Curso de Introdução à Instrumentação em Engenharia Módulo Básico



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Transcrição:

Curso de Introdução à Instrumentação em Engenharia Módulo Básico Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo IPT Divisão de engenharia Mecânica Divisão de Tecnologia de Transportes Divisão de engenharia Civil Mário Gongora ubio São Paulo, 000

SUMÁIO 1. FUNDAMENTOS TEÓICOS DA INSTUMENTAÇÃO ELETÔNICA... 9 1.1. SISTEMAS DE MEDIDAS 9 1.1.1. O QUE É INFOMAÇÃO... 9 1.1.. O QUE É MEDIÇÃO... 10 1.1.3. TIPOS DE MEDIDAS... 10 1.1.4. SINAIS... 13 1.1.4.1. Series temporais analógicas... 13 1.1.4.. Sinais periódicos... 14 1.1.4.3. Sinais amostrados... 14 1.1.4.4. Sinais estocásticos... 15 1.1.5. SISTEMA GEAL DE MEDIDA... 15 1.1.6. MODELOS E DIAGAMAS DE BLOCOS... 16 1.1.7. FUNÇÃO DE TANSFEÊNCIA... 17. ASPECTOS GEAIS EM INSTUMENTAÇÃO... 18.1. ÁEA DE APLICAÇÃO 18.. ASPECTOS BÁSICO DE DESEMPENHO 18..1. PECISÃO, EXATIDÃO E INCETEZA E CAACTEÍSTICAS ESTÁTICAS... 18... VELOCIDADE E CAACTEÍSTICAS DINÂMICAS... 18..3. CAPACIDADE... 18.3. ASPECTOS OPEACIONAIS 18.3.1. CAACTEÍSTICAS FÍSICAS BÁSICAS... 18.3.. CONFIABILIDADE... 18.3.3. MANUTENÇÃO... 18.4. ASPECTOS FÍSICOS 18.4.1. INTEFACE ELÉTICA... 18.4.. INTEFACE MECÂNICA... 19.4.3. INTEFACE TÉMICA... 19.5. ASPECTOS ECONÔMICOS 19.6. ASPECTOS EGONÔMICOS 19.6.1. MOSTADOES... 19.6.. CONTOLES... 19.6.3. JANELA AUDITIVA E VISUAL... 19.7. TESTES DE QUALIFICAÇÃO PAA INSTUMENTOS E SENSOES 0 3. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UM INSTUMENTO... 1 3.1. CAACTEÍSTICAS ESTÁTICAS DOS INSTUMENTOS 1 3.1.1. SENSIBILIDADE... 1 3.1.. GANHO... 1 3.1.3. EXATIDÃO... 1 3.1.4. PECISÃO... 1 3.1.5. LINEAIDADE... 3.1.6. AJUSTE DE DADOS EXPEIMENTAIS PELO MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADADOS... 3.1.7. OFFSET... 3 3.1.8. DIFT OU DEIVA DO ZEO... 3 3.1.9. EPETIBILIDADE... 3 3.1.10. HISTEESE... 3

3.1.11. ESOLUÇÃO... 4 3.1.1. BANDA DE EO ESTÁTICA... 4 3.1.13. CONCEITO DE INCETEZA... 4 3.. CAACTEÍSTICAS DINÂMICAS DOS INSTUMENTOS 4 3..1. CONSTANTE DE TEMPO... 4 3... ESPOSTA EM FEQUÊNCIA (LAGUA DE BANDA)... 5 3..3. FEQUÊNCIA NATUAL... 5 3..4. AZÃO DE AMOTECIMENTO... 5 3..5. FUNÇÕES DE TANSFEÊNCIA DE SUB-SISTEMAS... 6 3..6. SISTEMA DE ODEM ZEO... 6 3..7. SISTEMA DE PIMEIA ODEM... 6 3..8. SISTEMA DE SEGUNDA ODEM... 7 3.3. EFEITOS DE CAGA 9 3.3.1. CAEGAMENTO... 9 3.3.. CAEGAMENTO ELÉTICO... 30 3.3.3. CAEGAMENTO DE UM VOLTÍMETO... 30 3.3.4. CAEGAMENTO DE UM POTENCIÔMETO... 31 3.3.5. CAEGAMENTO DE UMA PONTE DE WHEATSTONE... 31 3.3.6. CAEGAMENTO DE ELEMENTOS EM UM SISTEMA DE MEDIDA... 3 3.4. UÍDO 33 3.4.1. FONTES DE INTEFEÊNCIA... 33 3.4.. TIPOS DE INTEFEÊNCIA... 33 3.4.3. FOMAS DE EDUÇÃO DA INTEFEÊNCIA... 33 3.4.4. UÍDO ALEATÓIO... 34 3.4.5. EJEIÇÃO DE UÍDO... 35 3.4.6. ELAÇÃO SINAL - UÍDO... 35 3.5. EOS 35 3.5.1. FONTES DE EO... 36 3.5.. ESTATÍSTICA DE EO... 36 3.5.3. EO POVÁVEL... 38 3.5.4. ADIÇÃO DE EOS... 38 3.5.5. EXATIDÃO DE UM SISTEMA... 39 3.6. CONFIABILIDADE EM INSTUMENTOS 39 3.6.1. FALHAS (MTBF)... 40 3.6.. DISPONIBILIDADE... 40 3.6.3. CUVA DA BANHEIA... 40 3.6.4. POJETO DE SISTEMAS COM ALTA CONFIABILIDADE... 41 3.6.5. EDUNDÂNCIA... 41 3.6.6. TIPOS DE EDUNDÂNCIA EM INSTUMENTOS... 4 3.6.6.1. edundância paralela... 4 3.6.6.. edundância Stand-by... 4 3.6.6.3. edundância por voto majoritário... 4 4. PINCÍPIOS BÁSICOS DE TANSDUÇÃO... 44 4.1. ESTUTUAS BÁSICAS DE TANSDUÇÃO 44 4.1.1. ESTUTUA SEIE... 45 4.1.. ESTUTUA DIFEENCIAL... 45 4.1.3. ESTUTUA DE AZÃO... 46 4.1.4. ESTUTUA DE SEVO TANSDUÇÃO... 47 5. ELEMENTOS BÁSICOS DE SENSOIAMENTO... 48 3

