Grupo de Trabalho: MCTI, MDIC, MC e ABDI Fundo de investimentos para startups brasileiras, com foco principal em tecnologias sem fio Grupo de Trabalho: Indústria, BNDES, FINEP e MDIC Participação no Programa Ciências sem Fronteiras Grupo de Trabalho: MCTI, Indústria, ME, CAPS, CPQD e MDIC

Parcerias: ações para a Banda Larga Móvel Produção de Conteúdos Digitais Interativos Grupo de Trabalho: MinC, ME, MC e MPOG M-Gov Grupo de Trabalho: MPOG (líder), MC, ME, MinC, MS e Indústria Desenvolvimento Local de Aplicativos GT de Aplicativos: Indústria, Operadoras de telecomunicações e desenvolvedores GT de Tributos: MCTI e MDIC

Comentários finais Combate ao Mercado Cinza Celulares fora das normativas brasileiras: fiscalização e articulação com outros órgãos e com o setor Estímulo à utilização de tecnologias Inovadoras Certificação de produtos é fundamental para que estes entrem no mercado dentro da janela de oportunidade (ex: femtocell) Apoio à exportação Promoção da marca Brasil no exterior, apoio a busca de mercados, patrocínio da participação em eventos internacionais (CEBIT, GSMA), etc... Articulação junto ao setor para maximizar as ações governamentais Indústria, Centros de Pesquisa, Academia e Empresas de Telecomunicação

Ministério das Comunicações Obrigado Maximiliano Martinhão Secretário de Telecomunicações Ministério das Comunicações