RELATÓRIO MENSAL DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DO ESTADO DE ALAGOAS



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Transcrição:

Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas RELATÓRIO MENSAL DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DO ESTADO DE ALAGOAS Diretoria de Meteorologia / Sala de Alerta Janeiro/2016

Conteúdo 1. APRESENTAÇÃO 2 2. CONDIÇÕES OCEÂNICAS E ATMOSFÉRICAS DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2015. 3 3. MONITOR DA SECA DO NORDESTE 6 4. PREVISÕES METEOROLÓGICAS DISPONIBILIZADAS PELA DMET 10 5. DADOS PLUVIOMÉTRICOS DO ESTADO DE ALAGOAS NO MÊS DE JANEIRO DE 2016. 11 1. Apresentação DIRETORIA DE METEOROLOGIA - DMET

Histórico da Diretoria de Meteorologia A Diretoria de Meteorologia DMET, da Secretária de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos SEMARH, é oriunda de um programa desenvolvido pelo Governo Federal através do Ministério da Ciência e Tecnologia MCT e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE, com a finalidade de implantação, nas diversas unidades federadas, particularmente no Nordeste do país, de Núcleos Estaduais de Meteorologia e Recursos Hídricos, com Treinamentos para Meteorologistas e Hidrólogos, dentro do Sistema de Informações Gerenciais do Tempo, Clima e Recursos Hídricos para o Nordeste - SIGTEC/NE (Programa Nordeste), em São José dos Campos - SP, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, e em Fortaleza - CE, na Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME. O programa foi implantado em Alagoas em janeiro de 1992, como Núcleo de Meteorologia e Recursos Hídricos de Alagoas NMRH/AL, na Secretaria de Planejamento, dentro da Coordenação de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CDCT, onde funcionou até o ano 2000. Ao longo deste tempo, o NMRH/AL prestou expressivos serviços à sociedade como um todo, através da previsão do tempo, previsão climática, análise da precipitação, elaboração do balanço hídrico para o Estado, elaboração e desenvolvimento de projetos, Atendimento ao público em geral, etc. A partir de 2000, o NMRH/AL foi transferido para a Secretaria de Estado de Recursos Hídricos e Irrigação SERHI, secretaria mais compatível com os produtos desenvolvidos, sob a designação de Diretoria de Hidrometeorologia DHM, e posteriormente Diretoria de Meteorologia DMET, na Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos SEMARH. 2. Condições Oceânicas e Atmosféricas do mês de Dezembro de 2015. FENÔMENO EL NIÑO JÁ SINALIZA SEU ENFRAQUECIMENTO NO PACÍFICO EQUATORIAL O monitoramento das condições oceânicas na primeira quinzena de janeiro indica a persistência de anomalias positivas de TSM na região do Pacífico Equatorial, com valores pontuais superiores a 4 C. Anomalias positivas de TSM também foram observadas em parte do Pacífico Norte, principalmente na costa oeste da América do Norte, com valores de até 3 C em algumas áreas. No Pacífico Sul, as anomalias positivas observadas também estão com valores da ordem de 3 C localizadas principalmente na costa oeste da América do Sul. No Oceano Atlântico notam-se anomalias positivas de TSM desde a costa Argentina até a costa da Bahia. Com destaque para valores até 5 C acima do normal próximos a Buenos Aires e no Rio Grande do Sul. Anomalias positivas de TSM no Atlântico também puderam ser observadas na costa da América do Norte, bem como ao longo da costa africana. Anomalias negativas de TSM foram observadas no Atlântico Norte, ao sul da Groenlândia, com valores de -2 C abaixo do esperado. No Oceano Índico observam-se anomalias positivas da ordem de até 3 C, na costa oeste da Austrália e leste da África. As previsões dos modelos oceânicos para o Oceano Pacífico indicam que houve uma diminuição do Índice de Oscilação Sul (IOS), que passou a -0.6 em dezembro passado, e o índice oceânico de anomalia de TSM, se manteve em