5.1. DOMÍNIOS DE ENEGIA 48 5.. CONVESÃO NOS DIVESOS DOMÍNIOS DE ENEGIA 49 5.3. TIPOS DE TANSDUTOES 51 5.3.1. TANSDUTOES AUTO-GEADOES OU ATIVOS... 51 5.3.. TANSDUTOES MODULADOS OU PASSIVOS... 51 5.3.3. TANSDUTOES INVASIVOS... 51 5.3.4. TANSDUTOES INTUSIVOS... 51 5.4. ELEMENTOS DE CONTATO 5 5.5. ELEMENTOS ESISTÍVOS 5 5.5.1. ELEMENTOS ESISTIVOS DE JUNÇÃO... 5 5.5.. POTENCIÔMETOS... 53 5.6. TEMO-ESISTOES 55 5.6.1. ESISTÊNCIAS METÁLICAS... 55 5.6.. TEMISTOES... 56 5.7. PIEZOESISTOES E STAIN GAGES 58 5.8. ELEMENTOS COM ELETODOS 60 5.8.1. MEDIDA DE POTENCIAIS (PH)... 61 5.8.. CONDUTIVIDADE EM SOLUÇÕES... 6 5.9. ELEMENTOS CAPACITIVOS 6 5.9.1. ESTUTUAS USADAS PAA SENSOES CAPACITIVOS... 6 5.10. ELEMENTOS INDUTIVOS 63 5.10.1. ESTUTUAS USADAS PAA SENSOES INDUTIVOS... 64 5.10.. TACO-GEADO DE ELUTÂNCIA VAIÁVEL... 65 5.11. ELEMENTOS COM TANSFOMADOES (LVDT) 65 5.1. ELEMENTOS ELETODINÂMICOS 66 5.1.1. BOBINA MÓVEL... 66 5.13. ELEMENTOS ESSONANTES 67 5.13.1. CODAS VIBATÓIAS... 67 5.13.. ESTUTUAS VIBATÓIAS... 68 5.14. ELEMENTOS PIEZOELÉTICOS 69 5.15. ELEMENTOS TEMOELÉTICOS 70 5.15.1. TEMOPAES... 70 5.16. ELEMENTOS ÓPTICOS E FOTOSENSÍVEIS 7 5.16.1. CÉLULAS FOTOCONDUTOAS... 7 5.16.. FOTOACOPLADOES... 7 5.16.3. FIBAS ÓTICAS... 73 5.16.3.1. Dispositivos de obturador... 74 5.16.3.. Detecção de intensidade modulação... 74 5.16.3.3. Detecção de fase modulada... 75 5.16.3.4. Detecção polarização modulada... 75 5.16.3.5. Detecção de frequência ótica modulada... 75 5.16.3.6. Detecção de modulação de cor... 75 6. TANSDUTOES UTILIZADOS PAA MEDIDAS EM ENGENHAIA... 76 6.1. MEDIDAS MECÂNICAS 77 6.1.1. MEDIDAS DE FOÇA E PESO... 77 6.1.1.1. Balança de braços iguais:... 78 6.1.1.. Balanceamento de molas:... 78 6.1.1.3. Balanceamento de forças:... 79 6.1.. MEDIDAS DE ACELEAÇÃO... 80 6.1..1. Medida de aceleração medindo deformações de um corpo... 80 6.1.3. MEDIDAS DE PESSÃO... 81 6.1.3.1. Manômetro tipo U... 8 4

