MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio. Balança Comercial do Agronegócio Março/2015



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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio Balança Comercial do Agronegócio Março/2015 I Resultados do mês (comparativo Mar/2015 Mar/2014) I.a Setores do Agronegócio As exportações do agronegócio diminuíram de US$ 7,97 bilhões em março de 2014 para US$ 7,88 bilhões em março de 2015, o que significou uma queda de 1,1%. As importações, por sua vez, também tiveram decréscimo, de 0,5%, com redução das aquisições de US$ 1,42 bilhão em março de 2014 para US$ 1,41 bilhão em março de 2015. Como resultado da queda mais acentuada das exportações, o saldo positivo no comércio dos produtos do agronegócio diminuiu de US$ 6,55 bilhões em março de 2014 para US$ 6,47 bilhões em março de 2015. A queda generalizada dos preços médios de exportação dos principais produtos do agronegócio brasileiro continua impactando negativamente as exportações. Foram poucas as exceções nesse cenário de queda: cacau e seus produtos (+19,3%); café em grão (+13,5%); animais vivos (+14,2%); carne bovina industrializada (+8,1%); café solúvel (+4,8%); produtos lácteos (+4,8%); e couros e seus produtos (+1,3%). Em março de 2015, os cinco principais setores exportadores do agronegócio foram: complexo soja, carnes, produtos florestais, complexo sucroalcooleiro e café. Estes setores foram responsáveis, em conjunto, por 79,9% do valor total exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio no mês de março. O complexo soja foi o principal setor exportador no mês de março. As vendas externas do setor foram de US$ 2,81 bilhões ou o equivalente a 35,6% do total exportado em produtos do agronegócio no mês. O produto com maior registro de exportação no setor foi a soja em grão, com embarques de 5,6 milhões de toneladas exportadas no mês, ou uma quantidade 10,2% inferior a exportada em março de 2014. A agregação dessa quantidade menor com um preço médio de exportação 21,7% inferior fez com que o valor de exportação da soja em grão tivesse redução de 29,7%. Além da queda na exportação da soja em grão, houve queda nas vendas de óleo de soja, que recuaram de US$ 113,64 milhões em março de 2014 para US$ 49,83 milhões em março de 2015 (-56,2%). Por outro lado, as exportações de farelo de soja tiveram incremento, passando de US$ 362,65 milhões em março de 2014 para US$ 545,18 milhões em março de 2015 (+50,3%). As exportações de carnes foram de US$ 1,17 bilhão em março de 2015 (-6,0%), o que colocou o setor na segunda posição dentre os principais setores exportadores de março. Apesar da colocação, todos os tipos de carnes exportadas registraram redução das vendas externas, em valor. As exportações de carne de frango foram de US$ 571,92 milhões (-4,0%), devido à redução de 11,0% nos preços médios de exportação, uma vez que quantidade exportada aumentou 7,8%. Houve queda também nas exportações de carne bovina (-4,6%), que passaram de US$ 484,96 milhões em março de 2014 para US$ 462,70 milhões em março de 2015. As vendas externas de carne suína caíram 19,1%, de US$ 104,05 milhões em março de 2014 para US$ 84,16 em março de 2015, enquanto as

exportações de carne de peru caíram de US$ 31,46 milhões em março de 2014 para US$ 22,76 milhões em março de 2015 (-27,6%). Os produtos florestais ficaram na terceira posição dentre os principais setores exportadores, com aumento nas exportações de US$ 731,77 milhões em março de 2014 para US$ 920,93 milhões em março de 2015 (+25,9%). Esse incremento do valor exportado foi obtido em função do aumento na quantidade exportada em 38,8%, apesar da diminuição de 9,3% no preço médio de exportação dos produtos do setor. As exportações de papel e celulose foram de US$ 638,79 milhões (+24,5%), enquanto as exportações de madeira e suas obras foram de US$ 282,12 milhões (+29,0%). Na quarta