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Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 20/2014 Paraná // Federal IPI Embalagem de apresentação e de transporte.... 01 // Estadual ICMS Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (Dacte).... 04 // IOB Setorial Estadual Construção civil - Crédito outorgado para estabelecimento financiador de obra de infraestrutura.... 13 // IOB Comenta Federal IPI - Base de cálculo - Aplicação do arbitramento.... 13 // IOB Perguntas e Respostas IOF Alíquota - Operações de câmbio - Cartão de crédito... 14 Veja nos Próximos Fascículos a IOF - Operações de crédito ICMS/PR Isenção - Aparelhos e equipamentos médico-hospitalares.... 14 Isenção - Exposição ou feira.... 14

2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : DIPJ : 2014 : informações... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos) ISBN 978-85-379-2151-7 1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série. 14-03727 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB

Boletimj Manual de Procedimentos a Federal IPI Embalagem de apresentação e de transporte SUMÁRIO 1. Introdução 2. Acondicionamento destinado à apresentação do produto 3. Produtos adquiridos de terceiros - Aposição de rótulos e/ou realização de pequenas alterações na embalagem 4. Acondicionamento para transporte 5. Tributação caracterizada pelo peso das unidades 1. Introdução O acondicionamento de produtos em embalagem de apresentação ou para transporte caracteriza, ou não, a operação como de industrialização, definindo, dessa forma, a incidência ou não do IPI no momento da saída do produto do estabelecimento. Neste texto, examinaremos os requisitos que caracterizam a embalagem como de apresentação ou para o simples transporte de produtos, com fundamento no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, e em outros atos que serão citados no transcorrer da matéria. (RIPI - Decreto nº 7.212/2010) 2. Acondicionamento destinado à apresentação do produto É considerada industrialização, nos termos do art. 4º, caput, IV, do RIPI/2010, entre outras hipóteses, a operação que importe em alterar a apresentação do produto pela colocação de embalagem, Não são consideradas embalagens de apresentação, nos termos do 2º do art. 6º do RIPI/2010, aquelas cuja natureza do acondicionamento e as características do rótulo atendam, apenas, a exigências técnicas ou a outras estabelecidas em lei ou atos administrativos ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada for destinada apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento). Assim, segundo o mencionado dispositivo, verifica-se que, em relação a determinados produtos, a incidência do IPI é determinada em função de seu acondicionamento ou não em recipientes, embalagens ou envoltórios destinados à sua apresentação. Os produtos estão sujeitos à tributação do IPI de acordo com a Tabela de Incidência do IPI (TIPI) quando estiverem acondicionados em embalagens de apresentação, e estão fora do campo de incidência do imposto se a embalagem se destinar ao simples transporte, visto que, segundo a ressalva contida no mencionado dispositivo (art. 4º, caput, IV, do RIPI/2010), essa operação é excluída do conceito de industrialização item 4). (examinar Nessa linha de raciocínio, encontra-se na TIPI o produto castanha de caju com as seguintes classificações fiscais: 0801.31.00 - castanha de caju com casca; e 0801.32.00 - castanha de caju sem casca. Conforme disposto na TIPI, tanto o produto classificado no código 0801.31.00 como o classificado no código 0801.32.00 não estão sujeitos à incidência do IPI (não tributados ou NT ). Contudo, esses produtos estarão sujeitos à incidência do imposto (embora tributados com alíquota zero) caso sejam acondicionados em embalagem de apresentação, segundo os destaques Ex contidos logo após a descrição de cada produto. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 PR20-01

Observe-se que a operação sob análise, ou seja, acondicionamento ou reacondicionamento, figura entre várias outras que a legislação considera como industrialização. Portanto, se o estabelecimento executa, por exemplo, operação de transformação, assim entendida aquela que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário, importe na obtenção de espécie nova (prevista no art. 4º, caput, I, do RIPI/2010), o produto obtido estará no campo de incidência do IPI. A embalagem, nessa hipótese, tem caráter meramente acessório em relação ao produto final, isto é, o valor da embalagem seguirá o mesmo tratamento que é atribuído ao produto final (salvo aquela susceptível de utilização repetida). (RIPI/2010, art. 4º, caput, I e IV; TIPI - Decreto nº 7.660/2011) 2.1 Critério de definição por exclusão A Coordenação do Sistema de Tributação (CST) analisou a matéria por intermédio do Parecer Normativo CST nº 66/1975. De acordo com esse Parecer, enquanto o Regulamento do Imposto de Consumo procurou dar uma diferenciação objetiva ao assunto, definindo, isoladamente, cada tipo de embalagem, os Regulamentos posteriores passaram a adotar o critério de definição por exclusão, isto é, toda e qualquer embalagem que não se enquadrar no conceito de acondicionamento para transporte há de ser de apresentação. Acrescente-se que esse critério foi mantido pelos Regulamentos anteriores ao vigente RIPI/2010, inclusive, pelo art. 6º deste último, razão pela qual continuam vigentes os esclarecimentos trazidos pelo mencionado Parecer Normativo CST nº 66/1975. O item 3 do referido Parecer esclarece, ainda, que: Da sistemática adotada pelo dispositivo regulamentar de definição por exclusão se infere que toda e qualquer embalagem que não se enquadrar perfeitamente dentro do conceito de acondicionamento para transporte, há que ser de apresentação, não havendo como fugir dessa alternativa. Em suas considerações finais, o parecerista consigna os seguintes exemplos de embalagem de apresentação: a) as embalagens, ainda que com capacidade superior a 20 kg (veja letra b do item 4), em que são apostos rótulos dispensáveis, assim entendidos aqueles que contenham figuras e dizeres impressos em cores, que impliquem despesa mais elevada, obviamente com o propósito de promover o produto; b) o acondicionamento em latas de folhas de flandres de capacidade inferior a 20 kg, hermeticamente fechadas por processo de segurança, igualmente dispensável, mas que implique elevação de despesa para assegurar ao produto maior probabilidade de comercialização. É conveniente salientar que não são consideradas embalagens de apresentação, nos