LIVROS DIGITAIS E O USO NA ESCOLA CASSIA FURTADO Doutora em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais Depart. Biblioteconomia e Programa de Pós-Graduação em Design UFMA Pesquisadora da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico FAPEMA V ENCONTRO SESC DE BIBLIOTECAS ESCOLARES, set. 2015
PAUTA ESCOLA E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NOVAS TECNOLOGIAS, NOVO PERFIL DO ALUNO LIVRO E LEITURA DIGITAL LIVRO DIDÁTICO DIGITAL LIVRO DIGITAL LITERÁRIO REDE SOCIAL DE LEITORES E ESCRITORES JUNIORES - PORTAL BIBLON PROJETO LIVROS DIGITAIS, SISTEMAS HIPERMIDIÁTICOS E PARTILHA LITERÁRIA PARA LEITORES INFANTIS
ESCOLA E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Escola = Professor, alunos, quadro, livro didático... A escola não é um ambiente fértil para revoluções!
ESCOLA E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Informação e transformação; Tendência de subaproveitamento dos recursos educacionais digitais que acabam sendo utilizados dentro do modelo tradicional de ensino; Devemos evitar a lógica da substituição ou do aniquilamento já que, em várias expressões da cibercultura, trata-se de reconfigurar práticas, modalidades midiáticas, espaços, sem a substituição de seus respectivos antecedentes. (LEMOS, 2005); Os professores são os gatekeepers do processo de inovação educacional; Um dos pontos principais que mereceria a atenção de políticas públicas é a nossa proporção baixa de acesso à internet na escola (SOZIO, 2015).
(EU Kind Online, 2015)
(EU Kind Online, 2015)
NOVAS TECNOLOGIAS (TIC s), NOVO PERFIL DO ALUNO Tecnologias de Informação e Comunicação quebram obstáculos e limites temporais e espaciais; Web 2.0 - utilizador abandona papel passivo de consumidor para produtor de informações - Prosumer - Alvin Toffler (1980), papel do utilizador na sociedade pós-moderna. Terminologias: Nativos Digitais - Prensky, 2001a, 2001b; Geração Google - Rowlands et al 2008; Sabedoria digital - Prensky, 2009; Geração Net - Tapscott, 2010; Nascido Digital - Palfrey; Gasser, 2011; Residentes - White; Le Cornu, 2011.
NOVA GERAÇÃO E TIC s Uso das TIC s em tarefas rotineiras e habituais; Conexão permanente com as mídias digitais; Leitura e escrita nos monitores de maneira intensa; Uso multifuncional dos recursos tecnológicos; Polivalência na realização de tarefas em simultâneo; Partilha e interação em rede; Comunicação síncrona; Aprendizagem experimental e lúdica.
NATIVO DIGITAL Influência de conjunto de fatores: a imersão no ambiente tecnológico; o contexto social, educacional, cultural, político e econômico; o componente geracional; a influência familiar e educacional. Ainda há muito a fazer no sentido de ter-se a universal geração nativo digital, notadamente nas áreas rurais e periféricas dos grandes centros, visto que o avanço tecnológico não ocorre na mesma velocidade em todos os continentes e países (FURTADO, 2013).
NOVA GERAÇÃO E INFORMAÇÃO DIGITAL Ciberadolescência e cibermadurez (BRINGUÉ; SÁDABA, 2008); A partir de 10 anos - uso mais acentuado da internet do que os seus pais, concepção de que sabem mais sobre as TIC s do que os mais velhos - família e professores (EU Kind Online, 2011).
NOVA GERAÇÃO, INFORMAÇÃO DIGITAL E ESCOLA Professores analógicos e alunos digitais; O uso das TIC s requer aprendizado, pois demanda competência para leitura e escrita de documentos em inúmeros formatos, participação em tomada de decisões, expressão de idéias e produção de informação; Biblioteca escolar, principal sistema de informação da escola, deve trazer para suas atribuições o preparo com as competências digitais e informacionais.
LIVRO E LEITURA DIGITAL Livro Digital - Michael Stern Hart - criador do livro digital - Projeto Gutenberg (1971). Declaração de Independência dos Estados Unidos - primeira obra disponibilizada gratuitamente de forma eletrônica. http://www.gutenberg.org/wiki/pt_principal
LIVRO E LEITURA DIGITAL Seria um livro em formato digital, com fotos, vídeos, músicas, links e jogos interativos ainda um livro? Livro digital é o resultado da convergência de recursos digitais educacionais e deve ser um instrumento para convergência processo ensino aprendizado.
Leitura Digital: Pierre Lévy 1999 LIVRO E LEITURA DIGITAL O fato de o texto ser apresentado na tela não muda nada. Trata-se igualmente de leitura. Roger Chartier 2007 "Estamos vivendo a primeira transformação da técnica de produção e reprodução de textos e essa mudança na forma e no suporte influencia o próprio hábito de ler Para cada suporte um procedimento de leitura específico, que exige determinado comportamento do leitor; Leitura sempre foi uma ação multissensorial.
Livro e Leitura Suporte Impresso Livro e Leitura Suporte Digital Texto Impresso Textos multimídia - uso conjunto de distintos meios; Hipertexto - texto com ligações a outros textos; Principal fonte de adquisição de conhecimento Uma das fontes de aquisição de conhecimento Dinâmica Unidade de leitura Rápida Superficial Rígida Autoridade do autor Exclusividade da origem Leitura individual Competências do código alfabético Estática Fragmentada Profunda Caleidoscópia Leitor como coautor Portabilidade do texto Leitura social - partilha e interação Competências digitais e informacionais
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL Os livros são a marca principal das instituições educacionais (escola e biblioteca). Como se sente um jovem da Sociedade Digital a usar na escola um instrumento de aprendizagem, sem recurso multimídia, exatamente como o seus avôs aprenderam?
