EDUARDA CRISTINA ROQUE DE ARAÚJO ANDRADE

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Transcrição:

1 EDUARDA CRISTINA ROQUE DE ARAÚJO ANDRADE ANÁLISE DO NÍVEL DE RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA ABDOMINAL EM ATLETAS DE VOLEIBOL COM IDADE ENTRE 11 E 16 ANOS DO PROJETO AMIGOS DO VÔLEI DE TAGUATINGA-DF Artigo apresentado ao curso de graduação em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Licenciado em Educação Física. Orientador: Profº Dr. César Roberto da Silva Brasília 2011

2 Artigo de autoria de Eduarda Cristina R. de A. Andrade, intitulada ANÁLISE DO NÍVEL DE RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA ABDOMINAL EM ATLETAS DE VOLEIBOL COM IDADE ENTRE 11 E 16 ANOS DO PROJETO AMIGOS DO VÔLEI DE TAGUATINGA-DF, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciado em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, em 26/11/2011, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: Profº. Dr. César Roberto da Silva Orientador Educação Física - UCB Profº. Dr. Ricardo Bernardo Mayolino Educação Física - UCB Brasília 2011

3 Dedico à minha família, ao meu namorado e amigos.

4 AGRADECIMENTO Agradeço primeiramente a Deus pelas coisas que aconteceram em minha vida, sejam elas boas ou ruins, pois as boas me fizeram feliz e as ruins me proporcionaram aprendizados. Não posso deixar de agradecer à minha família, por ter acreditado e investido em mim. Mãe, obrigada pelo seu cuidado e dedicação. Pai, a certeza de que você está presente em meu coração, me fez acreditar que não estou sozinha. Agradeço também ao Paulo, meu namorado, que sempre com muita paciência me ajudou. Aos professores, o meu muito obrigado, eles foram os facilitadores do meu caminho. E por último, mas não menos importantes, agradeço aos meus amigos, principalmente a Maria Isabel, que esteve comigo desde o começo do curso, foram muitos trabalhos, provas e aprendizado, portanto, posso dizer que valeu a pena.

5 Que o teu trabalho seja perfeito, para que mesmo depois da tua morte, ele permaneça. Leonardo da Vinci

6 EDUARDA CRISTINA R. DE A. ANDRADE ANÁLISE DO NÍVEL DE RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA ABDOMINAL EM ATLETAS DE VOLEIBOL COM IDADE ENTRE 11 E 16 ANOS DO PROJETO AMIGOS DO VÔLEI DE TAGUATINGA-DF. Resumo: Resistência muscular localizada (RML) é a capacidade que um músculo tem de executar contrações numerosas durante um período longo, com uma força submáxima, sem diminuir a velocidade e a amplitude do movimento. Sendo assim, a RML abdominal é uma qualidade física que deve ser treinada, pois o abdômen faz parte dos músculos que sustentam o tórax e a pelve durante o movimento das extremidades. O presente estudo teve como objetivo avaliar o nível da RML abdominal em atletas de voleibol com idade entre 11 e 16 anos do projeto Amigos do Vôlei de Taguatinga- DF. A amostra foi composta por 59 atletas de ambos os sexos. Utilizou-se como instrumento de avaliação o teste de RML abdominal proposto por Pollock e Wilmore. Conclui-se que apesar das meninas apresentarem um nível de resistência muscular localizada abdominal maior que o dos meninos, em geral as crianças desta amostra não apresentaram resultados satisfatórios, pois de acordo com o protocolo se encontram no nível regular. Palavras-chave: RML abdominal. Amigos do Vôlei. Regular. INTRODUÇÃO Com a intenção de criar um esporte sem contato físico e menos cansativo para que pessoas mais velhas pudessem jogar, o americano William G. Morgan, então diretor de Educação Física da Associação Cristã de Moços (ACM), em 1895 criou o voleibol. O primeiro nome do esporte era mintonette, a rede era semelhante à de tênis e foi elevada a uma altura de 1,98 metros, a câmara da bola de basquetebol serviu de elemento do novo jogo estruturado em dez regras básicas (CBV, 2011). Mais tarde este jogo ficou conhecido como voleibol, que atualmente representa uma das modalidades esportivas de maior sucesso em termos globais e que goza de grande popularidade em solo brasileiro. Na visão de Duarte (2000), inicialmente o vôlei era praticado como uma atividade recreativa, com regras bem diferentes das atuais, com pouca técnica e nenhuma tática. Segundo Freitas e Vieira (2007), trata-se de um jogo de ação rápida e explosiva, é baseado em seis fundamentos: saque, recepção, levantamento, ataque, bloqueio e defesa. A quadra é dividida por uma rede, onde a bola tem que passar por cima da mesma, tendo como objetivo principal derrubá-la na quadra adversária. Sai vencedor o time que ganhar primeiro três sets, sendo que cada set tem 25 pontos. O esporte exige dos jogadores boa aptidão física. É relevante lembrar que o esporte é praticado em diferentes níveis de exigências e desempenho, desde a iniciação recreativa, competições de base e as de performance.

