GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais



Documentos relacionados
GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais

GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais

Autuante : PALLOMA R. M. PESSOA GUERRA E CÉSAR JÚNIOR S. SILVA. Relatora : CONSª. GIANNI CUNHA DA SILVEIRA CAVALCANTE.

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

DO Ó CATÃO E MARIA JOSÉ LOURENÇO DA SILVA

GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais

GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais

GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

Desobrigado do Recurso Hierárquico, na expressão do artigo 730, 1, inciso II, do RICMS, aprovado pelo Decreto nº /97.

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS R E L A T Ó R I O

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

VOL/CRF-326/2009 RECORRENTE: JMA COMÉRCIO

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO - CONAT CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS - CRT

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONSELHO DE CONTRIBUINTES. - Junta de Revisão Fiscal. - Conselheiro Eduardo Caetano Garcia

Processo n Acórdão 115/2015 Recurso AGR/CRF-060/2015 AGRAVANTE: FSEG CURSOS EM FORMAÇAO DE VIGILANTES LIMITADA - ME

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS ACÓRDÃO Nº 0115 /2015-CRF

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

Vistos, relatados e discutidos os. autos deste Processo, etc...

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

~1&i~ ;. \ I. ~",~ ~/ GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ

RESOLUÇÃO : Nº 31/11 CÂMARA DE JULGAMENTO SESSÃO : 44ª EM: 22/07/2011 PROCESSO : Nº 0132/2010 RECORRENTE : DIVISÃO DE PROCEDIMENTOS ADM.

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA Contencioso Administrativo Tributário Conselho de Recursos Tributários 1a Câmara de Julgamento

RECORRIDA DÉCIMA TURMA DA JUNTA DE REVISÃO FISCAL

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRiBUTÁRiOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA Contencioso Administrativo Tributário Conselho de RecursosTributários 1a Câmara de Julgamento

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONSELHO DE CONTRIBUINTES

GoVERNO 00 EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazetldtl I

GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais

Secretaria da Fazenda COIIfTENCIIOSCllADl"sn~mIOT'RBITÁRO- CONAT CON5EI.HODE RECURSOSI"RBI1'ARKJs.. C R T

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

RESOLUÇÃO N ^ /2006 Ia CÂMARA SESSÃO DE 17/07/2006

O processo é encaminhado pela julgadora singular à assessoria técnica do CAT para verificação dos documentos acostados pela impugnante.

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda Contencioso Administrativo Tributário Conselho De Recursos Tributários 2" Câmara

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda

DE JULGAMENTO DE PROCESSOS FISCAIS.

ei!t~ ~,.,,,' ~ "o;...,,'v,.~. "r GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

Publicado no Diário Oficial n o 4.412, de 10 de julho de

SECRETARIA DE ESTADO DA RECEITA CONSELHO DE CONTRIBUINTES

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

RECORRIDA : GERÊNCIA EXECUTIVA DE JULGAMENTO DE PROCESSOS FISCAIS PREPARADORA RRJP RECEBEDORIA DE RENDAS DE JOÃO PESSOA

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONSELHO DE CONTRIBUINTES Sessão de 14 de outubro de 2009 RECURSO Nº ACÓRDÃO Nº 7.907

EsTADO DO CEARÁ Secretaria,la Fazellda, CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTARIOS

GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais. Processo nº Acórdão 103/2014 Recurso AGR/nº 141/2014

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

Interessados: RESPONSÁVEIS: João Paulo Bastos Hildebrandt e Paulo Macedo de Carvalho Mesquita

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

Processo nº E-04 / / 2012 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Conselho de Contribuintes

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda, CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTARIO CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

RECURSO- RECURSO VOLUNTÁRIO ACÓRDÃO 4A JJF Nº /02

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Acórdão: /12/1ª Rito: Ordinário PTA/AI: Recurso Inominado: 40.

,4 ff4b. Hal. Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Des a Maria das Neves do Egito de A. D.

