Análise do site da UNIDAVI e seu processo de desenvolvimento



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Transcrição:

Análise do site da UNIDAVI e seu processo de desenvolvimento Bruna Cristina de Albuquerque Sebold (UNIDAVI) sebold@lab.unidavi.edu.br Fábio Alexandrini (UNIDAVI) fabalex@unidavi.edu.br Amauri Cunha (UNIDAVI) proamauri@gmail.com Duan Leonardo Duarte (UNIDAVI) paraoduan@gmail.com Gilmar Malizeski Maçaneiro (UNIDAVI) gilmar@riosulense.com.br Resumo: Este trabalho é um estudo de métodos de Projeto e Desenvolvimento de sites para a Internet, seu principal objetivo é verificar os resultados um site projetado com a técnica de prototipação. A prototipação deve estar aliada aos desevolvedores para permitir um melhor desempenho da equipe e maior integração com o usuário, partindo para um resultado final de visual leve, eficaz e eficiente. Foi desenvolvida uma pesquisa com os alunos da Universidade Para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, com o objetivo de receber as mais diversas opiniões sobre as mudanças visuais que ocorreram no site da mesma (www.unidavi.edu.br) no mês de maio de 2006. A pesquisa esteve focada em analisar os resultados de um site em que foi aplicada a técnica sugerida. Verificou-se que o site é acessado diariamente por 75% dos acadêmicos entrevistados, destes, 76% se mostraram satifeitos com as notícias disponibilizadas, 77% estão satisfeitos quanto à facilidade de acesso, 95% se mostraram satisfeitos com o conteúdo. O auto-atendimento, área mais utilizada pelos acadêmicos e funcionários, obteve os resultados desejados pela equipe de desenvolvedores, sendo que 89% avaliaram como mudanças positivas. Quanto ao novo visual, 92% dos acadêmicos avaliaram entre boas e ótimas mudanças. Palavras-chave: Prototipação. Projeto e desenvolvimento de site. UNIDAVI. 1. Introdução Este é um estudo de técnicas de Projeto e Desenvolvimento de sistemas e seus benefícios. Muitos profissionais costumam pular essa etapa, por achar mais conveniente ou mais rápido no momento, deixando essa tarefa sempre para o próximo projeto, o que muitas vezes ocasiona muitos problemas na estrutura do site no decorrer do tempo, gerando uma série de alterações contínuas que seriam simples, caso ele tivesse feito um Protótipo do site, o que na maioria das vezes não acontece, então ele percebe que o melhor que tinha à fazer era usar a prototipação. Baseando-se nessa técnica, foi feito um estudo de caso na Universidade Para o Desenvolvimento do Alto Vale do itajaí (UNIDAVI) no mês de maio de 2006, período em que o site da Instituição passou por alterações visuais, devido a comemoração dos seus 40 anos. A equipe de desenvolvimento buscou aperfeiçoar o visual do site, visando a maior aprovação dos usuários. Foi disponibilizada então, uma pesquisa com 10 perguntas para coletar os resultados das mudanças, esta pesquisa ficou disponível durante 30 dias no endereço www.fantasidesign.eti.br/pesquisa, onde os acadêmicos da Universidade puderam expressar suas opiniões, bem com sugerir futuras alterações. 2. Prototipação Prototipação é a construção de um modelo do site. No desenvolvimento de sites, os protótipos são utilizados para auxiliar os projetistas e desenvolvedores a construir aplicações que sejam de fácil utilização por pelos usuários. Ela traz bons resultados principalmente quando o cliente não tem precisão na declaração das suas reais necessidades. Essa técnica 1