posição, o complexo sucroalcooleiro registrou aumento das exportações de 29,1%, atingindo US$ 826,77 milhões em exportações. O principal produto exportado do setor, o açúcar, ampliou as vendas de US$ 587,48 milhões em março de 2014 para US$ 763,93 milhões em março de 2015. A quantidade embarcada de açúcar subiu de 1,55 milhões de toneladas para 2,20 milhões de toneladas (+41,8%), o que explica a expansão das exportações do setor, uma vez que o preço médio de exportação do açúcar caiu 8,3% no ano. Em março, o café ficou na quinta posição entre os setores exportadores do agronegócio. As vendas externas de café em grão subiram de US$ 409,26 milhões em março de 2014 para US$ 519,71 milhões em março de 2015 (+27,0%). No mês, houve elevação da quantidade embarcada de 11,9% e de 13,5% nos preços médios de exportação. Além da expansão nas exportações de café em grão, as vendas externas de café solúvel subiram de US$ 37,64 milhões em março de 2014 para US$ 50,78 milhões em março de 2015 (+34,9%). As importações dos produtos do agronegócio caíram de US$ 1,42 bilhão em março de 2014 para US$ 1,41 bilhão em março de 2015 (-0,5%). Os principais produtos do agronegócio adquiridos em março foram: papel e celulose (US$ 127,62 milhões; -4,9%); trigo (US$ 120,74 milhões; -24,5%); lácteos (US$ 37,0 milhões; +50,7%); borracha natural (US$ 35,83 milhões; -22,5%); óleo de palma (US$ 32,95 milhões; +40,2%); e azeite de oliva (US$ 31,10 milhões; -8,1%). I.b Blocos Econômicos e Regiões Geográficas Em relação ao montante exportado em produtos do agronegócio, a Ásia foi a mais importante região geográfica em aquisições no mês de março, com registro de US$ 3,62 bilhões. Esse montante representou 45,9% do valor total exportado pelo Brasil no mês. Apesar da elevada participação, houve queda de 11,3% nas exportações ao continente, o que reduziu a participação da Ásia em mais de cinco pontos percentuais. 2

A União Europeia ficou na segunda posição, com registro de US$ 1,65 bilhão em exportações ou 21,0% de participação no total exportado. As exportações ao bloco tiveram expansão de 12,4% no mês de março. Outras regiões geográficas ou blocos que tiveram incremento nas exportações em março foram: Oceania (US$ 19,37 milhões; +38,4%); demais da Europa Ocidental (US$ 65,43 milhões; +31,5%); NAFTA (US$ 676,37 milhões; +27,0%); MERCOSUL (US$ 200,00 milhões; +13,1%); e África (US$ 532,50 milhões; +10,3%). I.c Países A China foi a principal parceira comercial do agronegócio brasileiro em março. Somente esse país asiático adquiriu US$ 2,20 bilhões em produtos do setor, o que representou 27,9% do total exportado. Essa cifra superou as aquisições, por exemplo, da União Europeia, que foram de US$ 1,65 bilhão. Não obstante a elevada participação, a China registrou a maior queda nas aquisições entre os principais parceiros do agronegócio brasileiro no mês, com redução de 23,7% no valor adquirido. A diminuição das compras ocorreu, sobretudo, em função da diminuição da quantidade (-11,3%) e do preço médio (-21,6%) de exportação da soja em grão ao país asiático. Dois países asiáticos se destacaram nas exportações do mês: Indonésia e a Coreia do Sul, com expansão de 156,9% e 125,1%, respectivamente, nas aquisições de produtos do agronegócio brasileiro. Ambos os países aumentaram as aquisições de farelo de soja do Brasil. Além desses mencionados mercados, outros países tiveram incremento das compras de produtos do agronegócio brasileiro acima de considerável porcentagem de 30%: Bangladesh (+55,0%); Reino Unido (+50,3%); Itália (48,4%); Vietnã (+35,7%); França (+32,7%); Arábia Saudtia (+30,7%); e Bélgica (+30,4%). 3

