Slide 1 Universidade Federal de Campina Grande Centro de Saúde e Tecnologia Rural Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária DOENÇAS DE AVES E SUÍNOS PROF. DR. SILVANO HIGINO 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 1
Slide 2 Bouba Aviária Doença viral que afeta tanto espécies de aves domésticas como também as silvestres; 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 2
Slide 3 Introdução Disseminação lenta e formação de lesões proliferativas da pele, nas regiões desprovidas de pena (forma cutânea); ou lesões fibro-necróticas na mucosa do trato respiratório superior, boca e esôfago (forma diftérica); Sinonímia: varíola aviária, difteria aviária, Epitelioma Contagioso, Bexiga das Aves). 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 3
Slide 4 Família Poxiviridae; Etiologia Gênero Avipoxvirus; Há 4 cepas, poxvírus aviário, de pombos, de perus e de canários; Vírus DNA envelopado. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 4
Slide 5 Resistencia Bastante resistente no ambiente e a desinfetantes; Resiste no solo: + de 1 ano; São inativados por soda cáustica a 1% e por aquecimento a 50ºC por 30 minutos; 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 5
Slide 6 Patogenia Vírus infecta células epiteliais e há formação de inclusões citoplasmáticas eosinofílicas (Corpúsculos de Bollinger) ou pode entrar via respiratória e causar lesões diftéricas em sistema respiratório e/ou digestório. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 6
Slide 7 Mortalidade baixa; Epidemiologia Amplamente difundida e descrita em mais de 60 espécies; Afeta machos e fêmeas de qualquer idade; Vírus com longo período de incubação (entre 4 a 10 dias) com lenta difusão. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 7
Slide 8 Transmissão Porta de entrada: contato direto, lesões cutâneas (brigas/ação mecânica) ou por insetos (moscas e mosquitos); *Cepa do vírus de pombo em galinhas causa somente lesão no local de inoculação. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 8
Slide 9 Sinais clínicos Diminuição do ganho de peso, queda na produção de ovos, lesões oculares (cegueira), apatia, encorujamento, febre; Forma Cutânea: verifica-se lesões crostosas em crista, barbela, pálpebras e áreas não cobertas por penas; Forma Diftérica: presença de placas amarelas na boca, faringe, esôfago e traqueia levando a dificuldade de alimentação, dispneia, caquexia e desidratação. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 9
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Slide 14 Lesões F. cutânea: Presença de pápulas, vesículas, pústulas e crostas, dependendo do momento da observação; F. diftérica: placas sobressalentes de cor amarelada; Microscópicas: presença de corpúsculos de inclusão (Corpúsculos de Bollinger) patognomônicos. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 14
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Slide 16 Diagnóstico Isolamento do vírus em ovos embrionados: macerado das lesões inoculados em embriões SPF com 12 dias e após 7 dias verificase presença de nódulos esbranquiçados; Histologia: presença de corpúsculos de inclusão (Corpúsculos de Bollinger); Sorologia: ELISA, PCR e Imunodifusão. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 16
Slide 17 Não há tratamento efetivo; Tratamento Remoção das crostas volumosas e cauterização das feridas com tintura de iodo 3% ou nitrato de prata; As placas diftéricas podem ser lavadas com soluções fracas de permanganato de potássio; Deve ser usado antibióticos para evitar e tratar as infecções secundárias. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 17
Slide 18 Controle e profilaxia Isolamento das aves infectadas e desinfecção das superfícies expostas a aves infectadas; Hidróxido de potássio (KOH) A 1%, o hidróxido de sódio (Na0H) a 2% e o fenol a 5%; Manejo adequado: evitar excesso de lotação, boa debicagem, controle de insetos e evitar canibalismo; Vacinação. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 18
Slide 19 Vacinação É muito variável e depende da região ou criação; Vacinação In ovo (18 dia de vida embrionária); Aves de 1 dia cepa suave; 21 dias e reforço com 16 semanas; Observar o inchaço 7 dias após a vacinação pega ; 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 19
Slide 20 Cuidados gerais Adquirir pintos de incubatórios idôneos; O aviário deve estar localizado em local tranquilo, rodeado por arvores não frutíferas e cercado com tela de arame, para evitar o livre acesso; Após a retirada do lote, fazer limpeza completa do aviário; Caiar o aviário; 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 20
Slide 21 Cuidados gerais Evitar transito de pessoas, animais e veículos próximo aos aviários; Fazer a troca obrigatória de calçados e roupas (se possível, adotar a pratica de tomar banho) antes de entrar na granja; Todos as acessos ao aviário devem possuir um recipiente com solução desinfetante para que as pessoas desinfetem os calçados (pedilúvios); Onde houver transito de veículos, utilizar o rodolúvio; 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 21
Slide 22 "todos dentro, todos fora"; Cuidados gerais Observar o vazio sanitário de pelo menos 10 dias entre um lote e outro de frangos; Observar diariamente a limpeza dos bebedouros bem como do aviário e suas imediações; Fazer o controle de animais sinantrópicos; 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 22