7 O voleibol caracteriza-se pela presença constante de movimentações, uma vez que as ações rápidas e manifestações ocorrem com um pequeno intervalo para recuperação. Dessa forma, Teixeira e Gomes (1998), ressaltam que o aperfeiçoamento das capacidades físicas e atividades musculares geram um desenvolvimento motor surpreendente. Para Barbanti (1986), o voleibol se caracteriza por ser um trabalho físico dinâmico de intensidade variável, onde ocorrem períodos de atividade muscular significante alternado com períodos de relaxamento ativo. A intensidade do jogo oscila de moderada a máxima. Já Oliveira (1997), caracteriza o voleibol como sendo um desporto acíclico, dinâmico com intensa ação, intercalando componentes anaeróbios e aeróbios. É um jogo que exige de seus participantes um ótimo condicionamento físico, visto que, o esporte é caracterizado por deslocamentos, saltos verticais e movimentos acrobáticos (quedas, rolamentos e mergulhos). Lima e Silva (2009) citaram em seu estudo que atualmente o vôlei é o segundo esporte mais praticado no Brasil, estando atrás apenas do futebol, e um dos cinco mais populares do planeta. Segundo Moreira et al (2007), em relação a mídia, podemos observar que o voleibol é hoje uma das modalidades esportivas consideradas detentoras da preferência nacional brasileira. Sua distinção no cenário esportivo nacional se mostra evidente e parece ser reforçada pelo favoritismo das equipes brasileiras em competições de renome internacional, e na sua relação com o público. Esta relação pode ser enfatizada tanto por meio das transmissões televisivas de alguns jogos em rede aberta e horário nobre e de matérias em jornais e revistas, por parte do público, de signos pertencentes a esta modalidade que são traduzidos nas práticas esportivas, nos modos de se vestir e de se portar e na aquisição de produtos vinculados a modalidade. Wilmore e Costill (2001) mostram o constante aumento e interesse de meninos e meninas em competições escolares e de clubes em vários esportes. Como citado por Gaya e Cardoso (1998) os motivos que levam as crianças a praticarem um desporto estão divididos em três categorias: - Competência desportiva; - Saúde; - Amizade e lazer. De acordo com Machado e Presoto (2001) que defendem a iniciação esportiva como parte de um Programa de Educação Física, esta deve ser abordada como aprendizagem e desenvolvimento motor, sem muita exigência física, técnica ou tática, tendo como objetivo cooperar para a formação integral do aluno (dimensão motora, cognitiva e afetivo-social), podendo, a partir daí ser uma preparação técnica para os esportes escolares. Os locais de iniciação esportiva geralmente são as escolinhas, localizadas nas próprias escolas, clubes ou em projetos sociais. E são nas escolinhas que as crianças começam a almejar algo a mais para a vida, ou seja, elas vão à busca de resultados. Estas entidades esportivas desempenham um importante papel na iniciação e na continuidade da prática esportiva nas categorias menores, visando um treinamento em longo prazo. ARENA & BOHME (2000).

