A COMPLEMENTARIDADE DAS TEORIAS CONTINGENCIAL, ECOLOGIA POPULACIONAL E APRENDIZADO: UM FATOR RELEVANTE PARA A SOBREVIVÊNCIA DAS ORGANIZAÇÕES



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A COMPLEMENTARIDADE DAS TEORIAS CONTINGENCIAL, ECOLOGIA POPULACIONAL E APRENDIZADO: UM FATOR RELEVANTE PARA A SOBREVIVÊNCIA DAS ORGANIZAÇÕES Jerliane Cruvinel Menezes 1 RESUMO Delinear as contribuições da contingência, ecologia das populações e aprendizado organizacional para melhor sistematização dos conceitos, reflexões e características de cada uma, pode ser um fator relevante para as ciências sociais. Sendo assim, considerando que cada escola de pensamento busca explicar as causas de sua concepção para acontecimentos e fatos organizacionais, o presente ensaio buscou ilustrar três características teóricas que possam fornecer bases primárias para análise e compreensão das organizações. Este artigo tem como objetivo propor a complementaridade entre as abordagens contingencial, ecologia populacional e aprendizado como perspectiva para a sobrevivência das organizações. Este estudo se limita a uma revisão teórica e não se pretende aqui, aprofundar em uma análise crítica dos conceitos abordados em razão da amplitude de construtos teóricos e empíricos existente sobre a teoria organizacional. Palavras-chave: contingência; ecologia populacional; aprendizado. ABSTRACT Outlining the contributions of contingencies, ecology of populations and learning for improved organizational systematization of concepts, reflections and characteristics of each, may be a relevant factor to the social sciences. thus, considering that every school of thought search explaining the causes of its design for events and facts organizational, this essay illustrates three theoretical features that may provide bases for primary analysis and understanding of organizations. this article aims to propose the complementarity between approaches contingencial, population ecology and learning how to view for survival of organizations. this study merely a theoretical review and intends not here, explored in a critical analysis of concepts dealt in loss of extent of construction theoretical and empirical existing theory on the organizational. key words: contingencies; population ecology; learning. 1 Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda; Bacharel em Administração de Empresas, Especialista em Contabilidade e Controladoria; Mestranda em Administração; professora dos cursos de Comunicação Social com Hab. em Publicidade e Propaganda e de Administração de Empresas.

1 INTRODUÇÃO Nos últimos anos uma multiplicidade de teorias organizacionais tem surgido em função da complexidade ambiental e da exigência de novas formas organizacionais. Diante das mudanças que vêm ocorrendo no contexto social, econômico, político e cultural, percebese a busca incessante das organizações em conquistar maiores fatias de mercado, diferenciarse da concorrência, criar estratégias competitivas sustentáveis e acima de tudo, manter-se e sobreviver a tantas turbulências oriundas de seus ambientes. Desta forma, a transformação contínua constitui-se em um grande desafio para as organizações, porque impõe que estas resistam a passagem de uma teoria-em-uso para outra. A perspectiva das organizações vistas como organismos evidencia a importância do indivíduo em um sistema social onde há a inter-relação das necessidades técnicas e humanas. Assim, conceitos contingenciais, ecológicos e de aprendizado que evidenciem a importância da colaboração e da competitividade pode contribuir para a compreensão da administração. Organizações que aprendem são complexas e dinâmicas, portanto, os membros de uma organização devem ser agentes ativos da inovação e para acompanhar as mudanças do ambiente, precisam desenvolver informação e conhecimento e não apenas processá-los de forma eficiente. Assim, julga-se que só terão sucesso, aquelas organizações que conseguirem instituir o comprometimento e a capacidade de aprender nas pessoas em todos os níveis da organização. Delinear as contribuições da contingência, ecologia das populações e aprendizado organizacional para melhor sistematização dos conceitos, reflexões e características de cada uma pode ser um fator relevante para as ciências sociais. Além disso, pôde-se observar que apesar da diversidade de conceitos e perspectivas distintas sobre teorias da organização, existe a lacuna para novas abordagens. Neste contexto, o presente ensaio tem como objetivo primário propor a complementaridade entre as abordagens contingencial, ecologia populacional e aprendizado como perspectiva para a sobrevivência das organizações. No entanto, este estudo se limita a uma revisão teórica e não se pretende aqui, aprofundar em uma análise crítica dos conceitos abordados em razão da amplitude de construtos teóricos e empíricos existente sobre a teoria organizacional.

