GOIÁSFARMA. Fique atento às mudanças no mercado farmacêutico. Aquisição. Garantindo bons pro ssionais no mercado. Não confunda beleza com saúde



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Transcrição:

Ano I - nº 3 - novembro/dezembro de 2008 GOIÁSFARMA Revista do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás www.crfgo.org.br Aquisição O sonho em ampliar a área do CRF-GO torna-se realidade Garantindo bons pro ssionais no mercado Goiás é pioneiro na criação do Curso de Capacitação para farmacêuticos recém-formados Não confunda beleza com saúde Após reuniões para discutir sobre uso indiscriminado de anabolizantes, CRF-GO planeja lançar campanha educativa Fique atento às mudanças no mercado farmacêutico

Editorial Um ano de conquistas É com orgulho que encerramos mais um ano com diversas ações e um saldo positivo de atividades. Neste ano, muitas foram as nossas conquistas, e uma delas merece destaque especial: a aquisição de uma outra casa para ampliação da sede. Realizamos mais de 40 cursos englobando e abrangendo diversos aspectos da atuação farmacêutica. No que diz respeito à quali cação pro ssional, fomos pioneiros na criação do curso de capacitação para recém-formados, levando até eles informações que vão muito além das recebidas nos bancos universitários, tendo realizado este ano 16 cursos os quais contaram com a participação de mais de 200 pro ssionais que acabam de entrar para o mercado. Deles, 97% aprovaram a iniciativa do CRF-GO e o conteúdo abrangido. Servimos de exemplo e fomos referência nacional para os demais Conselhos Regionais, principalmente no que diz respeito ao programa Conselho Itinerante. Com ele, realizamos mais de mil atendimentos em boa parte das cidades localizadas no interior do Estado. E em uma das nossas visitas, fomos elogiados pelo Conselheiro Federal do Maranhão, Ronaldo Pereira Filho, pela nossa lisura e transparência em todas as nossas ações. E nos orgulhamos disso. Tivemos também a presença da presidente do Conselho Regional do Maranhão, Mary Jane Limeira de Oliveira, e da vice- presidente do Conselho Regional de Pernambuco, Rosalina dos Santos de Menezes, que acompanharam o Conselho Itinerante em algumas cidades para levar a nossa experiência para ser aplicada em seus Estados. Ocupamos lugar de destaque com o número de scais atuantes na scalização do exercício da pro ssão no Estado. E ainda na scalização, mostramos que pretendemos continuar no caminho do aprimoramento dos pro ssionais, principalmente na capacitação dos scais do CRF-GO. Muitas mudanças ocorreram no mercado farmacêutico. Alguns medicamentos foram retirados e outros foram incluídos à lista C1 da Portaria 344/98. Diante disso levamos essas informações aos farmacêuticos, que precisam estar a par de tudo que ocorre na categoria e no mercado em que atuam. Em 2009, pretendemos continuar investindo na capacitação dos pro ssionais, pois este é o maior legado que podemos deixar aos colegas. Com responsabilidade e compromisso sempre trabalharemos para a valorização de uma categoria imprescindível para a sociedade. Quero também deixar meus votos de um Natal cheio de paz e muita saúde e um Ano-Novo repleto de realizações e sucesso a todos os farmacêuticos e familiares. E desejamos que em 2009 repitam as alegrias que perpetuam nosso viver, a m de vencermos as adversidades e superarmos os desa os que surgirão e nos ajudarão a buscar nosso crescimento pro ssional e pessoal. Feliz 2009 a todos. Uma boa leitura! Nara Luíza de Oliveira, presidente do CRF-GO nov-dez/2008 Goiásfarma 3

Fundado em 05 de julho de 1961, por Agnelo Arlington Fleury Curado Rua 1.122, nº. 198 - Setor Marista - CEP 74175-110 - Goiânia Goiás - Brasil - Fone: (62) 3281-4311 - Fax: 3281-1986 www.crfgo.org.br - crfgo@crfgo.org.br DIRETORIA Nara Luíza de Oliveira - presidente William Cardoso Cruvinel - vice-presidente Ernestina Rocha de Souza e Silva - secretária-geral Marlene Ramos Vasconcelos - tesoureira CONSELHEIROS 2006/2009 Nara Luíza de Oliveira Marlene Ramos Vasconcelos William Cardoso Cruvinel José Elizaine Borges Cadri Saleh Ahmad Awad (suplente) CONSELHEIROS 2007/2010 Maria Conceição Morais Pereira Renzo Freire de Almeida Edemilson Cardoso da Conceição Edson Negreiros dos Santos Sueza Abadia de Souza (suplente) CONSELHEIROS 2008/2011 Mirtes Barros Bezerra de Oliveira Gomes Ernestina Rocha de Souza e Silva Lorena Baia de Oliveira Alencar Evandro Tokarski Wander Cairo Albernaz (suplente) CONSELHEIROS FEDERAIS 2007/2010 Jaldo de Souza Santos Radif Domingos (suplente) CONSELHO EDITORIAL Diretoria do CRF-GO PRODUÇÃO GRÁFICA E PUBLICITÁRIA Avenida E, nº. 1.000 - conjunto 1.401/B Jardim Goiás CEP 74810-030 - Goiânia - Goiás - Brasil (62) 3241-3899 - 9696-8613 - 9642-3100 EDIÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL José Ides Nery de Oliveira nery.eventos@brturbo.com.br COLABORAÇÃO Marileuza Carneiro Laura Rodrigues Marcus Ráime Marcelus Paulino Martha Cristhina Március Cleiber Conselho Federal de Farmácia (CFF) JORNALISTA RESPONSÁVEL Naiara Gonçalves - Mtb-39640/SP DIAGRAMAÇÃO E DESIGNER GRÁFICO Thales Moraes - (62) 8437-7933 FOTÓGRAFOS Yosikazu Maeda, Leandro Augusto, sxc.hu e Arquivo do CRF-GO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Em todo o Estado de Goiás TIRAGEM 8.000 (oito mil) exemplares IMPORTANTE: Goiásfarma é uma publicação o cial do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás. Os artigos e matérias assinados são de inteira responsabilidade dos seus autores e não representam, necessariamente, a posição do CRF-GO. Anuncie aqui: (62) 3241-3899 9696-8613 / 9642-3100 Contato comercial: Nery ou Neuza 4 Goiásfarma nov-dez/2008