8 O processo de treinamento em longo prazo associado à seleção e promoção de talentos esportivos realizados através de uma preparação planejada e sistematizada, visando um rendimento contínuo e em longo prazo é definido por estudiosos do treinamento infantojuvenil em três etapas: 1- Etapa de iniciação e formação básica geral; 2- Etapa de treinamento específico, período destinado ao aprimoramento dos gestos específicos da modalidade, ou quando inicia-se a organização e sistematização do treinamento. 3- Etapa de treinamento de alto rendimento, que compreende a fase de estabilização das capacidades coordenativas com aumento otimizado das capacidades condicionais. ARENA, (1998); BOHME, (1994); BOMPA, (1999); FILIN, (1996). Um atleta que desenvolve os aspectos de força/ resistência, velocidade, flexibilidade e agilidade, certamente terá mais facilidade nos resultados quando se diz respeito à técnica. No jogo de voleibol uma equipe bem preparada fisicamente tem uma vantagem incomparável em relação ao seu adversário. Com o passar dos anos, a preparação física visou às valências específicas da modalidade, tais como as forças, puras e explosivas, as velocidades, de deslocamentos e de movimentos, a flexibilidade e a resistência muscular localizada (RML). Todas essas valências são trabalhadas em curto período de duração e alta intensidade, ou seja, característica de um trabalho anaeróbico. O mesmo trabalho de alta intensidade em curtos períodos de tempo, deve ser aplicado no treinamento técnico e tático (BARROS, 2011). Segundo Heyward (2004), os níveis adequados de capacidade muscular diminuem a chance de desenvolver problemas lombares, fraturas osteoporóticas e lesões musculoesqueléticas. Ele define a resistência muscular como sendo a capacidade de um grupo muscular exercer força submáxima por períodos prolongados. Para Dantas (1998), resistência muscular é a qualidade física que dota um músculo da capacidade de executar uma quantidade numerosa de contrações sem que haja diminuição na amplitude do movimento, na frequência, na velocidade e na força de execução, resistindo ao surgimento da fadiga muscular localizada. Conforme Gomes Tubino (1979), RML é a capacidade individual de realizar durante um período longo a repetição de um determinado movimento num mesmo ritmo e com mesma eficiência. Barros (2011) define os fundamentos do voleibol e cita suas valências físicas funcionais: - Saque: velocidade de deslocamento, força explosiva da musculatura dos membros inferiores e membros superiores, velocidade dos movimentos do tronco e dos braços, flexibilidade da coluna vertebral e dos ombros. - Toque: velocidade de deslocamento, força explosiva da musculatura dos membros inferiores e força nos músculos das mãos e dos dedos. - Manchete: velocidade de deslocamento, força em diferentes angulações de flexão da perna, flexibilidade de movimentos das articulações dos tornozelos, joelhos, coxofemoral e coluna vertebral.

9 - Bloqueio: força explosiva dos membros inferiores, força na musculatura abdominal e dorsolombar e velocidade dos movimentos de flexão e extensão das pernas, da elevação e movimentação dos braços. - Ataque: velocidade de deslocamento, força explosiva nos músculos dos membros inferiores e membros superiores e força na musculatura abdominal e dorso-lombar. Para compreender a importância da musculatura abdominal, Barboza (2011) explica que a obtenção de uma poderosa cintura abdominal, permite um elo perfeito entre a força dos membros inferiores e superiores. Dantas (2003) diz que a resistência muscular localizada é uma qualidade física treinável e completa dizendo que a RML abdominal deve fazer parte do programa de treinamento físico no voleibol. Pois o abdômen faz parte dos músculos que estabilizam o tórax e a pelve durante o movimento das extremidades. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o nível da resistência muscular localizada abdominal em atletas de voleibol com idade entre 11 e 16 anos do projeto Amigos do Vôlei de Taguatinga- DF. MATERIAIS E MÉTODOS Amostra: A amostra foi constituída de 59 alunos, com idade entre 11 e 16 anos, sendo que 42,37% são meninos com idade média de 13,9 (±1,5) anos e 57,63% são meninas com idade média de 13,1 (±1,6) anos, praticantes de vôlei do projeto Amigos do Vôlei de Taguatinga- DF. Os alunos desta amostra treinam três vezes por semana, cada treino tem duração de 1 hora e 30 minutos e todos os alunos treinam voleibol no mínimo há seis meses. Procedimentos: A metodologia aplicada no teste de RML de abdômen seguiu o protocolo proposto por Pollock e Wilmore (1993). O teste tem como objetivo avaliar a resistência muscular da região abdominal em 60 segundos. O movimento inicia-se com o avaliado na posição de decúbito dorsal sobre o colchonete, com os joelhos flexionados e sola dos pés tocando o chão com o auxílio do avaliador, os braços devem ficar cruzados em frente ao peito, o movimento termina com a flexão completa do tronco e os cotovelos devem tocar os joelhos, sendo este movimento considerado uma repetição completa. O aluno deve executar este movimento o máximo de vezes que conseguir durante 60 segundos, podendo descansar e voltar a fazer se necessário. Instrumentos: Para a aplicação do teste de RML de abdômen, utilizou-se o ginásio de esportes da Universidade Católica de Brasília, em Taguatinga- DF. Todos os alunos estavam vestidos com o uniforme do projeto Amigos do Vôlei e foram utilizados dois colchonetes e um cronômetro. A avaliadora contou com o auxílio de uma ajudante. Os testes foram realizados nos dias 23 e 25 de agosto, nos período matutino e vespertino.