termos do 2º do art. 6º do RIPI/2010, aquelas cuja natureza do acondicionamento e as características do rótulo atendam, apenas, a exigências técnicas ou a outras estabelecidas em lei ou atos administrativos. (RIPI/2010, art. 6º, caput, II, 2º; Parecer Normativo CST nº 66/1975) 2.2 Solução de Consulta RFB Transcrevemos, a seguir, a Solução de Consulta RFB nº 5/2011, que trata do assunto: MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 5 de 14 de Janeiro de 2011 ------------------------------------------------------------------------------ ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI EMENTA: INDUSTRIALIZAÇÃO: BENEFICIAMENTO - TRANS- FORMAÇÃO ACONDICIONAMENTO/REACONDICIONA- MENTO - EMBALAGEM DE APRESENTAÇÃO. Corte, Rebobinamento e Colocação de dados e logomarca na Revenda A operação de corte em correia transportadora plana adquirida em rolo maior para revenda em metragem linear, na medida desejada pelos clientes, não constitui industrialização. Todavia a operação de rebobinamento em carretel após o seu corte, com rotulação promocional de logomarca e dados para revenda a clientes caracteriza industrialização. (Solução de Consulta RFB nº 5/2011) 3. Produtos adquiridos de terceiros - Aposição de rótulos e/ou realização de pequenas alterações na embalagem A colocação de embalagem em produtos tributados adquiridos de terceiros, mesmo que em substituição da original, é caracterizada como industrialização (acondicionamento ou reacondicionamento), salvo quando se destinar ao simples transporte do produto, de acordo com o art. 4º, caput, IV, do RIPI/2010. 20-02 PR Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 - Boletim IOB

Contudo, segundo entendimento manifestado pelo Parecer Normativo CST nº 520/1971 (item 3), a mera aposição de rótulos e/ou a realização de pequenas e irrelevantes alterações na embalagem original de produtos adquiridos de terceiros não constitui industrialização, como, por exemplo, a simples pintura de produtos que venham acondicionados em latas. Especificamente no que se refere à rotulagem, o citado Parecer faz advertência no sentido de que é vedado ao adquirente, contribuinte ou não do IPI, rotular os produtos (adquiridos de terceiros) como se fossem de sua fabricação. Posteriormente, o assunto voltou a ser examinado pela CST, por intermédio do Parecer Normativo CST nº 163/1973, no qual foi consignado o entendimento de que é facultado aos comerciantes não contribuintes do IPI rotular os produtos industrializados adquiridos de terceiros para venda ou revenda. Entretanto, dessa prática não poderá resultar nenhum prejuízo à perfeita identificação da verdadeira procedência dos referidos produtos. (RIPI/2010, art. 4º, IV; Parecer Normativo CST nº 520/1971, item 3; Parecer Normativo CST nº 163/1973) 3.1 Anexação de um produto a outro (kit) O Parecer Normativo CST nº 112/1974 esclarece que qualquer operação de anexação de produtos, pela juntada de suas embalagens, por qualquer processo, que forme um único conjunto, para venda no varejo, é considerada acondicionamento para efeito de incidência do IPI. Segundo o mencionado Parecer, embalagem não é só o envoltório de cada um dos produtos isoladamente considerados, mas também o envoltório, mesmo separado em suas partes internas, que acondiciona um conjunto de objetos, destinado a venda no varejo. (TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Parecer Normativo CST nº 112/1974) 3.2 Solução de Consulta Cosit A Solução de Consulta nº 15/2014, da Coordenação-Geral de Tributação (Cosit), estabelece que a colocação de embalagem em produtos tributados adquiridos de terceiros, mesmo em substituição da original, salvo quando se destine ao simples transporte do produto, caracteriza industrialização por acondicionamento ou reacondicionamento. Veja, a seguir, a íntegra dessa solução de consulta: SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 15, DE 13.01.2014 - DOU 1 de 14.02.2014 Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Ementa: ACONDICIONAMENTO E REACONDICIONA- MENTO - PRODUTO IMPORTADO - COLOCAÇÃO DE NOVA EMBALAGEM COM LOGOMARCA. A colocação de embalagem em produtos tributados adquiridos de terceiros, mesmo em substituição da original, salvo quando se destine ao simples transporte do produto, caracteriza industrialização por acondicionamento ou reacondicionamento. Dispositivos Legais: Decreto nº 7.212, de 2010 - RIPI/ 2010, arts. 4º, inciso IV, e 6º; Pareceres Normativos CST nº 460, de 1970, 520, de 1971, e 66, de 1975. Cláudia Lúcia Pimentel Martins da Silva - Coordenadora- -Geral Substituta. (Solução de Consulta Cosit nº 15/2014) 4. Acondicionamento para transporte Para que o acondicionamento seja entendido como embalagem para transporte, caso em que a operação é excluída do conceito de industrialização, devem ser observadas, cumulativamente, as seguintes condições: a) ser feito em caixas, caixotes, engradados, barricas, latas, tambores, sacos, embrulhos e semelhantes, sem acabamento e rotulagem de função promocional e que não objetive valorizar o produto em razão da qualidade do material nele empregado, da perfeição do seu acabamento ou da sua utilidade adicional; e b) ter capacidade acima de 20 kg ou superior àquela em que o produto é comumente vendido, no varejo, aos consumidores. Verifica-se, portanto, que é de fundamental importância o atendimento cumulativo das condições descritas nas letras a e b para que o acondicionamento possa ser considerado como embalagem para transporte. O não atendimento de qualquer uma delas implicará considerar a operação de acondicionamento como de industrialização. Por essa razão é que o Parecer Normativo CST nº 66/1975, mencionado no subitem 2.1, assinala que as embalagens, ainda que com capacidade superior a 20 kg, com acabamento e rotulagem de função promocional, são consideradas como de apresentação. (RIPI/2010, art. 6º, 1º; Parecer Normativo CST nº 66/1975) 4.1 Solução de Consulta RFB Transcrevemos, a seguir, a Solução de Consulta RFB nº 86/2011, que trata do assunto: Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 PR20-03