6.1.3.. Transdutor de Pressão usando Elementos Elásticos Primários... 83 6.1.4. MEDIDAS DE DESLOCAMENTO... 85 6.1.4.1. Inductosyn :... 85 6.1.4.. Codificador ou "Encoder":... 86 6.1.5. MEDIDAS DE DENSIDADE... 87 6.1.6. MEDIDAS DE NÍVEL... 87 6.1.6.1. Medida de Nível usando Ultra-Som... 88 6.1.7. MEDIDAS DE VAZÃO... 89 6.1.7.1. Placa de Orifício:... 90 6.1.7.. Pitot:... 90 6.1.7.3. otâmetro:... 91 6.. MEDIDAS TÉMICAS 9 6..1. MEDIDAS DE TEMPEATUA... 9 6..1.1. Lâminas bimetálicas:... 9 6..1.. Dispositivos semicondutores de junção:... 93 6.3. MEDIDAS ELÉTICAS 94 6.3.1. MEDIDAS DE TENSÃO, COENTE E POTÊNCIA... 94 6.3.1.1. Medida de Tensão DC:... 94 6.3.1.. Medida de corrente DC... 95 6.3.1.3. Medida de tensão AC... 95 6.3.1.4. Multímetro Digital... 96 6.3.1.5. Medida de Potência... 96 6.3.. MEDIDAS DE FEQUÊNCIA... 97 6.4. MEDIDAS DE ADIAÇÃO LUMINOSA 98 6.4.1. FOTODIODOS... 99 6.4.. FOTODETETOES SENSITIVOS A POSIÇÃO... 100 6.5. MEDIDAS QUÍMICAS 100 6.5.1. MEDIDAS ANALÍTICAS (TÉCNICAS DE VOLTAMETIA)... 101 6.5.. MEDIDAS DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA (ESPECTOSCÓPIO DE MASSA)... 101 6.6. MEDIDAS MAGNÉTICAS 10 6.6.1. MEDIDAS COM EFEITO HALL... 10 7. ESTUTUAS BÁSICAS DE CONDICIONAMENTO ANALÓGICO DE SINAIS PAA INSTUMENTAÇÃO... 103 7.1. AMPLIFICADOES OPEACIONAIS 103 7.. FONTES E EFEÊNCIAS 103 7..1. FONTES E EFEÊNCIAS DE TENSÃO... 103 7... FONTES DE COENTE... 105 7.3. PONTES 105 7.3.1. PONTE DE WHEATSTONE... 105 7.4. AMPLIFICADOES 107 7.4.1. AMPLIFICADO INVESO... 107 7.4.. AMPLIFICADO NÃO INVESO... 107 7.4.3. AMPLIFICADO DE INSTUMENTAÇÃO... 108 7.4.4. AMPLIFICADO DE CAGA... 108 7.5. DEMODULAÇÃO SÍNCONA A FASE (PSD) 109 7.6. CONVESOES 11 7.6.1. CONVESO TENSÃO/COENTE... 11 7.6.. CONVESO AC/DC... 113 7.6.3. CONVESO MS... 113 7.6.4. CONVESO TENSÃO/FEQUÊNCIA... 114 7.6.5. CONVESO FEQUÊNCIA/TENSÃO... 115 7.7. FILTOS ANALÓGICOS 115 5

7.7.1. FILTO PASSA BAIXA... 115 7.7.. FILTO PASSA ALTA... 116 7.8. GEADOES DE SINAL 116 7.8.1. ONDA SENOIDAL (PONTE DE WIEN)... 116 7.8.. ONDA QUADADA (555)... 117 7.9. CICUITOS DE LINEAIZAÇÃO 118 7.9.1. LINEAIZAÇÃO USANDO UM CONVESO LOGAÍTMICO... 118 7.9.. LINEAIZAÇÃO USANDO UM MULTIPLICADO ANALÓGICO... 119 7.10. OUTOS ELEMENTOS PAA POCESSAMENTO ANALÓGICO DE SINAIS 10 7.10.1. SOMADOES... 10 7.11. TÉCNICAS DE EDUÇÃO DE UÍDO EM INSTUMENTAÇÃO 11 7.11.1. TIPOS DE ACOPLAMENTO... 11 7.11.1.1. Acoplamento capacitivo... 11 7.11.1.. Acoplamento indutivo... 11 7.11.. CONEXÕES DE ATEAMENTO... 1 7.11.3. CONEXÃO DE CABOS BLINDADOS... 13 8. CICUITOS DIGITAIS PAA AQUISIÇÃO DE DADOS E CONTOLE EM INSTUMENTAÇÃO... 15 8.1. CONTADOES 15 8.. POTAS DE E/S DIGITAIS 16 8.3. COMPAADOES E CHAVES ANALÓGICAS 17 8.3.1. COMPAADOES... 17 8.3.. CHAVES ANALÓGICAS... 17 8.4. CICUITOS SAMPLE/HOLD 18 8.5. MULTIPLEXADOES ANALÓGICOS 19 8.6. CONVESOES D/A 130 8.6.1. CONVESO A/D COM EDE ESISTÍVA PONDEADA... 130 8.6.. CONVESO D/A TIPO EDE -... 131 8.7. CONVESOES A/D 131 8.7.1. CONVESOES A/D TIPO FLASH... 131 8.7.. CONVESO A/D PO APOXIMAÇÕES SUCESSIVAS... 13 8.8. SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DE DADOS 133 8.9. SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DE DADOS USANDO EDE ETHENET 135 9. TÉCNICAS DE TANSMISSÃO DE DADOS PAA INSTUMENTAÇÃO... 135 TÉCNICAS ANALÓGICAS DE TENSÃO E COENTE, 135 TÉCNICAS ANALÓGICAS PO TANSMISSÃO DE FEQUÊNCIA E DIVESAS MODULAÇÕES 135 TÉCNICAS DIGITAIS PAALELAS E SEIAIS 135 BAAMENTOS PAA INSTUMENTAÇÃO 135 TÉCNICAS DE ÁDIO-TELEMETIA ANALÓGICA E DIGITAL 135 10. SISTEMAS COMPUTADOIZADOS PAA INSTUMENTAÇÃO... 136 SISTEMA TÍPICO DE AQUISIÇÃO DE DADOS 136 SISTEMA IEE-488 136 SISTEMAS FIELD BUS 136 INSTUMENTAÇÃO VITUAL 136 SISTEMAS OIENTADOS À INTENET 136 6