2 TEORIA DA CONTINGÊNCIA As organizações vistas como organismos enfatizam a importância do indivíduo em um sistema social onde há a interdependência entre as necessidades técnicas (organizacionais) e as necessidades humanas (social, estima, etc.). Esta abordagem está alicerçada em um sistema aberto onde ciclos de estímulos, transformação interna, respostas e novos estímulos são cruciais para a sustentação da vida e da forma do sistema (MORGAN, 2000, p. 59).Um sistema aberto deve interagir se modificar e se adaptar continuamente com o ambiente para sobreviver. Segundo Morin (2005) duas conseqüências originam da idéia de sistema aberto: A primeira é de que as leis de organização da vida não são de equilíbrio e a segunda é de que a compreensão do sistema deve ser confrontada na sua relação com o meio ambiente. A abordagem contingencial expressa que há uma ligação entre os fatores ambientais e os processos administrativos adequados para a obtenção dos objetivos organizacionais. As variáveis ambientais são as variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são as variáveis dependentes, dentro de uma relação funcional (FERREIRA, REIS, PEREIRA, 2006). A designação da teoria da Contingência teve sua origem da pesquisa de Lawrence & Lorsch na década de 70, que buscava resposta para a seguinte questão: Quais as características que uma empresa deve ter para enfrentar com eficiência as diferentes condições externas, tecnológicas e de mercado? Diferente dos estudos anteriores este questionamento procurava encontrar a melhor forma de organizar sem levar em consideração as circunstâncias ambientais externas e internas da empresa. Segundo estes autores, quando os sistemas crescem, suas partes se diferenciam e o desempenho dessas partes em separado deve se integrar para que todo o sistema seja exeqüível. Conforme a abordagem contingencial fundamentada na teoria dos sistemas, não há nada de absoluto nos princípios de administração, isto é, tudo é relativo indicando que não há uma melhor maneira de organizar. Portanto, Os aspectos universais e normativos devem ser substituídos pelo critério de ajuste entre organização e ambiente e tecnologia (FERREIRA, REIS, PEREIRA, 2006, p. 102). Tudo depende : do porte da organização, da sua tecnologia, da estabilidade do seu contexto, da hostilidade externa e assim por diante (MINTZBERG, AHLSTRAND, LAMPEL, 2000, p. 212). Muitos autores ponderaram que a contingência estrutural é uma maneira de harmonizar subsídios importantes concernentes aos objetivos, conflitos e restrições

ambientais (NETO & TRUZZI, 2002). Os estudos de Lawrence e Lorsch (1967 apud Morgan 2000) sugerem que é necessária a existência de diferentes tipos de organizações para atender distintos mercados e condições tecnológicas, e que organizações que atuam em ambientes incertos e turbulentos precisam de equipes multidisciplinares, pessoal qualificado, coordenação e resolução de conflitos. Eles argumentam que as práticas burocráticas convencionais são eficientes apenas em ambientes estáveis onde se pode prever acontecimentos futuros. De acordo com as idéias de Buns e Stalker apud Morgan (2000), é possível identificar vários modelos organizacionais, neste contexto, é preciso formas mais flexíveis para atuar em ambientes em constante mudança devido às muitas decisões a serem tomadas para tornar-se eficaz em harmonia entre estratégia, estrutura, tecnologia, compromissos, necessidades pessoais e ambiente externo. Portanto, a teoria contingencial tornou-se um meio de identificar modelos de ajustamento e apontar como esses modelos podem ser atingidos. Em um contexto geral a teoria da contingência é contemplada como eclética, adaptando conceitos de várias teorias da administração, podendo ser entendida mais como uma visão de mundo do que como um procedimento a ser seguido. Sua proposta é mostrar uma variedade de opções a disposição do administrador. Ao administrador caberá diagnosticar a situação e escolher a abordagem mais indicada a ser aplicada no caso. 3 ECOLOGIA POPULACIONAL Por diversas razões pertinentes e até mesmo confusas, a ecologia organizacional pode ser percebida como um campo teórico que vem se destacando no cenário das ciências sociais. (CUNHA, 1999). Em 1977 a ecologia organizacional desencadeou uma intensa e sucessiva discussão que assegurou uma posição relevante na teoria organizacional contemporânea (CALDAS & CUNHA, 2005). A perspectiva da ecologia populacional focaliza a diversidade e a adaptação organizacionais dentro de uma população de organizações que competem por recursos semelhantes ou clientes afins. Assim, a inovação e a mudança numa população de organizações surgem de novas formas e tipos de organizações, a fim de atender as necessidades do mercado por meio de iniciativas empreendedoras (DAFT, 2006).

