CAPÍTULO V. CONTRIBUÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL CULTURAL E PARA O AMBIENTE REGIONAL



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Transcrição:

CAPÍTULO V. CONTRIBUÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL CULTURAL E PARA O AMBIENTE REGIONAL 5.1 Desenvolvimento social Torna-se importante sublinhar que diferentemente das universidades de primeiro mundo, que têm melhores condições infra-estruturais e financeiras e, portanto, podem oferecer uma gama bastante diversificada de serviços e atividades, as universidades brasileiras, de um modo geral, não dispõem das mesmas condições, o que significa que o escopo de suas ações é bem mais reduzido e a sua contribuição para o desenvolvimento social do meio em que elas estão inseridas é mais limitada. Embora a comunidade possa utilizar os equipamentos da UEL (bibliotecas, salas de conferência, etc) na prática os procedimentos necessários para essa utilização colocam algumas dificuldades e exigem perseverança por parte dos interessados. No caso das bibliotecas a utilização é fácil, elas são públicas. Para outros espaços, como as salas de conferência, o procedimento é diferente conforme o usuário. No caso de solicitação de órgão público o atendimento é imediato desde que o equipamento esteja disponível. No caso dos demais membros da comunidade as salas podem ser cedidas mediante taxa de manutenção regulamentada por Resolução, após o pedido ser examinado pela Assessoria Jurídica e pelo Conselho de Administração, que é quem defere ou indefere a solicitação. Ou seja, há uma tramitação relativamente complexa dentro da UEL e a decisão final pertence a um dos mais altos níveis de decisão da universidade. Um dos pontos fortes da UEL, no entanto, é a prestação de serviços sociais. A UEL presta serviço de saúde, por exemplo, através do Hospital Universitário, HU, Serviço de Pronto Atendimento do Hospital Central, HC, Clínica Odontológica Universitária, COUNP, como também serviço jurídico, através do Escritório de Assessoria Jurídica, EAJ e, também outros serviços, isoladamente ou em convênio com outras instituições ou órgãos públicos, como a Prefeitura Municipal. O Hospital Universitário é um órgão suplementar da UEL. Foi criado em 1971 e atualmente é o único hospital público de grande porte do Norte do Paraná. Além das funções de hospital-escola ele é integrante do SUS, Sistema Unificado de Saúde da rede publica brasileira. A sua infra-estrutura conta com 333 leitos, 120 salas de consulta, 7 salas cirúrgicas, atendimento de pronto-socorro permanente em várias áreas especializadas. Também mantém outros serviços vinculados tais como: Hemocentro Regional, Fisioterapia, Unidades de Terapia Intensiva, Banco de Leite Humano, Centro de Controle de Intoxicações, Núcleo de Vacinações, Central de Quimioterapia. O hospital é referencia em várias especialidades. 1 Os números a seguir ilustram a importância regional do Hospital universitário. O atendimento médio mensal revela: 1.150 internações, 12.000 atendimentos ambulatoriais, 7.000 atendimentos de pronto-socorro, 600 cirurgias. Além disso, o hospital é local de estágio para 4 cursos de graduação e 14 de pós-graduação. A UEL possui também o Laboratório de Produção de Medicamentos, LPM. Ele é o maior laboratório público do estado do Paraná e contribui com as políticas de saúde publica tanto do governo federal como do estadual, na produção de medicamentos básicos a baixo custo. Também integram a UEL o Colégio de Aplicação e a Fazenda Escola. O primeiro é uma instituição de ensino para o 1º. E 2º. Grau gerido pela Secretaria de Estado da Educação como 1 ADETEC Cadernos setoriais O ensino superior em Londrina. 72

escola-laboratório. A fazenda além de apóias as atividades de ensino e pesquisa da UEL também realiza trabalhos em parceria com as cooperativas e com as empresas produtoras na área da agropecuária da região. A Universidade Estadual de Maringá UEM O caso da UEM não é uma exceção à regra geral das universidades brasileiras. A sua contribuição para o desenvolvimento social praticamente se restringe em disponibilizar para a sociedade local a sua infra-estrutura física, apesar do grande déficit de salas de aula, anfiteatros e salas de conferências. Deste modo, a UEM colabora para que as mais variadas atividades possam ser viabilizadas. Embora certamente existam limitações, a UEM, como tantas outras universidade brasileiras, principalmente as públicas, poderiam e deveriam ampliar os seus serviços para a comunidade. Neste sentido, o acesso irrestrito à biblioteca, cursos de verão, possibilidade de se utilizar as áreas de lazer, programas de trabalho voluntário e etc. deveriam fazer parte do rol de serviços oferecidos pela UEM. 5.2 Desenvolvimento cultural A UEL procura apoiar atividades culturais, artísticas e esportivas. Além de cursos regulares de graduação como o de Artes Cênicas, Música, Design Gráfico, e Ciência do Esporte. existem programas de educação artística música, artes plásticas (visuais) desenvolvidos com a comunidade, como por ex. o Programa de Orquestra Jovem. Também possui equipes de esportes com participação em jogos universitários, bem como possui área e equipamentos esportivos. A propósito, há um Centro de Educação Esportiva no Campus. Também patrocina através de convênio com o Instituto Airton Senna atividades esportivas para crianças. A UEL tem vinculado ao seu Centro de Letras e Ciências Humanas o Museu Histórico de Londrina. Embora não adquira obras de arte, a UEL disponibiliza espaços e desenvolve programas de exposição com artistas regionais e com a própria comunidade universitária. Por outro lado um dos cinemas históricos de Londrina, o cine Ouro Verde, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, é responsabilidade da UEL. Também existem muitas iniciativas culturais desenvolvidas em parcerias com órgãos públicos e instituições privadas, como o Festival Internacional de Teatro e o Festival de Música, bem como programas cinematográficos no Cine Contour/UEL. A maior parte dessa atividade cultural da UEL está concentrada na Casa de Cultura da UEL. Ela existe desde 1971 e passou a ser institucionalmente um órgão suplementar da UEL em 1978. Atualmente ela conta com cerca de 114 funcionários dos quais 52 pertencem à Orquestra Sinfônica. Ela é composta por divisões especializadas: artes cênicas, artes plásticas, música (que engloba as atividades da orquestra sinfônica e dos corais), cinema (que cuida do cine Ouro Verde). A Universidade Estadual de Maringá UEM Os grupos artístico-culturais e a Diretoria de Cultura (DCU) da UEM têm sistematicamente proporcionado programas de formação e dado apoio às iniciativas culturais. Estas atividades também propiciam aos grupos amadores da cidade e da região um espaço para apresentar e divulgar os seus trabalhos. Para tanto, a UEM, através da DCU, tem procurado estabelecer parcerias com a Prefeitura Municipal, a Sociedade Eticamente Responsável, as Receitas Federal e 73

Estadual, e o Núcleo Regional de Educação com o intuito não só de realizar as atividades artísticas e culturais, como também de viabilizar patrocínios para os artistas da cidade e região, proporcionando eventos em locais privilegiados e abertos à comunidade. Um aspecto interessante e importante de ser salientado é o fato de haver integrantes da própria comunidade em todas as atividades artísticas e culturais oferecidas pela UEM para a sociedade local. É interessante notar na tabela 5.1 que há uma expressiva participação da comunidade nestas atividades, além delas contarem com a participação de membros da comunidade e professores, técnicos e alunos da própria universidade. Discriminação Área de artes cênicas* Área de artes musicais* Tabela 5.1 Atividades Artísticas e Culturais em 2004 UEM Nº. de Apresentações Público Integrantes Docentes Discentes Técnicos Comunidade 17 883 - - - - 3 235 - - - - Coral 15 5.000 1 14 1 4 Teatro Universitário 13 22.000 1 8-4 Dança folclórica 38 55.730 3 17 3 12 Sapateado 22 21.000 1 14 1 4 Grupo de Artes Plásticas 5 21.500 1 - - 15 Oficina de dança 28 11.460 1 1-19 Grupo de artes industriais Projeto Cantos e Encantos - - 1 2-12 47 5.000 1-2 1 Total 188 142.808 10 56 7 71 Fonte: UEM, 2005 Obs.: * São grupos externos à Diretoria de Cultura, embora realizem apresentações na UEM, com o apoio desta Diretoria. A DCU oferece os seguintes cursos permanentes: Desenho Artístico Básico, Linguagem Visual, Cerâmica Básico; Cerâmica Avançada; Porcelana e Faiança; Balé Clássico (primeiro ano); e Balé Clássico (V a IX). Além destes cursos, existem outros cursos de extensão oferecidos pela UEM, especificamente pela DCU para a comunidade, que são: A Expressão Plástica - Sob a Ótica da Linha e da Cor; Técnica TAP - Sapateado Básico; Técnica TAP - Sapateado Avançado; Oficina Básica de Formação do Ator; Jazz Infantil 2004; Jaz 2004; Danças Folclóricas e Populares Infanto-juvenis; Dança de Salão; Curso de Locução e Comunicação; e Iniciação à Fotografia Digital. A tabela 5.2 mostra claramente que a UEM oferece vários tipos de cursos e eventos para a comunidade. Conforme salientado anteriormente, há a participação de integrantes da comunidade, de professores, alunos e de técnico-administrativos da universidade. Cabe aqui 74