11. MÉTODOS BÁSICOS DE TATAMENTO DE DADOS E USO DE SOFTWAES COMECIAIS PAA POCESSAMENTO E APESENTAÇÃO DE INFOMAÇÕES... 136 EXCEL 136 MATLAB 136 SCILAB 136 MAPLE 136 1. BIBLIOGAFIA... 137 7

Introdução Este curso pretende fornecer os conceitos básicos para a prática da Instrumentação Eletrônica em Engenharia, para isto apresenta-se de forma sucinta e simplificada dentro do possível os termos e conceitos que na nossa opinião são relevantes para-se obter uma noção clara desta disciplina. A idéia principal deste texto(ainda não está na forma de apostila) é fornecer aos participantes do curso a informação básica para poderem acompanhar o desenvolvimento dos conceitos apresentados em aula Este texto mostra os diversos conceitos teóricos, alguns tipos de transdutores e métodos de medida existentes, noções sobre condicionamento de sinais e processamento de informações normalmente usados em Instrumentação Eletrônica. 8

1. Fundamentos teóricos da Instrumentação eletrônica 1.1. Sistemas de medidas Existe a necessidade do ser humano de obter informações do meio ambiente, A partir destas informações será possível modelar os fenômenos observados, Em engenharia a maioria das informações são obtidas de forma experimental. Na Figura 1 apresenta-se um sistema generalizado de Pesquisa Experimental em Engenharia. Sistema sob estudo Sensores não Intrusivos/ Invasivos Sensores Intrusivos/ Invasivos Condicionamento da Informação Processamento de Sinais Armazenamento da Informação Atuação no Sistema ealimentação para Controle Transdução para uso humano Teoria e Modelagem Caminho do Conhecimento Experimental, Julgamento Humano Bases de Conhecimento Figura 1 Sistema generalizado de Pesquisa Experimental em Engenharia 1.1.1. O que é informação Informação é aquilo que gera um significado na mente humana modificando nosso conhecimento. O termo informação tem dois usos principais: Em linguagem comum ela relaciona uma coleção de fatos, idéias, entidades, conceitos e atributos que definem um sujeito ou objeto. (Ex. Enciclopédia). Em teoria de informação se refere à quantidade transferida numa mensagem passando por um canal de comunicação. Em Instrumentação aplicam-se os dois conceitos já que nos sistemas de medidas deve-se mapear a variável ( isto é codificar a medida) e ainda transmiti-la através de um canal de comunicação. 9

Nas ciências naturais a informação pode ser quantificada, definido-se a menor quantidade de informação (Ex. bit), ela pode ser representada de diversas formas, mas sempre limitada a um certo tipo de portador de energia ou massa. Existem cinco diferentes tipos de portadores de energia: 1. adiação. Energia elétrica ou magnética 3. Calor 4. Energia Química 5. Energia Mecânica. 1.1.. O que é medição É o processo empírico e objetivo de designação de números a propriedades de objetos ou eventos do mundo real de forma a descreve-los. Outra forma de explicar este processo é comparando a quantidade ou variável desconhecida com um padrão definido para este tipo de quantidade, implicando então num certo tipo de escala, como mostrado pela Figura. 1m 0 1 3 4 5 6 7 8 9 10 Figura epresentação de medição através de comparação 1.1.3. Tipos de medidas Medida Nominal: Quando duas quantidades do mesmo tipo são comparadas para saber se são iguais (Ex. duas cores, acidez de dois líquidos) Medida Ordinal: Quando é necessário ter informação a tamanhos relativos (Ex. Classificação por peso e altura de uma turma)) Medida em Intervalos: Quando deseja-se uma informação mais especifica, envolve-se então uma certa escala, sem incluir pontos de referência ou zero. (Ex. no caso anterior usar a escala de metros e quilogramas) Medidas Normalizadas: Define-se um ponto de referência e realiza-se a razão, dividindo cada medida pelo valor de referência, determinando as magnitudes relativas. (Ex. O maior valor obtido será 1, quando foi escolhido como referência o valor máximo medido). Medidas Cardinais: O ponto de referência é comparado com um padrão definido. Assim todo parâmetro físico pode ser medido contra uma referência padrão, como o Sistema Internacional de medidas SI. Na Figura 3 representa o sistema internacional de unidades com as unidades básicas e as derivadas. 10