10 Análise estatística: Para tratamento estatístico das variáveis idade e sexo foi calculada a média e o desvio padrão e para calcular a média entre os sexos foi utilizado o teste t de Student, adotando um valor de p<0,05 para o nível de significância, os dados foram tratados e analisados no programa Excel versão 2007, Office da Microsoft. RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela 1 Classificação do Teste de RML abdominal para meninas Nível Intervalo N % Fraco 13,0 N > 17,8 02 5,9 Regular 17,8 N > 22,6 15 44,1 Médio 22,6 N > 27,4 10 29,4 Bom 27,4 N > 32,2 04 11,8 Excelente 32,2 N > 37,0 03 8,8 Total 34 100 Gráfico 1 Classificação do Teste de RML abdominal para meninas 50 45 44,1 40 35 30 25 20 15 10 5 5,9 29,4 11,8 8,8 % de fraco % de regular % de médio % de bom % de excelente 0 níveis A tabela e o gráfico acima mostram que o nível da resistência muscular abdominal das meninas encontra-se de regular para médio, pois em uma amostra de 34 alunas, 25 alunas estão dentro destes níveis. Enquanto apenas 7 alunas estão no nível bom e excelente e 2 alunas no nível fraco.

11 Tabela 2 Classificação do Teste de RML abdominal para meninos Nível Intervalo N % Fraco 22 N > 26 08 32 Regular 26 N > 30 04 16 Médio 30 N > 34 07 28 Bom 34 N > 38 03 12 Excelente 38 N > 42 03 12 Total 25 100 Gráfico 2 Classificação do Teste de RML abdominal para meninos 35 32 30 28 25 % de fraco 20 15 10 16 12 12 % de regular % de médio % de bom % de excelente 5 0 Níveis Ao analisar o nível da RML abdominal dos meninos, verifica-se que os resultados não atingiram valores satisfatórios. Em uma amostra de 25 alunos, a quantidade de alunos em nível fraco e médio foram maiores do que os outros níveis.

12 Tabela 3 Classificação da RML abdominal da amostra geral Fraco Regular Médio Bom Excelente 16,9% 32,2% 28,8% 11,9% 10,2% Gráfico 3 Classificação da RML abdominal da amostra geral 35 30 32,2 28,8 25 % de fraco 20 15 10 16,9 11,9 10,2 % de regular % de médio % de bom % de excelente 5 0 Níveis Na classificação geral da amostra, a maioria dos alunos se encontram no nível regular e médio. Isto mostra a falta de um trabalho específico voltado para a resistência da musculatura abdominal. Porém, Mello (1986) afirma que deve haver um momento específico para os exercícios de fortalecimento da musculatura da região abdominal em toda aula de Educação Física, assim possibilitando, dentre outros objetivos, relacionar a aptidão física não somente à performance, mas também à saúde. Pois o desenvolvimento apropriado da resistência da musculatura abdominal é essencial na prevenção e reabilitação de problemas da coluna lombar (AAHPERD, 1980). Estudos feitos para investigar as possibilidades de promover alívio às pessoas que sofrerem de dor nas costas demonstraram que aumentando a força e resistência dos músculos abdominais podem diminuir a incidência e severidade da dor (AAHPERD- Physical Best, 1988). Sendo assim, um nível baixo de RML abdominal contribui não só para a dificuldade de melhoria da técnica esportiva, como também para futuras lesões, impedindo ou diminuindo as chances desses atletas se tornarem profissional, que é o sonho de muitos deles.

13 Tabela 4 Nível de RML abdominal: meninos x meninas Idade (D.P) Repetições (D.P) P Meninos 13,9 (± 1,5) 29,64 (±6,1) (0,0004)* Meninas 13,1 (± 1,6) 23,70 (±5,6) (p<0,05) Gráfico 4 Nível de RML abdominal: meninos x meninas 35 30 29,7 25 23,7 20 15 Masculino Feminino 10 5 0 Sexo Levando-se em consideração (p<0,05), os dados mostram que há uma diferença significativa entre o nível de resistência muscular localizada abdominal entre meninos e meninas, que por sua vez, demonstraram um nível maior desta capacidade física. Porém, quando se compara esses resultados com as tabelas 1 e 2, percebe-se que a média de repetições dos meninos (29,7) encontra-se no nível regular, enquanto a média de repetições das meninas (23,7) está no nível médio. Portanto, pode-se dizer que as meninas obtiveram um resultado melhor do que os meninos. Entretanto, o resultado desse estudo vai de encontro aos resultados de outros estudos, como o de Silva (2002), Guedes DP e Guedes JERP (1993) e também o de Hobold (2003). Esses autores explicam o fato dos meninos apresentarem o maior nível de resistência abdominal, afirmando que as meninas aumentam a massa muscular numa proporção moderada e possuem um acúmulo de gordura na região do quadril bastante acentuado, assim dificultando a realização deste movimento. Já os meninos, aumentam somente a massa muscular, além de esse aumento ser superior ao das meninas. Apesar dos resultados obtidos, aconselha-se que novos estudos sejam realizados com uma amostra mais significativa.

