Intervenção do Secretário Regional da Presidência Apresentação do projecto Incube = Incubadora de Empresas + Júnior Empresa.



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Transcrição:

Intervenção do Secretário Regional da Presidência Apresentação do projecto Incube = Incubadora de Empresas + Júnior Empresa. 17 de Março de 2011, Salão Nobre da Reitoria da Universidade dos Açores Magnífico Reitor da Universidade dos Açores, Senhor Director do Centro de Empreendedorismo da Universidade dos Açores, Senhor Presidente da Associação Académica, Senhoras e Senhores Professores Minhas Senhoras e Meus Senhores, As condições e o contexto sócio-económico actuais exigem de todos um esforço decidido de actualização das estratégias para o fomento da inserção laboral dos jovens e para a melhoria das suas condições de realização pessoal e profissional. Para ser eficaz, este esforço deve ser integrado, envolvendo os poderes públicos, mas também as instituições de ensino - como as Universidades, as escolas e os centros de conhecimento as entidades representativas dos jovens, as empresas, e as organizações da sociedade civil, na procura constante dos mecanismos de resposta que melhor se ajustem a uma actividade económica instável, a um mercado laboral com dificuldades de 1

sustentação e a uma forte tendência para a informalidade nas relações comerciais e laborais. É precisamente neste contexto e para fazer face a esta realidade que o Governo dos Açores, em parceria com a Universidade, elegeu o projecto que aqui apresentamos como um instrumento importante para a promoção do empreendedorismo jovem, da criatividade aplicada e do auto-emprego, potenciando a capacidade de iniciativa como alternativa às insuficiências do mercado de trabalho. Resultado de um trabalho conjunto entre a Direcção Regional da Juventude, o Centro de Empreendedorismo da Universidade dos Açores e a Associação Académica, e com um investimento global de cerca de 250.000,00, o projecto Incube é o primeiro, que se conheça, que inclui num mesmo equipamento, na mesma dinâmica de exploração, uma incubadora de empresas de base tecnológica e científica e uma Júnior empresa, criando-se condições para que os estudantes tenham, o mais cedo possível, contacto com a realidade empresarial. A Incubadora de Ideias e de Empresas que se fundará a partir de agora nesta Universidade visa, assim, e de forma específica: Impulsionar a capacidade criativa e sonhadora dos jovens universitários; Acelerar a transferência de conhecimento da Academia para o meio económico e social; e 2

Promover a interligação entre áreas do saber e entre jovens estudantes e professores em prol de acções e produtos concretos, que se possam afirmar como mais valia para o desenvolvimento e progresso da nossa Região. O nosso objectivo último é, pois, que o meio universitário tenha uma maior capacidade de interacção e de influência no mercado regional, criando condições favoráveis para a renovação do nosso tecido empresarial e tecnológico. Esta incubadora é também distinta dos já tradicionais ninhos de empresas administrativos existentes, na medida em que: Estando integrada na Universidade, permite fomentar sinergias com outras dinâmicas científicas e tecnológicas; Faculta a partilha de recursos entre as empresas incubadas, facilitando que uma ideia, ou algo mais estruturado, possa passar para o mercado de uma forma mais célere; E estando aberta à sociedade e empresas açorianas, permite uma interacção directa entre o mercado e a universidade. Por outro lado, gostaria de sinalizar o facto do Incube ter previsto, na sua dinâmica organizacional, a existência de um conselho de planeamento e estratégia, no qual deverão participar quer a comunidade empresarial e financeira, quer outras incubadoras com experiência comprovada. 3

Magnífico Reitor, Minhas senhoras e meus senhores, Este é um projecto pioneiro nos Açores, mas que se insere numa lógica e num sistema mais global, fruto da aposta estratégica deste Governo no empreendedorismo jovem. Quando se fala em empreendedorismo, normalmente associamo-lo apenas à fase final e, talvez, mais apelativa do processo, a vertente empresarial. Mas o Governo dos Açores tem procurado também actuar ao nível da preparação para o empreendedorismo e para a criação de uma atitude empreendedora que abranja os mais diversos sectores de actividade, resultando como opção natural do jovem que pretende iniciar a sua vida activa. Foi nesta perspectiva que implementámos o programa de Educação para o Empreendedorismo, envolvendo, neste seu primeiro ano, 52 escolas, professores e cerca de 1000 jovens na Região, procurando fazer com que o sistema de ensino incorpore, também ele, a lógica do estímulo à livre iniciativa e à criatividade aplicada. Foi também com base nesta estratégia que desenvolvemos concursos de incentivo à criatividade, de entre os quais podemos destacar o Labjovem destinado especificamente a jovens artistas e criadores, e o Concurso Regional de Empreendedorismo. 4

Ainda como forma de promoção da criatividade, iniciamos o desenvolvimento do conceito de Academia de Juventude, que funciona num modelo de fábrica criativa, de acordo com o previsto no Livro Verde da Comissão Europeia para as indústrias culturais e criativas. Neste momento, a Região dispõe de uma em funcionamento na Terceira, resultante de uma parceria com o município da Praia da Vitória e, ainda este ano, iremos desenvolver o modelo da academia de juventude de São Miguel, também em parceria com outras entidades, ainda que com uma solução adaptada às capacidades já instaladas na ilha. Por outro lado, na fase de apoio ao investimento, e acolhendo os comentários e sugestões que nos chegaram, com resultados que prometem ser interessantes, foram introduzidas alterações ao Programa Empreende Jovem, de modo a torná-lo mais efectivo e útil para os seus destinatários finais. Esta é, portanto, uma estratégia alargada e de médio e longo prazo, que exige continuidade por parte das entidades públicas mas que também exige que cada parte do processo assuma os riscos inerentes e dela participe activamente. - Os jovens devem ser agentes activos da procura de soluções exequíveis para o seu futuro e para o futuro colectivo dos Açores. 5

- As empresas e organizações devem estar disponíveis para acolherem novas ideias e soluções, actualizando práticas e procurando outras hipóteses de crescimento. - A Universidade terá de se continuar a abrir ao exterior, incorporando os seus contributos no desenvolvimento do conhecimento e do saber adaptado à realidade regional. Não pretendemos fazer um milagre com o projecto que agora se inicia. Não criamos um slogan e um ou dois soundbytes. O que aqui lançamos é antes, e sobretudo, mais um relevante instrumento, parte de uma estratégia global que o Governo já vem desenvolvendo há algum tempo, para que os jovens dos Açores possam ter condições acrescidas para construírem o seu futuro profissional de forma mais sustentada, mais autónoma e mais compensadora, também do ponto de vista da sua realização pessoal. Votos de muito sucesso para o projecto e para todos aqueles que dele usufruirem. Muito obrigado. 6