Figura 3 Sistema Internacional de Unidades Na Tabela 1 a seguir apresentam-se as unidades legais do SI, agrupadas em unidades de: Espaço e tempo Mecânica e acústica Temperatura e calor Eletricidade magnetismo e luz adiatividade, radiações ionizantes e física molecular 11

Tabela 1 Unidades legais do Sistema Internacional (S.I.) 1

1.1.4. Sinais Nenhuma informação pode ser carreada desde uma fonte a um receptor sem algum transporte de energia ou massa, esta informação, vem como uma mudança de estado ou modulação da portadora de energia ou massa, isto é chamado de sinal. Sinais então podem tomar a forma de variações de parâmetros, como pressão, deflexão de um feixe de luz, deslocamentos mecânicos, etc. Quatro tipo de sinais podem ser identificadas: 1.1.4.1. Series temporais analógicas Sinais cuja amplitude ou frequência varia analógicamente no tempo, veja Figura 4. 13

Sinal Analógico Amplitude Tempo Sinal analógico de frequência Amplitude Tempo Figura 4 Sinais temporais analógicos em amplitude e frequência 1.1.4.. Sinais periódicos São sinais que podem transportar a informação através de uma modulação analógica da amplitude, frequência ou fase da portadora, veja Figura 5. Sinal binaria Tempo Modulação em Amplitude Tempo Modulação em frequência Tempo Modulação em Fase Tempo Mudanças de fase Figura 5 Sinais periódicos modulados em amplitude, frequência e fase 1.1.4.3. Sinais amostrados São sinais que possuem valores discretos eqüidistantes no tempo, estes sinais podem ser multiplexados temporalmente podem realizar diversos tipos de modulação como: - PAM (Modulação por amplitude de pulso) - PWM (Modulação por largura de pulso) - PPM (Modulação pela posição do pulso) - PCM (Modulação por pulso codificado) - A/D (Conversão analógica/digital) Veja na Figura 6 e Figura 7. 14

Sinal Analógico Amplitude Sinal Analógico Amplitude Tempo Tempo Amostras Sucessivas Amostras sucessivas Amplitude Sinal PAM Tempo Sinal PPM Tempo Figura 6 Sinais amostrados tipo PAM e PPM Sinal Analógico 8 Níveis Sinal Analógico Sinal Quantizado Amplitude Tempo Tempo Amostras Sucessivas Pulsos Quantizados Tempo Sinal PWM Tempo Valor Quantizado (em decimal) Valor Quantizado (em binario) Sinal binaria PCM Figura 7 Sinais amostrados tipo PWM, PCM e A/D 1.1.4.4. Sinais estocásticos Neste caso o valor instantâneo do sinal é descrito por uma função densidade de probabilidade em relação ao espaço e tempo. (Ex. ruído branco) 1.1.5. Sistema geral de medida Os sistemas de medidas apresentam geralmente três elementos constituintes, Figura 8: Elementos sensores Conversores de sinais Elementos mostradores ou atuadores mostrado na 15

Observador Processo Elemento Sensor Conversor de sinais Mostrador Figura 8 Forma geral de um sistema de medidas 1.1.6. Modelos e diagramas de blocos Sistemas e instrumentos quando subdivididos, podem ser modelados de forma simples usando as equações constitutivas dos sub-sistemas, analogias físicas e diagramas de blocos para a sua representação veja Tabela 3. Na Tabela a seguir verifica-se uma analogia entre as variáveis mecânicas e elétricas Tabela Analogia entre variáveis mecânicas e elétricas Tabela 3 Símbolos para diagramas de blocos 16

1.1.7. Função de transferência Em condições de estado estacionário define-se função de transferência de um sistema como a razão entre o sinal de saída Θ ο e o de entrada Θ ι Θ G o Θ De acordo com o diagrama de blocos anterior para cada elemento constituinte do sistemas teremos uma função de transferência própria, assim, veja Figura 9: Θι G1 Θ 1 G Θ G3 Θο Elemento Conversor Mostrador Sensor de sinais i Figura 9 Funções de transferência do sistema de medidas Desta forma teremos que as funções de transferência do elemento sensor (G1), conversor de sinais (G) e elemento mostrador (G3) serão: G Θ 1 1 ; Θi Θ G ; Θ1 A função de transferência do sistema pode-se escrever assim: G Θ Θ Θ Θ Θ Θ G o 1 o i G G 3 Θ Θ i 1 1 G G Ou seja: 3 Θ Θ o Então: Um sistema com blocos em serie apresenta uma função de transferência que é o produto das funções de transferência individuais dos blocos. 17