14 CONCLUSÃO Conforme os resultados obtidos, conclui-se que o nível de resistência muscular localizada abdominal dos atletas de 11 a 16 anos do projeto Amigos do Vôlei de Taguatinga- DF não atingiu valores satisfatórios. Podendo-se afirmar que a RML abdominal está correlacionada a resultados de desempenho no desporto, sendo assim, atletas que possuem esta capacidade física têm uma considerável vantagem em relação aos outros, pois os benefícios proporcionados são inúmeros. Portanto, a resistência muscular localizada abdominal deve ser treinada, pois é uma qualidade física essencial para os atletas de voleibol, uma vez que o abdômen faz parte dos músculos que estabilizam a pelve e o tórax durante o movimento das extremidades.

15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AAHPERD American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance (1980). Health Related Physical Fitness-. Test Manual. Reston, Virginia. AAHPERD American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance-. Physical Best (1988): The American Alliance Physical Fitness and Assessment Program. Reston, Virgínia. ARENA, S. S; BÖHME, M. T. S. Programas de iniciação e especialização esportiva na grande São Paulo. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.14, n.2, p.184-95 jul./dez. 2000. ARENA, S. S. Especialização esportiva: aspectos biológicos psico-culturais e treinamento a longo prazo. Revista corpo consciência, v.1, n.1, p. 41-54, 1998. BARBANTI, V. Treinamento Físico: bases científicas. São Paulo: CLR Balieiro, 1986. BARBOZA, J. N. http://rjzoando.sites.uol.com.br/personalvirtual.htm, acessado em 20 de agosto de 2011. BARROS, J. http://www.justvolleyball.com.br/index.htm, acessado em 20 de agosto de 2011. BÖHME M. T. S. Talento esportivo I: aspectos teóricos. Revista Paulista de Educação Física, v.8, n.2, p.90-100, 1994. BOMPA, J.O. Periodization theory and methodology of training. Chaimpaing, Human Kinetics, 1999. CBV, www.cbv.com.br, acessado 20 agosto de 2011. DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. 4ª Edição. Rio de Janeiro. Editora Shape, p.172, 1998. DANTAS, E. H. M. A Prática da Preparação Física. 5ª Edição. Rio de Janeiro. Editora Shape, p.179, 2003.

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ANEXOS 18

19 TESTE DE RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA ABDOMINAL NOME IDADE ESTATURA PESO HÁ QUANTO TEMPO JOGA REPETIÇÕES

20 Termo de consentimento livre e esclarecido Declaro por meio deste termo, que concordei em participar da pesquisa de campo referente a pesquisa intitulada Análise do nível de resistência muscular localizada abdominal em atletas de voleibol de 11 a 16 anos do projeto social amigos do vôlei de Taguatinga DF, desenvolvido (a) por Eduarda Cristina R. de A. Andrade. Fui informado (a) de que a pesquisa é orientada por César Roberto da Silva, a quem poderei consultar em qualquer momento que julgar necessário através do email Cesars@ucb.br. Afirmo que aceitei participar por minha própria vontade, sem receber qualquer incentivo financeiro ou ter qualquer ônus e com a finalidade exclusiva de colaborar para o sucesso da pesquisa. Fui informado (a) dos objetivos estritamente acadêmicos do estudo. Minha colaboração se fará de forma anônima, por meio de teste, a ser feito a partir da assinatura desta autorização. O acesso e a análise dos dados coletados se farão apenas pela pesquisadora e seu orientador. Fui ainda informado (a) de que posso me retirar dessa pesquisa a qualquer momento, sem prejuízo para meu acompanhamento ou sofrer quaisquer sanções ou constrangimentos. Esclarecido. Atesto recebimento de uma cópia assinada deste Termo de Consentimento Livre e Taguatinga- DF. de de 2011 Assinatura do (a) representante legal: Assinatura da pesquisadora: