Boa Pro va! INSTRUÇÕES



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Transcrição:

INSTRUÇÕES Escreva um texto argumentativo. Seu texto deve apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão. Cer ti fi que-se de ha ver es co lhi do um dos te mas pro pos tos e dê um tí tu lo a seu tex to. Respeite margens e entradas de parágrafo. Use as informações disponíveis na prova da forma que considerar mais adequada a seus propósitos, mas evi te a sim ples có pi a. De sen vol va o tex to den tro do li mi te de 30 a 35 li nhas, em le tra de ta ma nho regular. Uti li ze a nor ma cul ta da lín gua por tu gue sa. Pas se a lim po seu tex to, na fo lha do tex to de fi ni ti vo, a ca ne ta, em le tra le gí vel e sem ra su ras. Não será for ne ci da ou tra fo lha para pas sar o tex to a lim po. Na fo lha do tex to de fi ni ti vo, es cre va seu nú me ro de iden ti fi ca ção não o nome e o nú me ro da sala. Ao en tre gar a re da ção, as si ne a ata de com pa re ci men to. A du ra ção da pro va é de 2 ho ras e 30 minutos. Ao ter mi nar, le van te o bra ço e aguar de para en tre gar sua re da ção. Ao si nal para o tér mi no da pro va, o Pro fes sor Che fe de Sala re co lhe a re da ção dos can di da tos que, por - ven tu ra, ain da se en con tra rem na sala. Este ca der no você pode le var con si go. A seguir, são sugeridos dois temas para o desenvolvimento de sua redação. Selecione um deles e re - dija um texto argumentativo em que você expresse, com clareza e consistência, sua posição em relação ao problema proposto. Boa Pro va!

2 UNISINOS REDAÇÃO PROPOSTA 1 (Imagem disponível em wwwcvi-maringa.org.br/downloads/publicacoes/manualdeinclusao/manual% 20de%20Inclusao%20Social.doc. Acesso em 23 abr. 2008). O artigo 208, inciso III, da Constituição Federal (1988) garante atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), condizente com a CF, dispõe sobre a inclusão escolar para alunos com necessidades educacionais especiais. No que tange à inclusão do deficiente na sociedade em geral e, principalmente, no mercado de trabalho, temos a Lei de Cotas nº 8213, promulgada em 1991. Apesar desses dispositivos legais, não são concedidas a muitos cidadãos com deficiência as mesmas oportunidades de participação social, segundo suas capacidades de desempenho, sem discriminações. TAREFA Partindo dessas considerações, redija um texto argumentativo em que você responda a UMA das questões abaixo: a) Você considera positiva a inclusão de alunos portadores de necessidades especiais na escola regular? Por quê? b) Você considera que, em nossa sociedade, ocorre, efetivamente, a inclusão de deficientes? Justifique. Se sua resposta for negativa, aponte alternativas que possam contribuir para a inclusão social dessas pessoas.