. Aspectos Gerais em Instrumentação As características gerais de um instrumento se manifestam nas especificações através dos seguintes aspectos: Aplicação Desempenho Operação Físico Econômico.1. Área de aplicação É a área técnica para a qual o instrumento é adequado, (Ex. Analise experimental de tensões, Química analítica ou foto - elasticidade)... Aspectos básico de desempenho..1. Precisão, exatidão e incerteza e características estáticas São características estáticas dos instrumentos, serão descritas adiante... Velocidade e características dinâmicas São características dinâmicas dos instrumentos, serão descritas adiante..3. Capacidade Limites físicos típicos e máximos de desempenho do instrumento.3. Aspectos operacionais.3.1. Características Físicas básicas As características físicas de um instrumento devem incluir: Configuração física, dimensional, massa e volume equerimentos de transporte e armazenamento Critérios de segurança e saúde para o operador.3.. Confiabilidade Este aspecto trata da probabilidade de um instrumento fazer uma certa função sob certas condições ou seja a probabilidade de não falhar em um certo tempo, parâmetros com MTBF usualmente são fornecidos..3.3. Manutenção Caso o instrumento falhe qual a probabilidade que num certo intervalo de tempo o instrumento possa ser concertado.4. Aspectos físicos.4.1. Interface Elétrica As características da interface elétrica de um instrumento devem incluir:

Potência Comunicações Compatibilidade electromagnética.4.. Interface mecânica As características da interface mecânica de um instrumento devem incluir: Características mecânicas típicas do instrumento Métodos de montagem do instrumento.4.3. Interface Térmica As características da interface mecânica de um instrumento devem incluir: Necessidades do instrumento para remoção de calor Controle de temperatura interno ou externo.5. Aspectos econômicos Dentre os aspectos econômicos a serem tomados em conta destacamos: Custo inicial Custo operacional Custo de instalação Peças de reposição.6. Aspectos Ergonômicos A ergonomia tem como objetivos básicos: Criar boas condições de trabalho ealizar uma interface Homem - Máquina adequada Apresentar informações de forma a permitir sua correta interpretação Posicionar e implementar mecanismos de controle adequados ao ser humano.6.1. Mostradores Os mostradores devem permitir: A apresentação de informação quantitativa A apresentação de informação qualitativa A apresentação de informações de Status A apresentação de informações de forma gráfica A apresentação de informações de forma alfanumérica ou simbólica.6.. Controles Os controles devem permitir: A introdução de informações quantitativas A introdução de informações alfanuméricas ou simbólicas A introdução de controles de emergência.6.3. Janela auditiva e visual O ser humano apresenta limitações sensoriais que devem ser respeitadas, veja Figura 10: 19

Visão 380 70 nm esolução 1-0 nm/cor Ótimo 40-650 nm esolução de intensidade luminosa 100 cd/m Audição 0 0KHz Ótimo de 300-6KHz Intensidade de 0-140dB Ótimo de 40-80 db esolução 3Hz/ 0.3% Figura 10 Limitação da visão e audição do ser humano..7. Testes de qualificação para instrumentos e sensores O objetivo de qualificar um instrumento ou sensor é estabelecer sua adequação para uma particular aplicação. Estes testes incluem procedimentos de medida de características típicas de : Calibração estática Calibração dinâmica Ambiente operacional Durabilidade Confiabilidade Além destes testes outros procedimentos se fazem necessários para garantir a abrangência da qualificação: Exame visual Inspeção mecânica Testes para variações na excitação Teste para verificar efeitos de warm-up Testes para ruídos de contato Testes de sobre-excitação Testes para efeitos de posição 0

3. Especificação técnica de um instrumento 3.1. Características estáticas dos Instrumentos 3.1.1. Sensibilidade A sensibilidade de um instrumento define-se como: A razão entre a mudança y na saída, causada por uma mudança x na entrada: S y x A diferença com função de transferência é que esta reflete também os aspectos dinâmicos do instrumento. 3.1.. Ganho O ganho de um sistema ou instrumento define-se como a saída divida pela entrada Saída G Entrada 3.1.3. Exatidão Qualidade da medição que assegura que a medida coincida com o valor real da grandeza considerada. O valor representativo deste parâmetro é o valor médio. Quando o valor real ou correto é conhecido, a exatidão garante a rastreabilidade da medição. Isso significa que o valor pode passar de um laboratório para outro, sempre mantendo a medida exata. Este parâmetro é expresso, em geral como porcentagens do fundo de escala 3.1.4. Precisão Qualidade da medição que representa a dispersão dos vários resultados, correspondentes a repetições de medições quase iguais, em torno do valor central. É usualmente associado ao erro padrão. Este parâmetro é expresso, em geral como porcentagens do fundo de escala Na Figura 11 apresenta-se a relação entre precisão e exatidão. Figura 11 elação entre precisão e exatidão 1