facilita a avaliação de alternativas de design a qualquer estágio do processo de desenvolvimento. Durante a fase conceitual os elementos básicos podem ser explorados e testados junto com os usuários. Ao projetar as telas, menus e levantar as formas de interação em maior detalhe, estas questões podem ser discutidas, avaliadas e testadas. Os métodos recomendados para se definir as exigências de sistemas comerciais são idealizadas para estabelecer um conjunto final completo, consistente e correto dos requisitos antes que o sistema seja projetado, construído, visto ou experimentado pelo usuário. A experiência industrial comum e recorrente indica que a despeito do uso de técnicas rigorosas, em muitos casos os usuários ainda rejeitam aplicações como não sendo corretas nem completas após a conclusão. Conseqüentemente, um trabalho divisório e consumidor de tempo é exigido para harmonizar a especificação original com o teste definitivo das necessidades operacionais reais. No pior caso, em vez de se reequipar o sistema entregue, ele é abandonado. Os desenvolvedores podem construir e testar contra as especificações, mas os usuários aceitam ou rejeitam contra as realidades operacionais correntes e reais. PRESSMAN(1995). Durante a fase de análise de criação do site, quando são definidos os requisitos básicos, os analistas e programadores coletam informações sobre os procedimentos atuais do cliente e os processos de negócio relativos ao site. O emprego da prototipação ajuda a melhorar o processo de criação do projeto final, pois possibilita a conversão das questões básicas, em um modelo operacional de testes, mesmo que limitado do projeto desejado. Facilitando a obtenção de respostas e avaliação dos usuários, esta versão de testes o analista utilizará para modificar algum quesito bem como elaborar novas versões. A prototipação se apresenta de formas variadas, desde esquemas simples em papel ou sites onde os usuários podem dar um Freedback (obtenção de respostas e avaliação dos usuários). Coleta e Refinamento de Requisitos Início do Desenvolvimento Projeto rápido Construção do Protótipo Avaliação do Cliente Refinamento do Protótipo Não É a última iteração? Engenharia do Produto Sim Fim do Desenvolvimento Figura 1 Fases da Prototipação. Segundo Gustafson (2003) este modelo contrói uma versão descartável (protótipo), que visa testar conceitos e requisitos e será usado para demonstrar o comportamento aos clientes. O esforço despendido no protótipo geralmente é compensado pelo nãodesenvolvimento de características desnecessárias. 2

Os requisitos referem-se às necessidades dos usuários, sendo a sua compreensão total é suma importância para se obter sucesso em seu desenvolvimento. A análise de requisitos visa garantir uma estrutura de dados adequada, para que futuras aplicações, tais como estudos de resultados clínicos, possam ser implementados e contar com todas as informações necessárias. A especificação é importante, pois a maior parte dos erros encontrados durante os testes e a operação do site são derivados de pouco entendimento ou má interpretação dos requisitos. Enquanto as especificações concentram-se no "o quê" a solução fará, o projeto descreve "como" o site será implementado. É durante a fase de projeto que a estrutura geral e o estilo são definidos. Segundo Pressman, 1995, essa fase do desenvolvimento, produz: um projeto de dados, um projeto arquitetural e um projeto procedimental. Além desses um projeto de interface distinto deve ser elaborado, que estabelece o layout e os mecanismos para interação homem-máquina. Estudos têm demonstrado que até 75% de todo o código da aplicação é destinada a interface, tamanha a sua importância. O estudo da interface com o usuário é extremamente importante no desenvolvimento de sites, onde uma interação adequada é necessária para adesão dos usuários ao site, assim conceitos como usabilidade e ergonomia, como uma série de recomendações para a interface, tornam-se importantes para garantir o sucesso. O ideal é que a interface seja intuitiva, fácil de usar e acessível, deve ser capaz de representar os diversos tipos de mídia representes na informação médica (texto, gráficos, imagens e sons). Após o projeto, segue-se a codificação, também chamada de implementação. Esta fase é uma simples questão de tradução do projeto para um código, já que as decisões mais difíceis já foram tomadas durante a fase de projeto. Java, JavaScript, HTML, PHP, ASP, ASPX, Action Script são algumas das linguagens de programação para a web mais utilizadas atualmente. Em geral, os programadores, são negligentes durante as fases do desenvolvimento do software, tais como análise e projeto. Dessa forma, para uma manutenção mais tranqüila e segura, deve-se utilizar extensamente a prototipação que garantirá um design adequado e escalável para futuras modificações. Durante a manutenção, são realizadas atividades corretivas, adaptativas, perfectivas e preventivas. A manutenção de um site deve ser feita de maneira criteriosa, para evitar que alterações inseridas venham a prejudicar o funcionamento do site e incorra em erros que podem causar danos ao usuário pela disponibilização de informações incorretas. O protótipo permite que a aplicação seja totalmente testada antes de passar à produção. Durante estes testes, o usuário pode trabalhar com dados reais, ou seja, que testa de uma forma natural, não somente formatos de telas, etc., mas também fórmulas, regras do negócio, estruturas de dados, etc. Esta é uma técnica de projeção de sistemas, que pode ser utilizada tanto para sistemas comerciais como para sites. Utilizada na Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, para a criação do site da mesma, a Instituição dispõe de uma equipe composta de quatro funcionários especializados, destinados à elaboração de protótipos do seu site, desenvolvimento e testes dos mesmos. O processo de criação de um protótipo é, geralmente, iterativo: construímos um protótipo, o avaliamos (com a participação do cliente ou do usuário), consideramos como podemos aprimorar o produto ou o projeto e, então construímos outro protótipo. A iteração termina quando nós e os clientes acreditamos ter uma solução satisfatória para o problema. A criação do protótipo é geralmente utilizada para realizar um bom projeto da interface com o usuário (a parte do sistema com a qual o usuário interage). PFLEEGER (2004). 3