UNISINOS REDAÇÃO 3 Tex tos de apo io para a pro pos ta 1 Os de sa fi os da in clu são de de fi ci en tes no mer ca do de tra ba lho Des de 1991, exis te uma lei no Bra sil que obri ga as em pre sas com mais de 100 fun ci o ná ri os a con tra - tarem pessoas portadoras de deficiências. A lei prevê que uma determinada quantidade de vagas, que varia de 2% a 5% do nú me ro to tal de fun ci o ná ri os, deve ser reservada para pessoas deficientes. Como toda me - dida afirmativa, a lei vem causando grande polêmica, e seu cum pri men to ain da não é uma re a li da de para a maior parte das empresas. Muitos estudos mostram que promover a diversi - dade no mercado de trabalho traz muitos benefícios para as empresas. Pessoas com formação diferente, com visões diferentes sobre os mesmos problemas, com origens, idades, orientações políticas e religiosas diferentes, reunidas em um mesmo ambiente, proporcionam uma visão mais holística e promovem a criatividade e a inovação. Para a inclusão de deficientes, é preciso que as empresas façam adaptações físicas. As maiores (Imagem disponível em http://br.altavista.com/image/results?itag= ody&mik=photo&mik=graphic&mip=all&mis=all&miwxh=all&q= inclus%c3% A3o+de+deficientes&stq=80. Acesso em 23 abr. 2008) adaptações, no entanto, estão relacionadas a questões comportamentais: pela dificuldade que te mos em li dar com o novo e por que não es ta mos habituados a lidar com deficientes e a pensar na inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho, torna-se fundamental investir na sensibilização de gestores e funcionários. (Disponível em http://www.icpcultural.com.br/site/index.php?option= com_con tent&task=view&id=68&ite mid=36. Aces so em 22 abr. 2008. Adap ta ção). Inclu são ou ex clu são edu ca ci o nal de de fi ci en tes? O caso dos sur dos Natália Frazão e Flávio Tonetti* Não existe nenhuma dificuldade cognitiva que impeça o surdo de desenvolver suas potencialidades como ser humano de maneira ampla e efetiva. Os sur dos nem ao me nos gos tam de ser cha ma dos de deficientes, já que a palavra deficiente está associa - da a uma li mi ta ção, o que não con si de ram ter, já que a úni ca di fi cul da de que eles têm é o aces so a sua pró - pria lín gua, a LIBRAS. Com as no vas po lí ti cas pú bli cas, ou eles têm sido mandados a escolas regulares da rede pública, ou despejados em centros coletivos de deficientes. Na escola regular, são praticamente inexistentes os pro fes so res de LIBRAS. E, se é raro en con trar um, mais raro ain da é en con trar um que re al men te sa i ba se expressar e dominar plenamente o idioma LIBRAS, que tem uma estrutura e gramática próprias muito diferentes das da língua portuguesa. No entendimento de que deficiência não significa limitação, mas especificidade, é que reside o sentido do termo educação especial. É especial porque é específica, e procurar atender a essas especifici - dades em centros especializados em cada deficiência não é excluir os dificientes socialmente, mas capacitá-los para que recebam uma boa edu - cação e se desenvolvam adequadamente. Tra tá-los como se fos sem pes so as como ou - tras qua is quer, ne gan do-lhes sua lín gua ou sua forma de ex pres são pró pria é que é ex clu são. O Esta do bra si le i ro deu com isso um tiro no pé. De boas in ten ções, di ri am as vo vós, o in fer no está che io. *Na tá lia Fra zão é sur da, pro fes so ra de LIBRAS e es tu dan te uni ver - si tá ria de Admi nis tra ção e teve, ao lon go de sua vida, con ta to com di ver sas ins ti tu i ções para sur dos. Flá vio Ton net ti é ou vin te, pro fes - sor de Fi lo so fia da rede pú bli ca de en si no, pes qui sa dor de ne u ro - ciên cia da USP, as sis ten te da Di re to ria de Ensi no e Con se lhe i ro do Fun do Mu ni ci pal de Cul tu ra de Osas co além de edi tor des te blog. (Dis po ní vel em http://www.en si no.blog.br/2007/12/10/in clu sao-ouexclusao-educacional-de-deficientes-o-caso-dos-surdos/ Acesso em 2 abr. 2008. Adap ta ção).