Ao colocar a teoria de Darwin no cerne da análise organizacional, a ecologia da população defende que da mesma forma que os organismos existentes na natureza, as organizações dependem de capacidade própria para conseguir recursos necessários para suprir sua existência, pois, onde há forte concorrência, os recursos se tornam escassos e somente os mais hábeis e fortes, sobreviverão (MORGAN, 2000). Neste contexto, as mudanças do ambiente determina quais organizações sobrevivem ou fracassam. Os fatores ambientais externos como: turbulência política, regulamentação governamental, processos tecnológicos, entre outros, podem tanto influenciar no crescimento e sobrevivência das organizações como levá-las ao declínio. Estudos empíricos e de campo sobre as mudanças ambientais apontam para uma nova visão onde, ecólogos organizacionais buscam explicar como esses fatores interferem na sobrevivência das organizações. Dessa forma, a pesquisa ecológica suscita que: (1) diversidade é uma propriedade dos agregados de organizações, (2) organizações frequentemente têm dificuldade para executar e planejar mudanças suficientemente rápidas para responder as demandas de ambientes incertos e mutáveis e (3) a comunidade das organizações é raramente estável organizações aparecem e desaparecem continuamente (BAUM, 1999, p. 137). Um dos princípios de fundamento para o modelo de ecologia populacional é a luta pela existência, ou competição (DAFT, 2006, p. 168). As organizações estão empenhadas em competir por recursos para sobreviver. Nesta perspectiva, as estratégias generalistas (que atendem a um mercado amplo e enfatizam a eficiência) e especialistas (que atendem a um mercado menor e enfatizam a flexibilidade) diferenciam as formas organizacionais na busca pela sobrevivência. Segundo (HANNAN E FREEMAN, 1977 apud BAUN, 1999, p. 148) em ambientes refinados as organizações especialistas dominam as generalistas independente do nível de incerteza ambiental. Na visão desses autores, as organizações especialistas resistem melhor às oscilações ambientais a curto prazo do que as generalistas. Fundamentando-se na concepção de que as organizações competem por recursos escassos para sobreviverem, a teoria ecológica propõe que crescimento das populações esta restrito a capacidade de manutenção dos nichos ecológicos em que essas populações estão inseridas (CALDAS & CUNHA, 2005). Segundo Cunha (1999) a teoria ecológica auxilia a compreensão de fenômenos comumente esquecidos ou ignorados, como o nascimento e a morte das organizações. Em recente pesquisa em ecologia organizacional sobre fundação e fracasso, fundações anteriores apontam um nicho fértil para empreendedores potenciais, no entanto, à