II Resultados do ano (comparativo Janeiro-Março/2015 Janeiro-Março/2014) II.a Setores do Agronegócio No primeiro trimestre de 2015 as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 18,43 bilhões, ou seja, US$ 1,8 bilhão a menos do que foi exportado no mesmo período do ano anterior. As importações, por sua vez, foram de US$ 3,86 bilhões, o que representou queda de US$ 393,34 milhões ante 2014. Como resultado do desempenho das vendas e aquisições externas, o saldo na balança comercial do agronegócio foi de US$ 14,57 bilhões no período. A queda nas exportações do agronegócio brasileiro decorreu, principalmente da retração nas vendas do complexo soja (-US$ 1,85 bilhão), carnes (-US$ 565,16 milhões) e animais vivos (-US$ 209,32 milhões). Por outro lado, os setores de café e cereais foram os que mais contribuíram para amenizar a queda, com crescimento de US$ 452,78 milhões e US$ 246,5 milhões, respectivamente. O complexo soja foi o principal setor exportador do agronegócio no primeiro trimestre de 2015, com US$ 4,05 bilhões em vendas, apesar da queda de 31,3% nas exportações. Dois fatores explicam essa queda. A redução na quantidade embarcada de soja em grão é o primeiro fator, com diminuição de 9,1 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2014 para 6,5 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2015 (-27,7%). O segundo fator é a queda nos preços médios de exportação dos produtos do setor. A soja em grão caiu 21,2%; o farelo de soja diminuiu 18,9%, enquanto o óleo de soja teve redução de 14,1% nos preços médios de exportação. O farelo de soja e o óleo de soja, por outro lado, tiveram elevação na quantidade exportada de 37,1% e 9,6% respectivamente. No caso do farelo de soja, essa expansão de quantidade suplantou a queda nos preços de exportação, consolidando um incremento de 11,1% nas vendas externas do produto. As vendas externas de carnes somaram US$ 3,27 bilhões no primeiro trimestre de 2015, com queda de 14,7% quando comparadas ao mesmo período do ano anterior. A carne de frango foi responsável por 48,0% do valor exportado pelo setor, alcançando US$ 1,57 bilhão. Em comparação ao período acumulado em 2014 houve diminuição de 8,1%, em função da queda no preço médio do produto (US$ 1.880 para US$ 1.722 por tonelada), uma vez que houve uma pequena expansão no quantum exportado (0,3%). As vendas de carne bovina somaram US$ 1,32 bilhão, com decréscimo de 20,2% em valor, decorrente da redução no quantum (-20,0%) e no preço médio de exportação (-0,2%). As carnes suína e de peru também tiveram desempenho negativo no trimestre, -23,4% e - 20,9% respectivamente. O terceiro setor no ranking foi o de produtos florestais, com US$ 2,46 bilhões em exportações. Dessa cifra, 72,2% corresponderam às vendas externas de papel e celulose. As vendas desses produtos foram de US$ 1,77 bilhão, com acréscimo de 2,6% em relação ao mesmo período de 2014. As exportações de madeiras e suas obras 4

(US$ 683,0 milhões) também apresentaram ampliação, atingindo 11,1% de incremento em relação ao acumulado em 2014. Em seguida, destacou-se o complexo sucroalcooleiro, cujas vendas externas somaram US$ 2,18 bilhões. As exportações de açúcar representaram 91,0% desse montante, somando US$ 1,98 bilhão. A redução do preço médio de exportação do açúcar em 9,5% (US$ 390 para US$ 353 por tonelada) explica a queda do valor das exportações em 7,6%. As exportações de etanol tiveram desempenho semelhante, com retração no preço médio de exportação (-10,7%), e consequente queda no valor exportado de 10,8%. Por fim, o café ocupou a quinta posição no ranking de setores, somando US$ 1,70 bilhão. O setor foi o que mais contribuiu para amenizar a queda nas vendas externas do agronegócio no período, visto que suas exportações apresentaram crescimento de US$ 452,78 milhões no período. O grão apresentou ampliação de 33,6% no preço médio e 5,1% na quantidade, resultando em crescimento de 40,4% em valor. O café solúvel também cresceu, embora em ritmo menor, registrando 4,5% de incremento no valor exportado, o que resultou em US$ 132,73 milhões em vendas externas. Os cinco principais setores, em conjunto, somaram US$ 13,66 bilhões em