nov-dez/2008 Goiásfarma 5

Curso de Capacitação Garantindo bons pro ssionais no mercado Mais de 200 farmacêuticos já foram capacitados, divididos em 16 cursos Goiás é pioneiro na criação do Curso de Capacitação para farmacêuticos recém-formados Depois de observar a di culdade dos recém-formados ao assumirem a responsabilidade técnica de farmácias e drogarias, a diretoria do CRF-GO, decidiu criar um curso de Capacitação que abrangesse as principais legislações vigentes, o código de ética da pro ssão e as principais responsabilidades do farmacêutico, tanto do ponto de vista ético como social. O curso traz também informações importantes como a montagem de Procedimento Operacional Padrão (POP), Plano de Gerenciamento de Resíduos da Saúde (PGRSS) e Sistema Nacional de Gerenciamento de Produto Controlado (SNGPC). Além de medicamentos controlados, é abordado balanços, Portaria 344/98 e outras legislações importantes que regulamentam o mercado farmacêutico. Luciana Calil Criado e normatizado pela Portaria nº 26 de 2008, inicialmente para tirar as principais dúvidas dos recém-formados, tornou-se um sucesso e despertou o interesse de farmacêuticos já atuantes no mercado que buscam obter um aperfeiçoamento e atualização dos conhecimentos. O curso é ministrado pela farmacêutica-bioquímica Luciana Calil Samora de Moraes, especialista em Farmácia Clínica, MBA em Gestão Avançada do Varejo Farmacêutico, com Docência Superior e uma vasta experiência no comércio farmacêutico. O resultado deste programa é bastante satisfatório. Depois do curso, os pro ssionais participantes sempre entram em contato para agradecer ou buscar outras informações, a rma a professora. Maioria aprova iniciativa Segundo pesquisa de opinião, realizada no nal de cada curso, 97% acharam excelente a iniciativa do CRF-GO em oferecer o curso e 86% classi caram o conteúdo como excelente. Para a recém-formada Ludmila Cantieri Carneiro, além de aprender sobre assuntos do dia-a-dia, há a possibilidade de tirar dúvidas. Brilhante a idéia desse curso!, diz entusiasmada. Sua colega de pro ssão, Irisdete Aparecida Lourenço, compartilha da idéia. Posso dizer que esse dia de curso contribuiu para que eu seja uma melhor pro ssional. Isabela Camargo sugere que o curso seja feito sempre, Já tivemos a participação de 200 farmacêuticos divididos em mais de 16 turmas, optamos por turmas de no máximo 12 pessoas para facilitar as explicações e sanar as dúvidas, contabiliza Luciana. Participa como ministrante do curso o scal do CRF-GO, Guilherme Carvalho dos Reis, que fala sobre o Código de Ética da Pro ssão Farmacêutica, da estrutura do CRF-GO e de como tramita os processos pelos departamentos. A diretora do CRF-GO, Ernestina Rocha de Sousa e Silva, trás dicas e informações sobre a pro ssão. Ela, que é conselheira regional e coordenadora de medicamentos da Superintendência de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado de Goiás (SVISA-GO), ainda trata das dúvidas sobre o SNGPC. pois esclarece e previne a nós recém-formados de possíveis erros. Lívia Niara Sila parabeniza o CRF-GO por estar dando uma visão mais ampla do que realmente é a pro ssão farmacêutica. Esses cursos são de super importância para que possamos nos reciclar e atualizar, cita Charlene Oliveira Costa Morcus. A farmacêutica Patrícia Corradi Elias a rma que antes de conhecer o trabalho, estava completamente insegura, cheia de dúvidas. Ter conversado com os pro ssionais do Conselho e participado do curso oferecido foi muito importante para esse início pro ssional, naliza. 6 Goiásfarma nov-dez/2008

Artigo Medicamento e orientação Jaldo de Souza Santos, Presidente do Conselho Federal de Farmácia Os medicamentos, mesmo os (aparentemente) inofensivos analgésicos e colírios, podem desencadear diferentes reações adversas - algumas graves -, principalmente efeitos colaterais. Essas reações são inerentes ao medicamento. Mas é possível controlá-las, ou diminuir a níveis baixíssimos a sua incidência, se o farmacêutico prestar aos pacientes os seus serviços, entre os quais a orientação sobre o uso coreto das substâncias. O farmacêutico é o pro ssional, técnica, cientí ca e legalmente habilitado para esta prática. Recentemente, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), órgão do Ministério da Saúde, fez um estudo sobre intoxicações por medicamentos, no Brasil. O resultado é alarmante. Em 2006, quase 33 mil pessoas foram intoxicadas por uso desses produtos. As causas foram várias, como o uso acidental, erros na administração, efeitos adversos, interações medicamentosas ou entre medicamentos e alimentos, automedicação e uso irracional. Os medicamentos responsáveis por casos de intoxicação, em mais de 70% das vezes, foram adquiridos com receita médica, em farmácias. Pior: apenas 25% dos que adquiriram os produtos foram orientados. Os efeitos negativos dos medicamentos, além dos cidadãos, mina, também, a saúde dos sistemas público e privado de saúde. Os hospitais gastam fábulas com esses problemas, inclusive com o retorno de pacientes (muitos precisam ser internados) em decorrência de complicações causadas pelo uso de fármacos. Nas emergências, 40% dos pacientes são atendidos em decorrência de problemas causados por essas substâncias. A situação insustentável não é uma mancha apenas na saúde brasileira. Estatísticas revelam que, nos Estados Unidos, as reações indesejáveis a medicamentos são a quarta causa de morte. Matam mais que a Aids. Em 2007, o Ministério da Saúde, convencido pelo Conselho Federal de Farmácia, deu um passo decisivo neste sentido: criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Mais: no dia 24 de setembro, o Ministro da Saúde, José Essas farmácias e drogarias perderam o sentido de saúde e assumiram a lógica do mercado. Gomes Temporão, anunciou o programa A informação é o melhor remédio. Em muitas farmácias e drogarias particulares, a situação é grave. Várias não mantêm o farmacêutico presente, deixando os balcões livres para a prática da empurroterapia. Essas farmácias e drogarias perderam o sentido de saúde e assumiram a lógica do mercado. Elas se transformaram em mercearias e zeram do medicamento uma mercadoria, quando este, em verdade, é um bem social a serviço da recuperação da saúde das pessoas. O medicamento, quando vendido sem a orientação farmacêutica, pode restringir-se apenas à condição de produto químico, que cura, ou mata com a mesma intensidade. O que faz a diferença é a orientação que deve ser agregada a ele. Os estabelecimentos desconectados do sentido de saúde a rmam que faltam farmacêuticos, no mercado, e, por isso, não têm como contratá-los. Isso é uma balela. O Brasil tem 120.642 farmacêuticos para 71.885 farmácias e um menor número de outros estabelecimentos (laboratórios de análises clínicas, indústrias de medicamentos, de alimentos e de cosméticos, entre outras). E, por ano, é lançada, no mercado brasileiro, cerca de dez mil novos farmacêuticos. Está claro que não basta o paciente ter o acesso ao medicamento, se ele não acessar, também, a orientação. Ela é o que dá segurança ao usuário do medicamento. As autoridades - eu insisto em me dirigir às municipais - precisam sensibilizar-se para isso. Do contrário, iremos expandir mais ainda as nossas estatísticas sobre os problemas relacionados ao uso dos medicamentos. nov-dez/2008 Goiásfarma 7

Homenagem Este título é de todos os farmacêuticos brasileiros, disse o presidente do CFF Jaldo de Souza Santos recebe título de Cidadão Honorário de Brasília Luta incansável pelas prerrogativas da categoria e empreendedorismo marcam a trajetória deste farmacêutico ACâmara Legislativa do Distrito Federal realizou sessão solene no dia 29 de outubro, no auditório do Memorial JK, em Brasília, para conceder o título de Cidadão Honorário de Brasília ao presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Jaldo de Souza Santos. O título foi outorgado, graças a um Projeto do deputado distrital Milton Barbosa (PSDB-DF). A solenidade reuniu parlamentares, diretores e funcionários dos Conselhos Federal e Regionais de Farmácia, farmacêuticos, acadêmicos de Farmácia e familiares de Souza Santos. O deputado distrital Milton Barbosa, presidente da sessão solene, iniciou o seu discurso lembrando do farmacêutico empreendedor que, assim que se formou, em 1956, comprou a Farmácia do Povo, em Goiânia, uma das pioneiras da cidade, e que se mantém ativa. O deputado lembrou, ainda, que Dr. Jaldo foi um dos fundadores do Conselho Regional de Farmácia de Goiás e, por três vezes, seu diretor. Elegeu-se, pela primeira vez, conselheiro Federal de Farmácia, em 1972 e anos depois, foi eleito pelo Plenário do CFF para exercer o cargo de secretário-geral do órgão. Logo em seguida, foi eleito presidente do CFF, cargo que ocupa pelo quinto mandato consecutivo. No relato feito pelo parlamentar cou clara a luta incansável de Souza Santos pela pro ssão. Uma passagem citada pelo deputado foi a visita de Souza Santos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2008. Dr. Jaldo reuniu-se com Lula, no Palácio do Planalto, a quem entregou uma homenagem - a Comenda do Mérito Farmacêutico Internacional - mas, também, reivindicou a participação dos farmacêuticos nos programas de atenção básica do SUS (Sistema Único de Saúde). A resposta ao seu apelo veio, três dias depois, com a publicação da Portaria 154, do Ministério da Saúde, criando os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs), disse Barbosa. O irmão mais velho de Dr. Jaldo, João de Souza Santos, falou em nome da família. Falar do meu irmão Jaldo é fácil, porque eu o acompanho, desde o seu nascimento. Basta dizer que eu fui o encarregado de chamar a parteira, em Araguaiana, em Mato Grosso. Estava chegando, ali, o último fruto do casal Álvaro Theóphilo e Isabel, lembrou João. João de Souza Santos lembrou que os princípios familiares sempre nortearam a vida de Jaldo e de todos os irmãos. Em nossa família, nós sempre nos ajudamos. E foi graças a esse princípio, que Jaldo conseguiu 8 Goiásfarma nov-dez/2008

Integrantes da mesa na entrega do título comprar a Farmácia do Povo, há 53 anos, com a ajuda de nosso irmão Alberto, disse. Daí para frente, acrescentou João, Jaldo incorporou a luta em favor da pro ssão farmacêutica, até chegar à Presidência do CFF. A presidente do Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF- GO), Nara Luiza de Oliveira, falou em nome do Estado de origem de Dr. Jaldo. O governador de Goiás, Alcides Rodrigues não pôde comparecer à solenidade, mas enviou como seu representante o presidente da Iquego (Indústria Química do Estado de Goiás), deputado federal Pedro Canedo. Ele declarou que Goiás tem adquirido notoriedade, em todo o País, por causa da qualidade dos serviços oferecidos pelos pro ssionais da saúde, inclusive os farmacêuticos. Já o presidente do Conselho Regional do Distrito Federal, Hélio José de Araújo, ocupou a tribuna do auditório, para lembrar a maneira cordial como o presidente do CFF recebe quem o procura. Representando o Plenário do Conselho Federal de Farmácia, o vice-presidente do órgão, Amilson Álvares, fez um paralelo entre Souza Santos e Brasília. A cidade nasceu como Capital Federal, pouco depois que Dr. Jaldo formava-se em Farmácia, em 1956. O título sacramenta a sua cidadania brasiliense e abre mais ainda o seu coração para o desejo de continuar morando nesta cidade, o que ele já faz, há mais de 12 anos, e de continuar a sua luta destemida pela pro ssão, disse Amilson Álvares. O atual diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Agnelo Queiroz, disse que é uma honra para Brasília ter Dr. Jaldo como seu morador. Ele destacou que o presidente do CFF é um interlocutor permanente dos farmacêuticos junto à Anvisa, desde que a Agência foi criada. Aliás, aproveito para lembrar que Dr. Jaldo foi um defensor da criação da Anvisa. E, depois de criada, ele passou a defender políticas púbicas que garantissem o acesso da população aos medicamentos e aos serviços farmacêuticos, lembrou Agnelo Queiroz. Jaldo de Souza Santos fez um discurso em que manifestou toda a sua emoção pelo recebimento do título e pelas lembranças de sua luta em favor da pro ssão. Ele explicou que, quando assumiu a presidência do CFF, traçou planos e metas. Tenho o orgulho de dizer todos os planos foram executados, ou estão em fase de execução, destacou. Souza Santos destacou, ainda, que desde a sua visita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Governo passou a fazer várias manifestações de reconhecimento à importância dos serviços farmacêuticos no SUS. Uma delas é a criação do programa chamado A orientação é o melhor remédio, lançado, em setembro, pelo ministro José Gomes Temporão. O programa tem em seu núcleo o farmacêutico. Muitas coisas orgulham-me na vida. Uma delas é ser farmacêutico. Eu estou emocionado, e só posso concluir dizendo que este título é de todos os farmacêuticos brasileiros. nov-dez/2008 Goiásfarma 9

Artigo Farmácia do cidadão Wesley Magno Ferreira, membro do grupo técnico em assistência farmacêutica do COMEN A cidade de Morrinhos, localizada há 130 km ao sul da capital do Estado de Goiás, vem desde 2005 experimentando aplicação do conceito de assistência farmacêutica por meio de diversas frentes de trabalhos desenvolvidos pelo Programa Farmácia do Cidadão. Em dezembro de 2004, o município passou a contar com mais um pro ssional de saúde em seu quadro permanente: o farmacêutico Wesley Magno Ferreira, graduado e especialista em Farmácia Hospitalar e Assistencial pela Universidade Federal de Goiás e membro do grupo técnico em assistência farmacêutica do Conselho Municipal de Entorpecentes (COMEN) e Secretaria Estadual da Saúde. Ao assumir a farmácia do município, ele encontrou um setor desarticulado dos demais serviços municipais de saúde e desacreditado em sua idéia por toda a comunidade. Estruturas física e logística inadequadas, ausência do elemento medicamento e sub-noti cação de prescrições médicas foram alguns dos fatores detectados. Tais circunstâncias passaram a ser o grande desa o de transformação da realidade. Para isto, organizar literalmente o Programa Farmácia do Cidadão e fazer esse contexto ganhar a denominação de farmácia tornou-se o meu principal objetivo, diz o farmacêutico. Inúmeros procedimentos foram elencados de acordo com a situação farmacêutica detectada. Ini- Prefeito Cleomar Gomes, Marlene Ramos, Wesley Magno e Nara Luíza Do ontem ao hoje na assistência farmacêutica à população morrinhense cialmente, ele buscou a conscientização do Gestor Público e a divulgação da importância e a relevância na melhoria do serviço farmacêutico prestado junto à população morrinhense. Posteriormente, ele inseriu a farmácia dentro do contexto de Saúde, promovendo a credibilidade junto aos mais diversos pro ssionais: médicos, enfermeiros e cirurgiões dentistas. Por último, na propagação deste conceito, foi despertada a aceitabilidade e o crédito individual de cada cidadão ao serviço prestado. O convencimento dos indivíduos que compuseram a equipe de trabalho, as parcerias bem sucedidas, o intercâmbio entre o Núcleo de Assistência Farmacêutica da Secretaria Estadual de Saúde (SES/GO) e o município de Morrinhos, galgado no dinamismo pro- ssional de Wesley Magno Ferreira, zeram com que se alcançasse um salto no número de receitas atendidas, passando de 4.402 (em 2004) para 50.000 (janeiro a dezembro de 2008). Os atendimentos especiais, segundo ele, passaram a ser efetivados quanto a pacientes diabéticos tipo I acompanhados e inseridos em protocolos especí cos, promoção de uso racional dos mais diversos medicamentos e educação continuada aos usuários de medicamentos de uso controlado. A ampliação do número de medicamentos ofertados de 36 (em 2004) para 104 (em 2008), controle de estoque rigoroso e armazenagem de medicamentos e correlatos adequados e versatilidade entre as diversas formas farmacêuticas visando a inclusão de todos os membros da comunidade no objetivo da cura de suas doenças, passaram a nortear a nova dinâmica da assistência prestada pela Farmácia Cidadão no Município de Morrinhos. Diante do excelente trabalho realizado, o CRF-GO esteve em Morrinhos, reunido com o prefeito Cleomar Gomes de Freitas, para falar sobre a importância do trabalho do colega e pedindo que ele continue à frente da farmácia. nov-dez/2008 Goiásfarma 11

