Ecologia Geral BIOMAS DO BRASIL - Sua devastação e esforços pela conservação
Biomas do Brasil segundo classificação do IBGE Segundo a classificação do IBGE, são seis os biomas do Brasil: Mata Atlântica Cerrado Amazônia Caatinga Pantanal Pampa
Alguns biomas estão mais criticamente ameaçados do que outros... Quais seriam os biomas mais ameaçados no Brasil, e por quê? Conceito de hotspot.
Hotspots : regiões no planeta em que ocorre a maior biodiversidade de fauna e flora e onde as ações de conservação são mais urgentes!
Hotspots Pontos críticos de biodiversidade: regiões com altos índices de endemismo. A vegetação natural remanescente nesses pontos ocupa 1,4% da área do planeta, e contêm 44% de todas as espécies vegetais e 35% de todas as espécies de vertebrados terrestres. São ainda regiões de destruição rápida de hábitats, onde uma alta proporção de espécies estão ameaçadas, com populações declinantes ou em extinção. Dois hotspots no Brasil: Mata Atlântica e Cerrado.
Mata Atlântica Este bioma é o mais ameaçado do Brasil. Nele situam-se as maiores cidades brasileiras. Grande pressão antrópica. Desmatamento ocorre desde o período da descoberta e colonização do Brasil, mas acentuou-se drasticamente no século XX.
Algumas manchas ainda significativas de Mata Atlântica podem ser observadas no litoral sul baiano e nas encostas íngremes da Serra do Mar, no Rio, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Próximo de nossa região o único remanescente considerável de Mata Atlântica é o Parque Nacional do Iguaçu, e a Reserva Indígena de Mangueirinha.
Situação da mata atlântica quando da descoberta do Brasil... e nos dias atuais.
A ferro e fogo - A história e a devastação da Mata Atlântica Brasileira. Provavelmente um dos melhores livros da história do Brasil, contextualizada com a história da Mata Atlântica.
O homem também contribuiu (e continua contribuindo) através de atividades criminosas como a caça e retirada de espécies vegetais da floresta.
Mesmo em áreas teoricamente protegidas, o homem ainda insiste na caça e na retirada de espécies vegetais, como por exemplo no Parque Nacional do Iguaçu. Janeiro de 2012. Caçadores tinham acampamento dentro do Parque Nacional do Iguaçu. http://cgn.uol.com.br/noticia/24735/polic ia-encontra-acampamento-decacadores-dentro-do-parque-nacionaldo-iguacu Abril de 2012 - Policiais e fiscais do ICMBio flagram três pessoas com posse ilegal de armas de fogo (uma carabina cal. 22 e 2 espingardas) e munições; além de apreender cerca de 300 metros de redes de pesca, apetrechos para fabricação de munições, 178 projéteis de munições de vários calibres, entre outros. http://www.jornaldebeltrao.com.br/geral/pf-cumpremandados-de-busca-e-apreensao-73985/
Dezembro de 2012 - http://ricmais.com.br/pr/segura nca/noticias/operacao-nafronteira-com-a-argentinacombate-crimes-ambientais/ Apreensão de 283 munições calibre.22 sem registro legal, quatro embarcações clandestinas e cerca de 250 cabeças de palmitos Jussara no interior do Parque Nacional do Iguaçu. Os palmitos apreendidos haviam sido abatidos no interior do Parque Nacional e equivalem ao corte de 250 árvores de palmitos Jussara com área de destruição ambiental superior a um campo de futebol, estavam sendo preparados para serem retirados quando foram localizados pelos policiais que patrulhavam o interior do Parque Nacional, onde também foi destruído um acampamento de palmiteiros.
Julho de 2013 - http://www.rgl.com.br/noticia/ policial-regiao/policia-apreendearmas-e-carne-de-caca-doparque-nacional-do-iguacu Polícia apreende armas e carne de caça do Parque Nacional do Iguaçu Um homem foi detido pela Polícia Ambiental em Santa Terezinha de Itaipu, em uma propriedade rural vizinha ao Parque Nacional do Iguaçu. O suspeito é caseiro do sítio onde os policiais encontraram uma espingarda, cartuchos de munição de vários calibres, dois rádios comunicadores e cerca de 30 kg de carne de caça. A carne foi encaminhada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para elaboração do laudo que apontará o tipo de animal abatido. Pelas características, os agentes acreditam ser de veado e cotia.