aproximadamente 3.0. Segundo os modelos de previsão climática sazonal a atuação do fenômeno El Niño deve ocorrer pelo menos até o final do verão de 2015/2016. Imagem 1: Anomalia de Temperatura da Superfície do Mar de Janeiro de 2016. Previsão Climática de consenso para a região Nordeste do Brasil durante o trimestre Fevereiro/Março/Abril de 2016. O corrente fenômeno El Niño apresentou um gradual declínio das temperaturas nas camadas mais profundas do Pacífico Equatorial, porém ainda permanece intenso nas camadas superficiais deste oceano. Por esta razão, para o trimestre FMA/2016, a previsão climática por consenso indica maior probabilidade do total trimestral de chuva ocorrer na categoria abaixo da normal climatológica em grande parte das Regiões Norte e Nordeste, na faixa que vai do nordeste do Amazonas ao norte da Bahia, com distribuição de probabilidade de 25%, 30% e 45% (correspondendo às categorias acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica). Para o sul do Mato Grosso do Sul, extremo sul de São Paulo e toda a Região Sul, a previsão indica maior probabilidade de totais pluviométricos na categoria acima da normal climatológica, com distribuição de 45%, 30% e 25% para as categorias acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica, respectivamente. As demais áreas do País (área cinza do mapa) apresentam baixa previsibilidade para o período, o que implica igual probabilidade para as três categorias. A previsão por consenso indica maior probabilidade de temperaturas acima da média em quase todo o País no decorrer do referido trimestre. Para a Região Sul, as temperaturas podem ocorrer em torno dos valores normais. Climatologia: Na parte que compreende o centro-sul da Bahia, o extremo sul do Maranhão e o sul do Piauí, os valores de chuva são próximos a 300 mm para o trimestre FMA. No litoral norte, a média para o mesmo período é de aproximadamente 400 mm, enquanto que, na faixa leste do Nordeste, a média varia entre 200 mm e 740 mm. Nesta Região, a média da temperatura máxima para o trimestre é de 26ºC a 32ºC, e a média da temperatura mínima é de 18ºC

a 24ºC, sendo que os menores valores (18ºC) ocorrem no sul da Bahia e na região central da Paraíba e Pernambuco. Temperatura: A estação caracteriza-se pelo aumento gradativo das temperaturas em toda Região. Considerando o resultado dos modelos oceânicos e atmosféricos do CPTEC/INPE, NCEP, NCAR, COLA, NASA, ECMWF, UKMET FUNCEME e INMET, assim como a discussão técnica, a maior probabilidade dos totais pluviométricos sazonais ocorrerem na categoria abaixo da normal climatológica para grande parte da região Norte e Nordeste do País, com distribuição de probabilidade de 25%, 30% e 45%. No estado de Alagoas, a previsão indica a mesma probabilidade para as três categorias. Previsão de Chuva: maior probabilidade de chuva na categoria abaixo da faixa normal climatológica na área que compreende o Maranhão, Piauí, Ceará, centro e oeste do Rio Grande do Norte no oeste dos estados da Paraíba, Pernambuco e norte da Bahia, abaixo 45%, normal 30% e acima 25%). No estado de Alagoas, a previsão indica igual probabilidade para as três categorias (acima 33.3%, normal 33.3%, abaixo 33,3%). PODERÁ OCORRER UMA IRREGULARIDADE NA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL (CUVA INTENSA NUM CURTO ESPAÇO DE TEMPO). Temperatura: acima da normal climatológica para toda a Região. Imagem 2 - Probabilidade de chuva dividida por categoria para o trimestre Fevereiro/Março/Abril de 2016. Ressalta-se, a grande variabilidade espacial das chuvas, e também a possibilidade de ocorrências de chuvas de intensidade moderada a forte, concentradas em poucos dias. Assim, recomenda-se o acompanhamento das

previsões de tempo elaboradas pela Diretoria de Meteorologia e emissão de avisos Meteorológicos pela Sala de Alerta do estado de Alagoas. 3. Monitor da Seca do Nordeste NARRATIVA DO MONITOR DAS SECAS DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2015 Condições Meteorológicas do Mês de Dezembro de 2015 A região Nordeste do Brasil (NEB) apresenta sua distribuição mensal climatológica da chuva, no mês de dezembro (figura 3b), com os maiores índices pluviométricos (valores acima de 125 mm) na faixa centro-sul dos estados do Maranhão (MA), Piauí (PI) e na região centro-oeste da Bahia (BA). Nos estados do Ceará (CE), Rio Grande do Norte (RN), Paraíba (PB), Pernambuco (PE), Alagoas (AL), Sergipe (SE) e no nordeste da Bahia (BA) os índices são inferiores a 100 mm. Em algumas áreas do NEB, como no centro-norte do CE, RN e na região central da PB os índices pluviométricos são inferiores a 25 mm. Conforme mostra à figura 3 (a), de um modo geral, no decorrer do mês de dezembro de 2015, os índices pluviométricos mais significativos, superiores a 100 mm, foram observados em pequenas áreas do NEB, como no extremo oeste da BA, sul do MA, litoral sul de RN, litoral da PA e PE. Nas demais áreas nordestinas, a chuva observada não ultrapassou os 75 mm e, em uma ampla área da região do NEB, a chuva acumulada, no decorrer do período de análise, ficou abaixo dos 25 mm. É possível observar ainda (figura 3 c), que em virtude da pouca pluviometria no decorrer do mês, observou-se anomalias negativa de precipitação em praticamente toda a região do NEB. Embora o mês de dezembro não apresente, climatológicamente, índices pluviométricos elevados, cabe considerar que uma das possíveis causas para a pluviometria abaixo da média e anomalias positivas de temperatura (conforme os produtos de apoio), pode estar associada ao fenômeno El Niño (temperaturas acima da média no Pacífico Equatorial) que vem sendo observado desde o primeiro semestre de 2015.

(a) (b) (c) Imagem 3. Espacialização da precipitação (mm) mensal no mês de dezembro na região Nordeste do Brasil: (a) precipitação acumulada; (b) climatologia; (c) anomalia de precipitação. Síntese do Traçado do Monitor das Secas de Dezembro de 2015 Para o traçado do mês de dezembro, os valores de SPEI de 3, 4, 6, 12, 18 e 24 meses, não foram levados em consideração em virtude de algumas incertezas em relação aos resultados apresentados no projeto. Por isso, em uma pré-análise, foram considerados os índices SPI para 3, 4, 6, 12, 18 e 24 meses, com maior detalhamento para os estados do Ceará (CE), Rio Grande do Norte (RN) e Pernambuco (PE), em virtude, de uma quantidade maior de pontos e informações que esses estados, da região Nordeste do Brasil (NEB), apresentam. Para todas as áreas do NEB, com o intuito de compensar a falta dos dados de SPEI e também o déficit de informações, foram utilizadas, de forma ampla, os seguintes produtos de apoio: índice de saúde da vegetação (VHI), climatologia das precipitações (mm), precipitação observada (mm) no mês de dezembro e nos meses anteriores, anomalia de precipitação (mm). Com isso, áreas da região do NEB, onde há poucos pontos de informações, foram melhor analisadas, além de complementar as análises feitas em áreas onde a densidade de informações é maior (CE, RN e PE). Ao contrário dos meses anteriores, para o mês de dezembro de 2015, os índices combinados (SPI e SPEI de curto e longo prazo) não foram utilizados. É necessário ressaltar que, para o traçado deste mapa, foi considerada a seca física, levando-se em conta, principalmente, o índice SPI, de curto e longo prazo, sem analisar as informações dos reservatórios. Ao comparar o mapa validado no mês de novembro de 2015, na figura 4 (a), com o mapa validado do mês de dezembro de 2015, na figura 4 (b), verificaram-se algumas mudanças no traçado geral (figura 4), tais como:

(a) (b) Imagem 4. Mapas do Monitor de Secas do Nordeste em 2015: (a) Novembro; (b) Dezembro. No estado do MA, houve um agravamento da seca em praticamente todo o estado, o que resultou em uma expansão, para a parte centro-oeste, na severidade da seca grave (S2), verificada no mês anterior. Essas mudanças foram em virtude das precipitações que ocorreram ao longo do mês de dezembro, onde estas ficaram abaixo da média nessas áreas. Destaca-se ainda, o aumento da área com seca extrema (S3) na parte sul, leste e nordeste e o surgimento de uma pequena área de seca excepcional (S4) no extremo leste do MA. No PI, em virtude dos baixos índices pluviométricos observados ao longo do mês de dezembro e também nos meses anteriores, houve uma expansão para a parte oeste da seca considerada extrema (S3), para o norte, e excepcional (S4). As regiões centro e sul do estado também apresentaram um aumento nas áreas de seca considerada excepcional (S4) para as regiões sul e toda a parte central desse estado. No Ceará (CE), observou-se uma expansão nas áreas de seca moderada (S1), seca grave (S2) e seca extrema (S3) em direção a parte norte (litoral). Além disso, ao comparar com o mês de novembro, observa-se um aumento na área de seca com severidade excepcional (S4), na região de transição entre as macrorregiões Jaguaribana e o extremo oeste do estado de Rio Grande do Norte (RN). Em grande parte do estado de RN, as precipitações também não foram suficientes para amenizar a severidade da seca observada nos últimos meses. Por isso, observa-se o aumento de uma área com seca excepcional (S4) nas regiões oeste e central do estado, mais especificamente entre as nas microrregiões de Mossoró e de Macau. Nas demais áreas do estado os