3.1.5. Linearidade A linearidade de um instrumento indica a máxima aproximação da relação entrada saída, com uma determinada linha reta. Geralmente quantifica-se a não linearidade expressando-se como porcentagem do fundo de escala assim, veja Figura 1: 100 % max max x x NL eta ideal Medida eal y x max x Saída Entrada x max Figura 1 Não linearidade num sistema de medida 3.1.6. Ajuste de dados experimentais pelo método dos mínimos quadrados Este método ajusta uma série de valores medidos (y 1,y...y n ) a uma reta que apresenta a seguinte forma: b x a y i + com: y variável dependente (valores medidos) x variável independente (valores de entrada impostos) a inclinação da curva b intercepção da linha no eixo vertical O método dos mínimos quadrados deseja minimizar a seguinte expressão: ( ) [ ] + n i i i b x a y S 1 Após o processo de minimização podem-se obter os valores ajustados de a e b. 1 1 1 1 1 ) ( n i i n i i n i i n i n i i i i x x n x x y x n a 1 1 1 1 1 1 n i i n i i n i i i n i i n i i n i i x x n y x x x y b

3.1.7. Offset Define-se como o desvio de zero do sinal de saída quando a entrada é zero 3.1.8. Drift ou deriva do zero Descreve a mudança da leitura em zero do instrumento com o tempo. 3.1.9. epetibilidade E a capacidade do instrumento de reproduzir as mesmas saídas, quando as mesmas entradas são aplicadas, na mesma seqüência e nas mesmas condições ambientais Este valor é expresso como sendo o valor pico da diferença entre saídas, em referência ao fundo de escala e em porcentagem, veja Figura 13. Valor _ Pico _ de( y y ) ij ik % repetibilidade 100.. F S Saída y y ij y ik 100% Entrada x Figura 13 epetibilidade em sistemas de medida 3.1.10. Histerese Quando um certo valor de entrada é atingido, a primeira vez quando os valore de entrada estão aumentando, e a segunda vez quando eles estão diminuindo, a diferença das saídas é chamada de histerese, a qual pode ter diversas causas físicas. Calcula-se a este parâmetro como sendo o valor pico da diferença das saídas, em referência ao fundo de escala e em porcentagem, veja Figura 14. Valor _ Pico _ de( y y ) i i % histerese 100 F. S. y Saída y max y i y i x max Entrada x Figura 14 Histerese em sistemas de medida 3

3.1.11. esolução Define-se como o menor incremento de entrada o qual gera uma saída perceptível e repetitiva, quantificando-se como porcentagem do fundo de escala ( Valor _ mínimo _ de _ entrada) % resolução 100 (..) F S 3.1.1. Banda de erro estática Para levar em conta todos os efeitos que causam desvios em relação a um instrumento ideal, ou seja histerese, não- linearidade, repetibilidade, variações com outros parâmetros (Ex. Temperatura) define-se banda de erro estática, onde os valores admissíveis de erro estão dentro de uma faixa limitada por duas retas paralelas, onde os valores mais prováveis são indicados por uma reta mediana à esta faixa, veja Figura 15 y Saída Máximo valor Admissível Melhor eta Mínimo valor Admissível Entrada x Figura 15 Banda de erro estático em sistemas de medida 3.1.13. Conceito de incerteza Sabe-se que uma medição é um processo não repetitivo, portanto o resultado não é único. Assim mesmo que se tomem todos os cuidados para diminuir os erros inerentes das medidas sempre existe a chamada incerteza ou tolerância da medida. Define-se incerteza como uma faixa de valores que pode ser associada a um certo nível de confiança e que deve ser calculada para cada método experimental adotado. A incerteza deve ter sempre a mesma natureza que o valor básico. Ex. 0,876 L ± 0,003 L 3.. Características dinâmicas dos Instrumentos Alguns termos que caracterizam um sistema dinamicamente serão apresentados a seguir: 3..1. Constante de tempo Quando um sistema é submetido a uma entrada que apresenta uma variação abrupta (Ex. degrau), a saída toma um certo tempo para atingir seu valor final. A constante de tempo (τ )de um sistema é definida como o tempo que esse sistema toma para atingir 63, %do seu valor final, como mostrado na Figura 16. 4

100% Saída Degrau na entrada 63,% Constante de Tempo esposta do sistema Valor final 0 τ Entrada t Figura 16 Constante de tempo de sistema de primeira ordem para excitação degrau 3... esposta em frequência (Largura de Banda) Quando o sinal aplicado a um instrumento apresenta uma variação com a frequência, chamase resposta em frequência deste instrumento, a mudança da relação saída / entrada do instrumento, usualmente dado em db (decibeis). Define-se também largura de banda (Bw) como a faixa de frequência cuja relação (Saída/entrada) normalizada encontra-se entre 0 e 3 db, veja Figura 17. valor db 0 log 0 log10 valormax 1 10 3 Saída/Entrada db 0db -3db Bw f(hz) f c1 f c Entrada Figura 17 esposta em frequência de um sistema passa-banda e largura de banda 3..3. Frequência natural É a frequência de oscilação livre (ω n )do sistema em questão, um instrumento deve ser projetado para ter sua frequência natural 5-10 vezes superior à máxima frequência de trabalho do instrumento. 3..4. azão de amortecimento É a característica de dissipação de energia (ξ) do sistema que junto com a frequência natural determina o limite da resposta em frequência do instrumento ou sistema. 5