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

Sessão de 17 de setembro de CONSELHEIRO ANTONIO SILVA DUARTE - CONSELHEIRO GUSTAVO MENDES MOURA PIMENTEL

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Acórdão: /11/3ª Rito: Sumário PTA/AI: Impugnação: 40.

GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA E CONTROLE GERAL CONSELHO DE CONTRIBUINTES. - Junta de Revisão Fiscal. - Conselheiro Sylvio de Siqueira Cunha

Base de cálculo= R$ 4.879,50

~"" /'~ ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONSELHO DE CONTRIBUINTES RECURSO Nº (25.041) ACÓRDÃO Nº 7.546

JUNTA DE REVISÃO FISCAL

MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES PRIMEIRA CÂMARA

RELATÓRIO VOTO DO RELATOR (VOTO VENCIDO)

GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA Contencioso Administrativo Tributário Conselho de RecursosTributários 1a Câmara de Julgamento

PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO CARTILHA DO ADVOGADO

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONSELHO DE CONTRIBUINTES

MINISTÉRIO DA FAZENDA

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DA BAHIA PROCESSO- A.I. Nº /00 RECORRENTE- GERDAU S.A. RECORRIDA- FAZENDA PUBLICA ESTADUAL

Vistos, relatados e discutidos os. autos deste Processo, etc...

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da FnzcruJn CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO - CONAT CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS - CRT

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DA BAHIA PROCESSO- A.I. Nº /00-5 RECORRENTE- JEQUITAIA TECIDOS LTDA.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA

ti.? ,S~ ~ \ ) .,. ~~v GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da FRUndl1, CONTENCIOSOADMINSTRATIVO TRIBUTARIO CONSELHODE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

ESTADO DO CEARA SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

Transcrição:

GOVERNO DA PARAÍBA Secretaria de Estado da Receita Conselho de Recursos Fiscais Processo nº 123.380.2009-0 Acórdão 149/2015 Recurso HIE/CRF-049/2014 Recorrente: GERÊNCIA EXECUTIVA DE JULGAMENTO DE PROCESSOS FISCAIS Recorrida: ANTONIO BRASILEIRO DE ARAÚJO Preparadora: COLETORIA ESTADUAL DE CAJAZEIRAS Autuante: LUIZ ANSELMO DA SILVA Relator; CONS. JOAO LINCOLN DINIZ BORGES OMISSÃO DE VENDAS. CARTÃO DE CRÉDITO. INFRINGÊNCIA NÃO COMPROVADA. AUTO DE INFRAÇÃO IMPROCEDENTE. MANTIDA A DECISÃO SINGULAR. RECURSO HIERÁRQUICO DESPROVIDO. O lançamento compulsório formulado em base errônea de informação das administradoras de cartão de crédito deve ser excluído, tendo em vista a primazia da verdade material e da segurança jurídica necessária à exigência do crédito tributário devido. Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc... A C O R D A M os membros deste Conselho de Recursos Fiscais, à unanimidade, e de acordo com o voto do relator, pelo recebimento do Recurso Hierárquico, por regular e, quanto ao mérito pelo seu DESPROVIMENTO para manter inalterada a sentença proferida na instância monocrática, que julgou IMPROCEDENTE o Auto de Infração de Estabelecimento n.º 93300008.09.0000001836/2009-05, lavrado em 10 de dezembro de 2009, contra a empresa ANTONIO BRASILEIRO DE ARAÚJO, inscrita no CCICMS sob nº 16.057.331-9, devidamente qualificada nos autos, eximindo-a de qualquer ônus decorrente desta ação fiscal. Desobrigado do Recurso Hierárquico, na expressão do art. 84, parágrafo único, IV, da Lei nº 10.094/13. P.R.E. de abril de 2015. Sala das Sessões Pres. Gildemar Pereira de Macedo, em 07