Controle Vigilância Sanitária aumenta o rigor na comercialização de medicamentos controlados Produtos sujeitos a controle especial ganham maior rigidez na scalização, com ênfase nos anorexígenos e anabolizantes Para conter o uso indiscriminado de anorexígenos, medicamentos utilizados para inibir o apetite e perder peso e anabolizantes utilizados para aumentar a massa muscular, a Vigilância Sanitária Estadual tem publicado resoluções com o objetivo de normatizar a dispensação de medicamentos controlados em farmácias e drogarias. Ernestina Rocha de Sousa e Silva, coordenadora de medicamentos da Superintedência de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado de Goiás (SVISA-GO) e Secretária Geral do Conselho Regional de Farmácia (CRF-GO), explica que os anabolizantes e os anorexígenos fazem parte dos medicamentos controlados, que só podem ser dispensados mediante apresentação de prescrição médica, em formulário especí co, com todos os campos devidamente preenchidos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por meio da Portaria 344/98-SVS/ MS, aprovou o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial, RDC 27/07, RDC 58/07 a qual dispõe sobre o controle e fiscalização de substâncias psicotrópicas anorexígenas, e Goiás publicou RE 02/2008-GAB/SES que aumenta as exigências para a dispensação de anabolizantes no âmbito do Estado. Ernestina explica que a normatização, dispõe de um Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SN- GPC), que estabelece a implantação do módulo para farmácias e drogarias, permitindo rastreabilidade de todas as atividades do estabelecimento relacionadas com a entrada (compra ou transferência) e a saída (venda/ dispensação) de substâncias ou medicamentos sujeitas ao controle especial. O sistema permite acompanhar a movimentação do medicamento desde a prescrição pelo médico até a venda na farmácia ou drogaria. No ato da compra, o cliente deverá apresentar ao farmacêutico o documento que o identifique, para o preenchimento do campo do comprador, afirma Ernestina. Segundo ela, as normas vigentes e a fiscalização exercida pela autoridade sanitária têm rendido frutos em Goiás. No episódio ocorrido que resultou em óbitos pelo uso indevido de anabolizantes, não foi registrado nenhum caso de medicamento de uso humano dispensado em farmácias e drogarias, alerta. A coordenadora da Vigilância Sanitária salienta que a venda de medicamentos sujeitos a controle especial deve atender legislação vigente. A comercialização indevida configura tráfico de drogas, pela lei federal, extensivo a toda a cadeia (produção, transporte, distribuição e dispensação), enfatiza. Ela ressalta que a responsabilidade também é do consumidor que deve conhecer seus direitos, ter consciência de que o uso irracional de medicamento pode causar danos à saúde, podendo levar até mesmo a óbito. E que o consumidor deve exigir atenção farmacêutica no momento da dispensação do medicamento, atribuição esta privativa do farmacêutico e adquirir medicamentos somente em farmácias que tenha farmacêutico presente e à sua disposição. 12 Goiásfarma nov-dez/2008

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Monitor de glicemia

Fique atento Medicamentos retirados do mercado Informação é um dos itens primordiais da pro ssão Importantes mudanças no mercado farmacêutico Nos últimos meses aconteceram grandes mudanças no mercado farmacêutico. Alguns medicamentos foram retirados e outros foram incluídos à lista C1 da Portaria 344/98. Temos medicamentos que foram apreendidos e outros que foram suspensos, diante disto a diretoria do CRF-GO, com a intenção de auxiliar nas principais di culdades e preocupada com as dúvidas que poderiam surgir, montou o seguinte texto com as principais mudanças ocorridas e as medidas e cuidados que os farmacêuticos precisam tomar. Farmacêutico precisa estar a par de tudo que acontece no segmento, pois a falta de informação não é atenuante para descumprimento da lei O pro ssional que trabalha na dispensação de medicamento tem que se munir de conhecimentos especí cos para dispensar. Ele precisa saber sobre legislação e ter ciência de onde buscar informação o su ciente para manter-se atualizado e não ser penalizado por falta de conhecimento uma vez que para trabalhar no ramo, é preciso ter informações sobre a legislação que normatiza o segmento. A Vigilância Sanitária de Goiás, preocupada com o controle de medicamentos no Estado, publicou no dia 21 de outubro deste ano no Diário O cial do Estado, a Resolução 002/2008-GAB/SES que determina a dispensação de anabolizantes, somente mediante apresentação de noti cação de receita B, a Resolução 003/2008-GAB/SES que regulamenta a liberação de seqüência numérica para confecção de talonários de noti cação de receituário B, B2 e retinóides e o fornecimento de talonários de receituário A e Resolução 004/2008-GAB/SES regulamentando que somente poderão confeccionar talonários de receituários para prescrição de medicamentos contendo substâncias psicotrópicas, entorpecentes e outras sujeitas a controle especial grá cas devidamente cadastradas pelo órgão de Vigilância Sanitária competente. Fica a cargo da coordenadora de medicamentos da Superintendência de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado de Goiás (SVISA-GO), Ernestina Rocha de Sousa e Silva, divulgar e fazer cumprir tais Resoluções no âmbito do Estado. Ela a rma que em parceria com o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF- GO), ocorrerá a divulgação da Legislação e que o tema será prioridade nas palestras, reuniões, Conselho Itinerante e outros eventos, visando Ernestina a rma que tema será prioridade nov-dez/2008 Goiásfarma 15

