ETAPAS DA CONSERVAÇÃO EX SITU DOS RECURSOS FITOGENÉTICOS.



Documentos relacionados
Recursos Genéticos brasileiros. Derly José Henriques da Silva Professor do Departamento de Fitotecnia Universidade Federal de Viçosa

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO lei 9.985/ Conceitos Básicos

Legislação Pesqueira e Ambiental. Prof.: Thiago Pereira Alves

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2006

Gestão e Legislação Ambiental

SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Sementes e Mudas Orgânicas

Marco legal, definições e tipos

Disciplina Ciências do Ambiente Prof. Dra. Elizete A. Checon de Freitas Lima Unesp, Campus de Ilha Solteira

TERMO DE REFERÊNCIA. Contrato por Produto Nacional

Situação das capacidades no manejo dos recursos genéticos animais

Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE SEMA DEPARTAMENTO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E GESTAO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DEMUC

Estado da tecnologia avançada na gestão dos recursos genéticos animais

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

Fundo Brasileiro para a Biodiversidade FUNBIO

Prof. Pedro Brancalion

ISO/IEC Avaliação da conformidade Declaração de conformidade do fornecedor Parte 2: Documentação de apoio

Curso E-Learning Licenciamento Ambiental

ANEXO II HISTÓRICO DAS FEIRAS DE TROCA DE SEMENTES TRADICIONAIS E CRIOULAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Capacitação para o Desenvolvimento Sustentável na Amazônia

ECOSSISTEMAS HUMANOS CLASSES GERAIS

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

ISO/IEC Avaliação da conformidade Declaração de conformidade do fornecedor Parte 1: Requisitos gerais

PROJETO DE LEI N O, DE 2015

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

Projeto de lei no. 440/2011 Audiência Pública. Mercedes Bustamante Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento

Projeto de Fortalecimento e Intercâmbio de Mosaicos de Áreas Protegidas na Mata Atlântica

CÓDIGO DE CONDUTA VOLUNTÁRIO PARA HORTICULTURA ORNAMENTAL SUSTENTÁVEL

PROJETO DE LEI Nº. Do Sr. Deputado Vanderlei Macris. O Congresso Nacional decreta:

É HORA DE INCLUIR O DESENVOLVIMENTO LOCAL NAS PRIORIDADES DO SEU MUNICÍPIO! Especialistas em pequenos negócios

NIMF Nº 6 DIRETRIZES PARA VIGILÂNCIA (1997)

Tema: Reserva Legal. Familiar/MMA

Sala da Comissão, em de de Deputado Edinho Bez Relator

MINUTA PROJETO DE LEI. Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO GESTÃO ESCOLAR INTEGRADORA LATO SENSU MANUAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO

Art. 6 o O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas atribuições:

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016

Diretrizes para determinação de intervalos de comprovação para equipamentos de medição.

LEI N , DE 17 DE JANEIRO DE INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR.

EXTINÇÃO DA FAUNA BRASILEIRA. Djenicer Alves Guilherme 1, Douglas Luiz 2

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DIRETORIA COLEGIADA RDC N 24, DE 8 DE JUNHO DE 2015

Representante: Instauração ex officio. Representado: SABESP

Lei nº 6.938, de 31 de agosto de Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu a sanciono a seguinte Lei:

1. Qual a legislação que se aplica em matéria de gases fluorados com efeito de estufa na Região?

O presente resumo não dispensa a leitura atenta do Parecer anexo.

VULNERABILIDADE À EXTINÇÃO. Algumas espécies são mais vulneráveis à extinção e se enquadram em uma ou mais das seguintes categorias:

REGULAMENTO DE PESCA DESPORTIVA NA ALBUFEIRA DE VASCOVEIRO

Contrato por Produto Nacional. Número e Título do Projeto: BRA 03/034 Projeto da Agricultura Familiar. 1. Função no Projeto: 2.

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

TERMO DE REFERÊNCIA Nº 78/2012. Acordo de Empréstimo LN 7513 BR COMPONENTE SAÚDE CONSULTORIA PESSOA FÍSICA

7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso

REGULAMENTO DOS LABORATÓRIOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE ANATOMIA CAPÍTULO I DOS LABORATÓRIOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E ANATOMIA E SEUS OBJETIVOS

CESA Comitê de Advocacia Comunitária e Responsabilidade Social Questões de Consumidores Junho, 2010.