medida que as fundações aumentam conseqüentemente, a competição por recursos se intensificam tornando assim, um ambiente hostil. Contudo, o sucesso ou fracasso de uma organização depende de sua habilidade em atingir uma vantagem competitiva em relação às outras organizações que competem por condições semelhantes na obtenção de recursos, de densidade e de diversidade organizacional (BAUN, 1999). Estudos sobre biologia indicam que todo crescimento na natureza origina-se de uma interação entre processos que potencializam o crescimento e processos que o impedem. Até que ponto um organismo pode crescer e atingir sua fase madura depende de vários fatores provenientes do ambiente no qual ele está inserido e ainda, quando o crescimento pára prematuramente, antes que o organismo atinja seu potencial, é porque encontrou restrições que poderiam ser contornadas, que não são inevitáveis (SENGE, 1999, p.19). De acordo com Adizes (2002, p. 02). Assim como ocorre com os organismos vivos, o crescimento e o envelhecimento das organizações manifestam-se primordialmente na inter-relação entre dois fatores: flexibilidade e controlabilidade A flexibilidade e o autocontrole são características das organizações com capacidade de lidar com problemas maiores e complexos, provenientes das mudanças ambientais. As organizações em sua fase jovem são mais flexíveis e nem sempre são controláveis, enquanto que na fase madura, essa relação pode se modificar onde, à medida que vão envelhecendo a tendência é de aumentar o controle e diminuir a flexibilidade, ou seja, tem pouca predisposição para mudar. Mintzberg, (2003) evidencia que a idade e o tamanho são resultantes da estrutura das organizações. Isto é, o trabalho repetitivo e constante se torna previsível, mais fácil e consequentemente, formalizado à medida que as organizações envelhecem e se tornam maiores. Quanto mais experiente uma organização se torna em um tipo particular de mudança, mais provavelmente repetirá essa mudança porque ela sabe como fazê-la (MILLER E FRIESEN, 1980 apud BAUN, 1999, p. 179). Organizações maiores têm maior poder de negociação, conseguem produzir com economia de escala devido à facilidade de acesso aos recursos do que as organizações menores. Por outro lado, de acordo com (DELACROIX et al. 1989, apud BAUN, 1999, p. 149) ondas de fundações organizacionais, que refletem diferenciações que segmentam as exigências de recursos organizacionais, diminuem as taxas de fracasso, reduzindo a competição direta por recursos. Uma linha central de investigação aponta que organizações mais novas e menores, têm maior probabilidade de declinarem ao longo do tempo, isto é, à medida que vão crescendo as dificuldades de gerar fluxos de caixa e recursos necessários aumentam, por falta de experiência em rotinas organizacionais, dificuldade de levantar capital e por falta de apoio

de agentes constituintes externos. Por outro lado, organizações mais antigas e maiores são menos vulneráveis ao fracasso, pois já estão estabilizadas e na sua maioria, são interpretadas por investidores, governos, clientes, fornecedores entre outros, como empresas confiáveis. Uma outra perspectiva com relação à idade das organizações propõe que as organizações mais velhas e estabelecidas terão maiores dificuldade de implementar mudanças e consequentemente, perderão posição para as organizações mais novas que são mais suscetíveis às mudanças e a novos aprendizados, abrindo caminhos para inovação, melhoria e permanência no setor de atuação (BAUM, 1999). O modelo da ecologia das populações argumenta sobre as mudanças que ocorrem no ambiente é que determinam a eficácia e sobrevivência organizacional e que qualquer variação ocorrida dentro de uma população de organizações é resultante de modificações advindas no interior desta mesma população e não por mudanças feitas dentro das organizações. Como um fenômeno peculiar à vida das organizações, a mudança tem sido associada a qualquer modificação ou ruptura ocorrida nas estruturas, nas tecnologias e nos processos administrativos, bem como no comportamento humano no trabalho. Apesar da abordagem da ecologia populacional julgar que as organizações existem em um estado de tensão ou de luta com seus ambientes como um fenômeno separado, elas existem como elementos de um ecossistema complexo e podem se adaptar as mudanças ambientais e sobreviver e influenciar a natureza de seu ambiente. Elas desempenham um papel ativo na determinação de seu futuro, especialmente quando atuam em conjunto com outras organizações (MORGAN, 2000, p. 82). Percebe-se que o estudo da ecologia organizacional ainda deixa muitas lacunas no que diz respeito a problemas conceituais. Sua abordagem é fundamental para compreender as causas de sobrevivência e fracasso dos diversos tipos de estruturas organizacionais. No entanto, julga-se que o contexto organizacional neste aspecto, pode ser comparado a uma caixa-preta devido sua complexidade em termos de tamanho, idade, densidade do ambiente, decisões estratégicas, fatores ambientais externos, entre outros. 4 APRENDIZADO ORGANIZACIONAL Assim como na natureza, a colaboração é um meio utilizado comumente no mundo organizacional. Relações de cooperação rotineiras entre organizações de diferentes segmentos

ou em diferentes partes de um setor também são muito comuns. Um conceito ecológico que evidencia a importância da colaboração e da competitividade pode contribuir para a compreensão da administração. Cientistas sociais como Trist et al apud Morgan, (2000, p. 83), inspirados por essa idéia, encorajaram o desenvolvimento de redes informais de aprendizagem que podem gerar intercâmbios de informações e discussões dentro de um domínio, promover avaliações conjuntas de problemas, facilitar o surgimento de valores e normas comuns e encontrar novas soluções para problemas comuns aos membros da rede. A meta é que a ecologia das relações organizacionais possa progredir e sobreviver a problemas e ameaças de linhas de ação individualistas e inadministráveis. Portanto, este conceito propõe uma maneira criativa de pensar e agir frente a estes problemas (Morgan, 2000). A metáfora orgânica de aprendizagem da organização pode remeter um importante desempenho na edificação de conhecimento levando a transformações e inovações. A transformação contínua constitui-se em um grande desafio para as organizações, porque impõe que estas resistam a passagem de uma teoria-em-uso para outra. É importante evidenciar que existe diferença nos termos Aprendizagem organizacional e Organização de aprendizagem, sendo que o uso dos mesmos é utilizado muitas vezes sem distinção. O foco de uma Organização de Aprendizagem está voltado para os sistemas, princípios e características da Organização que Aprende como uma entidade coletiva. Já a Aprendizagem Organizacional refere-se às habilidades e aos processos de aquisição, construção e utilização do conhecimento (MENESES, RIBEIRO, ZAGO, 2006). A organização de aprendizagem promove a comunicação e a colaboração de forma que todos empenhem em identificar e solucionar problemas, além de estimular a adaptabilidade e a participação no desenvolvimento de novas idéias que possam levar a organização a aproveitar novas oportunidades e administrar crises e riscos. Isto se dá porque as organizações são constituídas por processos agrupados de trabalho, autoridade e responsabilidade e que estabelecem relações entre as pessoas e os órgãos, cada aspecto do funcionamento organizacional depende do processamento de informações de uma forma ou de outra (MORGAN 2000, p. 95). O aprendizado não tem restrições de tempo e lugar. Atribuir o grau de incerteza e a taxa de mudança como sendo os estímulos para o empenho na organização que aprende é considerado um fato comum (GOLD, 1995). Algumas organizações deliberadamente avançam no aprendizado organizacional desenvolvendo capacidades consistentes com seus

objetivos, outras não focalizam seus esforços e, portanto, adquirem hábitos contraproducentes. Contudo, independente da escolha, de forma consciente ou não, todas as organizações aprendem. É uma necessidade fundamental para a sustentação de sua existência. (KIM, 1998). Por outro lado, apenas estimular iniciativas de mudança deixa de ser suficiente, quando na prática a maioria das iniciativas de aprendizagem não reflete qualquer significado mais profundo do processo de crescimento na natureza, pois, estas iniciativas não lidam com os processos que limitam o crescimento. Nada na natureza cresce na ausência de processos limitantes como incertezas e riscos, mais do que isto, é fundamental a mudança na maneira de pensar, compreender a natureza dos processos de crescimento e saber catalisá-los (SENGE, 1999). Segundo Aktouf (1996) a mudança deve emergir de modo contínuo, de cima para baixo, ou seja, dos dirigentes para trabalhadores e não deve ser imposta como um objeto de planejamento, isto porque as pessoas não são previsíveis. Uma organização que aprende está continuamente difundindo sua capacidade de projetar o futuro. Não basta apenas sobreviver ou se adaptar. Em outras palavras, a aprendizagem adaptativa deve ser somada a aprendizagem generativa, a aprendizagem que amplia nossa capacidade de criar (SENGE, 2005, p. 48). A aprendizagem nas organizações ocorre através das pessoas de forma integrada. No entanto, aprendizagem individual não assegura a aprendizagem organizacional. De acordo com Kim (1998), a importância do aprendizado individual é uma situação óbvia e tênue. Óbvia porque as organizações são compostas por indivíduos e tênue porque as organizações podem aprender independente de algum indivíduo específico, mas não independente de todos os indivíduos. Segundo Fleury & Fleury (2001, p. 190) A aprendizagem é um processo neural complexo, que leva à construção de memórias. A noção de complexidade não se reduz à incerteza. Isto de certa forma causa ação, que gera desafio e consequentemente, surgem estratégias que lutam com o acaso e buscam informações para eliminar o máximo de certeza (MORIN, 2005). Sendo assim, organizações que aprendem são mais complexas e dinâmicas do que um simples conhecimento individual ou seja, os membros de uma organização devem ser agentes ativos da inovação e para acompanhar as mudanças do ambiente, precisam desenvolver informação e conhecimento e não apenas processá-los de forma eficiente. A organização se recria destruindo o sistema de conhecimento existente e encontrando novas formas de pensar e fazer as coisas (NONAKA & TAKEUCHI, 1997, p. 59). De acordo com Morgan (2000) as organizações que aprendem devem investigar e antecipar mudanças no ambiente; desenvolver capacidade de questionamento, desafiar e

mudar normas e determinações vigentes além de aceitar novos padrões de organização e direção estratégicas. O aprendizado pode levar o gestor a analisar e avaliar os sucessos e fracassos da organização de forma sistemática e assim, disseminar amplamente aos funcionários, ensinamentos resultantes desse processo. Tornar o conhecimento produtivo é uma responsabilidade gerencial que também requer a exploração sistemática de oportunidades para a mudança [...] combinadas com as competências e força do trabalhador do conhecimento e da equipe do conhecimento (DRUCKER, 2001, p.147). Por conseguinte, a aprendizagem pode ser julgada como um processo de mudança, impulsionado por vários estímulos advindos de emoções, que poderão vir ou não a revelar-se em mudança no comportamento do indivíduo. Além disso, o processo de aprendizagem em uma organização envolve tanto o desenvolvimento de novos mapas cognitivos, que possibilitem entender o que se passa no ambiente externo e interno da organização, como o significado de novos comportamentos que corroboram a efetividade do aprendizado (FLEURY & FLEURY, 2001). Weick apud Minzberg, Ahlstrand, Lampel (2000) usou o modelo ecológico de variação, seleção e retenção para retratar o comportamento de aprendizado como: agir primeiro, isto é, monitorar os dados fornecidos sobre o ambiente, a seguir, identificar e filtrar o que funciona, em outras palavras, entender em retrospecto essas ações. Por último, utilizar apenas aqueles comportamentos considerados desejáveis. Segundo Weick, toda compreensão se origina de reflexão e no exame passado (p. 149). De acordo Nonaka & Takeuchi, (1997, p. 53) existe uma concordância geral de vários estudos há mais de vinte anos de que o aprendizado organizacional é um processo de mudança adaptativo influenciado pela experiência passada, concentrado no desenvolvimento ou na modificação de rotinas e apoiado pela memória organizacional. Senge, (2005) advoga que só terão sucesso, aquelas organizações que conseguirem instituir o comprometimento e a capacidade de aprender nas pessoas em todos os níveis da organização. Os estudos de Argyris, Schön, Senge e Revans, com base no aprendizado dos indivíduos e organizações sustentaram-se como prioridade-chave no planejamento e gerenciamento de organizações que possam lidar com os desafios de um mundo turbulento (MORGAN, 2000, p.102). Desta forma, Argyris e Schön apud Morgan (2000) estabeleceram dois tipos básicos de aprendizagem que se distinguem entre o processo de aprender: circuito único (grifo nosso) refere-se à aptidão para detectar e corrigir desvios em relação às normas predeterminadas, ou seja, na aplicação da melhor maneira de atingir aos objetivos organizacionais e de como manter o seu desempenho com eficiência e o processo de aprender