o cumprimento da Legislação e a qualidade do atendimento prestado ao usuário. Conforme explica a superintendente da SVISA, Angela Maria de Miranda Melo Cardoso, os alertas sanitários acontecem como medida de segurança e regulação. Quando um produto está impróprio para o consumo, apresenta falhas no decorrer do tempo ou reação adversa caso do Prexige, é retirado do mercado, mesmo com registro da Anvisa. Casos de defeito no aspecto e teor ocasionados devido a falhas no controle de qualidade e no processo de fabricação também são analisados e caso sejam insatisfatórios são recolhidos, esclarece, apontando para a importância da noção do pro ssional para as notícias sobre o segmento. Ela cita que outro tipo de alerta sanitário é sobre o medicamento clandestino, vendido sem registro o qual não foi objeto de scalização sobre as boas práticas de fabricação comercializados principalmente por ambulantes e sacoleiros. Esse é o pior tipo de medicamento porque nós não temos o menor controle sobre ele, alerta. Medicamentos não devem ser comprados em hipótese alguma pelo consumidor a não ser em farmácias e drogarias sob orientação do farmacêutico, acrescenta Angela. O programa de farmacovigilância da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Farmácias Noti cadoras, faz justamente um estudo do medicamento pós-comércio, analisando e noti cando qualquer tipo de reação adversa causada ao paciente/ consumidor. Nota-se que o maior controle é sobre os medicamentos novos, que às vezes são usados de forma indiscriminada. No entanto, a população precisa ser esclarecida de que o medicamento que cura também pode matar, independente dele ter registro e cumprir com as boas práticas de fabricação. Nós partimos do princípio de que o medicamento deve ser puro, seguro e e caz, mas existem reações inesperadas, por isso é necessário o monitoramento póscomercialização, conclui. Angela alerta que o medicamento que cura também pode matar Coxibes mudanças na legislação A Resolução RDC nº 79, publicada em 04 de novembro de 2008, dispôs sobre a atualização do Anexo 1 Listas de substâncias sujeitas ao controle especial da Portaria SVS/MS nº 344/1998. Esta incluiu na Lista C1 (Lista das outras substâncias sujeitas ao controle especial) as substâncias e medicamentos que contenham os inibidores seletivos da COX-2: Celecoxibe (Celebra), Etoricoxibe (Arcoxia), Lumiracoxibe (Prexige), Parecoxibe (Bextra IM e IV), Rofecoxibe (Vioxx) e Valdecoxibe (Brextra). De acordo com a Legislação vigente, medicamentos e substâncias desta lista devem ser comercializados com Receita de Controle Especial em duas vias, com retenção da primeira via com todos os campos devidamente preenchidos. Devem, ainda, serem escrituradas eletronicamente por meio do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). O que fazer com os estoques dos medicamentos inibidores seletivos da COX-2 (Coxibes) que passam a pertencer à lista da portaria 344? Estoques antigos : Como as notas fiscais de aquisição ou de transferência dos produtos em estoque são de datas anteriores à publicação, torna-se inviável a escrituração (esta deve ser cronológica). Desta forma, orientamos que os estoques ora existentes sejam dispensados mediante receita médica, sem escrituração. Estoques novos : No caso de aquisições por compra ou transferência a partir do dia 05 de novembro de 2008, a dispensação e escrituração devem acontecer da mesma forma que os demais produtos da Lista C1, ou seja, dispensação mediante receita de controle especial em duas vias, com retenção da primeira devidamente preenchida e escrituração eletrônica em ordem cronológica no SNGPC. Desta forma, os estoques antigos devem ser esgotados e toda e qualquer aquisição deve ser escriturada e dispensada conforme os demais produtos controlados. Medicamento proibido A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu em novembro a manipulação da substância Rimonabanto, princípio ativo do medicamento Acomplia, fabricado pela Sano -Aventis (RE 4.087/2008). O princípio ativo também não pode mais ser importado. A Agência publicou ainda a suspensão formal da importação, distribuição e comercialização do Acomplia e determinou que a empresa faça o recolhimento do medicamento em todo o país (RE 4.086/2008). 16 Goiásfarma nov-dez/2008

Medicamentos que tiveram seus registros cancelados e que foram retirados do mercado: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu suspender a comercialização e o uso, em todo o País, dos antiin amatórios Prexige (100mg e 400 mg) e Arcoxia (120 mg). Segundo os especialistas da Agência, os riscos da utilização desses medicamentos superam seus benefícios. Prexige Lumiracoxibe Indicação: Dores e tratamento da osteoartrite (um tipo de artrite), da dor aguda e da cólica menstrual primária. Suspenso: Outubro de 2008 Por quê: O uso do medicamento foi associado a arritmias cardíacas, hipertensão, doenças hepáticas e hemorragias. Arcoxia de 120 mg Indicação: Reumatismo, gota, artrite, osteoartrite, dor articular, cólica menstrual, em pós-operatórios, dores agudas e crônicas; Suspenso: Outubro de 2008 Por quê: Segundo o Ministério da Saúde, nesta dosagem o remédio pode levar ao desenvolvimento de problemas hepáticos. Brextra Indicação: Osteoartrite, artrite reumatóide e cólica menstrual. Suspenso: 2005 Por quê: Os riscos dos remédios incluíam alergias cutâneas graves, além de distúrbios cardiovasculares. No Brasil, seu uso passou a ser restrito aos hospitais. Vioxx Indicação: Dores e in amações em geral. Suspenso: 2004 Por quê: Pode ter causado mais de 140 mil casos de doenças cardiovasculares só nos Estados Unidos e mais de 56 mil mortes em cinco anos de mercado. O consumo diário do remédio dobrava os riscos de infarto e derrame. A Anvisa recomenda aos consumidores que estiverem fazendo uso dos medicamentos procurar seus médicos para que possam substituir os produtos sem interromper o tratamento. De acordo com nota, o cancelamento do registro desses produtos faz parte de um processo de trabalho iniciado em julho, na Anvisa, para reavaliar a segurança de uma nova classe de antiin amatórios, os inibidores da enzima ciclooxigenase. Medicamento proibido A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu em novembro a manipulação da substância Rimonabanto, princípio ativo do medicamento Acomplia, fabricado pela Sano -Aventis (RE 4.087/2008). O princípio ativo também não pode mais ser importado. A Agência publicou ainda a suspensão formal da importação, distribuição e comercialização do Acomplia e determinou que a empresa faça o recolhimento do medicamento em todo o país (RE 4.086/2008). Acomplia Rimonabanto Indicação: Perda de peso especialmente na região abdominal. Suspensão: Em novembro de 2008 Por quê: As vendas do medicamento foram suspensas pelo próprio fabricante após recomendação expressa da Agência Européia de Medicamentos. Motivo: Dobra o risco de distúrbios psiquiátricos, especialmente depressão.dios incluíam alergias cutâneas graves, além de distúrbios cardiovasculares. No Brasil, seu uso passou a ser restrito aos hospitais. Estudos demonstraram que pacientes que utilizaram o medicamento tiveram aproximadamente o dobro de risco de desenvolver problemas psiquiátricos, como ansiedade e depressão, comparados àqueles que não utilizaram o produto. Produtos sem registro A Anvisa suspendeu a fabricação, a comercialização e a distribuição de produtos sem registro e sem autorização de funcionamento na Anvisa. (Alerta Sanitário 56/2008). Desta forma, de acordo com a Resolução RE nº. 328, de 22 de julho de 1999, que institui o Regulamento Técnico sobre as Boas Práticas de Dispensação de Medicamentos em Farmácias e Drogarias, o estabelecimento é responsável por somente dispensar produtos registrados ou declarados isentos de registros pelo órgão competente do Ministério da Saúde e adquiri-los de fornecedores legalmente licenciados no País. E ainda, deve manter procedimentos operacionais escritos quanto às condições para aquisição, armazenamento, conservação e dispensação de produtos. Para veri cação do registro/noti cação de produtos junto à Anvisa pode ser realizada consulta através do endereço eletrônico www.anvisa.gov.br. Conforme preconizado no Decreto nº 79.094/77, artigos 93, 94, 95, 97, e demais exigências sanitárias, as informações mínimas que todos os rótulos de medicamentos devem ter, estão dispostos na Resolução RDC nº333, de 19 de novembro de 2003. Já a Resolução RDC nº 211, de 14 de julho de 2005, estabelece os requisitos para a rotulagem obrigatória geral para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. E acrescentar que conforme Código Penal - DECRETO-LEI N. 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 - CAPÍTULO III Dos crimes contra a saúde pública: Art. 273. Falsi car, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a ns terapêuticos ou medicinais: (NR) Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. (NR) 1º Nas mesmas penas incorrem quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsi cado, corrompido, adulterado ou alterado. (NR) 1 -A Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico. nov-dez/2008 Goiásfarma 17