Diretrizes para os Serviços Públicos de Saneamento Básico

Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida

PROJETO DE LEI Nº, DE (Do Sr. Fausto Pinato)

Manual do. Almoxarifado

Considerando a importância da divulgação de imagens das unidades de conservação para sensibilização da sociedade sobre o tema;

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA

Passivos Ambientais Mineração. Marcelo Jorge Medeiros Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano

CHAMADA INTERNA Nº 01/2012/Gabinete/IFBAIANO PROGRAMA CIÊNCIA ITINERANTE Programa de Fomento à Institucionalização do Projeto Escola Itinerante

O CONGRESSO NACIONAL decreta: II somente perderão seus mandatos nos casos de:

Acrescido o Anexo Único pelo Decreto n 1.349/15, efeitos a partir de ANEXO ÚNICO

RELATÓRIO FINAL DO PROJETO

EMENDA AO PLDO/ PL Nº 009/2002-CN ANEXO DE METAS E PRIORIDADES

EIXO TECNOLÓGICO: PRODUÇÃO ALIMENTÍCIA. Disciplinas da Formação Técnica Específica - FTE

RELATÓRIO SEMESTRAL PCH JARARACA JULHO A DEZEMBRO 2013

Proposta para que o PAA possa apoiar a regularização ambiental

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 266, DE 03 DE AGOSTO DE 2000

COMUNICADO n o 003/2012 ÁREA DE GEOGRAFIA ORIENTAÇÕES PARA NOVOS APCNS 2012

MEIO AMBIENTE DESENVOLVIMENTO COM SUSTENTABILIDADE

SISCITES. Octávio Valente - octavio.valente@ibama.gov.br Analista Ambiental IBAMA/DBFLO/COEFA

Regimento Interno do Sistema

Licenciamento Ambiental e Municipal

Regularização Fundiária de Unidades de Conservação Federais

Metadados. 1. Introdução. 2. O que são Metadados? 3. O Valor dos Metadados

O Estado da Biodiversidade Brasileira: Genes, Espécies e Biomas

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para

PATRUS ANANIAS DE SOUZA Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Fornecimento de Óculos para Alunos Portadores de Deficiência Visual

COMISSÃO DIRETORA PARECER Nº 522, DE 2014

RELATÓRIO. Participantes

Diretriz 1. Criar e desenvolver um Censo Geral da Cultura

DECRETO CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

NT-1805.R-1 - DESMATAMENTO E TERRAPLENAGEM EM TERRENOS E ACRESCIDOS DE MARINHA

Padrão de Desempenho 1: Sistemas de Gerenciamento e Avaliação Socioambiental

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS PARA COMPRAS E CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS COMPRADORES E FORNECEDORES FUNDAÇÃO DE APOIO À UNIFESP

GUIA DE PROCEDIMENTOS

CERTIFICAÇÃO E A LEI ORGÂNICA

ESPAÇO RURAL ALIMENTOS PARA OS BRASILEIROS E PARA O MUNDO

ANO LETIVO 2013/2014 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

REGULAMENTO MEMBRO PARTICIPANTE

PROJETO DE LEI N 3476/04 EMENDA DE PLENÁRIO N

AS RESERVAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO ALTERNATIVA PARA A CONSERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO DA CULTURA CAIÇARA.

O Governo da República Federativa do Brasil. O Governo da República do Peru,

Transcrição:

ETAPAS DA CONSERVAÇÃO EX SITU DOS RECURSOS FITOGENÉTICOS. 1. Introdução As etapas da conservação do germoplasma são as seguintes: 1) Aquisição do germoplasma; 2) Multiplicação prévia e armazenamento; 3) Armazenamento propriamente dita; 4) O manejo do germoplasma, que compreende as seguintes etapas: a) Caracterização e avaliação b) Regeneração e multiplicação para distribuição e uso c) Documentação d) Seleção para utilização em pré-melhoramento. 2. Aquisição de germoplasma O germoplasma pode ser adquirido por múltiplas razões: proteção, estudo, melhoramento, distribuição e para completar uma coleção. 2.1 Alternativas para se adquirir germoplasma O germoplasma pode ser obtido mediante a coleta, intercâmbio ou doação. Por razões práticas deve-se tentar conseguir o germoplasma sem visitar os 8