exportações e foram responsáveis por 74,1% das exportações brasileiras do agronegócio no período acumulado do ano. Em relação às importações, destacaram-se as aquisições de pescados (US$ 477,06 milhões); papel e celulose (US$ 383,70 milhões) e trigo (US$ 314,58 milhões). Houve ampliação de 29,0% nas aquisições de farinha de trigo (US$ 24,08 milhões para US$ 31,08 milhões). II.b Blocos Econômicos e Regiões Geográficas Entre janeiro e março de 2015, a Ásia continuou como o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, com o valor de US$ 7,17 bilhões. Apesar da posição de destaque, as aquisições asiáticas de mercadorias agrícolas brasileiras decresceram 13,1% na comparação com o mesmo período de 2014. Com isso, a região perdeu participação relativa, passando de 40,8% para 38,9%. O segundo principal parceiro comercial no primeiro trimestre de 2015 permanece sendo a União Europeia. Com incremento de 1,7% em relação ao primeiro trimestre de 2014, as vendas externas do agronegócio brasileiro com destino à União Europeia atingiram a cifra de US$ 4,33 bilhões, o que possibilitou aumento de 2,5 pontos percentuais no market share do bloco (23,5%). Os blocos econômicos e regiões geográficas que se destacaram quanto ao crescimento das exportações entre janeiro/março de 2014 e janeiro/março de 2015 foram: Oceania (+30,0%); Demais da Europa Ocidental (+23,0%); e NAFTA (+11,5%). 5

III.c Países A China importou US$ 3,09 bilhões em produtos do agronegócio no primeiro trimestre de 2015, o que significou uma queda de 35,5% em relação ao mesmo período de 2014. A diminuição nas importações de soja em grão explica essa redução. As exportações do grão para a China caíram de 7,5 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2014 para 5,1 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2015. Com efeito, as receitas com exportações de soja em grão à China diminuíram de US$ 3,76 bilhões no primeiro trimestre de 2014 para US$ 1,99 bilhão no primeiro trimestre de 2015, uma queda de US$ 1,77 bilhão. Este número é praticamente semelhante à redução total das exportações ao país asiático. Em função da queda no valor exportado, a participação da China nas exportações brasileiras do agronegócio diminuiu de 23,7% para 16,8% no período. Os Estados Unidos ficaram na segunda posição entre os principais parceiros comerciais, com o valor de US$ 1,55 bilhão e incremento de 10,0% em comparação ao primeiro trimestre de 2014. A participação norte americana nas exportações do agronegócio brasileiro cresceu no período, passando de 7,0% a 8,4%. Os Países Baixos foram o terceiro principal destino das exportações entre janeiro e março de 2015, com o montante de US$ 1,04 bilhão (-16,8%). Quanto ao dinamismo das exportações, os principais destaques no período foram: Indonésia (+81,4%); Vietnã (+62,3%); Bangladesh (+45,7%); Tailândia (+37,3%); Coreia do Sul (+35,9%); Bélgica (+26,6%); e Itália (+18,3%). 6

III Resultados de Abril de 2014 a Março de 2015 (Acumulado 12 meses) III.a Setores do Agronegócio Nos últimos doze meses, entre abril de 2014 e março de 2015, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram o montante de US$ 94,95 bilhões, o que significou decréscimo de 4,7% em comparação aos US$ 99,63 bilhões comercializados nos doze meses imediatamente anteriores. Em números absolutos, a diferença atingiu a cifra de US$ 4,68 bilhões. As importações apresentaram comportamento similar, com queda de 4,8% e soma de US$ 16,22 bilhões entre abril de 2014 e março de 2015. Dessa forma, no período considerado, o saldo da balança comercial do agronegócio brasileiro foi superavitário em US$ 78,73 bilhões (-4,7%). No que se refere aos setores que compõem o agronegócio, o principal destaque dos últimos doze meses foi o complexo soja, com exportações totais de US$ 29,56 bilhões e 59,02 milhões de toneladas comercializadas, o que representou queda de 11,0% e 5,3%, respectivamente. O