SNGPC Palestra sobre SNGPC esclarece farmacêuticos Dúvidas ainda são freqüentes durante o manuseio do sistema Palestra reúne um considerável número de pro ssionais Depois de acompanhar a quantidade de dúvidas e pedidos constantes de novos cursos sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO), por meio de sua presidente, Nara Luíza de Oliveira, decidiu convidar as farmacêuticas Márcia Gonçalves de Oliveira e Glória Latuf, ambas do departamento de regulamentação de produtos controlados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para virem até Goiânia ministrar palestra cujo objetivo era sanar as dúvidas mais freqüentes sobre o sistema. No dia 4 de dezembro, a palestra reuniu um grande número de pro ssionais farmacêuticos no auditório da Federação do Comércio, para esclarecimento do sistema. O evento teve início às 19h e se estendeu até às 23h, devido a quantidade de informações questionadas pelos presentes. Segundo Glória, o hotsite do Sistema é um veículo importante de informação para pro ssionais farmacêuticos, de vigilância sanitária e desenvolvedores de software. O hotsite tem diversas informações úteis, como o item Perguntas Freqüentes, que já contém 113 perguntas e respostas, manuais que orientam sobre as etapas a serem seguidas para a adesão ao Sistema, além de legislações, informações para desenvolvedores e notícias recentes, a rma. Márcia falou da importância de acessar o hotsite, uma vez que ali estão todas as informações sobre Atualização de passo a passo para Vigilâncias Sanitárias, Mala direta para esclarecimentos de dúvidas, Orientação sobre escrituração e receituário de produtos que contenham inibidores da COX2 e Melhorias no estoque de movimentação. No hotsite, é possível ainda o farmacêutico consultar e acompanhar se o medicamento continua com inconsistência ou se o problema já foi resolvido, esclarece Márcia. Nara Luiza conta que a agenda das palestrantes já tinha sido encerrada para o decorrer do ano, mas com sua insistência e pedidos foi possível sensibilizar as pro ssionais sobre a necessidade do evento. Diante da presença maciça de farmacêuticos, não restam dúvidas de que ainda há muitas questões sobre o sistema a serem esclarecidas, justi ca a presidente. Diretoria agradece presença das palestrantes Nara Luíza abre o evento, com a presença da diretoria 18 Goiásfarma nov-dez/2008