Julho de 2013 - http://aquiagora.net/noticias/v er/35270/ Polícia Federal estoura fábrica ilegal de palmitos extraídos do Parque Nacional do Iguaçu A Polícia Federal estourou no fim da tarde de sexta-feira (05), na área rural de Capanema, uma fábrica ilegal de palmitos em conserva. No local foram apreendidos cerca de 250 palmitos in natura, extraídos irregularmente do Parque Nacional do Iguaçu, além de grande quantidade de petrechos para extração, preparação e posterior venda do vegetal. Dois homens, um de 36 anos e outro de 40 anos, foram presos na operação policial. Esta é a segunda grande apreensão relacionada com a extração ilegal de palmito realizada pela Polícia Federal em Cascavel, no ano de 2013. Em maio, houve o estouro de uma fabrica de palmitos, considerada, na época, como a maior apreensão do tipo já ocorrida no estado do Paraná. Naquela ocasião, o vegetal também era extraído no Parque Nacional do Iguaçu, e foram apreendidos cerca de 600 unidades de palmito in natura e mais de 250 vasilhames contendo palmito em conserva.
E os problemas não param: Novembro de 2013 - PF prende quadrilha de palmiteiros no Parque Nacional do Iguaçu http://www.h2foz.com.br/noticia/pf-prende-quadrilha-depalmiteiros-no-parque-nacional-do-iguacu
Novembro de 2013... http://www.radioculturafoz.com.br/policia-ambiental-prendecacador-do-parque-nacional-do-iguacu/ O Grupo Selva, da Cia. do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, cumpriu mandado de Busca e Apreensão em uma casa na cidade de Serranópolis do Iguaçu, na divisa com Medianeira, na entrada da Estrada do Colono, após receber a informação de que o morador caçava animais do Parque Nacional do Iguaçu. Os animais seriam comercializados em Serranópolis e Medianeira. Na casa denunciada, os policiais não encontraram o proprietário, mas estava o filho de 18 anos que acompanhou todo o trabalho das autoridades. Foram apreendidos quatro armas próprias para caça, além de 48 cartuchos de munição, caixa de espoletas, frasco contendo pólvora, e dentro de um freezer no interior da residência foi localizado, aproximadamente, três quilogramas de carne de caça, possivelmente de uma espécie de Veado.
Parque Nacional do Iguaçu pode estar ameaçado por obras no local http://g1.globo.com/jornal-daglobo/noticia/2014/05/parque-nacional-do-iguacu-podeestar-ameacado-por-obras-no-local.html Construção de usina e reabertura de estrada podem prejudicar o parque. Informação foi divulgada como parte de um relatório feito pela Unesco. O relatório relaciona dois grandes riscos à preservação. O primeiro é a construção da usina hidrelétrica do Baixo Iguaçu, a 500 metros dos limites do parque. Outro risco visto pela Unesco é a reabertura da Estrada do Colono. O trecho, de 17 km, fica dentro do parque nacional e está fechado desde 2001. A estrada encurta a distância entre duas regiões agrícolas.
Opinião Caso do projeto da reabertura da Estrada do Colono http://www.utfpr.edu.br/franciscobeltrao/estrutura- universitaria/assessorias/ascom/noticias/clipping/novembro- 2011/jb-opiniao-a-nova-tentativa-da-reabertura-da-estrada-docolono-10.11.2011 Opinião publicada no Jornal de Beltrão dia 10 de novembro de 2011. Resumo: Após vários episódios de fechamento e reabertura polêmicos, em um ato histórico de 2001, a estrada foi reaberta à violência, com mais de 250 invasores armados com tratores e serras elétricas, destruindo a vegetação. No mesmo ano, por decisão judicial, foi novamente fechada, como está até hoje.
