Questões Frequentes sobre a Taxa Turística de Dormida do Município de Lisboa Nota: o elenco de perguntas e respostas que se segue visa apenas enquadrar algumas das questões colocadas pelos nossos associados e não dispensa a consulta das Normas de execução e do formulário que consubstancia a Declaração de autoliquidação da taxa turística (taxa de dormida). 1- Qual o valor da taxa? R: O valor da taxa é de 1 por pessoa que pernoite em empreendimento turístico ou estabelecimento de alojamento local situado no município de Lisboa. 2- A taxa é aplicada nas dormidas de 31 de dezembro 2015 para 1 de janeiro 2016? R: A taxa é devida, por dormida, a partir de 1 de janeiro de 2016, pelo que fica excluída a noite de 31 de Dezembro de 2015 para 1 de Janeiro de 2016. 3- A partir de que idade se aplica a taxa? Como é feita a comprovação da idade? R: A taxa é aplicada aos hóspedes a partir dos treze anos de idade, não abrangendo o dia do 13.º aniversário. A comprovação da idade é feita pela exibição do documento de identificação ou documento equivalente onde conste a data de nascimento. 4- Qual o valor da taxa a pagar em caso de interrupção da estadia? R: O valor máximo da taxa de dormida só se aplica após sete noites consecutivas no mesmo empreendimento turístico.
Exemplo 1: Um hóspede dorme quatro noites, interrompe a estadia e regressa para dormir mais 5 noites É devida da taxa por todas as dormidas, 4 da primeira estadia e 5 da segunda. Exemplo 2: Um hóspede dorme quatro noites, interrompe a estadia e regressa para dormir mais 10 noites É devida da taxa pelas 4 dormidas da primeira estadia e 7 dormidas pela segunda. Exemplo 3: Um hóspede desloca-se a Lisboa em trabalho todos os meses e pernoita em empreendimentos turísticos É devida taxa por todas as deslocações a Lisboa e por todas as dormidas em empreendimentos turísticos, até ao limite máximo de sete noites consecutivas por cada estadia. 5- Qual o valor da taxa quando o hóspede vive no hotel? R: É devida taxa por 7 dormidas, desde que não haja interrupção da estadia. 6- É devida taxa se o cliente não pernoita mas apenas utiliza o quarto algumas horas durante o dia (day use)? R: Sim, sempre que é faturada uma dormida/alojamento, ainda que durante o dia, é devida taxa. 7- Como deve ser cobrada a taxa no caso de contratos já assinados com operadores que não querem assumir o acréscimo da taxa ou que pretendem que os hóspedes liquidem a taxa diretamente no hotel?
R: Caso não esteja contratualizado que é o operador que liquida e cobra a taxa, a mesma deve ser liquidada e cobrada ao hóspede aquando da dormida, numa fatura autónoma (à semelhança da cobrança de serviços de mini-bar ou restaurante). 8- Pode ser emitida uma fatura única da taxa por família ou grupo? R: Sim, se os hóspedes o solicitarem ou concordarem, pode ser emitida uma única fatura da taxa por família ou grupo. 9- Relativamente a clientes Corporate em que as empresas pagam as estadias posteriormente, a taxa deve ser liquidada na data da dormida ou quando for emitida a fatura dos serviços de alojamento? R: A taxa deve ser entregue à CML no mês seguinte à dormida e faturada e cobrada às empresas juntamente com os serviços de alojamento. 10- É devida taxa pelos hóspedes que necessitem de chegar a Lisboa um dia antes da realização dos tratamentos/exames/consultas médicos? R: Os hóspedes cuja estadia é motivada por razões de saúde estão isentos de taxa pela duração do tratamento, acrescida de uma dormida adicional. 11- O acompanhante do hóspede que se desloca por razões médicas está isento da taxa? R: Sim, com o limite máximo de um acompanhante, quer o doente pernoite ou não no empreendimento turístico, pela duração do tratamento acrescida de uma dormida adicional.
12- Numa estadia em que não são faturados serviços de alojamento, a taxa deve ser liquidada e cobrada? R: Não, no caso de estadias oferecidas não haverá lugar a liquidação da taxa. 13- Qual a base legal para a não sujeição da taxa ao IVA? R: A Taxa Municipal Turística não está sujeita ao Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) nos termos do nº 2 do artigo 2º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA). 14- Sobre o montante destinado a compensar as entidades responsáveis pela liquidação da taxa incide IVA? R: Sim, os encargos de cobrança deverão ser facturados com IVA à taxa normal. 15- Em caso de overbooking em que um hotel encaminha os seus clientes para pernoitar noutro hotel e fatura a totalidade das noites a uma agência, quem é responsável pela liquidação da taxa e envio do respetivo montante à CML? R: O princípio é o da dormida efetiva, ou seja, cada hotel liquida e cobra a taxa pelas dormidas ocorridas no seu empreendimento. Nas relações comerciais entre os hotéis deve assim ser tido em conta não só o valor do alojamento mas também o valor da taxa. 16- No caso de não ser possível ao hotel cobrar os serviços de alojamento, seja a clientes individuais, seja a empresas, como devem proceder os hotéis? R: No caso de estadias incobráveis o empreendimento turístico não está obrigado a entregar a taxa à CML, devendo preencher a declaração de
autoliquidação inscrevendo estas dormidas no campo Outras regularizações e remeter à CML documento comprovativo da queixa apresentada junto das entidades competentes ou da insolvência da empresa, se for o caso. 17- No caso de estadias cuja taxa já foi liquidada e entregue à CML pelo empreendimento turístico mas em que a empresa responsável pelo pagamento posterior não chega a pagar a dívida, como é compensado o pagamento da taxa já efetuado? R: O empreendimento deve inscrever estas situações, no campo Outras regularizações, na declaração de autoliquidação correspondente ao período seguinte à verificação dos factos e remeter à CML documento comprovativo da queixa apresentada junto das entidades competentes ou da insolvência da empresa, se for o caso, sendo deduzido este crédito ao valor da taxa a entregar naquele período. 18- No caso de uma empresa que explora vários estabelecimentos, pode enviar uma só declaração mensal ou deve enviar uma declaração por estabelecimento? R: Deve enviar uma declaração por cada estabelecimento que explore. 19- A declaração de autoliquidação é mensal ou pode ser trimestral? R: Como regra, a declaração é mensal e deve ser entregue, através de formulário eletrónico a disponibilizar pela CML, até ao dia 15 do mês seguinte.
Caso a entidade responsável seja isenta do pagamento do IVA ou faça a entrega trimestral deste imposto pode optar, mediante comunicação à CML no início de cada ano, pela apresentação trimestral da declaração de autoliquidação a entregar até ao dia quinze do mês subsequente ao final de cada trimestre. 20- Relativamente à comissão cobrada pelos empreendimentos turísticos à CML pelos serviços de liquidação da taxa, quais as formalidades exigidas para a respetiva fatura e qual a sua periodicidade? R: As faturas são enviadas para a CML, em formato de fatura eletrónica, devidamente certificada, ou por correio, endereçadas a DMF/DC, Campo Grande, 25, 8ºA, 1749-099 Lisboa, para posterior pagamento no prazo de trinta dias a contar da data de receção da fatura. A periodicidade das faturas corresponde à periodicidade da declaração de autoliquidação, que pode ser mensal ou trimestral, e devem ser emitidas no prazo de 5 dias a contar da data de submissão da referida declaração de autoliquidação, e devem conter no corpo a seguinte indicação: Taxa municipal turística mês a que se referem bem como a menção do número de compromisso que será disponibilizado no portal. AHP, 23 de dezembro de 2015