3..5. Funções de transferência de sub-sistemas Em sistemas lineares as funções de transferência podem ser classificadas de acordo com sua complexidade em sistemas de ordem (0,1,..), em instrumentação para caracterização da informação divide-se o sistema em sub-sistemas mais simples, especificando as funções de transferência básicas. 3..6. Sistema de ordem zero É por definição independente da frequência, fornecendo uma saída proporcional à entrada, veja Figura 18. Ex. Um potenciômetro quando usado como transdutor de deslocamento angular, fornece a seguinte função de transferência: Potenciômetro V θ 180 V f 180 θ Saída θ ο θ ο + V f V o 0 V o Entrada V f Figura 18 Sistema de ordem zero e sua característica de transferência 3..7. Sistema de primeira ordem Estes sistemas geralmente contém um elemento que armazena energia e se comporta de acordo com a seguinte expressão F ( jω ) 1 + k j ( ωτ ) Sendo: τ Constante de tempo do sistema, k Constante de ganho, ω πf A resposta em frequência deste sistema será: Amplitude: Fase F ( jω ) k ( 1+ ω τ ) ( ) φ tg 1 ωτ Graficamente está apresentado na Figura 19 e Figura 0: 6

Figura 19 esposta em frequência de um sistema de primeira ordem (Amplitude) Figura 0 esposta em frequência de um sistema de primeira ordem (Fase) Como exemplo de um sistema de primeira ordem, apresentamos o termômetro a álcool e sua resposta a um degrau de temperatura, veja Figura 1: T-T1 T ind Τ Saída T 1 Τ T >T 1 T T 1 Τ ind T T T1 τ τ 3τ 4τ Entrada t Figura 1 Sistema de primeira ordem e sua resposta degrau 3..8. Sistema de Segunda Ordem Este é o sistema de maior ocorrência nas ciências experimentais, já que muitos sistemas podem ser aproximados a um sistema de segunda ordem. 7

A função de transferência deste sistema está dada por: ( ) 1 + + n n j j k j F ω ω ξ ω ω ω A resposta em frequência deste sistema será: Amplitude: ( ) 1 + n n j k j F ω ω ξ ω ω ω Fase ω ω ω ω ξ φ n n tg 1 Graficamente está mostrado na Figura e Figura 3: Figura esposta em frequência de um sistema de Segunda ordem (Amplitude) 8

Figura 3 esposta em frequência de um sistema de Segunda ordem (Fase) A resposta a excitação degrau está apresentada na Figura 4 Figura 4 esposta a degrau de um sistema de segunda ordem 3.3. Efeitos de carga 3.3.1. Carregamento Entende-se como carregamento a modificação introduzida na medida, pelo instrumento ou sistema no ato da medição, isto acontece em todos os instrumentos em maior ou menor magnitude. Da mesma forma quando se conectam entre si sub-sistemas, o sub-sistema precedente modifica suas características devido ao carregamento. 9

3.3.. Carregamento elétrico Em eletricidade utiliza-se o chamado teorema de Thevenin que afirma: Todo circuito elétrico que apresenta dois terminais A - B, no qual uma carga elétrica pode ser colocada, comporta-se como se o circuito tive-se uma fonte (E th ) em serie com uma impedância (Z th ), onde a fonte (E th ) representa a diferença de potencial entre os pontos A - B com a carga (Z l ) desligada e (Z th ) é a impedância do circuito entre os ponto A e B quando todas as fonte tem sido substituídas por suas impedâncias internas, veja Figura 5. A A Z th Circuito elétrico Z l I l E Circuito th elétrico V l Z l B B Figura 5 Circuito equivalente Thevenin de um circuito elétrico Quando a carga (Z l ) é ligada aos terminais A-B a corrente que circula pelo circuito é: l Zth A diferença de potencial na carga está dada por: V l I I l Z l Eth + Z th l Verifica-se então que o efeito produzido pela conexão da carga no circuito depende da relação entre (Z l ) e (Z th ). Assim a condição de máxima transferência de tensão implica em Z l >> Z th e a condição de máxima transferência de potência será para Z l Z th. O efeito de ligação da carga no circuito produz em erro de carregamento elétrico: E Z l th + Z l Z Erro _ de _ carregamento Eth Vl Eth 1 Z th Zl + Z l 3.3.3. Carregamento de um Voltímetro Quando um voltímetro com resistência m é conectado através de um circuito que apresenta uma resistência e tensão equivalente Thevenin th e E th, a leitura indicada por este é: E th m V m + Então a precisão deste voltímetro é: V precisão E m th th m m 100% 100% + th m 30