4 UNISINOS REDAÇÃO De fi ci en tes: in clu são ou ex clu são? Elizabete Chinche Bregantini* O problema da aceitação e da adaptação das crianças deficientes ocorre em todos os tempos e em to dos os lu ga res. As ati tu des de in te gra ção e se - gregação sofrem influências dos arquétipos coletivos, que transmitem mensagens de segregação, incapacidade e anormalidade. Tentou-se, no Brasil, para minimizar a segrega - ção, usar diferentes rótulos, como excepcionais, deficientes, portadores de deficiência, portadores de necessidades especiais e, com a Política Nacional de Edu ca ção Espe ci al (1993), pas sa ram a ser cha - mados de portadores de necessidades educativas especiais. Porém, o problema está centrado no viés político-ideológico e social, por continuar ainda marca do por con cep ções e prá ti cas do pas sa do que en - fatizam a incapacidade e a normalidade. Entre es - sas duas idéi as, en con tra-se o edu ca dor, que, por um lado, tem de segregar e, por ou tro lado, integrar. Com a educação de portadores de necessidades especiais, tenho vivenciado algumas situações que levam a pen sar: como vem ocor ren do o pro ces so de in - te gra ção? De in clu são? Onde está a con gruên cia en - tre o falar de integração/inclusão e realmente promovê-la? E, afi nal, o que é inte grar? Inclu ir? A sim ples in ser ção em sala de aula re gu lar não garante a inclusão. É necessário investimento con - sistente e permanente na formação dos educado - res, em relação ao ensino geral e às especialidades das deficiências. É importante pensar no ensino especial inserido no contexto geral, buscando a construção de uma educação democrática para todos, o aprimoramento da qualidade do ensino regular, com novas maneiras de ensinar adequadas e heterogeneidade do apren diz, como o en si no em rede, a glo ba li za ção e a transdisciplinaridade. * Psi có lo ga Clí ni ca/psi co pe da go ga, asses so ra téc ni ca do Pro gra ma de Aten ção a Pes soa De fi ci en te da PMSP, mem bro do Nú cleo Psi co - pe da gó gi co Inte gra ção Di re to ra Adjun ta da ABP. (Dis po ní vel em http://www.psi co pe da go gia.com.br/en tre vis tas/en tre - vis ta.asp?entrid=19. Aces so em 9 abr. 2008. Adap ta ção).

UNISINOS REDAÇÃO (Imagem disponível em http://www.memoriaestudantil.org.br/main.asp?team=%7b6cb6b3c4-b6bf-4d56-8b2e-286cd15f2893%7d. Acesso em 23 abr. 2008). PROPOSTA 2 Um forte atributo da juventude, representada expressivamente pelos movimentos estudantis, foi, algumas vezes, a participação política, como, por exemplo, na revolta dos estudantes em Paris há quarenta anos, e, no cenário brasileiro, na luta contra o regime militar, nas Diretas Já e no Impeachment de Collor. A mobilização dessas gerações contribuiu para mudar cenários políticos de sua contemporaneidade. TAREFA A partir das considerações acima, pense: a juventude atual, como pode ser caracterizada? Que avaliação você faz dos jovens de hoje no que se refere a seu engajamento social e político? Redija um texto argumentativo em que você responda a essas questões. Sustente sua posição em argumentos consistentes. 5

6 UNISINOS REDAÇÃO Tex tos de apo io para a pro pos ta 2 1968 O ano das trans for ma ções Amauri Segalla Pen se em 1789, e você logo ima gi na rá o iní cio da Revolução Francesa. No século XX, 1945 entrou para a His tó ria como o mar co do fim da Se gun da Gu er - ra Mun di al, e 1989 car re ga a lem bran ça da que da do Muro de Ber lim. To dos es ses anos têm even tos tão únicos e extraordinários associados a eles que é fácil saber de imediato o que representam. No entanto, ne nhum de les pos sui a aura de ma gia que acom pa - nha 1968. Quarenta anos depois, 68 continua enigmático, estranho e ambíguo como um adolescente em cri se exis ten ci al. Ele foi o ano da li vre ex pe ri men - ta ção de dro gas. Das ga ro tas de mi nis sa ia. Do sexo sem culpa. Da pílula anticoncepcional. Do psicodelis - mo. Do movimento feminista. Da defesa dos direitos dos homossexuais. Do assassinato de Martin Luther King. Dos pro tes tos con tra a Gu er ra do Vi et nã. Da revolta dos estudantes em Paris. Da Primavera de Praga. Da radicalização da luta estudantil e do recrudescimento da ditadura no Brasil. Da tropicália e do cinema marginal brasileiro. Foi, em suma, o ano do êx ta se da His tó ria, para ci tar uma fra se do sociólogo francês Edgar Morin, um dos pensado - res mais im por tan tes do sé cu lo XX. Foi um ano que, por seus excessos, marcou a humanidade. As utopias criadas em 68 podem não ter se realizado. Mas mu da ram para sem pre a for ma como en ca ra - mos a vida. (Dis po ní vel em http://re vis ta e po ca.glo bo.com/re vis ta/epo ca/0,, EDG80894-5990-503,00.html. Aces so em 9 abr. 2008). Pes qui sa re ve la fal ta de en ga ja men to da ju ven tu de Jovens engajados, lutando por uma causa co - mum, pa re cem ar ti go em ex tin ção. É o que apon ta uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), realizada pela pedagoga e psicóloga Denise Tardeli. Para o es tu do, fo ram ou vi dos jo vens en tre 16 e 18 anos, es tu dan tes do 3º ano do Ensi no Mé dio em es - co las de clas se mé dia. A pesquisadora aplicou um questionário, no qual os jovens escreveram sobre como seriam suas vidas daqui a dez anos. Ha via tam bém três his tó ri as fic tí ci as envolvendo o tema solidariedade. Os entrevistados teriam de responder se promoveriam ações solidárias nos casos apresentados. Qu an do se tra ta da vida dos jo vens, há ques - tões como cons ti tu ir fa mí lia ou ter um bom em pre go; aspectos materiais, principalmente, destaca a pes - quisadora. Nada envolvendo solidariedade e nenhuma preocupação com questões sociais do País. Eles não abor da ram o mun do em que vi vem. A meninada perdeu os vínculos sociais. Cres - cem na frente de computadores, em condomínios fechados, shoppings e escolas particulares. Estão à par te da re a li da de do País. Vi vem na cul tu ra do individualismo. A era do idealismo, na qual os jovens eram en ga ja dos e lu ta vam por algo, não exis - te mais. A pesquisadora Denise Tardeli acredita que as es co las têm uma par ce la de cul pa no pro ble ma. A política educacional das escolas não desenvol - ve propostas relacionadas à solidariedade, enfatiza. Os educadores devem possibilitar aos jovens vivências na sociedade, sair um pouco das salas de aula. A estrutura familiar mudou. Aquela idéia de que os pais são os prin ci pa is res pon sá ve is pela edu ca ção dos fi lhos não exis te mais. Essa res pon - sabilidade passou para o educador. (Disponível em http://www.crmariocovas.sp.gov.br/noticia.php?it=8248. Aces so em 9 abr. 2008. Adap ta ção)

UNISINOS REDAÇÃO 7 Ju ven tu de e po lí ti ca: a fal ta de en ga ja men to po lí ti co dos jo vens e o pro ces so po lí ti co Josimar A. de Alcântara Mendes Hoje, a vi são que se tem da ju ven tu de é a de que os jo vens não que rem nada com a vida, de que eles são re bel des sem ca u sa e por aí vai. Esse tipo de postura denota a falta de capacidade que se tem de reconhecer na juventude a sua verdadeira potencialidade, de mobilização e transformação social, o que é suprimido por estereótipos e clichês que castram qualquer possibilidade de uma nova perspectiva em relação a eles. Os jovens são sistematicamente des - qualificados, tidos como alienados. Para os que pensam assim, isso se comprova pelo desengajamento po lí ti co cada vez ma i or en tre os jo vens. Mas por que a juventude não se engaja mais politicamente? Com certeza, o cenário político atual e a forma como se constroem e se mantêm as relações políticas contribu em para isso. A capacidade de mobilização e transformação so ci al do jo vem, se não se ma ni fes ta pela prá ti ca po lí - ti ca, ex pres sa-se por ou tras vias. Ele não é um ser passivo que fica à mercê dos processos políticos institucionais, mas engaja-se cada vez mais em trabalhos em suas comunidades ou em outras, por meio de ONGs ou não, pro mo ven do os pro ces sos de auto-análise e autogestão dessas comunida - des. A luta, a for ça e a co ra gem dos jo vens, an tes investidas na política, agora se concentram em ações que vi sam à mu dan ça e me lho ria de suas comunidades, o que representa uma nova forma de fazer política: a juventude e suas organizações estão se mobilizando e tentando suprir aquilo em que o Esta do falta. (Dis po ní vel em http://re can to das le tras.uol.com.br/ar ti gos/903565. Pu bli ca do em 16 mar. 2008. Aces so em 23 abr. 2008. Adap ta ção)

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