DIREITOS HUMANOS E A SUPERLOTAÇÃO CARCERÁRIA NO BRASIL



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Transcrição:

1 DIREITOS HUMANOS E A SUPERLOTAÇÃO CARCERÁRIA NO BRASIL CASTRO, A.J.O. Resumo: O tema contido neste trabalho vem sendo amplamente discutido com o decorrer do tempo a partir da década de 50 no século passado, sendo este um dos grandes conflitos apresentados em nossa sociedade. Tal conflito ocorre devido a falta de vagas no sistema carcerário de uma maneira geral ocasionando assim uma superlotação, cujo a qual seres humanos são inseridos em lugares onde não a menor condição de convívio e ressocialização. Palavras-chave: Direitos humanos, Sistema carcerário, Pena, Prisão. Abstract: The theme in this work has been widely debated over the course of time from the 50s in the last century, this being one of the major conflicts presented in our society. Such a conflict occurs due to lack of vacancies in the prison system in general thus causing overcrowding one whose which humans are embedded in places where not the slightest condition of conviviality and resocialization. Keywords: Human rights, prison system, Feather, Prison. INTRODUÇÃO Este resumo expandido abordará um tema que há muito tempo vem sendo discutido, complexo e polêmico. Trata-se das diretrizes sobre o principio da dignidade humana, perante a história da humanidade, alguns tratados existentes aos quais o Brasil participa, a prisão e a sua finalidade e a realidade dos estabelecimentos prisionais do Brasil. O objetivo principal é apresentar as dificuldades encontradas em nosso ordenamento jurídico e em nossa sociedade no que se diz respeito ao sistema carcerário Brasileiro, sendo que, é apontado a realidades cruéis aos quais seres humanos são submetidos.

2 O trabalho será desenvolvido utilizando os métodos de procedimento históricos, sendo apontado como ocorreu a evolução da prisão no mundo e no Brasil. A investigação se dará pelo método bibliográfico, tendo como bases livros de vários juristas e também revistas que relacionam sobre o assunto. O método de abordagem será dedutivo, já que é um tema bastante conhecido em nosso ordenamento jurídico. Por conseguinte, o grande desafio que é o sistema carcerário vem evoluindo com passos curtos pelo fato de depender de vários outros aspectos existente em nossa sociedade, sendo que ao passo que estes evoluam aquele também irá evoluir. REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS Os direitos humanos encontram fundamentos em princípios mínimos para que toda pessoa possa viver com dignidade, fazendo parte da sociedade ao qual convive, sem distinção de sexo, raça, religião, etc. Com fundamentos em conceitos filosóficos. Direitos humanos é um conjunto de regras que garante valores cujo foco central é a vida e a dignidade da pessoa humana. São condições para que a pessoa possa realizar uma vida com dignidade, liberdade e igualdade, nasceu diante de direitos nacionais para depois se firmarem no âmbito internacional (Peterke, 2009, p. 23). O tratado dos direitos humanos é o ato onde o Brasil adere a aprovação dos direitos humanos no âmbito internacional, onde através de um decreto é publicado e promulgado, passando a valer internamente dentro do Brasil. Os direitos humanos encontra-se presente no Brasil em vários períodos até mesmo no colonialismo, discutindo dentre muitos assuntos a questão da escravatura, recebendo uma melhor positivação com a promulgação da Constituição Federal de 1988. Conforme fora ocorrendo a evolução de uma maneira geral, coube anexar também as analises dos regulamentos das prisões e outras leis ligadas a ordem interna e disciplinar, abordavam o trabalho sendo este visto como uma

3 necessidade humana e não forçado, verificaram também os benefícios sendo um deles o livramento condicional, ao qual era analisado os problemas em que os egressos possuiam em retornar ao conviveo dentro da sociedade. Não era digamos o direito penitenciário, mas era visto como uma ciência penitenciária (Miotto, 1992,p.47). A finalidade da pena de prisão é a resocilaização do preso para que com isso possa ser reinserido no conviveo societário. A pena de prisão é a utilização realizada pelo Estado por meio do direito penal, tendo como parametro a facilitação e a regulamentação da convivência dos Procurando conferirem e apurarem os problemas encontrados no ordenamento penitenciário, parlamentares procuraram realizar visitas pessoalmente visando a realização da CPI do sistema penitenciário. O sistema carcerário Brasileiro é o quarto maior do mundo em número de internos, sendo que encontran-se aflente do Brasil apenas os Estados Unidos, a China e a Rússia. Segundos dados levantados pelo IBGE no ano de 2007 a população do Brasileira chega a 183.987.291 habitantes, pelo relatório levantado pela DEPEN em dezembro de 2007 a população carcerária do Brasil chega a 422.590, sendo que, estão destribuidos em: 422.373 detentos nos sistemas prisionais estaduais, 109 na penitenciária Federal de Catanduvas (PR) e 108 na penitenciária Federal de Campo Grande (MS)(CPI sistema carcerário, 2009, p.70 e 71). O número de vagas existente no sistema carcerário brasileiro é de 275.194 vagas, sendo que, destas 25.679 são em estabelecimentos policiais e 249.515 vagas no sistema prisional (CPI sistema carcerário, 2009, p.71). A quantidade de unidades prisionais no Brasil é de 1.701, divididas em 442 unidades penitenciárias ou semelhante, 43 colônias penal agricola ou industrial ou semelhante, 45 casas do albertado ou semelhante, 13 unidades de observação ou semelhante, 1.124, cadeias públicas ou semelhantes, 27 hospitais de custódia e para a realização de tratamento psiquiátrico e 07 outros hospitais (CPI sistema carcerário, 2009, p.71). Nas visitas realizadas pela CPI foi constatado casos de desumanização. No estabelecimento prisional de Contagem (MG), na cela número um, um idoso de cerca de 60 anos estava com o seu corpo coberto por feridas inserido no meio