a aprender - auto-organização: circuito duplo (grifo nosso) significa que os membros da organização precisam ser capazes de entender os paradigmas, metáforas, posturas mentais e modelos mentais que determinam como a organização opera e de mudá-los quando necessário. Paradoxalmente, o aprendizado de circuito duplo provoca o desacordo para formar consenso. Ele também é um processo que permite que a inovação venha de todas as direções e que a inteligência evolua para níveis cada vez mais altos (MORGAN, 2000, p. 112). Corroborando os autores acima, Nonaka e Takeuchi (1997), referem-se ao aprendizado de circuito único como a obtenção de know-how a fim de solucionar problemas singulares sustentados em premissas existentes e ao aprendizado de circuito duplo como criação de novas premissas paradigmas, esquemas, modelos mentais ou perspectivas, com o intuito de dirimir as existentes. Isto denota que os gestores necessitam analisar sobre seu comportamento e verificar se de forma inadvertida cooperam com os problemas da organização e assim, mudar seu jeito de trabalhar. Ensinar as pessoas como raciocinar a respeito do seu comportamento de maneira nova e mais eficazes derruba as defesas que bloqueiam o aprendizado (ARGYRIS 1991, p. 100 apud MINTZBERG 2000 p. 157). No entanto, as organizações que aprendem devem investigar e antecipar mudanças no ambiente, desenvolver capacidade de questionamento e desafiar e mudar normas e determinações vigentes, e aceitar novos padrões de organização e direção estratégica. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao contrário dos ecólogos organizacionais que utilizam o modelo de variaçãoseleção-retenção apenas no nível das populações, o processo de aprendizado emprega este modelo na interpretação e atualização de experiências dos gerentes para a criação de estratégias fortes. Percebeu-se com este estudo que enquanto a contingência e aprendizado organizacional permitem adaptações, os ecologistas da população como Hannan e Freeman (1977 apud Minzberg, Ahlstrand, Lampel 2000, p. 213) exprimem suas dúvidas de que as principais características do mundo das organizações surjam através de aprendizado ou adaptações. Para os ecologistas, tanto as organizações como as populações não se adaptam aos seus ambientes, no entanto, elas já estão adaptadas ou não a variações ambientais eventuais quando elas surgem (CALDAS & CUNHA, 2005). Por outro lado, uma contribuição importante da ecologia das populações está em explicar como os fatores

ambientais selecionam as características organizacionais que melhor se adaptam ao ambiente (ALDRICH & PFEFFER, 1976 apud NETO & TRUZZI, 2002). Considerando que cada escola de pensamento busca explicar as causas de sua concepção para acontecimentos e fatos organizacionais, o presente ensaio buscou ilustrar três características teóricas que possam fornecer bases primárias para análise e compreensão das organizações. As perspectivas salientadas neste ensaio possuem diferentes conceitos e enfoques no estudo organizacional. A teoria da contingência indica que não existe uma forma ideal de se organizar, tudo depende. A ecologia julga que onde há forte concorrência, os recursos se tornam escassos e somente os mais aptos, sobreviverão ignorando de certa forma, a ação dos gestores. Paradoxalmente, o aprendizado organizacional considera que as organizações que aprendem devem-se antecipar as mudanças do ambiente, integrando as pessoas neste contexto. A aprendizagem organizacional pode ser vista como uma estratégia de adaptação e sobrevivência das empresas para muitos profissionais da área de administração. De Geus apud Senge (2005, p. 37). Afirma que a capacidade de aprender mais rápido que seus concorrentes pode ser a única vantagem competitiva sustentável. Diante dos aspectos teóricos correlacionados neste estudo e ainda, que nenhuma teoria isolada jamais nos dará um ponto de vista perfeito e que sirva a todos os propósitos (MORGAN, p. 23), acredita-se que as teorias contingencial, ecologia da população e aprendizado organizacional podem ser complementares: a teoria contingencial poderia elucidar o empenho das organizações em se adaptar ao seu ambiente de forma harmoniosa, enquanto a teoria da ecologia populacional apontaria os motivos do sucesso ou fracasso desse empenho adaptativo, por conseguinte, a aprendizagem organizacional poderia ser utilizada como uma estratégia de adaptação e sobrevivência das organizações. Desta forma, o objetivo deste ensaio foi contribuir para a compreensão da complementaridade das teorias da contingência, ecologia da população e aprendizado como meio para a integração das atividades que norteiam as organizações como forma de sobrevivência. REFERÊNCIAS ADIZES, I. Os ciclos de vida das organizações: como e por que as empresas crescem e morrem e o que fazer a respeito. 2. ed. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.

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