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Slide 24 Bronquite Infecciosa da Galinhas Doença altamente infecciosa, de origem viral, de caráter agudo que acomete aves, em ambos os sexos, nas mais diferentes idades, em praticamente todas as regiões do mundo onde existe Avicultura Industrial ou não. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 24
Slide 25 Histórico Descrita pela primeira vez em 1931 na Dakota do Norte, EUA, espalhando-se rapidamente por todo o país; Nos anos 60, a síndrome nefrite-nefrose foi relatada na Austrália; No Brasil, foi diagnosticada pela primeira vez no ano de 1957 no Estado de Minas Gerais. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 25
Slide 26 Agente etiológico Coronavírus que acomete a espécie Gallus gallus domesticus, infectando células dos aparelhos respiratórios e geniturinário; Ordem Nidovirales; Família Coronaviridae. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 26
Slide 27 Agente Epiteliotrópico, pleomórfico (predominância de partículas esféricas); 120 nm de diâmetro; O vírion apresenta envelope lipídico (alta sensibilidade às condições ambientais e aos desinfetantes); Projeções superficiais: peplômeros (semelhante a uma coroa); GP S1. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 27
Slide 28 Resistência Inativado em 15 minutos a 56ºC; Resiste a refrigeração por 80 dias; 4ºC - 180 dias; Resiste a ph ácido (2,0) por 1 hora; Sensível a desinfetantes e UV. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 28
Slide 29 Dinâmica viral O vírus, após a adsorção e penetração, é multiplicado no citoplasma e a formação de partículas virais ocorre no retículo end. rugoso e no complexo de golgi; Os vírions são liberados da célula infectada por exocitose, não promovendo, desta forma, a lise celular. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 29
Slide 30 Importância Econômica Diminuição na produção e qualidade interna e externa dos SH2 ovos; "falsas poedeiras ; Diminuição da eclodibilidade; Diminuição da eficiência alimentar e do ganho de peso; Aumento da mortalidade e da condenação de carcaças ao abate; Gastos com medicamentos para debelar infecções secundárias. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 30
Slide 31 Morbidade 100%; Epidemiologia Mortalidade baixa (dependendo...); Com o aumento na idade, diminui a mortalidade e aumenta a ocorrência das lesões renais e do oviduto; Vias de Eliminação - muco, secreções conjuntival/nasal; Eliminação nas fezes (20 semanas após a infecção). 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 31
Slide 32 Epidemiologia Direta (ave para ave): aerossóis, fezes; Indireta: Vetores mecânicos: Pessoal técnico que transita de uma granja para outra; Veículos; água, ração, bandejas de ovos e equipamentos contaminados; Não necessita de vetores; Aves recuperadas são susceptíveis à infecção por outro sorotipo. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 32
Slide 33 Ocorrência no mundo 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 33
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Slide 35 Patogenia PI 18 A 36 hs Replicado nas células ciliadas da mucosa do aparelho respiratório (traqueia) Danos no aparelho respiratório, geniturinário e digestivo Viremia (1 a 2 dias após a infecção) Distribuição viral para os tecidos (tropismo) 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 35
Slide 36 Depende do tropismo da cepa: Sinais Clínicos Espirros, tosse, lacrimejamento, sinusite, conjuntivite; Diarreia desidratação e graves lesões renais como nefrite, nefrose e urolitíase; Ovos com alteração de casca (fina e porosa) ou alteração no formato; 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 36
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Slide 39 Lesões Em infecções secundárias: pericardite, hepatite e peritonite; Lesões renais com vários graus de comprometimento; 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 39
Slide 40 Lesões Diminuição dos cílios, descamação do epitélio, presença de células inflamatórias; BIG atípica: miopatia bilateral dos músculos peitorais (superficial e profundo) - deposição de imunocomplexos; Exsudato seroso, catarral, ou caseoso na traqueia, passagem nasal e sinusite. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 40
Slide 41 Diagnóstico Isolamento do agente: Swab traqueal, fezes; Imunofluorescência; ELISA; Inoculação de macerado de órgãos na cavidade alantoide de ovos SPF, com 9 e 11 dias de incubação; Cultivo celular; PCR. SH1 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 41
Slide 42 Controle e profilaxia Biosseguridade (isolamento, higiene, lotes com idade única, controle de trânsito de veículos e pessoas, "all-in-all-out" e vazio sanitário); Vacinação (pintinhos de 1 dia) por aspersão, spray, óculo-nasal e intramuscular; Estão disponíveis no Brasil, vacinas vivas liofilizadas do sorotipo Massachusetts (Mass) amostra H120, único sorotipo permito no Brasil. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 42
Slide 43 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 43
Slide 44 Atenção Antimicrobianos: cloranfenicol, neomicina, estreptomicina, sulfonamidas podem ter efeito imunosupressor, ou ainda agir diretamente sobre vacinas, diminuindo sua atividade imunogênica; Mesmo com diferentes estratégias de vacinação, o VBIG continua causando significativas perdas econômicas na produção avícola de corte e postura no Brasil e no mundo. 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 44
Slide 45 Obrigado!!! severino.silvano@ufcg.edu.br 16/08/2017 EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA BOUBA E BRONQUITE AVIÁRIA 45