centros de origens valendo-se da doação ou intercâmbio. Se tal medida não for possível deve-se recorrer aos locais de maior variabilidade da espécie de interesse. 2.2 Requisitos do material adquirido As amostras devem ser sadias, representativas da diversidade da espécie e estar bem documentada para ingressar no sistema de conservação sem problemas. O país de origem e principalmente o que recebe o material a ser transferido deve assegurar-se de que a amostra está livre de patógenos ou pragas e desta forma deve ser feita uma inspeção rigorosa ou mesmo quarentena. As transferências de germoplasma entre países são regulamentadas por convênios internacionais. 2.2. Aquisição por intercâmbio ou doação O intercâmbio de germoplasma é uma prática tradicional entre pesquisadores. Muitos acessos que hoje fazem parte de grandes coleções foram obtidos mediante o intercâmbio ou doação. Da mesma maneira são recuperados acessos perdidos por guerras, desastres naturais ou negligência. Para intercambiar ou receber germoplasma por doação, a pessoa ou Instituição interessada solicita ao curador do Banco de Germoplasma. A transferência é efetivada mediante um convênio entre as partes interessadas e 9

inclusive neste convênio deve conter os termos do interesse de cada parte no material a ser transferido. Atualmente há duas leis em vigor no país cujo objetivo principal é regulamentar o acesso à biodiversidade nacional. A primeira é a medida provisória nº 2186-16, da qual teremos muitos comentários nesta disciplina e a segunda é o decreto de lei nº 3945 (2001) que cria e dá instrução para o Conselho Gestor do Patrimônio genético. Por este decreto pode ter acesso ao patrimônio genético para: pesquisa científica; desenvolvimento tecnológico ou bioprospecção. Também há em tramitação de autoria da Senadora Marina Silva o PLs 306/95 que regulamenta o acesso a biodiversidade brasileira. O projeto tem por interesse regulamentar a forma de acesso e utilização dos recursos genéticos brasileiros e desta maneira por fim a biopirataria ou garimpagem genética, ou seja, as incursões de empresas, Institutos de pesquisa e laboratórios, responsáveis pela retirada indiscriminada dos recursos biológicos encontrados na flora, fauna e minerais. Aspectos importantes do projeto de lei: A - Incumbe ao Poder público preservar a diversidade, a integridade e a utilização sustentável do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético, desta forma fica sacramentada a soberania e inalienabilidade dos direitos sobre a diversidade biológica e sobre os recursos genéticos existentes no território nacional. B - Para assegurar o cumprimento do disposto nesta lei, o poder público deverá criar comissão composta por representantes do Governo 10

Federal, dos governos estaduais e do Distrito Federal, da comunidade científica de organizações não governamentais e de empresas privadas, com o objetivo de coordenar, avaliar e assegurar o desenvolvimento das atividades de preservação da diversidade e da integridade do patrimônio genético nacional. C - Os trabalhos de levantamento e de coleta de recursos da diversidade biológica realizados em território brasileiro deverão ser previamente autorizados pela autoridade competente, após apresentação de requerimento pela pessoa física ou jurídica solicitante, onde constem pelo menos: 1 - Informação detalhada e especificada dos recursos a que se deseja ter acesso, incluindo seus usos atuais e potenciais, sua sustentabilidade e os riscos que possam decorrer do acesso; 2 - Descrição circunstanciada dos métodos, técnicas, sistemas de coleta e instrumentos a serem utilizados; 3 Localização precisa das áreas de acesso ao recurso; 4 Indicação do destino do material coletado e seu provável uso posterior; D Os trabalhos referidos no artigo anterior deverão, obrigatoriamente, contar com o acompanhamento de instituições técnico científica brasileira de reconhecido conceito na área objeto da pesquisa, especialmente designada para tal pela autoridade competente. 11

E O poder público reconhece e protege os direitos das comunidades locais de se beneficiar coletivamente por suas tradições e reconhecimentos e de serem compensadas pela conservação dos recursos biológicos e genéticos, seja mediante direitos de propriedade intelectual ou outros mecanismos. 2.3 AQUISIÇÃO MEDIANTE EXPLORAÇÃO E COLETA A exploração e coleta consistem em sair ao campo e buscar a variabilidade genética de espécies cultivadas e silvestres que não e possível obter de bancos de germoplasma, jardins botânicos e outras coleções. As razões para uma coleta podem ser diversas, entretanto as prioridades se estabelecem com base nas espécies de interesse e nas regiões de grande variabilidade genética do material desejado. A) Razões para se coletar germoplasma - Quando em uma determinada área existam espécies em perigo de extinção, resgate de germoplasma; - Quando a variabilidade das coleções ex situ foram perdidas ou são insuficientes; - Às vezes a oportunidade de coletar justifica a coleta, coleta oportunista; - Como parte de uma expedição pode se coletar germoplasma que não é o objetivo da missão. - - Para uso imediato no melhoramento; 12