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 86 de 15 de Abril de 2011 ------------------------------------------------------------------------------ ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI EMENTA: ACONDICIONAMENTO E REACONDICIO- NAMENTO. PRODUTO IMPORTADO. EMBALAGEM DE TRANSPORTE. COLOCAÇÃO DE IMPRESSOS. O estabelecimento que importar diversas unidades de um mesmo produto estrangeiro acondicionadas em embalagem de transporte (no caso, caixa de papelão com 20 embalagens individuais de 500 gramas do produto), para revenda, não pratica reacondicionamento de produto estrangeiro em embalagem de apresentação, caracterizada como industrialização pelo art. 4º, inciso IV, do Ripi/2010, quando, em seu estabelecimento, fixar, em um canto externo da referida embalagem de transporte, impresso (folder), adquirido de terceiros, inserido numa capa plástica transparente, autoadesiva, divulgando receita culinária com o uso do produto, fotos de outros produtos de própria fabricação e endereços diversos da empresa. Nesta hipótese, a embalagem de transporte estará sendo utilizada como mero veículo de distribuição do impresso promocional, uma vez que o material nela fixado é objeto complementar de cunho promocional, não alterando a apresentação daquele produto individualmente embalado, nem tampouco consiste em rótulo ou embalagem de função promocional, de que trata o inciso I do 1º do art. 6º do Ripi, de 2010, nem em material contendo informações indispensáveis à utilização do produto. (Solução de Consulta RFB nº 86/2011) 5. Tributação caracterizada pelo peso das unidades Alguns produtos têm a tributação subordinada apenas ao peso da unidade acondicionada, sendo irrelevante, nesses casos, a forma de acondicionamento adotada. Exemplificando: segundo a TIPI, o produto mate simplesmente cancheado (NCM 0903.00.10) não está sujeito à incidência do IPI. Entretanto, conforme o destaque Ex constante no referido código, esse produto estará sujeito à incidência do imposto (embora com alíquota zero) caso seja apresentado em embalagens imediatas de conteúdo não superior a 5 kg. Caracterizará o acondicionamento desses produtos (cuja tributação está subordinada apenas ao peso da unidade) a colocação de qualquer envoltório, embalagem ou recipiente, de qualquer modo fechados, mesmo em substituição ao original (reacondicionamento), sendo irrelevante o fim a que se destinem - preservação, apresentação, valorização do produto etc. (Parecer Normativo CST nº 313/1970). Na hipótese em que houver mais de uma embalagem no mesmo produto, ou seja, quando inicialmente acondicionado em unidades de peso, as quais, por sua vez, são acondicionadas em outra embalagem, prevalecerá, nesse caso, para efeito de tributação, o primeiro acondicionamento (conforme o referido Parecer Normativo CST nº 313/1970). (TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Parecer Normativo CST nº 313/1970) N a Estadual ICMS Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (Dacte) SUMÁRIO 1. Introdução 2. Documentos substituídos 3. Definição 4. Validade jurídica 5. Emissão 6. Autorização 7. Transmissão do CT-e 8. Validade 9. Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (Dacte) 10. Impossibilidade técnica 11. Prazo para a guarda do arquivo 12. Evento Prévio de Emissão em Contingência (Epec) 13. Cancelamento do CT-e 14. Inutilização de número de CT-e 15. Carta de Correção Eletrônica (CC-e) 16. Anulação de valores 17. Consulta ao CT-e 18. Considerações finais 19. Penalidades 1. Introdução Visando à implantação de um modelo de documento fiscal eletrônico para a substituição do sistema atual de emissão dos documentos fiscais em papel para os serviços de transporte interestadual e intermunicipal, foi instituído, por meio do Ajuste Sinief nº 9/2007, o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), modelo 57. 20-04 PR Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 - Boletim IOB

O CT-e, modelo 57, foi criado com o objetivo de diminuir a burocracia e reduzir os custos com a confecção de impressos e armazenagem de documentos fiscais, simplificando o cumprimento de obrigações acessórias, e com o objetivo de permitir ao Fisco o acompanhamento em tempo real das operações comerciais realizadas pelos contribuintes. (Ajuste Sinief nº 9/2007) 2. Documentos substituídos O CT-e, modelo 57, poderá ser utilizado pelos contribuintes do ICMS, prestadores de serviços de transporte, em substituição aos seguintes documentos: a) Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8; b) Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, modelo 9; c) Conhecimento Aéreo, modelo 10; d) Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11; e) Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 27; f) Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7, quando utilizada em transporte de cargas. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 34, I a VI) 3. Definição O CT-e é o documento emitido e armazenado eletronicamente, de existência apenas digital, com o intuito de documentar prestações de serviço de transporte de cargas, ainda que estas sejam realizadas por meio de dutos. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 34, 1º e 2º) 4. Validade jurídica A validade jurídica do CT-e é garantida pela assinatura digital do emitente e pela autorização de uso conforme o RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 41, III, que deve ser solicitada pelo contribuinte antes da ocorrência do fato gerador do imposto. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 34, 1º) 5. Emissão O contribuinte inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS (CAD-ICMS), para emissão do CT-e, deverá solicitar previamente seu credenciamento perante a Coordenação da Receita Estadual (CRE). Nota A Norma de Procedimento Fiscal CRE nº 9/2012 dispõe sobre o processo de credenciamento para emissão de Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e). Aquele que for credenciado para emissão de CT-e deverá observar, no que couber, as disposições relativas à emissão de documentos fiscais por sistema eletrônico de processamento de dados. Cabe observar que é vedada a emissão dos documentos discriminados no item 2, por contribuinte credenciado à emissão de CT-e, exceto nas hipóteses autorizadas pela legislação. O CT-e deverá ser emitido com base em leiaute estabelecido no Manual de Orientação do Contribuinte (MOC), publicado por Ato Cotepe, por meio de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pelo Fisco. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 37, 1º e 2º, e art. 38) 5.1 Arquivo digital O arquivo digital do CT-e deverá: a) conter os dados dos documentos fiscais relativos à carga transportada; b) ser identificado por chave de acesso (composta por código numérico gerado pelo emitente), CNPJ do emitente, número e série do CT-e; c) ser elaborado no padrão XML (Extended Markup Language); d) possuir numeração sequencial, de 1 a 999.999.999, por estabelecimento e por série, devendo ser reiniciada quando atingido esse limite; e) ser assinado digitalmente pelo emitente. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 38, 1º) 5.2 Assinatura digital Para a assinatura digital, deverá ser utilizado certificado digital emitido dentro da cadeia de certificação da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) que contiver o CNPJ do estabelecimento emitente ou da matriz, a fim de garantir a autoria do documento digital. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 38, 2º) 5.3 Séries distintas O contribuinte poderá adotar séries distintas para a emissão do CT-e, designadas por algarismos arábicos, em ordem crescente, vedada a utilização de subsérie, observado o disposto em Ato Cotepe. Quando o transportador efetuar prestação de serviço de transporte, iniciada em Unidade da Federação diversa daquela em que possui credenciamento para a emissão do CT-e, deverá utilizar séries distintas. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 38, 3º e 4º) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 PR20-05

6. Autorização O contribuinte credenciado deverá solicitar a concessão da Autorização de Uso do CT-e mediante transmissão do arquivo digital do CT-e via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia, com utilização de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pelo Fisco. O transportador, quando: a) estiver credenciado para emissão de CT-e na Unidade da Federação em que tiver início a prestação do serviço de transporte, deverá transmitir a solicitação de autorização de uso ao Fisco dessa Unidade da Federação; b) não estiver credenciado para emissão do CT-e na Unidade da Federação em que tiver início a prestação do serviço de transporte, deverá transmitir a solicitação de autorização de uso ao Fisco da Unidade da Federação em que estiver credenciado. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 39, 1º e 2º) 6.1 Análise da autorização O Fisco analisará, previamente à concessão da Autorização de Uso do CT-e, no mínimo, os seguintes elementos: a) a regularidade fiscal do emitente; b) o credenciamento do emitente; c) a autoria da assinatura do arquivo digital; d) a integridade do arquivo digital; e) a observância ao leiaute do arquivo estabelecido no MOC; f) a numeração e a série do documento. Cabe observar que o Estado do Paraná poderá, mediante protocolo, estabelecer que a autorização de uso: a) será por ele concedida, mediante a utilização da infraestrutura tecnológica de outra Unidade da Federação; b) na condição de contingência, prevista no RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 46, IV, será por ele concedida, mediante a utilização da infraestrutura tecnológica de outra Unidade da Federação. Nas hipóteses das letras a e b, o Fisco deverá observar as disposições do Ajuste Sinief nº 9/2007, estabelecidas para a administração tributária da Unidade da Federação do contribuinte emitente. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 40, I a VI, 1º a 3º) 6.2 Resultado da análise da autorização O Fisco cientificará o emitente do resultado da análise referida no subtópico 6.1: a) da rejeição do arquivo do CT-e, em virtude de: a.1) falha na recepção ou no processamento do arquivo; a.2) falha no reconhecimento da autoria ou da integridade do arquivo digital; a.3) emitente não credenciado para emissão do CT-e; a.4) duplicidade de número do CT-e; a.5) falha na leitura do número do CT-e; a.6) erro no número do CNPJ, do CPF ou do Imposto de Exportação (IE); a.7) outras falhas no preenchimento ou no leiaute do arquivo do CT-e; b) da denegação da Autorização de Uso do CTe, em virtude de irregularidade fiscal, do emitente do CT-e; Nota Considera-se irregular a situação do contribuinte, emitente do documento fiscal, tomador, expedidor, recebedor, remetente ou destinatário da carga, que, nos termos da legislação, estiver impedido de praticar operações ou prestações na condição de contribuinte do ICMS (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 41, 10). c) da concessão da Autorização de Uso do CT-e. A cientificação será efetuada mediante protocolo disponibilizado ao emitente ou a terceiro por ele autorizado, via Internet, contendo, conforme o caso, a chave de acesso, o número do CT-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pelo Fisco e o número do protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital do Fisco ou outro mecanismo de confirmação de recebimento. Após a concessão da Autorização de Uso do CT-e, o arquivo do CT-e não poderá ser alterado. Não sendo concedida a autorização de uso, o protocolo conterá informações que justifiquem o motivo, de forma clara e precisa. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 41, I a III, 1º a 3º) 6.2.1 Rejeição Nas hipóteses das letras a.1, a.2, a.5 ou a.6 do subtópico 6.2, rejeitado o arquivo digital, o mesmo não será arquivado pelo Fisco para consulta, sendo permitida, ao interessado, nova transmissão do arquivo do CT-e. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 41, 4º) 6.2.2 Denegação Nos casos em que for denegada a Autorização de Uso do CT-e, o arquivo digital transmitido será arquivado pelo Fisco para consulta e identificado como Denegada a autorização de uso. Quando da denegação, não será possível sanar a irregularidade 20-06 PR Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 - Boletim IOB

e solicitar nova Autorização de Uso do CT-e que contenha a mesma numeração. Nas hipóteses das letras b.2 e b.3 do subtópico 6.2, a denegação da Autorização de Uso do CT-e poderá deixar de ser feita, a critério do Fisco. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 41, 5º a 7º) 6.2.3 Concessão A concessão da Autorização de Uso: a) é resultado da aplicação de regras formais especificadas no MOC e não implica convalidação das informações tributárias contidas no CT-e; b) identifica de forma única um CT-e por meio do conjunto de informações formado por CNPJ do emitente, número, série e ambiente de autorização. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 41, 8º) 6.2.4 Arquivo eletrônico O emitente do CT-e deverá encaminhar ou disponibilizar download do arquivo eletrônico do CT-e e seu respectivo protocolo de autorização ao tomador de serviço, observados leiaute e padrões técnicos definidos no MOC. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 41, 9º) 7. Transmissão do CT-e Posteriormente concedida a Autorização de Uso do CT-e, o Fisco deverá transmitir o CT-e para: a) a Secretaria da Receita Federal do Brasil; b) a Unidade da Federação: b.1) de início da prestação do serviço de transporte; b.2) de término da prestação do serviço de transporte; b.3) do tomador do serviço; c) a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), se a prestação de serviço de transporte tiver como destinatário pessoa localizada nas áreas incentivadas. O Fisco poderá também transmitir o CT-e autorizado ou fornecer informações parciais para: a) administrações tributárias estaduais e municipais, mediante prévio convênio ou protocolo; b) outros órgãos da administração direta, indireta, fundações e autarquias, que necessitarem de informações do CT-e para desempenho de suas atividades, mediante prévio convênio ou protocolo, respeitado o sigilo fiscal. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 42, I a III, parágrafo único) 8. Validade O arquivo digital do CT-e só poderá ser utilizado como documento fiscal após ter seu uso autorizado por meio de Autorização de Uso do CT-e, nos termos da letra c do subtópico 6.2. O CT-e será considerado documento fiscal inidôneo, ainda que formalmente regular, se tiver sido emitido ou utilizado com dolo, fraude, simulação ou erro que possibilite, mesmo que a terceiro, o não pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem indevida. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 43, 1º) 9. Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (Dacte) O Dacte é de uso obrigatório para acompanhar a carga durante o transporte ou para facilitar a consulta do CT-e. 9.1 Características O Dacte: a) deverá ter formato mínimo A5 (210 mm x 148 mm) e máximo ofício 2 (230 mm x 330 mm), impresso em papel, exceto papel jornal, podendo ser utilizadas folhas soltas, formulário de segurança, FS-DA ou formulário contínuo ou pré-impresso, e possuir títulos e informações dos campos grafados, de modo que seus dizeres e indicações estejam legíveis; b) conterá código de barras, conforme padrão estabelecido no MOC-Dacte; c) poderá conter outros elementos gráficos, desde que não prejudiquem a leitura do seu conteúdo ou do código de barras por leitor óptico; d) será utilizado para acompanhar a carga durante o transporte somente após a concessão da Autorização de Uso do CT-e, de que trata a letra c do subtópico 6.2, ou na hipótese prevista no item 10. Nos casos em que o tomador do serviço de transporte não for credenciado para emitir documentos fiscais eletrônicos, a escrituração do CT-e poderá ser efetuada com base nas informações contidas no Dacte. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 44, 1º e 2º) 9.2 Vias adicionais Quando a legislação tributária previr a utilização de vias adicionais para os documentos previstos no item 2, o contribuinte que utilizar o CT-e deverá imprimir o Dacte com o número de cópias necessárias para cumprir a respectiva norma, sendo todas consideradas originais. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 44, 3º) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 PR20-07

9.3 Alteração do leiaute O contribuinte, mediante autorização de cada Unidade da Federação envolvida no transporte, poderá alterar o leiaute do Dacte, previsto no MOC- -Dacte, para adequá-lo às suas prestações, desde que mantidos os campos obrigatórios do CT-e e constantes do Dacte. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 44, 4º) 9.4 Impressão Na hipótese da impressão em formato inferior ao tamanho do papel, o Dacte deverá ser delimitado por uma borda. Cabe observar que é permitida a impressão, fora do Dacte, de informações complementares de interesse do emitente e não existentes em seu leiaute. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 44, 5º e 6º) 9.5 Documento fiscal inidôneo O Dacte será considerado documento fiscal inidôneo, ainda que formalmente regular, se tiver sido emitido ou utilizado com dolo, fraude, simulação ou erro e se possibilitar, mesmo que a terceiro, o não pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem indevida. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 43, 2º) 10. Impossibilidade técnica Quando, em decorrência de problemas técnicos, não for possível ao emitente transmitir o CT-e para o Fisco, ou obter resposta à solicitação de Autorização de Uso do CT-e, o contribuinte deverá gerar novo arquivo, conforme definido no MOC, informando que o respectivo CT-e foi emitido em contingência e adotar uma das seguintes medidas: a) transmitir o Evento Prévio de Emissão em Contingência (Epec), para o Sistema de Sefaz Virtual de Contingência (SVC); b) imprimir o Dacte em Formulário de Segurança para Documentos Auxiliares de Documentos Fiscais Eletrônicos (FS-DA); c) transmitir o CT-e para o SVC. Nota Na hipótese prevista nesta letra, o Fisco poderá autorizar o CT-e utilizando-se da infraestrutura tecnológica de outra Unidade da Federação. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 46, I a IV, 10) 10.1 Transmissão Epec O emitente que adotar a medida de transmitir a DPEC deverá imprimir o Dacte em, no mínimo, 3 vias, constando no corpo a expressão Dacte impresso em contingência - Epec regularmente recebido pelo SVC, tendo a seguinte destinação: a) acompanhar o trânsito de cargas; b) ser mantida em arquivo, pelo emitente, no prazo estabelecido no RICMS-PR/2012, art. 123, parágrafo único; c) ser mantida em arquivo, pelo tomador, no prazo estabelecido no RICMS-PR/2012, art. 123, parágrafo único. Em relação ao Dacte, presume-se ser inábil o impresso quando não houver a regular recepção do Epec pelo SVC nos termos do item 11. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 46, 1º e 2º) 10.2 Impressão FS-DA O emitente que adotar a medida de imprimir a Dacte em FS-DA deverá utilizar para impressão, no mínimo, 3 vias do Dacte, constando no corpo a expressão Dacte em contingência - Impresso em decorrência de problemas técnicos, tendo a seguinte destinação: a) acompanhar o trânsito de cargas; b) ser mantida em arquivo, pelo emitente, no prazo estabelecido no RICMS-PR/2012, art. 123, parágrafo único; c) ser mantida em arquivo, pelo tomador, no prazo estabelecido no RICMS-PR/2012, art. 123, parágrafo único. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 46, 3º) 10.3 Dispensa de impressão Nas hipóteses das letras a ou b do item 10, fica dispensada a impressão da 3ª via, caso o tomador do serviço seja o destinatário da carga, que deverá manter a via que acompanhou o trânsito. Na hipótese da letra b do item 10, fica dispensado o uso do FS-DA para a impressão de vias adicionais do Dacte. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 46, 4º e 5º) 10.4 transmissão dos CT-e gerados em contingência Na hipótese das letras a ou b do item 10, imediatamente após a cessação dos problemas técnicos que impediram a transmissão ou recepção do retorno da autorização do CT-e, e até o prazo limite definido no MOC, contado a partir da emissão do CT-e de que trata o subtópico 10.5, o emitente deverá transmitir ao fisco os CT-e gerados em contingência. Se, decorrido o prazo limite de transmissão do CT-e, o tomador não puder confirmar a existência da 20-08 PR Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 - Boletim IOB

Autorização de Uso do CT-e correspondente, ele deverá comunicar o fato ao Fisco dentro do prazo de 30 dias. Entretanto, se o CT-e transmitido vier a ser rejeitado, o contribuinte deverá: a) gerar novamente o arquivo com a mesma numeração e série, sanando a irregularidade, desde que não se alterem: a.1) as variáveis que determinam o valor do imposto, tais como: base de cálculo, alíquota, diferença de preço, quantidade, valor da operação ou da prestação; a.2) a correção de dados cadastrais que implicar mudança do emitente, tomador, remetente ou do destinatário; a.3) a data de emissão ou de saída; b) solicitar Autorização de Uso do CT-e; c) imprimir o Dacte correspondente ao CT-e autorizado, no mesmo tipo de papel utilizado para imprimir o Dacte original, caso a geração saneadora da irregularidade do CT-e tenha promovido alguma alteração no Dacte; d) providenciar, junto ao tomador, a entrega do CT-e autorizado, bem como do novo Dacte impresso nos termos da letra anterior, caso a geração saneadora da irregularidade do CT-e tenha promovido alguma alteração no Dacte. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 46, 6º, 7º e 9º) 10.5 Considerações O contribuinte deverá registrar a ocorrência de problema técnico, conforme definido no MOC. O CT-e será considerado emitido: a) na hipótese da letra a do item 10, no momento da regular recepção do EPEC pelo SVC; b) na hipótese das letras b do item 10, no momento da impressão do respectivo Dacte em contingência. O arquivo do CT-e terá as seguintes informações: a) o motivo da entrada em contingência; b) a data e a hora, com minutos e segundos, do seu início; c) dentre as medidas propostas nas letras a a c do item 10, a que for utilizada. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 46, 12 a 14) 11. Prazo para a guarda do arquivo O tomador deverá manter em arquivo, pelo prazo estabelecido no RICMS-PR/2012, art. 123, parágrafo único, junto à via mencionada na letra c do subtópico 10.1 ou na letra c do subtópico 10.2, a via do Dacte recebida nos termos da letra d do subtópico 10.4. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 46, 8º) 12. Evento Prévio de Emissão em Contingência (Epec) O Epec deverá ser gerado com base em leiaute estabelecido no MOC, observadas as seguintes formalidades: a) o arquivo digital do EPEC deverá ser elaborado no padrão XML (Extended Markup Language); b) a transmissão do arquivo digital do Epec deverá ser efetuada via Internet; c) o Epec deverá ser assinado pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela ICP-Brasil, contendo o número do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 47, I a III) 12.1 Informações O arquivo do Epec deverá conter, no mínimo, as seguintes informações: a) identificação do emitente; b) informações dos CT-e emitidos, contendo: b.1) chave de acesso; b.2) o CNPJ ou CPF do tomador; b.3) a Unidade da Federação de localização do tomador, do início e do fim da prestação; b.4) o valor da prestação do serviço; b.5) o valor do ICMS da prestação do serviço; b.6) o valor da carga. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 47, 1º) 12.2 Análise Recebida a transmissão do arquivo do Epec, o SVC analisará: a) o credenciamento do emitente, para emissão de CT-e; b) a autoria da assinatura do arquivo digital do Epec; c) a integridade do arquivo digital do Epec; d) a observância ao leiaute do arquivo estabelecido no MOC; e) outras validações previstas no MOC. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 47, 2º) 12.3 Resultado da análise Do resultado da análise, o SVC cientificará o emitente: Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 PR20-09

a) da rejeição do arquivo do Epec, em virtude de: a.1) falha na recepção ou no processamento do arquivo; a.2) falha no reconhecimento da autoria ou da integridade do arquivo digital; a.3) emitente não credenciado para emissão do CT-e; a.4) duplicidade de número do Epec; a.5) falhas no preenchimento ou no leiaute do arquivo do Epec; b) da regular recepção do arquivo do Epec. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 47, 3º) 12.4 Cientificação A cientificação de que trata o subtópico 12.3 será efetuada via Internet, contendo o motivo da rejeição na hipótese do inciso I ou o número do protocolo de autorização do Epec, data, hora e minuto da sua autorização na hipótese do inciso II. Cabe observar que se presume emitido o CT-e referido no Epec quando de sua regular autorização pelo SVC. O SVC deverá transmitir o Epec para o Ambiente Nacional da RFB, que o disponibilizará para as Unidades da Federação envolvidas. Em caso de rejeição do arquivo digital do Epec, esse não será arquivado no SVC para consulta. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 47, 4º a 7º) 13. Cancelamento do CT-e Após a concessão de Autorização de Uso do CT-e, de que trata a letra c do subtópico 6.2, o emitente poderá solicitar o cancelamento do CT-e, no prazo não superior a 168 horas, desde que não tenha iniciado a prestação de serviço de transporte, observadas as demais normas da legislação pertinente. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 48, caput) 13.1 Pedido O cancelamento somente poderá ser efetuado mediante Pedido de Cancelamento de CT-e transmitido pelo emitente ao Fisco. Cada pedido de cancelamento corresponderá a um único CT-e, devendo atender ao leiaute estabelecido no MOC. O Pedido de Cancelamento de CT-e deverá ser assinado pelo emitente, com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela ICP-Brasil, contendo o CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 48, 1º a 3º) 13.2 Transmissão do pedido A transmissão do Pedido de Cancelamento de CT-e será efetivada via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia, podendo ser realizada por meio de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pelo Fisco. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 48, 4º) 13.3 Cientificação do resultado A cientificação do resultado do Pedido de Cancelamento de CT-e será feita mediante protocolo disponibilizado ao emitente, via Internet, contendo, conforme o caso, a chave de acesso, o número do CT-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pelo Fisco e o número do protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital do Fisco ou outro mecanismo de confirmação de recebimento. Após o cancelamento do CT-e, o Fisco que recebeu o pedido deverá transmitir os respectivos documentos de cancelamento de CT-e para as administrações tributárias e entidades previstas no item 7. Cabe observar que, caso tenha sido emitida Carta de Correção Eletrônica (CC-e), relativa a determinado CT-e, nos termos do item 15, esse não poderá ser cancelado. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 48, 5º a 7º) 14. Inutilização de número de CT-e O emitente deverá solicitar, mediante Pedido de Inutilização de Número do CT-e, até o 10º dia do mês subsequente, a inutilização de números de CT-e não utilizados, na eventualidade de quebra de sequência da numeração do CT-e. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 49, caput) 14.1 Pedido de inutilização O Pedido de Inutilização de Número do CT-e deverá atender ao leiaute estabelecido no MOC e ser assinado pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela ICP-Brasil, contendo o número do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 49, 1º) 14.2 Transmissão do pedido A transmissão do Pedido de Inutilização de Número do CT-e será efetivada, via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 49, 2º) 20-10 PR Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 - Boletim IOB

14.3 Cientificação do resultado A cientificação do resultado do Pedido de Inutilização de Número do CT-e será feita mediante protocolo disponibilizado ao emitente, via Internet, contendo, conforme o caso, o número do CT-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pelo Fisco e o número do protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital do Fisco ou outro mecanismo de confirmação de recebimento. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 49, 3º) 15. Carta de Correção Eletrônica (CC-e) O emitente poderá sanar erros em campos específicos do CT-e após a concessão da Autorização de Uso do CT-e, de que trata a letra c do subtópico 6.2, observado o disposto no RICMS-PR/2012, art. 217, por meio da CC-e, transmitida ao Fisco. A CC-e deverá atender ao leiaute estabelecido em Ato Cotepe e ser assinada pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela ICP-Brasil, contendo o CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital. A transmissão da CC-e será efetivada, via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia. A cientificação da recepção da CC-e será feita mediante protocolo disponibilizado ao emitente, via Internet, contendo, conforme o caso, a chave de acesso, o número do CT-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pelo Fisco e o número do protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital do Fisco ou outro mecanismo de confirmação de recebimento. O protocolo citado não implica validação das informações contidas na CC-e. Nos casos em que tiver mais de uma CC-e para o mesmo CT-e, o emitente deverá consolidar, na última, todas as informações anteriormente retificadas. Recebida a CC-e, o Fisco deverá transmiti-la às administrações tributárias e às entidades previstas no item 7. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 50, 1º a 6º) 16. Anulação de valores Em relação à anulação de valores relativos à prestação de serviço de transporte de cargas, em virtude de erro devidamente comprovado como exigido pelo Fisco, desde que não descaracterize a prestação, deverá ser observado: a) na hipótese do tomador de serviço ser contribuinte do ICMS: a.1) o tomador deverá emitir documento fiscal próprio, pelos valores totais do serviço e do tributo, consignando como natureza da operação Anulação de valor relativo à aquisição de serviço de transporte, informando o número do CT-e emitido com erro, os valores anulados e o motivo, podendo consolidar as informações de um mesmo período de apuração em um único documento fiscal, devendo a 1ª via do documento ser enviada ao transportador; a.2) após receber o documento referido na alínea a, o transportador deverá emitir um CT-e substituto, referenciando o CT-e emitido com erro e consignando a expressão Este documento substitui o CT-e... (número), de... (data), em virtude de... (especificar o motivo do erro) ; b) na hipótese do tomador de serviço não ser contribuinte do ICMS: b.1) o tomador deverá emitir declaração mencionando o número e data de emissão do CT-e emitido com erro, bem como o motivo do erro, podendo consolidar as informações de um mesmo período de apuração em uma ou mais declarações; b.2) após receber o documento referido na alínea a, o transportador deverá emitir um CT-e de anulação para cada CT-e emitido com erro, referenciando-o, adotando os mesmos valores totais do serviço e do tributo, consignando como natureza da operação Anulação de valor relativo à prestação de serviço de transporte, informando o número do CT-e emitido com erro e o motivo; b.3) após emitir o documento referido na alínea b, o transportador deverá emitir um CT-e substituto, referenciando o CT-e emitido com erro e consignando a expressão Este documento substitui o CT-e... (número), de... (data), em virtude de... (especificar o motivo do erro). O transportador poderá utilizar-se do eventual crédito decorrente do procedimento previsto neste artigo somente após a emissão do CT-e substituto, nos termos da legislação. Na hipótese em que a legislação vedar o destaque do imposto pelo tomador contribuinte do ICMS, deverá ser adotado o procedimento previsto na letra b deste item, substituindo-se a declaração prevista na letra b.1 por documento fiscal emitido pelo tomador que deverá indicar, no campo Informações Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 PR20-11