O site da UNIDAVI divide-se basicamente em quatro partes, a primeira delas o menu, localizado à esquerda onde ficam as opções de descrição da Universidade, Setores, Contato, bem como os cursos oferecidos pela mesma. Ao lado fica a área de acesso restrito, onde os alunos consultam suas notas e demais informações acadêmicas e financeiras. Professores e estagiários também têm acesso à suas informações respectivamente, juntamente com o acesso ao seu e-mail na Unidavi.Net. Abaixo está disponível uma área intitulada de Universo Unidavi, onde são disponibilizadas notícias recentes sobre a Universidade e seus campus, cursos, e alunos. A coluna à direita fica reservada para os destaques da Universidade como eventos, feiras, cursos novos, período de matrículas, entre outros. Figura 2 Site da UNIDAVI após a reformulação de maio de 2006. 3. Desenvolvimento 3.1 Etapas de desenvolvimento Baseandos na prototipação, tomamos como estudo de caso o site da Universidade Para o Desenvolvimento do alto Vale do Itajaí (UNIDAVI), no ano a Instituição completou seu 40 anos, então ficou decidido que esta era a hora de inovar o seu site bem como uma série de outros aspectos. Assim passou pelas seguintes etapas até chegar na versão atual: Elaboração do projeto de mudança; Estudo de novas necessidades; Wireframe de vários modelos visuais; Aprovação do modelo (pela reitoria da universidade); Planejamento do tempo para desenvolvimento; Desenvolvimento; Testes e ajustes; Publicação; 4

3.2 Equipe envolvida Um responsável técnico, layout e programação, Bacharel em Siatemas de Informação, Pós-graduado em Gestão em Desenvolvimento de Software Um programador responsável pela realização de testes Bacharel Sistemas de Informação. Um gerente de testes e análise de dados Bacharel em Ciência da Computação, Pósgraduado em Ciências da Computação com ênfase em Redes de Computadores. Um coordenador Bacharel em Sistemas de Informação, Pós-graduado em Metodologia da Educação a Distância. 3.3 Tempo de criação e ferramentas utilizadas 120 dias 3.4 Ferramentas utilizadas Macromedia Studio versão 8 (modo não visual) 3.5 Linguagem de programação PHP 4.3 3.5 Banco de dados Oracle 9i MySQL 3.23 4. Metodologia e resultados Durante os estudos das técnicas de Projeto e Desenvolvimento de sites, o site da Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí passava por alterações no visual, objetivando alcançar maior satisfação dos usuários, pensando nisso foi elaborada uma pesquisa, referente à opinião dos usuários com relação ao site da UNIDAVI, esta foi disponibilizada por meio de uma página na Internet com 10 perguntas sobre as novidades, durante 30 dias no endereço www.fantasidesign.eti.br/pesquisa. A divulgação foi feita via e-mail entre 1300 alunos da Universidade, obtendo resposta de 85 acadêmicos, o que significa 6,5%, onde os acadêmicos puderam expressar suas opiniões, bem como colaborar com sugestões para as próximas versões do site, sendo que destes 1300 tiveram erro de envio 15 e-mails equivalente a 1,15%. Com relação às notícias, 27% dos acadêmicos se mostraram muito satisfeitos, enquanto 49% disseram que estão medianamente satisfeitos. O site da UNIDAVI é acessado diariamente por 75% dos acadêmicos entrevistados, e também num período de intervalo de dois dias por 19% destes. 5