Continuação do Acórdão nº 149/2015 2 João Lincoln Diniz Borges Cons. Relator Gíanni Cunha da Silveira Cavalcante Presidente Participaram do presente julgamento os Conselheiros, PATRÍCIA MÁRCIA DE ARRUDA BARBOSA, MARIA DAS GRAÇAS DONATO DE OLIVEIRA LIMA, ROBERTO FARIAS DE ARAÚJO, FRANCISCO GOMES DE LIMA NETTO e DOMÊNICA COUTINHO DE SOUZA FURTADO. Assessora Jurídica

Continuação do Acórdão nº 149/2015 3 GOVERNO DA PARAÍBA Recurso HIE/CRF-049/2014 Recorrente: GERÊNCIA EXECUTIVA DE JULGAMENTO DE PROCESSOS FISCAIS Recorrida: ANTONIO BRASILEIRO DE ARAÚJO Preparadora: COLETORIA ESTADUAL DE CAJAZEIRAS Autuante: LUIZ ANSELMO DA SILVA Relator; CONS. JOAO LINCOLN DINIZ BORGES OMISSÃO DE VENDAS. CARTÃO DE CRÉDITO. INFRINGÊNCIA NÃO COMPROVADA. AUTO DE INFRAÇÃO IMPROCEDENTE. MANTIDA A DECISÃO SINGULAR. RECURSO HIERÁRQUICO DESPROVIDO. O lançamento compulsório formulado em base errônea de informação das administradoras de cartão de crédito deve ser excluído, tendo em vista a primazia da verdade material e da segurança jurídica necessária à exigência do crédito tributário devido. Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc... RELATÓRIO Aporta-se neste Colegiado RECURSO HIERÁRQUICO, interposto pelo julgador monocrático, diante de decisão singular que declarou IMPROCEDENTE o Auto de Infração de Estabelecimento nº 93300008.09. 0000001836/2009-05, lavrado em 10 de dezembro de 2009, no qual consta a seguinte denúncia: OMISSÃO DE VENDAS >>> Contrariando dispositivos legais, o contribuinte omitiu saídas tributáveis sem o pagamento do imposto devido por ter declarado o valor de suas vendas tributáveis em valores inferiores às informações fornecidas por instituições financeiras e administradoras de cartões de crédito e débito. Por considerar infringidos os artigos 158, I e 160, I c/c o art. 646, parágrafo único, do RICMS/PB, o autuante procedeu ao lançamento de ofício, exigindo o ICMS, no valor total de R$ 37.417,24, ao mesmo tempo em que sugeriu a aplicação de multa por infração, no importe de R$ 74.834,48, com supedâneo no art. 82, V, a da Lei n 6.379/96, perfazendo um crédito tributário no montante de R$ 112.251,72.

Continuação do Acórdão nº 149/2015 4 Em anexo às fls. 11 a 156 dos autos, ficha financeira, demonstrativos da auditoria, duplicatas, livros fiscais do contribuinte, notas fiscais, recibos e outros documentos fiscais. Decorrida a apresentação da defesa, em tempo regulamentar, a autuada se posicionou com razões contrárias ao lançamento fiscal, visto informar não haver relação entre os levantamentos fiscais e a descrição da infração imposta pelo autuante, fato evidenciado nas provas documentais acostadas pela fiscalização, o que faz padecer por imprecisão o presente lançamento tributário, pugnando pela improcedência do auto de infração. Contestando, o autor do feito informa que não prospera os argumentos dispostos pela autuada, requerendo a procedência do auto de infração. Às fls. 762 consta despacho com medida saneadora para cumprimento do disposto no Ofício Circular de n 12/2008 sobre os procedimentos exigidos quando da auditoria nas operações com cartão de crédito, cabendo o reexame dos trabalhos fiscais desenvolvidos. Atendendo o pleito, a fiscalização informa que a expedição da consolidação ECF/TEF/GIM do período auditado não faz constar de omissão de vendas no cartão de crédito, além do exercício de 2005 não se fazer mais a disposição. Sendo os autos conclusos à instância prima, com distribuição à Julgadora Fiscal, Gílvia Dantas Macedo, esta declinou entendimento pela improcedência do auto de infração, considerando que a acusação não teve prova do fato infringente, visto não haver repercussão tributária, conforme sentença às fls. 782/784. Após devida ciência da decisão singular, os autos foram encaminhados ao autuante para apresentar suas contra-razões ao recurso, momento em que concordou com a referida decisão. Remetidos os autos a esta Corte Julgadora, foram estes distribuídos a mim, para apreciação e julgamento. Foi RELATO. VOTO A demanda em apreço recursal decorreu da decisão monocrática que tornou improcedente o Auto de Infração de Estabelecimento nº 9330008.09.000001836/2009-05, visto ter havido falta de repercussão tributária no confronto das informações advindas das administradoras de cartão de crédito e débito e as declarações de faturamento do contribuinte.