Adicionais, a base de cálculo, o imposto destacado e o número do CT-e emitido com erro. Cabe observar que o disposto neste item não se aplica nas hipóteses de erro passível de correção mediante carta de correção ou emissão de documento fiscal complementar. Em relação a cada CT-e emitido com erro, somente é possível a emissão de um CT-e de anulação e um substituto, que não poderão ser cancelados. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 51, I e II, 1º a 4º) 17. Consulta ao CT-e O Fisco disponibilizará consulta aos CT-e por ele autorizados em site na Internet, pelo prazo mínimo de 180 dias. Após esse prazo, a consulta poderá ser substituída pela prestação de informações parciais que identificarem o CT-e (número, data de emissão, CNPJ do emitente e do tomador, valor e sua situação), que ficarão disponíveis pelo prazo estabelecido no RICMS-PR/2012, art. 123, parágrafo único. A consulta poderá ser efetuada: a) pelo interessado, mediante informação da chave de acesso do CT-e; b) subsidiariamente, no ambiente nacional disponibilizado pela Receita Federal do Brasil. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 52, 1º a 3º) 18. Considerações finais O Fisco poderá, mediante Protocolo ICMS estabelecido com as Unidades da Federação envolvidas na prestação, observados padrões estabelecidos em Ato Cotepe, exigir do recebedor, do destinatário, do tomador e do transportador as seguintes informações: a) confirmação da entrega ou do recebimento da carga constante no CT-e; b) confirmação de recebimento do CT-e, nos casos em que não houver carga documentada; c) declaração do não recebimento da carga constante no CT-e; d) declaração de devolução total ou parcial da carga constante no CT-e. A informação de recebimento: a) quando exigida, deverá observar o prazo máximo estabelecido em Ato Cotepe; b) será efetivada via Internet. A cientificação do resultado da informação de recebimento será feita mediante arquivo, contendo, no mínimo, as chaves de acesso do CT-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pelo Fisco, a confirmação ou declaração realizada, conforme o caso, e o número do recibo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital do Fisco ou outro mecanismo que garanta a sua recepção. O Fisco deverá transmitir para a Receita Federal do Brasil as informações de recebimento dos CT-e. Aplicam-se ao CT-e, no que couber, as normas do Convênio Sinief nº 6/1989 e as demais disposições tributárias relativas a cada modal. Os CT-e cancelados ou denegados e os números inutilizados devem ser escriturados, sem valores monetários. Os CT-e que, nos termos do subtópico 6.2.3, forem diferenciados somente pelo ambiente de autorização, deverão ser regularmente escriturados nos termos da legislação vigente, acrescentando-se informação explicando as razões para essa ocorrência. Nos casos em que a emissão do CT-e for obrigatória, o tomador do serviço deverá exigir sua emissão, vedada a aceitação de qualquer outro documento em sua substituição, exceto nos casos previstos na legislação. (RICMS-PR/2012, Anexo IX, art. 53, I a IV, 1º a 4º, arts. 55, 56, 56-A e 57) 19. Penalidades Os contribuintes que deixarem de cumprir corretamente as obrigações determinadas pela legislação do ICMS ficam sujeitos às penalidades previstas no RICMS-PR/2012. Dentre as infrações, destacamos: a) multa equivalente a 30% do valor do serviço ao contribuinte que: a.1) deixar de emitir ou entregar documento fiscal em relação a bem, mercadoria ou serviço em operação ou prestação tributada, inclusive aquelas que forem sujeitas ao regime de substituição tributária concomitante ou subsequente; a.2) transportar, estocar ou manter em depósito bem ou mercadoria tributados, inclusive aqueles sujeitos ao regime de substituição tributária concomitante ou subsequente, desacompanhados da documentação fiscal regulamentar; a.3) executar prestação de serviço tributada, inclusive aquela sujeita ao regime de substituição tributária concomitante ou subsequente, desacompanhada de documentação fiscal regulamentar; 20-12 PR Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 - Boletim IOB

b) multa equivalente a 40% do valor da operação ou prestação indicada no documento fiscal ao sujeito passivo que: b.1) consignar, em documento fiscal, declaração falsa quanto ao estabelecimento de origem ou destino das mercadorias ou serviços em operações ou prestações tributadas, inclusive aquelas sujeitas ao regime da substituição tributária ou beneficiadas com suspensão do pagamento do imposto; b.2) emitir, sem autorização expressa da legislação tributária, documento fiscal que não corresponder a uma saída, transmissão de propriedade ou entrada de bem ou de mercadoria no estabelecimento, ou a uma prestação de serviço. (RICMS-PR/2012, art. 674, VI, a a c, e VIII, a e b ) N a IOB Setorial Estadual Construção civil - Crédito outorgado para estabelecimento financiador de obra de infraestrutura A concessão de crédito outorgado de ICMS, nos termos do Convênio ICMS nº 85/2011, a estabelecimento enquadrado em programa de investimento que realizar obra de infraestrutura no território paranaense foi instituída nos termos a seguir descritos. A concessão do crédito outorgado não poderá exceder, em cada ano, o limite de 5% da parte estadual da arrecadação anual do ICMS relativa ao exercício imediatamente anterior. O crédito presumido: a) fica limitado ao valor do investimento realizado; b) dependerá de prévio termo de compromisso firmado entre o interessado e o Estado do Paraná, definindo o investimento e as condições de sua realização; c) terá fruição mensal, e o valor não poderá ser superior ao débito de ICMS incremental gerado pelo contribuinte no respectivo período de apuração. As obras de infraestrutura devem ser necessárias para a implementação ou viabilização do empreendimento enquadrado em programa de investimento. O Poder Executivo fixará o valor máximo de crédito que será outorgado por obra de infraestrutura integrante do programa de investimento, com base em estimativa de valor da obra estabelecida pela Secretaria de Estado competente, a quem caberá aprovar os projetos e fiscalizar sua execução. O planejamento e a execução do programa de investimento deverão respeitar os princípios da transparência e da eficiência. (Lei nº 17.444/2012) N a IOB Comenta Federal IPI - Base de cálculo - Aplicação do arbitramento O Fisco poderá arbitrar o valor tributável ou qualquer dos seus elementos, ressalvada a avaliação contraditória, decorrente de perícia, quando forem omissos ou não merecerem fé os documentos expedidos pelas partes ou, no caso de operação a título gratuito, quando inexistir ou for de difícil apuração o valor tributável. Considera-se valor tributável, para efeito de arbitramento, o preço corrente do produto ou seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente, na saída desse produto do estabelecimento industrial ou a ele equiparado, quando for promovida a título de locação ou de arrendamento mercantil ou decorrer de operação a título gratuito, assim considerada também aquela que, em face de não transferir a propriedade do produto, não importe em fixar-lhe o preço. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 PR20-13