4 de 46 presos, na detenção de pinheiros em São Paulo havia presos com tuberculose em meio a presos saudáveis. Na cidade de Ponte Nova, existia presos curando suas feridas com creolina; Em Brasília os presos portadores de doenças mentais não dispunham de médico psiquiatra, presos sofrendo com gangrena em vários presídios. Em um centro de detenção provisória na cidade de pinheiros um preso com idade já avançada portava um tumor em seu pescoço já havia 02 anos e nenhum médico o havia examinado (CPI sistema carcerário, 2009, p.203). Assim como outros principios o acesso a justiça é uma garantia expressa na constituição federal que descreve que a todos é garantido o acesso a justiça e para uma aceleração da pena do condenado é necessário uma assitência jurídica adequada. As reinvidicações que surgem no sistema penitenciário Brasileiro em sua maioria absoluta questiona as deficiências das penitenciárias (Bitencourt, 2001, p.230). Na grande Maioria das prisões Brasileiras encontramos problemas como: a) pessoas desqualificadas para a realização da vigilancia dos detentos; b) A falta de recursos orçamentários; c) Há na prisão o grande fator da ociosidade e não existem programas educativos para a inserção dos presos novamente no conviveo da sociedade; d) a falta de alimentação adequada; d) o excesso de detentos (superpopulação), todos estes fatores transforma a prisão em um castigo aplicado de forma desumana (Bitencourt, 2001, p,231). As rebeliões que acontecem dentro do ambito prisional são ocasionadas pelas inferiores condições materias desenvolvidas, este foi o principal motivo que levou ao massacre inserido no carandiru na cidade de São paulo no ano de 1992. Sempre que há algum problema dentro das prisões, os internos acabam realizando reivindicaçõese expondo a falta de humanidade ocasionada dentro das prisões (Bitencourt, 2001, p.231). A falta de pessoas qualificadas para o atendimento aos encarcerados a aplicação correta dos recursos orçamentários, uma alimentação adequada, a superlotação onde os presos são tratados como animais e lixo. A falta de existência em muitos estabelecimentos o mínimo necessário para ocorrer a resocialização são realidades encontradas em nosso ordenamento jurídico.

5 CONCLUSÃO Nossos governantes juntamente com o judiciário tem muito que fazer para que essas pessoas tenham uma vida digna e com isso tenham condições de retornar ao convívio social e familiar. A pena de prisão nasceu para que fosse utilizada como uma medida educativa humanitária, o que não vem ocorrendo em nossas prisões, onde princípios humanitários não estão sendo respeitados. O princípio da dignidade da pessoa humana constituído na Carta Magna de 1988 e tanto aperfeiçoado com a criação de diretrizes não está sendo aplicado perante o nosso sistema carcerário. Uma solução para o problema carcerário é o melhor investimento das verbas ao qual a ele são destinadas, devendo existir meios de capacitar o preso para o retorno do convívio societário, oferecendo um emprego dentro das prisões capacitando a mão de obra dos mesmos para ao chegarem aqui fora dos cárceres e exercerem uma profissão digna e não retornarem a delinquência. É extremamente necessário que nossos governantes e pessoas defensoras desta causa procurem de forma humana solucionar este grande problema. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bitencourt, C. R. (2001). Falência da pena de prisão: causas e alternativas. São paulo: Saraiva. CPI sistema carcerário. (2009). Brasília: : Edições Câmara. Miotto, A. B. (1992). Temas penitenciários. São Paulo: Revista dos Tribunais. Peterke, S. (2009). Manual prático de Direitos Humanos internacionais. Brasilia: Escola Superior do Ministério Publico da União.