indicadores apontam uma expansão das secas com intensidade extrema (S3), grave (S2) e moderada (S1) em direção a parte leste do estado. Destaca-se nesse mês, a redução da área de seca moderada (S1) para seca fraca (S0) na faixa litorânea em virtude de algumas chuvas que foram observadas ao longo do mês de dezembro. Na PB, em relação ao mês de novembro, não houve mudanças nas áreas de seca excepcional (S4), extrema (S3). No entanto, observou-se uma redução nas áreas com seca grave (S2), moderada (S1) havendo o surgimento de uma área de seca fraca (S0) na faixa litorânea. No estado de PE, os indicadores mostraram a permanência das condições de seca excepcional (S4) observadas no mês anterior (novembro) em grande parte do estado. Verificou-se também um aumento na área de seca extrema (S3), na região leste deste estado. Na faixa litorânea, os indicadores mostram uma redução nas áreas com seca moderada (S1), no mês de novembro, havendo o surgimento de áreas com severidade de seca fraca (S0). Em relação ao mês de novembro, o estado de AL no mês de dezembro apresentou uma expansão gradativa de todos os níveis de seca, em direção ao leste, em todo estado. Destaca-se nesse período, o aumento da seca excepcional (S4) no extremo oeste e a redução, na faixa litorânea, do grau de severidade de seca moderada (S1) para seca fraca (S0). Em SE, não houve mudanças significativas em relação ao mês anterior. As maiores mudanças ocorreram na parte oeste onde se observou o avanço da seca com intensidade extrema (S3). Na Bahia (BA), as chuvas do mês de dezembro, normalmente, se concentram na faixa centro-sul e oeste. No entanto, as poucas chuvas registradas nesse mês (em 2015), inclusive, nas regiões onde são esperados volumes mais expressivos foram bastante escassas e irregulares. Os volumes mais expressivos não ultrapassaram os 100 mm, ocorrendo, apenas no extremo oeste, ficando estes muito abaixo do normal para esse período. Somado a esse déficit de chuvas, os indicadores SPI e o índice de vegetação também foram de grande valia para uma melhor definição no traçado do mapa na área da BA. Além disso, o material de apoio juntamente com os indicadores SPI, mostram uma expansão das secas com severidade extrema (S3) e grave (S2) para a parte leste do estado. Em relação aos impactos, em uma parte da faixa litorânea dos estados do CE e RN, e na parte leste dos estados de AL e SE além de uma ampla área do centro-sul da BA verificou-se que são de curto prazo (C). Nas demais áreas do NEB, foram observados impactos de curto e longo prazo (CL). Para o refinamento no traçado do mapa do mês de dezembro, foram utilizadas as considerações feitas pelos validadores do INEMA-BA, APAC-PE, SEMARH-AL, SEMAR-PI, ENPARN-RN, UEMA-MA tornando possível uma aproximação da realidade da seca que sendo observada na região Nordeste do Brasil.

4. Previsões Meteorológicas disponibilizadas pela DMET A previsão do tempo no estado de Alagoas é feita pela Diretoria de Meteorologia da SEMARH. Diariamente são enviados boletins, com a previsão meteorológica do dia e a tendência para 72 horas posteriores, com previsões específicas para cada região ambiental do estado. Para isto, diversas ferramentas de auxílio à equipe de Meteorologistas são utilizadas, como modelos computacionais de previsão atmosféricas, imagens de satélite, dados da rede hidrometeorológica do estado, entre outros. Quando existe a possibilidade de ocorrência de chuvas intensas, a Sala de Alerta, é responsável pelo monitoramento Hidrológico e Meteorológico, além de emissão de avisos junto aos Órgãos de Proteção e Defesa Civil.

5. Dados Pluviométricos do estado de Alagoas no mês de Janeiro de 2016. Abaixo, segue a planilha com os dados observados da rede hidrometeorológica do estado de Alagoas em Janeiro de 2016. Posto Chuva acumulada Água Branca (INMET) 183,9 Arapiraca (INMET) 26,4 Atalaia (ANA) 118,8 Flexeiras (ANA) 187,6 Jacuípe (ANA) 183,7 Maceió (UFAL - INMET) 154,6 São José da Laje (ANA) 97,2 União dos Palmares (ANA) 76,2 Cajueiro (ANA) 74,8 Capela (ANA) 80,4 Palmeira dos Índios (INMET) 74,9 Pão de Açúcar (INMET) 144,2 Porto de Pedras (INMET) 215,7 Quebrangulo (ANA) 58,4 São Luiz do Quitunde (INMET) 192,8 Paripueira (CEMADEN) 104,2 Matriz do Camaragibe (CEMADEN) 122,2 Satuba (CEMADEN) 165,7 Olho d Água das Flores (CEMADEN) 86,6 Maragogi (CEMADEN) 94,2 Santana do Mundaú (CEMADEN) 71,3 Branquinha (CEMADEN) 18,3 Barra de São Miguel (CEMADEN) 44,8 Major Isidoro (CEMADEN) 74,6 Delmiro Gouveia (CEMADEN) 237,6 Inhapi (CEMADEN) 107,2 Maravilha (CEMADEN) 59,6 Mata Grande (CEMADEN) 150,0 Piranhas (CEMADEN) 145,8 Ouro Branco (CEMADEN) 71,2 São José da Tapera (CEMADEN) 161,2 Senador Rui Palmeira (CEMADEN) 75,6 Traipu (CEMADEN) 23,2 Vinicius Nunes Pinho Msc. em Meteorologia CREA 021374021-4 Consultor Sala de Alerta/SEMARH-AL