Mata Atlântica original e nos dias atuais
Mapa do desmatamento da Mata Atlântica no Estado de São Paulo
Fonte: http://mapas.sosma.org.br/
Cerrado
OCUPAÇÃO HUMANA Os primeiros registros humanos na região do Cerrado datam de cerca de 10.000 anos antes do presente,e referem-se a povos caçadores-coletores; Os Xavante, Bororo, Krixá, Nhambiquara, Kadiwéu, Pareci, Krahô e Karajá são exemplos dos diferentes grupos indígenas recentes do Cerrado, que substituíram os primeiros povos; As primeiras incursões não-indígenas de exploração territorial e econômica no Cerrado ocorreram no início do século XVII, quase cem anos após o descobrimento, com as Entradas e Bandeiras ; Nas décadas recentes, com a expansão da fronteira agrícola, a região do Cerrado sofre a sua mais rápida e significativa mudança. A partir de então as paisagens naturais do Brasil central têm sido alteradas e destruídas de forma rápida e irreversível, com a séria ameaça a um patrimônio cultural e biológico desprotegido, pouco valorizado e pouco estudado.
CONSERVAÇÃO - A visão do Cerrado antes da onda de destruição Nos anos 60 e 70 o Cerrado era considerado, até mesmo no meio científico, como ecossistema pouco importante. Mas boa parte de sua área natural encontrava-se livre de impactos antrópicos; À primeira vista chamava atenção o aspecto repetitivo, considerado monótono, dos chapadões cobertos por árvores baixas e retorcidas, com sinais de queimadas que pareciam exterminar boa parte da fauna e flora; Mas um olhar mais detalhado e cuidadoso revelou a riqueza do Cerrado, só recentemente reconhecido como área prioritária para conservação; A maior parte da riqueza e endemismo da flora do Cerrado está representada no estrato herbáceo, em plantas rasteiras e pouco exuberantes; Grande parte da riqueza e do endemismo da fauna concentra-se nos pequenos vertebrados, pouco conspícuos, por vezes raros e em muitos casos adaptados á vida em galerias e cavidades no solo.
CONSERVAÇÃO O quadro atual O ciclo de colonização do Cerrado teve início nos anos 60 e 70, a partir da implantação de acesso rodoviário e expansão da fronteira agrícola para o Brasil central, com o desenvolvimento das técnicas de correção do solo, estimuladas por diversas políticas governamentais, que tinham como objetivo a produção de commodities para exportação; Estudos recentes indicam que apenas cerca de 20% do domínio do Cerrado ainda possui vegetação nativa em estado relativamente intacto; Setores importantes da sociedade, inclusive o próprio governo brasileiro, acreditam que o Cerrado ainda é o grande celeiro do mundo e alardeiam a possibilidade de abertura de novas áreas para a cultura de grãos, ameaçando a reduzida área remanescente; Ações como a formulação de políticas de conservação específicas para o Cerrado, via identificação de áreas prioritárias para a conservação ou via incentivo ao desenvolvimento sustentável e recuperação de áreas degradadas, são extremamente importantes para garantir a conservação das áreas naturais nas savanas brasileiras.
CONSERVAÇÃO Uma reversão do quadro de destruição teria que passar necessariamente pela mudança do modelo de exploração, ou seja, pela identificação de formas sustentáveis de exploração econômica; Outra mudança necessária é da forma como os gestores de políticas públicas e a própria população vêem o Cerrado; Há pouca informação acessível ao grande público sobre a importãncia do Cerrado em temos de riqueza de espécies e berço de importantes bacias hidrográficas; Infelizmente, apesar do recente (e ainda restrito) reconhecimento nos meios científicos, o Cerrado está longe de ser protegido e valorizado como as regiões de floresta úmida, como Amazõnia e Mata Atlântica;
Amazônia
A ocupação humana desordenada na Região Norte, pelas frentes pioneiras agrícolas, pela mineração e pelo garimpo, produziram vários impactos ambientais à floresta amazônica.
As projeções dessa ocupação mostram que a intensidade dos impactos tende a aumentar.
O desmatamento, que na primeira metade dos anos 90, havia reduzido percentualmente sua taxa anual em relação aos anos 80, voltou a aumentar na segunda metade da década passada.
A atividade agrícola não considera os solos pobres e lixiviados. Assim que ocorre o desgaste do húmus, camada orgânica fértil que recobre o solo, este entra em exaustão, levando à formação de áreas erodidas. A maioria da área desmatada é voltada para a formação de pastagens, a extração da madeira e pela atividade mineradora.
As queimadas frequentes contribuem para a destruição da floresta, e são mesmo usadas para avançar com as monoculturas, como por exemplo os grandes plantios de soja na porção norte do Estado do Mato Grosso.
Pampa
Conversão de habitat o caso dos pampas gaúchos Extensas áreas de campos nativos transformados em florestas de eucaliptos
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