Figura 3 Freqüência de acessos ao site e satisfação com as notícias no site da UNIDAVI. 43% dos entrevistados se mostraram muito satisfeitos com o conteúdo disponibilizado no site da Universidade, enquanto 52% estão medianamente satifeitos com o conteúdo que acessam no mesmo. Foi lançada a proposta de disponibilizar um fórum para acesso de todos no site, percebeu-se que 56% dos entrevistados se interessariam medianamente pelo assunto. Figura 4 Satisfação com o conteúdo do site da UNIDAVI e interesse em um fórum. O auto-atendimento, área mais utilizada pelos acadêmicos e funcionários de modo geral, obteve os resultados desejados pela equipe de desenvolvedores, sendo 49% das opiniões foram voltadas boas mudanças enquanto 40% avaliaram como ótimas mudanças. As opiniões a respeito do novo visual do site da Universidade, caminham ao lado dos resultados do auto-atendimento, sendo que 52% dos acadêmicos votaram em que as mudanças foram boas, enquanto 40% votaram que as mudanças foram ótimas. Figura 5 Opinião das mudanças no Auto-Atendimento e novo visual do site em geral. Foram questionados também quais os itens do menu do site são acessados com maior freqüência. Entre esses itens, tiveram destaque: Auto-atendimento, cursos, eventos, notícias e atos institucionais. Quanto à facilidade de acesso ao conteúdo da Universidade, 6

os resultados vão ao encontro da satisfação com as notícias, sendo que 26% estão muito satisfeitos e 51% estão medianamente satisfeitos. Figura 6 Itens do menu que são acessados com maior freqüência e nível em que as mudanças facilitaram o acesso ao conteúdo. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a intenção de orientar e esclarecer dúvidas referentes a prototipação de sites considera-se que a proposta deste artigo foi alcançada, mostrando formas de elaboração de protótipos, bem como motivos os quais esta elaboração é fundamental para que se tenha um resultado eficaz, eficiente e agradável, como foi mostrado no exemplo do site da Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, site este que foi projetado, analisado, elaborado e testado até chegar na versão atual, passando por todas as etapas da prototipação, obtendo assim bons resultados. Como resultados da pesquisa, foi possível observar que os usuários do site da UNIDAVI ficaram satisfeitos com as mudanças realizadas no mês de maio de 2006, visto o mesmo é acessado pela maior parte de seus usuários diariamente e que os mesmos aprovaram a facilidade de acesso ao conteúdo e a qualidade do mesmo, bem como o auto-atendimento e o novo visual. Quando questionados quais os itens do menu do site são acessados com maior freqüência. Destacando-se: auto-atendimento, cursos, eventos, notícias e atos institucionais. 7

REFERÊNCIAS ALEXANDRINI, Fábio. Perfil Empresarial na aplicação E-commerce: Dissertação de Mestrado, PPGEP, UFSC, 2000. FURLAN, José Davi. Modelagem de objetos através da UML: The Unifield Modeling Language. São Paulo: Makron Books, 1998. GUSTAFSON, David A. Teoria e Problemas de Engenharia de Software. Porto Alegre: Bookman, 2003. MACHADO, Felipe Nery Rodrigues. Análise relacional de sistemas. São Paulo: Érica, 2001. PFLEEGER, Shari Law. Engenharia de Software: Teoria e prática. 2.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. PETERS, James F. Engenharia de Software: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Campus, 2001. PRESSMAN, Roger S. Engenharia de Software. São Paulo: Makron Books, 1995. REZENDE, Denis Alcides.Engenharia de Software Rio de Janeiro: Brasport, 2002. YOURDON, Edward. ARGILA, Carl, Análise baseada em objetos, São Paulo: Makron Books, 1999. 8