Continuação do Acórdão nº 149/2015 5 É de verificar que a denúncia se apoia na constatação fiscal de divergência na movimentação mercantil do contribuinte, escoimada no confronto entre as informações prestadas pelas operadoras de cartão de crédito e as saídas tributáveis, efetivamente, declaradas pela recorrente. No entanto, ao perscrutamos os autos não se evidencia qualquer procedimento fiscal que pudesse respaldar o dito confronto fiscal, que pudesse legitimar a presunção legal de omissão de vendas, conforme redação do artigo 646 do RICMS/PB, senão vejamos: Art. 646. O fato de a escrituração indicar insuficiência de caixa, suprimentos a caixa não comprovados ou a manutenção no passivo, de obrigações já pagas ou inexistentes, bem como a ocorrência de entrada de mercadorias não contabilizadas ou de declarações de vendas pelo contribuinte em valores inferiores às informações fornecidas por instituições financeiras e administradoras de cartões de crédito, autorizam a presunção de omissão de saídas de mercadorias tributáveis sem pagamento do imposto, ressalvada ao contribuinte a prova da improcedência da presunção. Como se vê não se vislumbra no caderno processual, qualquer evidencia da ilicitude fiscal denunciada da ocorrência de omissão de saídas de mercadorias tributáveis sem pagamento do imposto, fato que foi confirmado após medida de saneamento da Auditoria Jurídica da GEJUP, sendo acostado os extratos da consolidação ECF/TEF/GIM que demonstram não ocorrer diferença tributária no confronto das declarações oficiais fornecidas pelas Administradoras de Cartão de Débito e Crédito com as quais o contribuinte motivou o meio de pagamento de suas vendas. Deste fato, prudente e acertada a decisão tomada pelo juízo singular vez que a situação, tida como infringente, não corresponde à verdade material exposta nos exames do sistema de informação da SER, estando caracterizado o equivoco de lançamento gerado em nome do contribuinte autuado. Portanto, ao que se vê do texto acusatório, o fato infringente descrito não encontra suporte legal, necessário e suficiente à determinação da verdade material e da segurança jurídica, além de que não se vislumbra qualquer irregularidade cometida pela empresa autuada, conforme se depreende dos autos. Assim, devo confirmar a decisão monocrática que tornou improcedente o lançamento compulsório. Pelo exposto, V O T O - pelo recebimento do Recurso Hierárquico, por regular e, quanto ao mérito pelo seu DESPROVIMENTO para manter inalterada a sentença proferida na instância monocrática, que julgou IMPROCEDENTE o Auto de Infração de Estabelecimento n.º 93300008.09.0000001836/2009-05, lavrado em 10 de dezembro de 2009, contra a empresa ANTONIO BRASILEIRO DE ARAÚJO, inscrita no CCICMS sob nº 16.057.331-9, devidamente qualificada nos autos, eximindo-a de qualquer ônus decorrente desta ação fiscal.

Continuação do Acórdão nº 149/2015 6 2015. Sala das Sessões do Conselho de Recursos Fiscais, em 7 de abril de JOAO LINCOLN DINIZ BORGES Conselheiro Relator