Nativo digital
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL Ministério da Educação do Brasil (MEC) - 2012 - entrega de tablets para alunos de escolas públicas; Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) - 2015 - livro didático digital, acompanhado do livro impresso, ensino médio; Acesso à tecnologia, acesso conteúdos didáticos; Portal do professor (MEC) - acesso reduzido. http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL Novo cenário educacional - reestruturação acadêmica - Educação Básica e Educação Superior; Professor e aluno - transformação: consumidor do conteúdo para pesquisador e produtor de informações; Envolvimento dos pais e de toda comunidade escolar. Benefícios: Maior proximidade e envolvimento do nativo digital; Ensino personalizado para cada turma, cada aluno; Acompanhamento individual da aprendizagem dos alunos.
LIVRO DIGITAL LITERÁRIO Literatura infantil, precedeu a era da convergência de linguagens, ao unir palavras e ilustrações com o objetivo de atrair e estimular a leitura, sensibilizar o leitor, adornar e enriquecer a estética literária. Editor Robert Sayer 1765, primeira série de "Movable books"
LIVRO DIGITAL LITERÁRIO Literatura não é feita de papel (MEADE, 2010); Fenômeno do texto literário digital - conexões on-line entre leitores, leitores e autores - 1,9 milhão de páginas na web (AGUIARI, 2011) ; Livro Unitário inteireza da obra pode se perder diante do caótico espaço virtual (CHARTIER, 2011);
LIVRO DIGITAL LITERÁRIO Novos gêneros literários (CASSANY,2012): História realista - relato autobiográfico, recria acontecimentos vividos em lugares reais, com doses variadas de fição, como nome de personagens e/ou características; Fanfic - abreviatura do termo inglês fanfictions, histórias escritas por fãs, com base em textos da literatura juvenil contemporânea. Booktubers - fãs da literatura que usam a tecnologia para expressar opinião sobre textos literários. Bruno Miranda (Minha Estante) https://youtu.be/wz5ert5l3re
REDE SOCIAL DE LEITORES E ESCRITORES JUNIORES - PORTAL BIBLON; a integração social on-line como catalisador da leitura, criação, expressão e partilha Universidade de Aveiro/Universidade do Porto, 2013 http://ria.ua.pt/handle/10773/10351 Portal Biblon www.portal-biblon.com
LITERATURA DIGITAL O ciberespaço tornou-se uma global rede literária, ao envolver livros, leitores e autores; A leitura e o uso das ferramentas web 2.0 promovem a integração entre pessoas e destas com o texto literário, na construção de uma rede social on-line; A leitura suscita a produção e o leitor ao compartilhar suas experiências e interpretações (através da escrita, imagens e vídeos) sente-se integrante da rede que unifica os leitores, parte do livro e da comunidade de leitores; Os diálogos, as recomendações e os comentários (práticas naturais do ambiente online de literatura) exercem fortes intervenções no comportamento e inclinações dos atores da rede.
LIVRO DIGITAL E REDES SOCIAIS O livro literário digital é um elemento agregador, um interagente que potencializa a formação de redes egocêntricas em seu redor; A interação entre um utilizador e o livro digital, tendo por base o interesse no texto literário infantil, origina sentimento de pertença, formando um laço associativo; As escolhas literárias e o uso das ferramentas que promovem a interação entre pessoas e livro digital fazem a mutação do utilizador em participante e transformam a reação pessoal em interação social, constituindo a rede social; Os atores centrais estão presentes em várias redes egocêntricas, exercendo o papel central e/ou de intermediação.
REDE EGOCÊNTRICA UMA FESTA NO CÉU
LIVROS DIGITAIS, SISTEMAS HIPERMIDIÁTICOS E PARTILHA LITERÁRIA PARA LEITORES INFANTIS Convênio Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e Universidade de Aveiro (UA) Financiamento da Fundação de Amparo a Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) - maio/2014 a maio/2016 Escolas do Sistema Público de Ensino, 1º série a 7ª série : UEB Sá Valle - 420 alunos; UEB Maria Rocha - 120 alunos; UEB Antonio Ribeiro - 400 alunos
Livros digitais e o uso na escola Para que o livro digital de fato seja uma realidade adotada como padrão nas escolas, múltiplos atores precisam passar a incorporá-lo: pais, comunidade escolar (educandos, educadores, gestão atores principais) autores, produtores da cadeia editorial.
REFERÊNCIAS AGUIARI, V. Tumblr bate Wordpress em número de blogs. EXAME.com, Tecnologia - Blogs, 16 jun. 2011. Disponível em: <http://migre.me/54c6e>. Acesso em: 16 jun. 2011. EUKids Online. Risks and safety on the internet; the perspective of European children. Disponivel em: www.eukidsonline.net. Acesso em: nov. 2012. LEMOS, André. Ciber-cultura-remix. São Paulo: Itaú Cultural, 2005. Disponível em: <http://www.hrenatoh.net/curso/textos/andrelemos_remix.pdf>. Acessado em: 31/mar/2014. SOZIO, M. et ali. Children and Internet use: A comparative analysis of Brazil and seven European countries. Disponivel em: http://www.lse.ac.uk/media@lse/research/eukidsonline/eu%20kids%20iii/reports/fullreportbraziln CGM.pdf. Acesso em: 10 set. 2015.
OBRIGADA! Cassia Furtado cassia.furtado@ufma.br Curriculum Lates: http://lattes.cnpq.br/0332630687796918 Google Acadêmico: http://scholar.google.com.br/citations?user=75nbvs8aaaaj&hl=pt-pt