sublinhar que existem vários eventos, sempre abertos à comunidade, que contam com uma expressiva participação da sociedade. Tabela 5.2 Realização de Cursos e Eventos na UEM, 2004. PARTICIPANTES CURSOS/EVENTOS NÚMERO DOCENTES TÉCNICOS COMUNIDADE BENEFICIÁRIOS Simpósio 124 146 22 13 2.530 Curso de extensão 132 168 77 38 2.696 Encontro 76 105 29 26 1.238 Palestra 52 48 64 97 2.603 Semana acadêmica 183 249 78 53 5.461 SUBTOTAL 567 716 270 227 14.528 OUTROS EVENTOS: Jornada 8 22 - - 48 Seminário 62 101 30 21 1.097 Exposição 1 4 1 1 - Ciclo de debates 33 284 28 12 1.724 Workshop 4-3 - 93 Mostra de Artes 5 5 - - 64 Mini-curso 21 12 17 7 373 Oficina 4 4 3-63 Mesa redonda 10 - - - 83 Fórum 8 40 2 11 308 Conferência 28 19 16 2 761 SUBTOTAL 184 491 100 54 4.614 TOTAL 751 1.207 370 281 19.142 Fonte: UEM, 2005. 5.3 Sustentabilidade ambiental Não há muita informação sobre a implantação de algum tipo de sistema de gestão ambiental no campus. Existe um projeto em atividade sobre controle de lixo, inclusive resíduos químicos e lixo hospitalar, bem como educação ambiental, através de projeto educacional de coleta seletiva de lixo e, prática da coleta na própria UEL. A UEL participa do Núcleo de Coordenação do Fórum Permanente de Planejamento para o Desenvolvimento de Londrina, ao qual estão envolvidas 40 entidades, em colaboração direta ao Poder Público Municipal, que atualmente desenvolve discussões sobre o Programa Arco Norte, relativo ao desenvolvimento regional. Há também estudos de pesquisa e monitoramento das bacias hidrográficas da região realizados pela UEL. 75

A Universidade Estadual de Maringá UEM Em função da região norte do Paraná ser uma área com vocação agrícola, o meio ambiente é uma parte importante da preocupação das universidades e a UEM não é exceção à regra. A gestão ambiental é particularmente uma fonte constante de preocupação. Os grupos de pesquisa existentes sobre a questão ambiental exercem uma forte cobrança da instituição, sendo os resíduos dos laboratórios, por exemplo, um alvo bem recente dessa cobrança por qualidade. A UEM, especificamente no seu campus de Maringá, tem um programa denominado Pró-Resíduos que lida com a questão do lixo coletado. As zeladoras executam o trabalho de separação, sendo então o material reciclado e reutilizado na própria universidade. Entretanto, o aspecto mais importante é o trabalho de formação e orientação que este programa propicia na região de influência na UEM na medida em que ele ensina a tratar com os diferentes tipos de resíduo. Torna-se importante sublinhar que existem iniciativas de colaboração entre a UEM e outros agentes para o apoio da sustentabilidade ambiental da região. Um exemplo concreto disso é o projeto de educação ambiental nos trinta municípios próximos de Maringá, em cooperação com o programa PRÓ-AMUSEP, realizado por meio de um curso de especialização, financiado pelo CNPq, que terá como resultados finais um amplo diagnóstico ambiental da região e um programa de formação de educadores ambientais. Cumpre observar que outros cursos de especialização (Latusensu) com um caráter ambiental já foram realizados pela UEM. Além disso, deve ser mencionado ainda um grande programa de pesquisa e extensão em cooperação com a ITAIPU Binacional com relação à sustentabilidade do grande lago da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Este trabalho é desenvolvido pelo NUPÉLIA (Núcleo de Pesquisa em Limnologia, Ictiologia e Aqüicultura), que pertence ao Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UEM. O NUPÉLIA tem desenvolvidos projetos de pesquisa em ambientes aquáticos, cujo foco está centrado nos aspectos da qualidade da água, diversidade, abundância e ecologia de diferentes comunidades aquáticas e terrestres, com o apoio financeiro não só das agências de fomento como, por exemplo, a FINEP e o CNPq, como também de órgãos do setor elétrico, principalmente Furnas Centrais Elétricas S.A., Itaipu Binacional e a Eletrobrás S.A. Um aspecto importante de ser ressaltado aqui é o fato de outros núcleos ligados à questão ambiental, tais como o GEMA (Grupo de Estudos Multidisciplinares do Ambiente) e o GESA (Grupo de Estudos Socioambientais), abordarem outras áreas do saber e também contarem com financiamento de órgãos e agências nacionais. 5.4 Conclusões O segundo workshop realizado na UEL considerou que na perspectiva estratégica (pontos fracos, ameaças, pontos fortes e oportunidades) relacionada como desenvolvimento social, cultural e da entorno regional os seguintes pontos: Pontos fortes Espaço e apoio à realização de atividades culturais Pluralidade e diversidade de idéias Universidade como catalisador do ambiente cultural regional 76

Pontos fracos Dificuldade de operacionalizar propostas Oportunidades Aproximação com outros parceiros e terceiro setor Aproveitamento da legislação de incentivos à cultura: o Nível federal lei Rouanet o Nível municipal Promic Valorização da cultura local Ameaças Risco de perda de foco e excelência acadêmica A Universidade Estadual de Maringá UEM Pontos Fortes O interesse que a UEM e o governo municipal de Maringá têm em manter parcerias na área cultural, o que vem sendo sistematicamente explorado. A parceria existente entre a UEM e os governos locais. Pontos Fracos A dificuldade de atrair as empresas para fomentar as atividades culturais. Isso desestimula os setores que cuidam da cultura e torna os esforços para viabilizar a produção artístico-cultural muito maiores. O resultado prático disso é a inviabilidade da divulgação cultural e, principalmente, a exclusão da população aos bens artísticos e culturais. Pouca colaboração entre a UEM e as universidades da região. Oportunidades As pessoas estão mais cientes não só das atividades que são oferecidas pela UEM como também do papel desta como promotora destas atividades. As novas tecnologias ambientais podem melhorar a sustentabilidade ambiental na UEM e, ao mesmo tempo, servir de estímulo para o desenvolvimento de novas soluções técnicas locais. Ameaças Falta de sinergia entre universidade e sociedade. Falta de vontade política. Influência da política partidária na distribuição de recursos. 77

Falta de recursos para financiamento de todas as áreas de conhecimento. Os recursos existentes são direcionados por demandas específicas e as áreas prioritárias de pesquisa seguem o interesse comercial que, isoladamente, não promovem o desenvolvimento econômico e social. Tais atitudes são resultado da falta de coordenação de políticas para a ciência e de políticas públicas para o desenvolvimento socioeconômico. Falta de investimento em estruturas que permitam maior integração entre universidade e sociedade. 78