- Para uso futuro: Ex: - Guaraná, Pupunha, Castanha do Pará, pequi, jaborandi, araticum, inhame em Viçosa. - Para pesquisa básica; Em função do interesse da coleta defini-se o tipo de missão de coleta, os quais podem ser: a) Quanto às espécies a serem buscadas as missões podem almejar uma espécie única ou várias espécies; b) Quanto às características dos genótipos a serem coletados, pode-se desejar um genótipo específico, ex: planta resistente a uma determinada doença ou amostras que contenham a variabilidade de uma determinada espécie. c) Pode-se desejar coletar espécies cultivadas (landraces) ou espécies silvestres B) GRUPOS DE ESPÉCIES A SEREM COLETADOS 1) Variedades melhoradas produzidas pela pesquisa, que estão sendo substituídas por variedades mais avançadas; 2) Variedades primitivas ou raças locais (Landraces) encontradas nas mãos dos pequenos agricultores. Tanto podem ser coletadas em áreas onde a introdução de variedades melhoradas represente uma ameaça, quanto naquelas onde se buscam materiais adaptados às condições locais; 3) Parentes silvestres das espécies cultivadas; 13

4) Espécies silvestres potencialmente importantes, que representem alternativas para a pesquisa básica e domesticação; 5) Espécies de importância reconhecida ou potencial que estejam em áreas ameaçadas por ação antrópica. C) ONDE COLETAR A) Culturas ou regiões de cultivo Farmers fields; B) Hortas e pomares caseiros; C) Mercados e feiras; D) Habitats silvestres; E) Áreas ameaçadas. As coletas nas regiões de cultivo são empregadas para obterem variedades melhoradas e variedades primitivas ou raças locais (Landraces.). Nestas regiões concentram-se os materiais de maior interesse para os melhoristas que trabalham com espécies cultivadas. Hortas, pomares caseiros e pequenas lavouras são os locais mais indicados para se obter variedades primitivas e raças locais. Pequenos agricultores e grupos indígenas geralmente conservam materiais precoces, tardios e adaptados a condições edafo-climáticas especificas de modo a lhes garantir a sobrevivência. Embora possam ser produzidas safras desuniformes na mistura destes materiais sempre poderá ser produzida alguma coisa. Em mercados e feiras podem ser encontradas plantas de variedades melhoradas, variedades primitivas ou Landraces bem como parentes silvestres das espécies cultivadas, e mesmo espécies silvestres potencialmente importantes. Como características deste tipo de coleta estão a grande diversidade de produtos que podem ser obtidos de maneira fácil e rápida, e a freqüente incerteza sobre a 14

origem da maioria dos materiais. No Brasil principalmente nas regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste encontram-se parentes silvestres das espécies cultivadas do gênero cápsicum. Nos habitats silvestres são os locais naturais das espécies silvestres e parentes silvestres. Estudos prévios sobre a variação climática e condições edafoclimáticas e distribuição da variabilidade entre os sítios são mais importantes nestes sitios que em todos os demais. A coleta em áreas ameaçadas é importante para resgate de materiais e neste caso tanto espécie importante como aquela potencialmente importante devem ser coletadas, nestes sítios deve dar preferência para as espécies endêmicas. D) Estratégias de amostragem de espécies cultivadas As etapas de caracterização dos locais e distribuição da variabilidade de uma determinada espécie foram discutidas nos itens anteriores. No presente tópico pretende-se discutir: A) Número de plantas necessárias por sitio de coleta; B) Número total de sítios de coleta e C) distribuição dos sítios de amostragem dentro de cada área. Neste sentido temos que trabalhar com medidas de variabilidade genética. Para entendermos um pouco da variação genética de populações em condições naturais existem quatro tipos de alelos em relação a sua distribuição no campo: 1) Comum, amplamente distribuído; 2) Comum, localmente distribuído; 3) Raro, amplamente distribuído; 15

4) Raro, localmente distribuído. 16