produto mais exportado foi a soja em grãos, com a cifra de US$ 21,31 bilhões e recuo de 14,5% em relação aos US$ 24,93 bilhões negociados no período anterior. Em relação à quantidade, foram embarcadas 43,19 milhões de toneladas, com diminuição de 8,8%. O preço médio verificado no período foi US$ 494 por tonelada, o que representou uma desvalorização de 6,3%. O segundo produto do setor em geração de receita foi o farelo de soja, com a soma de US$ 7,13 bilhões (+3,0%). Em quantum, houve crescimento de 6,9%, para um total de 14,51 milhões de toneladas. Por fim, as exportações de óleo de soja alcançaram a marca de US$ 1,12 bilhão (-17,5%) e 1,33 milhão de toneladas (-5,4%), com o preço médio do produto tendo desvalorizado 12,8% no período (de US$ 963 por tonelada para US$ 840 por tonelada). O segundo principal setor do agronegócio brasileiro em valor exportado foi o setor de carnes, com vendas externas de US$ 16,86 bilhões (+0,7%) e 6,28 milhões de toneladas negociadas (-0,8%). A carne de frango foi o principal item do setor, com vendas de US$ 7,79 bilhões (+0,7%) e 4,0 milhões de toneladas embarcadas (+2,6%), enquanto o preço médio no mercado internacional sofreu queda de 1,9% nos doze meses considerados. Em seguida, destacaram-se as exportações de carne bovina, que atingiram a cifra de US$ 6,82 bilhões (-0,5%), para um total de 1,47 milhão de toneladas (-5,9%). O preço médio do produto apresentou crescimento de 5,7% entre abril de 2014 e março de 2015. Entre as carnes, o item que apresentou a maior valorização de preço médio foi a carne suína, com incremento de 22,4%. As exportações do produto totalizaram US$ 1,52 bilhão (+14,4%) e foram comercializadas 471 mil toneladas nos últimos doze meses (-6,5%). As vendas externas de carne de peru somaram US$ 314 milhões (-29,0%), com o embarque de 122 mil toneladas (-21,9%) no período. No acumulado dos últimos doze meses, o complexo sucroalcooleiro foi o terceiro maior setor do agronegócio em valor exportado, com vendas externas de US$ 10,18 bilhões. Apesar da importância em números absolutos, observou-se recuo de 9,9% no preço médio e de 11,7% no quantum embarcado, o que causou a queda de 20,4% no valor das vendas no período. É importante ressaltar que essa perda de receita (US$ 2,61 bilhões) significou mais da metade da queda verificada nas exportações totais do agronegócio entre abril de 2014 e março de 2015 (US$ 4,68 bilhões). As vendas externas de açúcar foram destaque, com a cifra de 9,30 bilhões ou 91,3% do total exportado pelo setor. As vendas externas de álcool somaram US$ 875 milhões (-47,5%), ante as exportações de US$ 1,67 bilhão verificadas nos doze meses precedentes. Essa retração em valor foi causada fundamentalmente pela diminuição dos embarques do produto, que caíram 46,5%. Na quarta colocação, os produtos florestais registraram exportações de US$ 10,06 bilhões (+3,0%) e crescimento de 11,5% em quantidade. O principal item negociado foi papel e celulose, com o montante de US$ 7,26 bilhões (+0,5%), 13,37 milhões de toneladas exportadas (+12,3%) e queda de 10,6% no preço médio nos últimos doze meses. As vendas externas de madeiras e suas obras totalizaram US$ 2,79 bilhões e cresceram 10,4% em virtude do aumento de 9,2% na quantidade comercializada (de 3,95 milhões de toneladas para 4,32 milhões de toneladas). Na quinta colocação entre os principais setores do agronegócio brasileiro, o setor cafeeiro gerou uma receita de exportação de US$ 7,11 bilhões, com expansão de 39,6% em relação às vendas externas verificadas entre abril de 2013 e março de 2014 (US$ 5,10 bilhões). Esse crescimento em valor foi causado tanto pelo incremento de 13,0% da quantidade embarcada, que passou de 1,85 milhão de toneladas para 2,09 milhões de toneladas, quanto pela valorização de 23,5% do preço médio (US$ 3.397 por tonelada). O principal item comercializado pelo setor foi o café em grãos, com US$ 6,49 bilhões ou 91,2% do total exportado. Os cinco principais setores acima destacados obtiveram uma participação de 77,7% no total das exportações do agronegócio brasileiro entre abril de 2014 e março de 2015, participação menor do que a dos cinco maiores setores entre abril de 2013 e março de 2014 (78,6%). No que tange às importações de produtos do agronegócio, observou-se um montante de US$ 16,22 bilhões nos doze meses considerados. Os principais itens adquiridos no mercado internacional, nesse período, foram: papel 7

