Empreendedorismo e Segurança Jurídica. António Raposo Subtil Raposo Subtil & Associados Sociedade de Advogados, RL

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1 Empreendedorismo e Segurança Jurídica António Raposo Subtil Raposo Subtil & Associados Sociedade de Advogados, RL

2 Empreendedorismo a criação/investimento num ambiente de risco acrescido.. Empreendedorismo Projecto de Investimento Segurança Jurídica Escolha do veículo de Investimento

3 Veículos de Investimento Veículos : A noção veículos é comummente utilizada para significar a entidade jurídica, a estrutura de meios, ou os titulares, mesmo que de forma indirecta, de interesses concretos apta a concretizar determinados objectivos de investimento. ; Investimento: Quanto ao conceito investimento, em sentido económico, significa a aplicação de capital em meios que levam ao crescimento da capacidade produtiva ou à obtenção de vantagens materiais, sendo que, tanto pode ser directo ou indirecto, pessoal ou institucional, lucrativo ou solidário.

4 Veículos de Investimento Veículos de investimento na legislação em vigor: Encontramos na legislação em vigor os seguintes veículos de investimento: fundos de investimento imobiliário, sociedades comerciais imobiliárias, sociedades de reabilitação urbana e cooperativas de habitação e construção. Estamos perante tipos de veículos inseridos em sectores económicos de actividade distintos e com consagração constitucional: 1.º Sector Cooperativo e Social (cooperativas de habitação e construção); 2.º Sector Público/SEE (sociedades de reabilitação urbana); 3.º Sector privado tutelado (fundos de investimento imobiliário) e sector privado não tutelado (sociedades comerciais imobiliárias).

5 Veículos de Investimento Por força do seu regime específico, os veículos de investimento têm autonomia e características diferenciadoras, designadamente nas seguintes vertentes: Modos de criação e Instituição; Estruturas organizativas e princípios de funcionamento; Atribuições e âmbito de intervenção específico; Regime fiscal e mecanismos de controlo de investimento. Impõe se o conhecimento prévio (informação) dos elementos relevantes: Regime jurídico aplicável ao sector de actividade em causa; Obrigações essenciais resultantes dos contratos/acordos a celebrar; Efeitos jurídicos produzidos na esfera jurídica do investidor; Formas de protecção dos direitos inerentes ao projecto de investimento (registo de marcas e patentes)

6 Segurança Jurídica Um contributo da Advocacia Preventiva

7 Algumas perguntas, as mesmas respostas Qual o contributo da advocacia preventiva para o sucesso de um projecto de investimento? A advocacia preventiva tem uma função de informação e esclarecimento de interesses, de enquadramento legal de uma questão, que faz com que o cidadão/cliente possa optar por uma alternativa em que os seus direitos ficam salvaguardados. A Advocacia preventiva é sustentada na intervenção do advogado, antes do litígio poder ser encaminhado para o Tribunal, ou seja, o advogado ao receber o cliente apreciaafontedoconflitoe,aindanessafase,atravésdaconciliação,ouatravésda mediação, pode chegar a uma solução que impeça ou torne desnecessária a tramitação de um processo judicial. Essa é a função preventiva, não porque destrua o potencial conflito, mas porque se alcança a solução pretendida por meios externos ao funcionamento do Tribunal

8 Algumas perguntas, as mesmas respostas A advocacia preventiva aumenta a segurança jurídica de um investimento? A resposta é necessariamente afirmativa. A advocacia preventiva ocupa um espaço de valorização dos próprios direitos e interesses dos cidadãos. Por vezes, o cidadão desconhece que tem vantagens na utilização de mecanismos legais, que pode exigir de terceiros a satisfação de algumas garantias e que, consultando o advogado, ou pelo menos, conhecendo esses direitos, poderá exercê los de forma mais eficiente. A Advocacia Preventiva tem três vertentes essenciais: Informação jurídica; Reforço do exercício efectivo dos direitos por parte dos cidadãos; Normalização das pendências judiciais. A Advocacia preventiva potencia, ainda, o descongestionamento dos Tribunais e, necessariamente, reduz o número de litígios.

9 Algumas perguntas, as mesmas respostas O reforço da segurança jurídica não passa pela alteração de mentalidades? Constata se um certo paralelismo entre os serviços jurídicos e os serviços médicos. Também na medicina se aposta em campanhas preventivas e meios auxiliares de diagnóstico. É o caso do controle das doenças cardiovasculares, do apelo a análises de rotina e a exames de diagnóstico, etc. Também na advocacia o facto de se consultar um jurista habilitado, que é o advogado, para a identificação e/ou alerta para um determinado problema, é um modo de resolver uma patologia ou de evitar uma doença. O advogado tem de interiorizar que, quando informa, quando esclarece e quando interpreta o direito para aplicar num caso concreto, está a ser útil e a exercer o patrocínio de interesses alheios. Por outro lado, o cidadão terá de entender que, a consulta/opinião do advogado é diferenciada e mais válida, no plano jurídico, que a de qualquer outro técnico, sendo de rejeitar actuações em procuradoria ilícita. O interessado quando solicita a intervenção do advogado, ao nível da informação e consulta jurídica, deve reconhecer a qualidade desse serviço de interesse público e a vantagem do seu controlo deontológico. Impõe se uma mudança de atitude, quer do mercado em geral, quer dos advogados enquanto profissionais empenhados, quer ainda dos cidadãos interessados na satisfação de interesses concretos, no sentido do Tribunal constituir a última, e não a primeira, das instâncias a que podem recorrer.

10 Algumas perguntas, as mesmas respostas Qual a relação entre empreendedorismo e segurança jurídica? Ser empreendedor não basta! É necessário haver segurança jurídica! Para o desenvolvimento de qualquer projecto de investimento é necessário um ordenamento jurídico forte e capaz de dar ao empreendedor a necessária segurança jurídica.

11 Obrigado pela atenção!