Ciclo de Palestras Aperfeiçoando pro ssionais Evento promovido pelo CRF-GO reúne farmacêuticos para debaterem atualidades da pro ssão OConselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO), focando quali car pro ssionais nas mais diversas áreas de atuação, realizou no dia 18 de outubro o Ciclo de Palestras. O evento reuniu diversos farmacêuticos e contou com a abordagem de oito temas diferentes. A idéia defendida pelo gerente de projetos e processos da rede de drogarias Santa Marta, Alexandre Mendes de Andrade, foi que para gerir bem uma drogaria, o farmacêutico precisa entender que sem o produto não se consegue prestar o serviço de assistência farmacêutica. Ele ministrou palestra sobre Controle de estoques e falou que o produto a ser comercializado tem que estar disponível, sendo dispensado adequadamente por um pro ssional quali cado. O farmacêutico tem que despertar para assuntos relacionados a gestão do varejo e da saúde e não focar apenas os aspectos técnicos que a pro ssão preconiza, a rma Alexandre. Segundo ele, para a empresa se manter viva, o pro ssional tem que estar cada vez mais envolvido com a gestão. Por essa razão é necessário ter muita atenção em relação aos produtos comercializados, a disponibilidade e a qualidade destes nos pontos de venda, e principalmente, ter empresas con áveis como fornecedoras. Por meio de uma gestão de estoque é possível preservar as margens de lucro garantindo a rentabilidade do negócio. Uma vez comprando mal, faltará ou encalhará produtos nas prateleiras, o que implicará em prejuízo, resume. Na visão dele, o farmacêutico bem informado e capacitado consegue colaborar com a gestão do ponto Público atende as expectativas projetadas pelo CRF-GO de venda, além de equilibrar a balança de estoque versus rentabilidade e qualidade de atendimento ao consumidor. Para colocar o farmacêutico interado sobre a necessidade da qualidade do transporte, a responsável técnica da Faster Brasex, Fabiana Gama, abordou o tema Os desa os da logística para distribuição de medicamentos perecíveis. Segundo ela, o farmacêutico que trabalha numa transportadora tem que ter a atenção voltada à raiz do problema, que é a sua estrutura. No passado o pro ssional não se atentava a essa qualidade inerente a sensibilidade do medicamento à temperatura, ao armazenamento, ao ambiente limpo e à estrutura ideal. Hoje este tipo de cuidado é imprescindível para garantia do princípio ativo do produto, a rma. Caroline Martins Gianvechio, farmacêutica da Pharma Distribuidora, assegura que este tipo de evento serve para atualização nos principais segmentos de atuação. Me formei há cinco anos e nem sempre tenho tempo de fazer cursos. Neste ciclo foi possível me interar de três assuntos diferentes, reciclando e agregando valor aos meus conhecimentos, aponta. E a função do pro ssional não ca restrita apenas a cuidados com medicamentos, o farmacêutico também tem grande responsabilidade no que diz respeito ao material médico hospitalar. Conforme explica o farmacêutico do Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais, Guilherme Rezende de Souza Pinto, que falou sobre as Tendências no manejo de materiais hospitalares, o pro ssional demarcou seu espaço dentro do hospital, nos últimos anos, deixando de ser apenas um controlador de estoques para atuar num campo mais amplo. Por se tratar de uma equipe totalmente multidisciplinar, acaba interagindo com outros pro ssionais para utilizar os medicamentos e materiais de forma racional com foco no paciente, porém equilibrando a redução de custos da instituição. O nosso papel enquanto farmacêutico é assegurar que o produto adquiri- nov-dez/2008 Goiásfarma 19

CRF-GO, Fátima de Lourdes do Couto Araújo, concorda com Elza, e acrescenta: como scal é sempre bom conhecer todas as áreas para poder scalizar bem, ser multiplicador da pro ssão, além de exercer corretamente e com con- Nara Luíza, Alexandre Andrade e Comissão Farmácia Hospitalar ança aquilo que do atenda as exigências sanitárias, me proponho a fazer. tenha registro e embalagem de boa A visão do farmacêutico no qualidade, cita. E a partir do momento que assumimos a gestão do o tema abordado pelo diretor exe- ramo econômico do segmento foi material comprado, passamos a ter cutivo do ICA Instituto de Coaching a responsabilidade sobre seleção de Aplicado, Alexandre Prates. Para fornecedor, marca, garantia da integridade do produto no ponto de visdente, porém sem visão de liderança. ele, a farmácia é uma pro ssão ascenta de recebimento, armazenamento No curso não é passado o caminho e distribuição. Isso também é um de como liderar pessoas, como conduzir equipes e a própria carreira, papel importante para assegurar a integridade e esterilidade do material, acrescenta. saber quais os segredos de um líder enumera. O farmacêutico precisa Para a secretária executiva do para que possa colocar isso na própria pro ssão, completa. A idéia da Conselho Municipal de Saúde (COSE- MS), Elza Luiz Rodrigues de Souza, a palestra ministrada por ele foi levar quali cação pro ssional no processo ao pro ssional conhecimento sobre de aquisição e armazenamento de o ser humano, equipes, desenvolvimento de pessoas e principalmente o medicamentos é importante, uma vez que o sistema de ensino não forma desenvolvimento da própria carreira. pro ssional em saúde pública. Para José Eduardo Cavicchia Jorge, ela, a assistência farmacêutica está inserida em todos os níveis de comple- tratou do assunto Formação de Pre- da Cavicchia Consultores Associados, xidade. Acabamos tendo que correr ços em Farmácias de Manipulação. atrás de uma especialização focada à Ele expôs que o consumidor é quem área que atuamos, revela. A scal do determina o preço do produto que irá comprar. Mas manter uma estrutura complexa, com pessoal quali cado, atendendo as exigências estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem um custo e este custo deve ser identi cado, classi cado e bem tratado para que as empresas tenham certeza de que o preço de venda contemple os custos gerados. E este, segundo ele, é o ponto fraco do segmento. Os preços são formados através de um fator que é aplicado sobre a matéria-prima envolvida na fórmula. É um número que se no passado foi su ciente para cobrir os custos gerados, hoje em dia Alexandre Prates é uma grande interrogação. Nós não sabemos se esse fator vai cobrir os custos gerados para elaboração da manipulação daquela fórmula ou se ele é insu ciente, diz. Um planejamento estratégico, com conhecimento preciso dos dados que compõem o preço é o caminho mais palpável. Em síntese, conforme ele explica, o pro ssional precisa adotar uma metodologia que pese toda a particularidade da estrutura administrativa da empresa. Uma metodologia customizada para o segmento tratando o setor como deve ser, um setor que produz sob encomenda, porém com tudo isso embarcado numa ferramenta, aconselha. Cavicchia a rma que, no País, poucos estabelecimentos têm um programa de formação de preços, devido o difícil acesso a índices, indicadores e estatísticas do custo operacional de um laboratório. Mas noto que está crescendo porque está doendo no bolso do empresário. Empresas com estruturas um pouco mais organizadas já estão praticando e tratando o preço de uma forma adequada. Atrás delas vem vindo as outras, numa velocidade baixa ainda, dada a gravidade da falta dessa metodologia, mas aos poucos estão se mexendo, justi ca. Cristina Souza Okuhara, farmacêutica da Farmogral, farmácia de manipulação situada em Parauapebas, interior do Pará, concorda com os pontos colocados por Cavicchia e acredita que uma ferramenta capaz de formar preços, a partir dos dados de custo, iria ajudar bastante. Sobre José Eduardo Cavicchia 20 Goiásfarma nov-dez/2008