e celulose (US$ 1,75 bilhão e -4,7%); trigo (US$ 1,64 bilhão e -27,6%); pescados (US$ 1,52 bilhão e +0,2%); malte (US$ 549 milhões e +2,8%); lácteos (US$ 453 milhões e -20,4%); e borracha natural (US$ 451 milhões e -27,7%). III.b Blocos Econômicos e Regiões Geográficas Em relação às exportações do agronegócio por blocos econômicos e regiões geográficas, a Ásia continuou como o principal destino dos produtos brasileiros. As vendas para o continente asiático atingiram a marca de US$ 38,24 bilhões, o que representou uma diminuição de 8,5% em comparação aos valores registrados nos doze meses imediatamente anteriores (US$ 41,79 bilhões). Com tal desempenho, a participação da região nas exportações do agronegócio apresentou queda de 1,6 ponto percentual, totalizando 40,3%. O segundo principal bloco de destino das exportações agropecuárias brasileiras entre abril de 2014 e março de 2015, a União Europeia, apresentou retração de 0,4% nas suas aquisições de mercadorias brasileiras no período, alcançando a cifra de US$ 21,54 bilhões, ante um total de US$ 21,62 bilhões nos dozes meses anteriores. Apesar dessa diminuição em valor, a participação da UE28 nas exportações do agronegócio brasileiro cresceu para 22,7%, principalmente pela queda de participação da Ásia. Nas colocações seguintes, se destacaram o NAFTA, com aquisições totais de US$ 8,47 bilhões (+6,1%), e o Oriente Médio, com US$ 7,10 bilhões (-10,7%). As regiões e blocos que registraram variação positiva das exportações no período, além do NAFTA, foram: Demais da Europa Ocidental (+21,6%); Oceania (+15,0%); e Europa Oriental (+11,4%). 8

III.c Países No âmbito dos principais países de destino do agronegócio brasileiro, verificou-se queda nas exportações para dois dos três maiores parceiros comerciais. Após uma diminuição de US$ 4,56 bilhões, as exportações para a China alcançaram o montante de US$ 20,36 bilhões (-18,3%), perdendo participação e atingindo share de 21,4% no período. A segunda posição foi ocupada pelos Estados Unidos, com vendas de US$ 7,14 bilhões e aumento de 5,7%, com participação de 7,5%. O terceiro principal parceiro nos últimos doze meses foram os Países Baixos, com a cifra de US$ 5,92 bilhões e queda de 13,8% em relação aos US$ 6,87 bilhões exportados nos doze meses precedentes. Com isso, a participação desse parceiro comercial caiu de 6,9% para 6,2%. Os principais destaques em relação ao dinamismo das exportações foram: Vietnã (+42,3%); Alemanha (+29,5%); Rússia (+29,1%); Indonésia (+23,6%); Tailândia (+14,6%); e Itália (+12,2%). NOTA METODOLÓGICA A classificação de produtos do agronegócio utilizada nesta nota foi atualizada de acordo com a Resolução CAMEX Nº 94, de 8/12/2012, que alterou a Nomenclatura Comum do MERCOSUL NCM para adaptá-la em relação às modificações do Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH-2012), que estabelece um método internacional para a classificação de mercadorias. A Balança Comercial do Agronegócio utiliza uma classificação dos produtos do agronegócio que reúne 2.867 NCM s em 25 setores. Essa é a mesma classificação utilizada no AGROSTAT BRASIL - base de dados on line que oferece uma visão detalhada e atualizada das exportações e importações brasileiras do agronegócio. Mais informações da metodologia e classificação podem ser consultadas no site: agrostat.agricultura.gov.br MAPA/SRI/DPI 09/04/2015 9